Marcados - Almas da Meia-Noite escrita por AlessanDRo


Capítulo 12
Klamor




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Londres; 1900.

–Tio Klamor. – Luna batia forte na porta de seu tio.

–O que foi querida? – Klamor usava uma longa túnica verde cheia de símbolos e brilhos, e seus cabelos antes castanhos, se enrolavam em sua cabeça.

–James.

–O que aconteceu?

–James... – ela engole a saliva, respira e tenta explicar. – Eu fui até a mercearia e quando cheguei James estava no chão.

–O que? – ele fecha a porta e pega Luna. – Vamos.

***

–Ele está a...

Nada, o chão está vazio e tudo arrumado.

–Mais...

–Se acalme Luna. – Klamor adentra no quarto erguendo uma de suas mãos deixando uma nevoa branca sair e cair pelo quarto.

A nevoa se espalha pela sala, cozinha e logo para no quarto aonde some.

–Parece que achamos. – Klamor sai em direção a porta do quarto e Luna o segue. – James?

–Não entre, eu... – o desespero em sua voz era grande.

Klamor encosta a mão na maçanete e a derrete em um piscar de olhos. Logo muito devagar abre a porta.

James está no canto perto de sua cama agachado em posição fetal se balançando para frente, para trás, para, frente, para trás...

–James. O tio Klamor veio nos ajudar. – Luna dá um passo à frente, - Conte-nos o que aconteceu.

–Ele... – James agora tremia.

–Ele quem? – Klamor fecha sua túnica e se junta a James no canto. – Ele quem?

–Voltex, ele...ele me disse para dizer que esteve aqui.

Klamor olha para Luna.

–O que ele fez com você James? – Luna parecia... Não ela não parecia ela resplandecia ódio.

–Eu...eu não sei, ele...ele me deu um pouco do seu sangue e depois quebrou meu pescoço e quando... – ele engole a saliva e se vira para encarar Klamor e Luna. – quando acordei estava assim.

Sua pele era pálida e seus olhos mostravam veias altar e vermelhas e os dentes, os dentes mostravam tudo o que Voltex tinha feito ele. Dentes pontudos e afiados como uma faca.

–Maldito. – Luna grita e sai pela porta.

–Luna. – Klamor se levanta e para na porta e se vira para James. – Fique ai. Luna.

Luna vai até a cozinha e coloca a mão o chão e quebra a madeira de baixo de sua mão, assim, revelando um compartimento secreto cheio de arma de Deter’s e algumas poções de bruxa.

–O que pensa que vai fazer? – Klamor para em sua frente batendo o pé e de braços cruzados. – Acha que vai simplesmente pegar uma dessas armas e enfiar no coração dele?

–Não acho, Eu vou. – ela se levanta, mas Klamor a impede a prendendo com cordas que surgiram do chão.

–Não, não vai James está precisando de você. E acho que você sabe que não é assim tão fácil mata-lo. Sabe que até santan já tentou fazer isso, mas foi insuficiente. E você sabe que se você tentar ele vai te matar.

Ele a solta a deixando parada o encarando.

–E ai? O que vai ser? Vai ajudar seu irmão ou vai atrás de vingança?

***

–Tio?

–Sim, sou tio de James. E sei aonde exatamente eles está.

A casa de Klamor era aconchegante e muito bem decorada com quadros e vasos que parecia ser muito caros. Gabriel ao descobrir quem Klamor era se questionou se ele realmente estava falando a verdade, mas não precisou perguntar pois ao entrar em sua casa viu quadros de James e Luna na parede e alguns em cômodas.

–Bem, já que sabe poderia me dizer?

–Para que a pressa. – Klamor se sentou no sofá e acendeu um cigarro. – Sabe, James sempre foi um bom menino até depois da sua transformação em vampiro, sempre o achei um menino muito educado. Sente-se rapaz.

Gabriel se sentia agoniado, porque ele estava demorando tanto para falar sobre a localização de James?

–Por que está tão ansioso?

–Bem, sabe gosto muito de Gabriel. – Klamor o encarava com um leve sorriso.

–Acho que ele também gosta muito de você, sempre quando nos encontramos ele me fala de alguém, mas as vezes fico em dúvida sobre esse alguém.

Gabriel se surpreendeu. Outro alguém?

–Outro alguém? – ele o perguntou.

–Sim, acho que ele nunca iria te contar, pois bem acho que esse amor dele nunca ia ser aceito, mas sim ele tem uma pessoa em especial, mas não se realmente ele o ama. Sabe Gabriel se ele não estivesse com essa pessoa gostaria que ficasse com ele. Percebo em seu olha que gosta do meu sobrinho. – Ele se aproxima de Gabriel mostrando lindos olhos cintilantes.

Gabriel que saber mais. Ir a fundo, mas não queria se intrometer. Outro James tinha outro.

Apesar de eles nunca terem namorado Gabriel sempre sentiu uma leve paixão por James desde de que o vira pela primeira vez.

Mas por quê James nunca o falou que estava realmente amando alguém? Algo cresceu dentro de Gabriel talvez um pouco de ciúmes?

Sim, ciúmes era isso que ele sentia, ciúmes misturado com uma leva pitada de ódio por nunca ter percebido ou por nunca James ter falado sobre esse seu suposto namoro com sabe se lá quem.

Por que não o falou? Ele o amava de verdade.

–Você o ama. – Klamor se afastou e se recostou no sofá terminando seu cigarro. – Não tente me esconder. Ninguém me esconde nada.

–Desculpe, mas será que poderia falar sobre James?

–O que quer saber? Sobre seus pais? Se ele fuma? Se é ativo ou passivo? Aonde ele corta o cabelo? Ou...

–Só quero saber aonde ele está.

–Ora, rapaz. – ele se levanta. – ele está quase para... Chegou. Olhe ali. – ele redireciona sua cabeça para escada que faz o barulho. – Meu sobrinho lindo, a quanto tempo.

–Tio. O que? – James estava lindo. Lindo e limpo, tão limpo para alguém que não deveria estar aqui.

O ódio cresceu em Gabriel, ele se levantou rapidamente e pegou James pelo pescoço e o pressionou na parede.

–Aonde esteve seu panaca?

–Gabriel...

–Cala a boca. Eu andei o mundo todo procurando alguém que ti tirasse daquele inferno, mas você estava aqui o tempo todo e não falou nada. Acho que não conheço você o quanto pensava que conhecia.

James o encarava no silencio da sala e logo começaram a lhe escorrer lagrimas.

–Não chore. Quem deveria chorar sou eu.

Ele o soltou e o encarou e logo se voltou para Klamor.

–Você sabia não sabia?

–Já disse querido, ninguém me esconde nada. – ele se aproxima novamente de Gabriel e o olho e depois olha da James que está paralisa ainda na parede. – Como foi a noite de amor com Voltex querido?

Gabriel o olha.

Voltex?

Ele fecha o punho e soca James com tanta força que faz ele cair para o outro lado da sala.

–Não aparece mais na minha frente. E pode ficar sabendo que eu vou contar para Luna e Mille sobre você. – Ele grita e desce as escadas e bate à porta.


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Notas finais do capítulo

Demorou, mas antes tarde do que nunca :)



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