Um mês depois

–Sr. Holmes.

–Professor.

Sherlock Holmes parecia mais pálido e magro do que o habitual, mas fora isso estava completamente curado dos eventos transcorridos em seu encontro com Sebastian Moran – o atirador especial de James Moriarty.

Era um dia nublado e Sherlock esperava em uma praça que ficava no caminho da casa do Professor, sabendo que ele passaria por ali.

–Desculpa ter demorado tanto para chamá-lo até aqui, mas fico feliz em saber que está recuperado.

Sherlock perdurou em silêncio.

–Chamei-o aqui, Sr. Holmes, por cortesia. Não pense que o vejo como inimigo, de forma alguma. É um homem inteligente e consigo admirar isso. É exatamente por minha simpatia que lhe ofereço um presente.

Dizendo isso, Professor Moriarty estendeu a mão para Sherlock Holmes.

– A minha teia é muito maior do que você possa imaginar. Tente soprá-la e você estará mexendo com estruturas muito antigas. Há um motivo para eu ter me mantido livre de qualquer suspeita todos esses anos. Então, fechamos um acordo: você não cruza meu caminho e eu fico longe do seu, assim teremos paz. Caso contrário, caro Sr. Holmes, as coisas podem ficar muito... Desagradáveis.

Sherlock encarou a mão estendida. Levantou-se. Caminhou na direção oposta, em direção ao apartamento bagunçado 221b, em Baker Street.