Diário de viagem escrita por Beilschmidt


Capítulo 10
Maldito seja..


Notas iniciais do capítulo

Como dito no último capítulo, irei ter uma desorganizada nos meus dias livres, ~estou estudando até nos domingos para ter uma noção!~ enfim, isso vai ficar assim até a semana do Enem. O mesmo aviso cabe a "Mil e uma maneiras de escrever PruHun" o3o desculpe por isso. Mas aqui vai um cap novinho



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Seus olhos ardiam e estavam vermelhos, a cara amassada por causa do travesseiro indicava que acabara de levantar, e como sempre de mau humor, desta vez triplicada se for levar em conta a noite mal dormida de tanto pensar em um moreno espanhol idiota e tarado, cujo tem nome que começa com Antônio e termina em Fernandez Carriedo. Maldita vida, seu próprio coração lhe traiu, nunca quis se envolver com homens e principalmente ele, mas fazer o que? “O amor não escolhe pessoas.” Disse Feli uma vez. E agora? O que faria?

.x.

Francis quase não tinha dormido direito e quase teve um infarto só de pensar que poderia estar com olheiras, felizmente não estava. Havia passado a noite em claro fazendo coisas obscenas com Matthew e logo pela manhã, ainda enrolado no edredom, recebera a notícia de que Antônio tinha viajado as pressas para Roma. Ao menos uma coisa boa tinha de sair dali. Riu.

–Bom dia Francis, eu fiz panquecas para o café da manhã. – o loiro apareceu na porta só de avental o que fez o francês paralisar – Arrume-se homem, não demore e venha logo.

Quinze minutos foram suficientes para tentar conter o sangramento nasal; a toalha branca estava encharcada de sangue, enfim, depois lavaria.

–Demorou. – já estava sentado à mesa com o pote de seu xarope de bordo favorito na mão; ao seu lado uma xícara de café e um enorme prato de panquecas fresquinhas.

–Desculpe, só estava pensando. – sentou – Gil me ligou mais cedo e avisou que Antônio fora até Roma só para ir ver Lovino. E fico pensando o que vai acontecer…

–Antônio me parece uma boa pessoa, e mesmo se não for, Lovino sabe se cuidar. – sorriu.

O coração de Francis quase sai pela boca. Aquele garoto era adorável a ponto de fazê-lo cair da cadeira enquanto corações flutuam sobre sua cabeça. Aquela noite que tiveram nunca sairá de sua mente, sorriu malicioso, quem sabe a cena de Matthew gemendo poderia ocorrer novamente? Nada mal!

–Matt venha aqui. – puxou-o pelo braço e o encostou à mesa, uma das mãos levantou o avental e explorou o corpo macio novamente – Vamos brincar um pouco…

.x.

Gilbert não conseguia comer sua salsicha, olhava para todos os cantos da cozinha, mas nada de apetite. Emburrou e fincou o garfo na comida, brincando com os ovos mexidos e o bacon. Ludwig começava a ficar preocupado, o irmão não costumava brincar com comida, devorava tudo e ainda repetia, perguntou-se mentalmente o que poderia estar ocorrendo; deveria ser o caso de Antônio, ele nem ao menos passou ali para avisa-lo, fora tudo combinado pelo telefone. Seus pensamentos se perderam ao ouvir alguém batendo na porta.

–Feliciano, guten morgen. – sorriu.

–Ciao Lud! – jogou-se nos braços do loiro e estalou um beijo na bochecha direita – Estava com saudades de você. – os olhinhos fechados, as bochechas coradinhas e o sorriso foram mais que suficientes para o alemão esquecer seu nome por alguns segundos.

–Er… pode entrar. Gilbert está na cozinha e não quer comer.

–Gil? O que aconteceu?

–Esse é o problema, eu não sei. – olhou de longe para o albino que ainda brincava com o bacon.

–Tive uma ideia Lud! – quase o enforcou – Podemos sair hoje para ver um filme. Daí eu ligo para Liz, ela pode ficar aqui com ele e quem sabe ela acaba descobrindo o problema do Gil.

–Bem… - Ludwig corou, nunca conseguia recusar uma proposta feita pelo moreno, claro que acabaria aceitando, mas precisava pensar se realmente Elizabeta poderia ajudar o irmão. Levando em conta que Gilbert e ela são grandes amigos desde a infância e que teria grandes chances de arrancar algo dele… sim – Boa ideia Feli. – apertou o abraço ao vê-lo ficar contente e caminhou até a cozinha – Gil.

–Hm.

–Feli e eu vamos sair, está tudo bem para você?

–Sim.

Ele deitou-se na mesa deixando o garfo de lado, Feliciano inclinou a cabeça e olhou de Ludwig para o albino.

.x.

Era a terceira vez que ia a Roma, mas quando criança morou por lá por seis meses com seus pais, e ao retornar quase se esquecerá de como se andava pelas ruas, estava tão movimentado que quase se perdeu ali perto da torre de Pisa. Olhou todos os caminhos e acabou reconhecendo a rua que dava para a casa de Lovino, eles haviam sido vizinhos na época que morou ali, esperava que não tivesse mudado de endereço, daí ficaria um pouco mais complicado; já pensava em arranjar uma lista telefônica e ir ligando para todos os Lovinos da cidade quando chegou à frente de uma casa; deu um passo e estagnou. Não queria aparecer ali porque sabia muito bem como era o temperamento do italiano, achou melhor ligar e tentar conseguir que ele aceite um convite para saírem juntos, era bem mais fácil conversar com ele quando estavam ao redor de pessoas, assim ele tinha chances mínimas de ser acertado com um soco.

Correu até uma cafeteria ali perto e entrou; sentou-se em uma mesa distante, mas que ficasse próximo de uma janela, assim poderia ver a casa de Lovi sem problemas. Pegou o telefone e discou o número de seu celular, se não atendesse tentaria ao da residência, suas mãos tremiam, esperou ansioso que ele realmente fosse lhe ouvir desta vez.

.x.

Celular idiota que fica tocando irritantemente. Jogou o lençol para longe e foi procurar aquele demônio que importunava seu sono, nem ao menos dormir um pouco poderia, teve tanto trabalho para que pudesse enfim pregar os olhos e quando consegue… essa merda o acorda. Furioso e querendo dizer à pessoa uma lista inteira com todos os palavrões que tinha conhecimento, ele atendeu, sem ao menos ver quem era.

–Olha, para começar quero que saiba que eu não estou a fim de conversar com ninguém e espero ardentemente que você vá para o quinto dos infernos; seja você vendedor de coisas que não estou a fim de comprar, a garota dos biscoitos ou a moça do cartão de crédito do meu irmão idiota, pegue o telefone e enfia no…

–Lovino, sou eu, o Antônio.

Um longo silêncio se estabeleceu ali, logo Antônio ouviu um baque forte do outro lado da linha. Suspirou cansado e novamente digitou o número dele.

Lovino tinha jogado celular longe e sentou no chão agarrando as pernas com toda a sua força. O que diabos aquele bastardo queria ainda? O telefone ao seu lado começou a tocar, como não quis atender, mas pela curiosidade, resolveu deixar a secretária eletrônica fazer seu trabalho. Após o bip a voz do moreno ecoou pelo quarto.

–Lovino, por favor, temos que conversar. Eu não saí com febre de casa para vir até Roma e ficar sem uma explicação. Gostaria de falar com você naquela cafeteria perto de sua casa, se der para você poderia ser hoje mesmo, pois ainda não me instalei em um hotel. Por favor, retorna a ligação para marcarmos. – e desligou.

O coração querendo sair da caixa torácica, o rosto queimava e as lágrimas desciam. Maldito seja seu sistema nervoso, nem para ficar quieto. Maldito seja Antônio por insistir. Maldito seja o inventor da merda desse celular!


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Notas finais do capítulo

;B eu amo SpaMano, vou enrolar até quando eu quiser o/ quando me der na telha boto até uns tentáculos ali.. ~leva tiro~ u¬u'' enfim. Beijinhos e até a próxima. Gute nacht!