Diário de viagem escrita por Beilschmidt


Capítulo 12
Elizabeta, um doce de pessoa


Notas iniciais do capítulo

O-d-i-e-i o título e-e, mas fazer o que? Estava sem criatividade. Ah sim, um pequeno aviso. Eu ficarei duas semanas sem postar aqui. 1 motivo: Enem; 2 motivo: Bloqueio de criatividade, preciso também adiantar pelo menos 5 caps para voltar a postagem normal; 3 motivo: Dar um fim lindo ao "Sverige"



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Duas horas após o albino pegar no sono, a húngara levanta; não tinha sequer fechado os olhos e estava se sentindo cansada demais para ficar deitada naquela posição desconfortável e certamente teria uma baita de um torcicolo, assim como Gil. Para evitar isso o pegou no colo – isso mesmo, no COLO! – e o carregou até o quarto, subindo as escadas cuidadosamente para não acorda-lo.

Deixou-o na cama e o cobriu com um cobertor, desligou o abajur.

–Gute nacht!

Foi ao banheiro e tomou um banho quente; vestiu uma camisola verde com detalhes pretos. Sempre que ia para a casa dos Beilschmidt ela costumava dormir lá, até porque Feli, que vivia ali praticamente, insistia em conversar com ela depois do jantar; logo era normal ter roupas de dormir já guardadas. Voltou ao quarto; ele dormia com um sorriso bobo no rosto. Dormiu; nem ao menos percebeu quando Ludwig voltara do cinema com um Feliciano quase adormecendo em seu ombro.

.x.

Elizabeta acordou por volta das oito da manhã, fazia frio, provavelmente deveria ter chovido de madrugada. Levantou, o frio parecia torturante sem o grosso cobertor; tratou de correr até o guarda-roupa e procurar um roupão do albino que lhe servisse. Ao achar tratou de esticar seus músculos a fim de acordar de vez; saiu do quarto rumo à cozinha. Lá encontrou com Ludwig sentado à mesa lendo o jornal.

–Guten Morgen Eliza. Obrigado por cuidar de Gil para mim.

–Ah, de nada. – sentou-se; a mesa estava posta, ele costumava acordar muito mais cedo que ela e fazia questão de preparar todo o café da manhã – Gilbert até que estava quieto, mas não deu para arrancar nada dele ate agora.

–Feliciano está preocupado com ele, não gosto disso.

–Mas… - pegou uma maçã – Sinto que sei o que se passa. Só sinto, não é certeza; por isso preciso explorar mais um pouco.

–Podes ficar aqui mais uns dias Liz. – Feliciano apareceu de repente e por trás do loiro o assustando – Ciao Lud! – beijou-lhe a bochecha.

A morena apenas sorriu. Era adorável a relação daqueles dois.

.x.

Lovino corria desesperado pelas ruas. Havia passado a noite inteira em claro pensando na reação do espanhol; achava-se um idiota, um completo idiota. O cara vem, declara-se, e Lovino? O que faz? Dá patada! Isso, ele merece até mesmo prêmio de idiota do ano.

Ficou resmungando pragas enquanto enfiava as unhas no travesseiro, chorou baixinho uma boa parte da madrugada. Ao acordar, lá pelas nove da manhã, a fome o obrigou a ir até a lanchonete na outra quadra para tomar um café com bolinhos. Foi quando viu Antônio saindo de um hotel com uma mala de rodinhas. Sabia que era sua única chance, já que era visível que Antônio iria voltar para sua casa e, provavelmente, nunca mais lhe olhar na cara.

Deixou o dinheiro com o primeiro garçom que apareceu; nem ao menos tinha tocado na xícara, levou apenas o bolinho de morango.

.x.

–É o fim. – o moreno olhou para o chão, viu um gato passando por ali e enrolar o seu rabo na perna dele – Gostaria de ser um gato, a vida de vocês deve ser bem mais divertida, não é bichano? – fez cafuné na cabeça do felino que ronronou.

Nem percebeu quando um corpo baqueou o seu. Em questão de segundos se encontrava no chão, alguém tinha lhe derrubado e agora estava sentado em seu tronco. Levou a mão às costas e suspirou de dor; com certeza aquilo ficaria roxo no dia seguinte. Assim que olhou para o ser humano e antes poder gritar seu nome em surpresa, a sua boca que se abria acabou sendo entupida de algo doce com sabor de morango.

–Hoinu o kque esxzta faxnendo?

–Que? – limpou a bochecha suja de glacê.

–Lovino, o que está fazendo? – disse após engolir o doce.

–Eu… eu. – corou e abraçou o moreno – Desculpe por ontem, é que eu apenas fiquei confuso com tudo. É muito recente para mim. – confessou de uma vez só.

Antônio ficou de pé e levantou o italiano. A mala ao seu lado foi agarrada, assim como a mão do outro; rapidamente andou até a casa do Vargas. Queria o quanto antes esclarecer tudo aquilo, para enfim saber se poderia ou não viajar de volta para sua casa.

.x.

Eram dez da manhã ainda; Elizabeta tinha dado sua palavra a Ludwig que iria ajudar Gilbert a dar banho nos cachorros, o alemão sorriu e puxou o italiano para a cozinha; fariam o almoço. Os cães se mexiam demais e balançavam muito o pelo que acabou molhando ambos; a moça percebeu que o outro estava muito mais calado que antes, e em certo momento ela, roída de curiosidade, surtou.

–Chega! – jogou a esponja cheia de espuma na cara dele.

–MEUS OLHOS!! Está maluca? – resmungou antes de agarrar a mangueira e fazer jorrar água em seus olhos.

Ignorando completamente a frase, ela o agarrou pela gola da camisa, branca por sinal, mas com estava molhado ela acabou por ficar meio transparente, Liz nem notou; seus olhos se fixaram nos dele, furiosos, encarando-o/intimidando-o.

–Diga-me o porquê de estar tão calado. – cerrou mais ainda os olhos íris. O verde de suas íris emanava um brilho diferente.

–Como assim? – apenas sentiu a gola ser apertada mais ainda, desesperou-se.

–O que tanto lhe incomoda? Tentei lhe ajudar, Ludwig e Feli estão visivelmente preocupados com você, eu também…

–Elizabeta… por favor, podemos conversar outra hora?

–Gil!

–Por favor! Só lhe peço isso. – virou, ficou fitando o vaso de acianos azuis de seu irmão.

Suspirou e o largou. Nada mais poderia fazer a não ser esperar; deveria ser mesmo algo que o deixasse com um tanto medo, mesmo assim ela gostaria muito de ajuda-lo.

–Ok, tu podes me contar hoje pela noite. Feli pediu que eu passasse mais um dia aqui. – pegou a esponja novamente – Só tens esta noite.

Pegou a mangueira e enxaguou os cachorros, eles latiam de felicidade, gostavam dela. Gilbert ainda ficou parado ali por uns segundos; sentia o estômago congelar, não queria contar para ela, sabia muito bem que não seria correspondido, mas fazer o que? Quando Elizabeta quer, ela consegue.


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Notas finais do capítulo

Cap pequeno, mas está na média de palavras que estabeleci -3- É isso. Se eu tiver 5 caps adiantados em menos dessas duas semanas eu postarei. Ja? Ja! Darei mais atenção para "Mil e umas maneiras de escrever PruHun", tive uma ideia muito fod@ e preciso desenvolver antes que eu a perca. Kuss und tschüss.



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