Ilusões escrita por BastetAzazis


Capítulo 1
Capítulo 1




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Nome da fic: Ilusões

Nome da fic: Ilusões

Autor: BastetAzazis

Beta-reader: Magalud

Pares: Lily Evans/Severus Snape e Severus Snape/OFC

Censura: 16 anos

Avisos: Ok, se você estiver procurando uma verdadeira SS/LE, pode se decepcionar. Embora não há cenas explícitas de sexo, a fic é realmente Angst, então aconselho respeitar a censura.

Gênero: ANGST!!!! – Em letras maiúsculas porque a beta mandou aumentar o aviso :P

Spoilers: não

Resumo: Severus luta contra seus sentimentos pela grifinória sangue-ruim usando uma poção e uma sonserina que não vê limites para conquistar seus interesses. Mas o amor pode ser uma brincadeira perigosa para aqueles que se juntaram às trevas.

Desafio: Essa fic foi uma resposta aos desafios de prompts: Polyjuice e Traição

N.A.: Quem está acostumado às minhas fics pode estranhar o uso dos nomes originais, mas eu achei que eles combinavam mais com o estilo desta história. Eu não sei de onde saiu tudo isso, mas ufa!, foi bom libertar esses demônios!

Agradecimentos: a Ferporcel pelas sugestões, principalmente pelo título!

Disclaimer: É tudo da J.K.Rowling. Eu só escrevi isso para poder participar do SnapeFest!!!!

Esta fic faz parte do Snapefest 2007, uma iniciativa do grupo SnapeFest!

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−1−

A noite escura e o vento forte pareciam ter sido um presságio de que boas coisas não estavam para acontecer ao jovem Severus Snape. Ele deveria ter escutado seu instinto e ficado no seu canto, esquecido numa mesa do Hog’s Head como sempre, ao invés de correr atrás do Diretor Dumbledore quando o viu subindo em direção a um dos quartos.

A voz de Aberforth ainda podia ser ouvida, mesmo a alguns quarteirões de distância. Ele corria para longe do pub, mas os gritos do barman o expulsando de lá fazia a vizinhança acordar assustada, e luzinhas se acendiam aos poucos nas casas em volta. Severus corria. Corria sem rumo, a esmo, mesmo sabendo que poderia desaparatar a qualquer momento, sem que ninguém tivesse como segui-lo. O problema é que ele não tinha para onde aparatar.

Ele fizera uma descoberta estarrecedora. Uma profecia fora proferida. Uma profecia sobre alguém capaz de derrotar o seu mestre, o Lorde das Trevas. Entretanto, ele fora descoberto escutando a profecia sorrateiramente atrás da porta onde estava Dumbledore e agora precisava fugir antes que eles o alcançassem. Ele precisava contar o que ouvira ao seu mestre, mas não tinha como encontrá-lo, precisaria esperar por uma próxima convocação. Para onde iria então? Sem saber a resposta, simplesmente correu na direção da rua, até perceber que tomara uma estrada sem saída, que terminava à beira do lago que separava a vila bruxa de Hogsmeade do castelo de Hogwarts.

Droga! – pensou consigo mesmo. Como fora tão estúpido a ponto de não saber que corria para o lago. Parou ofegante, olhando com repulsa para o castelo ao horizonte. A paisagem que para tantos era tão acolhedora, para ele trazia apenas recordações dos piores anos da sua vida.

Apurou os ouvidos. Felizmente, parecia que ninguém o seguira, e ele estava seguro. Apoiou as mãos sobre os joelhos e respirou com dificuldade, tentando recuperar o fôlego gasto na corrida recente.

- Você é uma vergonha para a Sonserina e para os Prince!

- Quem quer ver eu tirar a cueca do Ranhoso?

A voz dela – e deles – ecoava em sua mente com a visão do castelo do outro lado do lago. Lembranças de uma vida que ele queria esquecer. Ela não o odiava mais, e quanto àquele bando de garotos inconseqüentes, ele nunca mais os vira depois que deixara a escola.

Lysa... Ele fechou os olhos e deixou que as lembranças de outro tempo, quando Hogwarts era tudo o que lhes importava, voltassem à tona.

*-*-*-*-*-*

Severus correu para entregar sua poção para o bruxo do ministério encarregado de aplicar as provas do O.W.L. Era o primeiro aluno a terminar a tarefa. Logo atrás dele, Lily Evans também trazia sua poção, que tinha uma coloração levemente mais clara que a dele. Quando saíram da sala, Lily o chamou:

– Ei, Snape!

Severus estacou um pouco mais à frente. A voz dela fazia seu estômago estremecer. Olhou para os lados, mas não viu ninguém por perto, então resolveu que era seguro virar-se para ela.

– O que foi, Evans?

Ela continuou caminhando na direção dele, até que parou a menos de meio metro de distância. Ele quase podia sentir os fios vermelhos mais rebeldes do cabelo dela roçando a pele dele, levados pela corrente de ar do corredor.

– Eu só queria agradecer. Sua dica para mexer uma última vez no sentido anti-horário depois de adicionar as unhas de dragão foi o que salvou minha poção – ela disse sorrindo. E o sorriso dela era lindo, acompanhado do brilho nos olhos verdes tão profundos. O mundo parecia um lugar muito melhor depois que Lily Evans sorria. – Obrigada.

Claro que ela não precisava agradecer. Ela era esperta, inteligente, e tinha o mesmo dom para poções que ele; descobriria aquele truque mais cedo ou mais tarde. Severus não sabia o que dizer, então ficou parado de frente para ela, desejando ter a coragem de beijá-la, mas aquilo seria uma loucura. Sua boca abriu e fechou sem pronunciar uma palavra, até que uma batida forte na porta da sala que há pouco haviam acabado de deixar os despertaram.

Outros olhos verdes o fuzilavam do outro lado do corredor. A expressão de Severus mudou subitamente de feliz para consternada, fazendo com que Lily olhasse para trás, procurando o motivo da aflição dele.

Lysandra Yaxley – ou apenas Lysa – estreitou os olhos ainda mais quando aquela que ela considerava sua maior inimiga em Hogwarts virou-se para observá-la. O que aqueles dois estavam fazendo juntos, quase se agarrando, em pleno corredor das masmorras? Como ele, um sonserino, se atrevia a falar com uma grifinória de sangue ruim? Por que ele fazia tanta questão de envergonhar sua Casa? Ela jamais suportou ter que conviver com o mestiço da família, e agora ele também a envergonhava na escola. Virou as costas para o casalzinho e seguiu furiosa até sua sala comunal.

Lily virou-se novamente para Severus.

– Acho melhor eu subir para a biblioteca. Ainda temos as provas de Defesa Contra as Artes das Trevas amanhã e eu queria rever uns tópicos – ela disse. Então, aproximou-se ainda mais dele e o beijou no rosto. – Obrigada, Severus, você me salvou hoje.

Severus ficou vermelho com aquela demonstração de carinho tão pura, desejando poder ser muito mais que um amigo para ela. Ele a acompanhou com o olhar até vê-la desaparecer nas escadas, sem notar os outros dois grifinórios que também haviam terminado suas provas e acabavam de sair da sala.

− Tira os olhos dela, Ranhoso. – A voz de James Potter soou ameaçadora às costas dele.

Severus virou-se para trás, instintivamente empunhando sua varinha. Sirius Black e James Potter estavam parados à frente dele, também com suas varinhas a postos.

− Não seja estúpido, Ranhoso. – Sirius soltou, depois de uma gargalhada. − Nenhuma grifinória vai olhar para um seboso como você.

Severus estava pronto para responder quando um pequeno grupo de sonserinos acabou de sair da sala. Vendo que estariam em minoria, James deu um cutucão em Sirius e os dois saíram apressados na mesma direção que Lily. Severus juntou-se aos demais colegas e o grupo seguiu para a sua sala comunal.

Foi recebido pelo mesmo olhar furioso que Lysa lhe dispensara minutos atrás, mas ela não lhe dirigiu uma palavra. Sua prima era assim; tinha vergonha dele porque ele era um mestiço, porque carregava o nome trouxa do pai ao invés do nome bruxo da família da mãe. Ao contrário da mãe dele, a mãe de Lysa, que também era sua tia, casara-se com um bruxo de sangue puro, e os Yaxley sempre fingiram não ter nenhum laço de parentesco com os Snape. Lysa raramente falava com ele na escola, exceto para xingá-lo ou quando precisava de ajuda com suas tarefas. Entretanto, ele já a pegara várias vezes o observando em silêncio, quando achava que não estava sendo notada.

*-*-*-*-*-*

Lysa... Como ele podia explicar aquela relação de ódio e desejo entre os dois? A imagem do castelo, as lembranças dos tempos de escola, aquilo o fez desejar procurá-la. Lysa sempre fora segura e determinada; saberia o que fazer. Ela o ajudaria a decifrar a profecia para relatá-la ao Lorde.

Fechou os olhos e imaginou a bruxa de cabelos pretos, lisos e brilhantes como os dele. Desejou rever aqueles olhos verdes que o embriagavam e, no momento seguinte, aparatava à frente da casa dos Yaxley.


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