Diário de viagem escrita por Beilschmidt


Capítulo 9
O maior inimigo de Lovino


Notas iniciais do capítulo

Hallo~
Mais um capítulo novinho.
Notícia importante nas notas finais.



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A sua antiga casa em Roma estava toda empoeirada. Após uma longa sessão de espirros e alguns remédios para alergia, ele muniu-se de espanadores e uma vassoura; mesmo contra a sua vontade teria de deixar o lugar brilhando. No caminho de sua casa Lovino tinha comprado alguns desinfetantes com cheiro de lavanda, gostava do perfume e achava que era algum tipo de droga, se fosse ele seria um viciado de carteirinha. Nada melhor que cheiro de casa recém-limpa, ou cheiro de livro, até mesmo de gasolina.

Duas horas mais tarde, estava tudo limpo e cheiroso, agora precisava tomar um banho e cair na cama, não antes de comer algo, pois estava morrendo de fome e com certeza não teria forças suficientes e muito menos paciência para cozinhar pasta agora. Decidiu por pedir uma pizza grande mesmo; antes de entrar no banheiro ele ligou para uma pizzaria e fez seu pedido, mal podia esperar para saborear uma fatia cheia de queijo, milho, orégano e… tomate. Socou a parede do banheiro. Era algum tipo de maldição ou o que? Tudo lhe lembrava do espanhol idiota, mesmo longe ele ainda o perseguia, uma praga.

Resmungando palavrões atrás do outro, ele saiu enrolando a toalha na cintura e teve o maior cuidado de não sair molhando o chão. Costumava demorar muito nos banhos, e nesse ele dobrará no tempo; pegava a esponja e fingia ser Antônio, o apertava tanto que a espuma escorria pelos seus braços e chegava às pernas, tentando estrangular.

A pizza logo veio, e foi meio chato comer sem ter aquele bastardo do lado, ele divertia suas noites. Apesar de ele ser grudento e bobo, Lovino gostava de estar perto dele, Antônio passava uma alegria que nem ele sabia da dimensão disso. Ao terminar, amassou a caixa com toda a sua raiva, da mesma maneira que gostaria de fazer com seu aquele sentimento que o deixava tão confuso, gostaria de poder entender o amor, parece ser algo tão complexo…

Mas fazer o que né? Ele não pediu para amar, se fosse assim nunca teria aquele ataque de ciúmes que descontou em Gilbert. Mergulhado em pensamentos, ele quase caiu da cadeira ao ver seu celular vibrando na mesa; sem ao menos ver quem ligava, atendeu com sua voz monotonamente irritada.

–Ciao. Quem fala? – tomava seu refrigerante, que desde a primeira fatia de pizza não era tocada.

–Lovi, eu preciso falar com você. – o outro quase engasga.

–O que? É você? – a pobre latinha fora jogada na pia sem dó nem piedade – Por que ligar para mim agora?

–Por favor, Lovi, eu realmente preciso. – a voz chorosa quase comoveu o italiano, sabia que ainda estava doente – Eu quero entender por que resolveu ir embora sem me avisar.

–Olha… eu estou sem paciência e também muito cansado. Ligue amanhã que eu penso se converso ou não.

Não obteve resposta do espanhol, preferiu por desligar o aparelho. Correu para seu quarto e agarrou o travesseiro; achou que mudando para Roma tudo poderia voltar a que era antes, estava enganado. Podia ir até mesmo para a Rússia, mas levava consigo as memórias de Antônio. Deu-se conta que o seu maior inimigo nem era à distância, nem mesmo Gilbert, e sim seus pensamentos.

.x.

Feliciano mexia em uma panela com molho de tomate, cantarolava uma música italiana para distrair-se. O cheiro torturava Ludwig que estava sentado à mesa junto de Gilbert, conversavam sobre o dilema de Antônio e Lovino. Havia uma garrafa de vinho e três taças na mesa, além de pratos e talheres.

–Esse Toni é uma figura. – bebeu de seu vinho – Só ele mesmo para viajar até Roma pelo italianinho. O que acha disso Lud?

–Bom, o Lovino deve ser realmente importante para ele, então é óbvio que pularia até de um avião ou algo parecido. – o irmão afirmou.

Feli se aproximava com uma travessa com macarrão, ao lado a panela com molho, uma vasilha com queijo ralado, e também um prato com salsichas. Encheu sua taça com vinho.

–Lovino é esquentado, mas sei que ele gosta do Toni, veh~ espero que dê tudo certo. – agarrou o braço do loiro, que corou.

.x.

–Arthur! – a porta se abriu de repente assustando o britânico que estava sentado na sala, a xícara de chá que segurava quase foi ao chão, mas não evitou que um pouco do conteúdo, que fumegava, caísse em suas pernas.

–IDIOTA! – correu para o banheiro e dar um jeito naquele estrago todo.

Alfred ficou parado ainda na porta olhando o sofá onde o outro estava sentado e riu. Fechou a porta com cuidado e sentou-se para esperar. Olhou cada detalhe e acabou paralisando ao ver em um porta-retratos a sua foto junto dele, corou. Arthur era tão fofo que gostaria de apertar-lhe as bochechas.

–O que está fazendo aqui? – ele apareceu quinze minutos depois – E onde está Matthew?

–Hunf, nem me pergunte. Francis inventou de passar uns dias em casa e vive ocupando o Matt com alguma coisa, mas não se preocupe com isso, aquele pervertido já foi avisado das consequências caso aconteça algo com ele.

–Eu poderia mata-lo. – suspirou – Mas realmente não tem jeito.

–Bem… eu poderia ficar aqui até ele ir embora? – fez cara de moleque pidão, claro que desde sempre Arthur caía nessa.

–Pode. – virou e sumiu na cozinha.

Alfred sorriu. Gostava de passar seu tempo ao lado do inglês.


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Notas finais do capítulo

Passarei uma ou duas semanas em hiatus para com esta fanfic, pois eu irei produzir mais capítulos, meus horários estão curtos e quase não consigo sincronizar com os meus estudos, então terei um tempinho a mais para escrever pelo menos cinco caps.
Espero que entendam a demora. Kuss.



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