– Alunos do primeiro ano! Alunos do primeiro ano! – Um homem alto e desengonçado de cabelo preto e olhos castanhos gritava enquanto os alunos saiam do trem conversando animados sobre as férias que tiveram.

– Orik! – Gritou um garoto do segundo ano – Pensei que você fosse ficar na minha cabine!

– Eu não achei você, César! – Disse o garoto loiro de olhos verdes

–Até parece que você procurou– Disse César

– Está desconfiando do seu primo favorito? – Falou Orik fingindo estar ofendido, César riu da atuação dele.

– Eu te conheço! Agora vai lá com o Professor Rochester! Te vejo na Corvinal! – Dizendo isso César foi para o lado contrario de Orik que foi até o Professor alto que gritava

Órion olhava para os lados procurando o irmão, quando o encontrou foi até ele.

– Atlas! – Disse indo até o garoto que possuía a mesma estatura que ele, com a única diferença sendo os cabelos loiros muito claros, enquanto o de Órion era mais para um dourado, e os olhos castanho mel – Onde você foi parar? De repente sumiu!

– Desculpe, me distrai lendo meu livro e quando percebi você não estava mais lá! – Explicou Atlas, Órion deu de ombros e ambos se voltaram para o Professor desengonçado.

Logo os alunos do primeiro ano foram saindo do trem. Em pouco tempo a frente do homem que gritava tinha varias cabecinhas se esguichando para ver se conseguiam ver alguma parte da tão sonhada escola, porém não obtendo sucesso.

– Cadê o castelo?

– Como vamos ser selecionados?

– Por que os outros estão indo para o outro lado?

– Quem é esse cara gritando?

– Alguém viu meu sapo?

Essas eram algumas perguntas que corriam entre as crianças de 11 anos.

– Crianças se acalmem!! Logo todas essas perguntas serão respondidas! – Disse o Prof. Rochester sorrindo com a curiosidade dos calouros

– Então você sabe onde está meu sapo? – Perguntou uma voz lá no meio causando risos nas crianças

O Professor ficou desconcertado com a situação, mas logo respondeu:

– Não se preocupe, daqui a pouco ele aparece, agora vamos para os barcos.

Murmúrios foram ouvidos durante todo o percurso até o lago onde estavam vários barquinhos. Os alunos se sentaram de quatro em quatro admirados com a paisagem.

Quando finalmente o castelo pode ser visto, não houve uma criança que não tenha aberto na boca um perfeito “O”.

– Que lindo!

– Foi como meus pais disseram

– Devo estar sonhando!

– Cadê o campo de Quadribol?

– Esses barcos não vão mais rápido não?

– Meu sapo gostaria de estar vendo o castelo...

Os murmúrios novamente voltaram, logo os barcos pararam e todos desceram. Ao entrarem ficaram mais impressionados ainda. Por dentro o castelo era tão bonito quanto por fora.

Eles pararam em uma salinha e o Prof. Rochester pediu para que fizessem silencio que ele iria chamar a Professora Dericott, seja lá quem fosse essa.

Rosalie sorria divertida e não pode deixar de ouvir uma conversa entre um dois garotos loiros, o de olhos verdes tinha o corpo mais atlético e o de olhos azuis era um pouco mais baixo e estava com um sorriso maroto no rosto.

– Precisamos deixar nossa marca em Hogwarts! Eu tenho varias ideias para pegadinhas e travessuras! – Dizia o de olhos azuis animado

– Legal! Eu estou dentro! – Respondeu o de olhos verdes

– Com licença – Disse Rosa se intrometendo – Não pude deixar de ouvir a conversa de vocês, queria dizer que era considerada a Rainha das pegadinhas na minha escola trouxa, e adoraria me juntar a vocês! Sou Rosalie – Completou sorrindo de lado

– Sou Mikael e não precisamos da “ajuda” de uma menina – Disse o de olhos azuis sorrindo arrogante

– Não fala assim Mike – Disse o de olhos verdes – Sou Orik! Adoraríamos que você se juntasse a nós!

Mike olhou incrédulo para Orik ao mesmo tempo em que uma mulher de cabelo loiro escuro cacheado e olhos castanho esverdeados, entrou na salinha, ela tinha uma aparência brincalhona e usava vestes roxas.

– Alunos do primeiro ano! Bem-Vindos a Hogwarts! Sou a Professora Dericott, dou aula de Defesa Contra as Artes das Trevas e sou diretora da Grifinória! Para os famintos, não se preocupem, daqui a pouco o banquete será servido – Disse sorrindo de lado – Mas antes vocês serão selecionados para as casas, essas serão como uma espécie de família enquanto estiverem aqui. Reparem que eu não disse que vocês vão se dar bem com todos, afinal, toda família tem aquele membro chato! – Comentou ela torcendo o nariz

Todos deram risada dela que continuou falando

– Vão se arrumando por enquanto que daqui a pouco eu venho buscar vocês!

Todos começaram a tentar se ajeitar, estavam nervosos, afinal agora era o momento em que seriam escolhidos para as casa em que teriam que passar sete anos.

Rosa olhou para Orik e Mike de novo.

– Então, posso me juntar a vocês nas travessuras ou querem se meus inimigos? Acreditem, vocês não vão querer que eu me vire contra os dois.

– Claro que pode! Nós três vamos deixar nossa marca aqui! – Exclamou Orik enquanto Mike fechava a cara e Rosa sorria vitoriosa para ele.

– Ruiva, você deu sorte que meu amigo aqui é mais bonzinho que eu – Disse Mike para Rosa

– Não te dei permissão para me chamar de Ruiva, Mikael Mey – Falou ela fechando a cara para ele.

– Tudo bem, Ruiva – Disse frisando a palavra “Ruiva” só para irrita-la.

Perto dali Elliott mostrava um pequeno ratinho branco para Pamela, a loira que fazia carinho no bichinho perguntou:

– Qual é o nome dele?

– Pipoca – Disse o menino de cabelo cor de mel na altura dos ombros sorrindo tímido

– Legal!

Nesse momento o ratinho se soltou da mão de Elli e foi correndo até chegar nos pés de Mike que o pegou.

– De quem é esse rato? – Perguntou

– É meu! – Exclamou Elliott indo até ele e pegando Pipoca

– Que legal! Eu queria ter um rato, seria legal assustar algumas meninas com ele – Disse Mike olhando de relance para Rosa ao falar “meninas” – Mas, eu tenho um gato e não daria muito certo.

– Se você pensa que eu tenho medo de ratos está muito enganado – Disse Rosa sorrindo de lado

– Não falei seu nome, Ruiva – Falou Mike sorrindo vitorioso

– Até porque meu nome não é Ruiva

– O ano mal começou e já estão brigando? – Perguntou Pam enquanto Orik revirava os olhos para os dois e Elliott ria

– Não tenho culpa se a ruiva aqui é intrometida – Falou Mike fazendo com que Rosa fechasse a cara – Mas mudando de assunto, meu nome é Mikael Krystopher Mey e vocês?

– Sou Pamela Green Volkmer

– Eu sou Elliott Long Cooke – Disse Elli

– Cookie? – Perguntaram os outros em uníssono

– Não! Cooke! – Falou Elliott já acostumado

– Legal! Vou te chamar de Biscoito! – Exclamou Mike

Elliott olhou para ele pensativo e concluiu:

– Gostei, podem me chamar de Biscoito!

Nesse momento a porta abriu e a Profa. Dericott entrou na sala. Os alunos a acompanharam até grandes portas. A Professora abriu-as e logo eles viram um enorme salão com quatro grandes mesas, Verde, Amarela, Vermelha e Azul, e uma mesa lá na frente com vários adultos olhando para eles e um diretor com um olhar curioso observando atentamente cada uma das crianças.