Pokémon: The Wrong Path escrita por andressc95


Capítulo 5
Capítulo 4 - Nós somos os irmãos Tirenne!


Notas iniciais do capítulo

Fiquei sem responder as últimas reviews por causa do ano novo, mas quando novas vierem, respondo todas ao mesmo tempo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/53412/chapter/5

Ainda no denso cenário esverdeado e repleto de árvores por todos os lados, os dois homens olhavam para Nate, atônitos devido à sua atitude.

- Isso tá me cheirando a desafio... – disse o que parecia ser o ‘cérebro’ dos dois, novamente. - Você sabe com quem tá falando, garoto? 
- Não. – respondeu Nate, secamente.
- Nós somos os irmãos Tirenne! – disse o outro, com um olhar arrogante, como se tivesse colocado medo em Nate.
- Nossa! Não acredito...os irmãos Tirenne, na minha frente!! – disse Nate, levando a mão direita à boca, com um olhar surpreso, exatamente como havia feito com 31 e 29. 
No exato momento em que os dois irmãos faziam uma pose de heroísmo, o garoto voltou à expressão anterior e disse, calmamente:
- Quem são vocês?
- Você nunca ouvir falar de nós? Nós somos os principais soldados do Metalla Team! Estamos quase sendo promovidos à capitães! – respondeu ele, novamente. - E ainda trabalhamos diretamente para o general Tyler! 
- Nossa...o general Tyler? Quase capitães? Não acredito! – disse Nate, ironizando mais ainda. – Pouco me importa quem vocês são. Vão batalhar comigo, ou não?
- Bronzong, vamos calar a boca desse pirralho! – disse o mais inteligente. – Ninguém fala assim com Mark Tirenne!

Da pokébola que Mark havia acabado de lançar, saiu um grande e pesado pokémon inteiramente feito de metal, nas cores azul e prateado.

- Muito menos com Stew Tirenne! Mawile, vá para batalha você também! – gritou o outro, apontando para Nate.

Os dois pokémons dos Irmãos Tirenne foram à frente, se aproximando cada vez mais de onde o garoto estava parado.

- São só eles? – disse Nate, rindo e puxando uma pokébola. - Petti, vamos, você consegue acabar com os dois sozinho. 

Nate lançou sua pokébola logo à frente dos dois pokémons do tipo metal, de onde seu convencional Banette saiu.

- HaHaHa, essa coisinha ai? - ria Stew, sozinho. - Você acha que ela pode com meu Mawile? 
- Menos papo, mais ação.

Mark, no entanto, estava paralisado, ainda olhando fixamente para o pokémon que Nate havia acabado de lançar.

- P-P-Petti? Você disse Petti? – disse ele, passando a mão pelos cabelos azuis. - Não vá me dizer que você é...Nathan Wegils?
- Sim. Isso te dá medo? – perguntou Nate, colocando as mãos nos bolsos de sua calça jeans e lançando seu sorriso arrogante. - Petti, vamos, use o Shadow Ball no Bronzong!

Banette começou a reunir toda a energia das sombras que aquele dia ensolarado proporcionava e juntá-la em uma pequena esfera negra, que rapidamente lançou em direção ao pokémon de Mark.

- Mawile, entre na frente! – gritou Stew enquanto a esfera se aproximava. - O golpe não será efetivo contra você!

O pokémon correu em direção a esfera negra e pulou encima dela, levando o golpe, mas não saindo do lugar, ficando intacto.

- Continuando...use o Crunch! – gritou Stew, novamente.

A boca presente na cabeça de Mawile ganhou um intenso brilho, e o pokémon correu em direção à Petti.

- Petti, se esse golpe te acertar, causará muito dano. – disse ele, olhando com um compreensivo olhar para seu pokémon, que o devolveu. - Desvie quando achar necessário.

Mawile continuou correndo em direção ao estático Banette, que no último segundo deu um salto para o lado, mas mesmo assim foi acertado pelo golpe, sendo jogado em direção a Mark, que ainda estava estático, com o pequeno Castform envolto em seus braços. Porém, o homem conseguiu se esquivar, e o pequeno Banette acabou atingindo uma das árvores que os cercavam, derrubando uma fruta Oran.

- Droga...Petti, você tinha que ter desviado! – gritou Nate, visivelmente irritado.

Um olhar de culpa pôde ser visto nos olhos de seu Banette naquele momento, mas que rapidamente se transformou em ódio.

- Nette, Nette, Ba...Nette! – gritava ele, agitado.
- Assim que se faz, Petti. – disse o garoto, colocando a língua pra fora e rindo. - Mas acho que não preciso de você nesse momento. Volte, amigo!

Nate puxou outra pokébola de seus bolsos, enquanto chamava Petti de volta para a dele.

- Doom, vamos, é com você agora!

Petti desanimou muito, mas mesmo assim obedeceu à ordem de seu treinador, e voltou à sua pokébola, enquanto outra lançada por Nate caia no improvisado campo de batalha, liberando seu Houndoom.

- Trocar de pokémon não vai adiantar... – riam Mark e Stew juntos, o primeiro apertando o pequeno Castform cada vez mais forte.
- Certeza? – disse ele, olhando misteriosamente para os irmãos. - Doom, use o Overheat nos dois pokémons!

O pokémon de Nate ganhou um forte tom alaranjando, cor de fogo, que cobriu todo o seu corpo. Pequenos jatos de fumaça começaram a sair por seus ouvidos, e ao abrir de sua boca, uma imensa e vasta rajada de fogo partiu em direção aos dois pokémons do tipo metal.

- Bronzong, use o Gyro Ball!

O pokémon de Mark se inclinou para trás, mostrando o grande buraco que havia sob seu corpo, e de lá lançou uma esfera de cor prateada, dura como metal, que foi lançada em direção ao ataque de Doom.

- Mawile, use o Hyper Beam!

O pokémon de Stew deu um passo para trás, respirou fundo, e abriu sua boca, liberando um imenso raio de cor amarelada, que também foi em direção ao ataque de Doom.
Os três golpes colidiram no ar, causando uma enorme explosão. Os três treinadores foram lançados para longe, aparentemente inconscientes. Nate lutou o máximo que pôde, mas seus olhos se fecharam no momento em que sua nuca tocou o chão.


---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Algumas horas depois...

- Castform, Castform! – ouvia-se gritar o pequeno pokémon desesperado.

Nate se levantou e viu o pequeno Castform ao seu lado, que ao vê-lo bem, deu um enorme sorriso.

- Finalmente você acordou! – disse uma voz feminina atrás dele.

O garoto se virou, e realmente se assustou ao ver Sam parada atrás dele.

- O que você tá fazendo aqui? 
- Eu fugi de casa e vim atrás de você. – disse ela, sorrindo. - Mas te encontrei aqui, caído ao lado desse Castform, que ficou tentando te acordar até agora. O que aconteceu com você?
- Não importa agora, você precisa sair daqui, é muito perigoso. – disse ele, se levantando. – Onde foram parar os caras que tavam aqui?
- Não tinha ninguém quando eu cheguei...
- Tudo bem, volte pra casa agora, por favor. – disse ele, se virando e continuando a caminhar.
- Deixa eu ir com você...?
- Não. – disse ele, seco e frio como sempre. 
- Eu não posso voltar pra casa, meu pai vai me matar...

Uma expressão triste tomou conta do rosto da garota. Lágrimas começaram a escorrer pelas suas bochechas, o que fez ela se sentar no chão, com as mãos cobrindo seu lindo rosto.

- É muito perigoso você vir comigo. – disse Nate, ignorando o drama de Sam. – Seu pai deve estar muito preocupado com você.

Nate caminhou calmamente em direção à garota, ainda meio debilitado, estendeu-lhe a mão, e disse:

- Levante-se, vá pra casa. 

Sam levemente levantou sua cabeça, olhando diretamente nos olhos de Nate. Ela vagarosamente se levantou.

- Tudo bem, se é o que você quer. – disse ela, enxugando as lágrimas.

Enquanto ela se virava e começava a caminhar em direção à cidade, Nate se lembrou de um certo momento do centro pokémon. Ela realmente podia ser útil para ele.

- Você pode vir comigo. – disse ele, colocando a mão direita no ombro esquerdo dela, com um olhar sedutor.
- Você tem certeza? Não vou te atrapalhar em nada?
- Claro que não, você vai ser é de uma grande ajuda! – disse ele, forçando o sorriso.
- Mas...o que aconteceu com você? – perguntou ela, tentando disfarçar a imensa alegria que estava sentindo. - Quem é esse Castform?

Nate se sentou devagar na grama, apontou o montinho de grama ao seu lado, fazendo sinal para ela sentar, e contou tudo o que havia acontecido.

- Acho que esse Castform gostou do que você fez, acho que ele quer ser seu amigo! – disse ela, pegando o pequenino pokémon no colo. - Você não viu a agitação dele tentando te acordar! 
- Eu não quero ele. – disse Nate, se levantando. - Só uso pokémons noturno ou fantasma, você sabe.
- Falando nisso, cadê o Doom? – perguntou Sam, assustada. E a sua mochila?
- Tudo sumiu! Não tem mais nada aqui! – disse ele, olhando dentro de sua mochila e colocando as mãos dentro dos bolsos. - Minhas pokébolas...tudo!

Ele revirou cada arbusto, cada árvore, e cada pequena folhinha de grama que havia naquele lugar, mas nada pôde ser achado.

- Aqueles irmãos Tirenne...eles devem ter levado minhas coisas! – disse ele, dando um soco no chão. - Eles devem ter ido para Mauville! Vamos, precisamos correr!

Nate correu como um louco em direção à cidade que estava bem à sua frente, depois de uma pequena ponte. Foi quando percebeu que Sam estava parada no mesmo lugar, com os braços cruzados.

- Como você vai cumprir sua missão e recuperar seus pokémons...sem um pokémon?? – gritou ela.
- Eu arranjo um jeito!
- Não sei não... – disse ela, revirando os olhos. - Mas esse Castform...

Nate parou um pouco e pensou. Sim, ela tinha razão. Não dava pra vencer eles sem nenhum pokémon, e um Castform era melhor do que nada.

- Ok, ok, você venceu, eu levo ele...mas só até recuperar meus pokémons. – disse ele, caminhando em direção à ela. - Você tem uma pokébola ai?

Sam colocou o Castform no chão, tirou uma pokébola de sua mochila, e a entregou para Nate, que a jogou no pequeno pokémon. Com apenas alguns giros, ele ficou preso lá dentro.

- Que nome você vai dar para ele? – dizia Sam sem parar, animadíssima.
- Nome?
- Claro, todos os seus pokémons tem nome!
- O Honchkrow não tem...
- Mas ele era da sua mãe, todo mundo sabe disso! – disse ela, pulando. - Rápido, um nome!
- Fala qualquer um ai!
- Eu vou escolher? – disse ela, com os olhos brilhando. – Então vai...o nome será Toy!
- Toy?
- Você pediu pra eu escolher...agora agüenta! – disse ela, rindo. – Agora podemos ir!

A garota pegou o braço esquerdo de Nate e o puxou com toda a sua força, correndo em direção ao imenso portão que havia logo em frente à ponte em que se encontravam. Um enorme arco metálico de cor dourada podia ser visto logo além dela, com a seguinte inscrição: “Mauville City”, com um enorme risco na palavra Mauville, e uma nova inscrição logo abaixo, escrita com tinta guache de cor preta: “Metalla City”. Os dois nem notaram a inscrição, devido à pressa com que entraram. 
Mauville era uma cidade comum de Hoenn: imensos prédios de cor prateada rodeavam-na completamente, com apenas algumas casinhas de madeira na parte lateral da cidade, que dava diretamente na praia. Os prédios eram exatamente iguais, nada destoava. Eles começaram então a caminhar, em busca da localização do ginásio, no meio daquela imensidão urbana.
Conforme eles adentravam na cidade, assustadoramente deserta, gritos assustadores começaram a ser ouvidos.


- Você também tá ouvindo...? – perguntou Sam, com uma expressão extremamente assustada.
- Achei que era coisa da minha cabeça... – disse Nate, tentando esconder o pouco medo que também sentia.

Nesse exato momento, centenas de pessoas viraram a esquina correndo desesperadamente em direção à saída da cidade.

- Olha, olha, acho que entendi... – disse Sam, apontando para um ponto prata pontudo que aparecia virando a esquina atrás das pessoas.

Nate não teve nem tempo de responder. Um imenso robô gigante no formato de um Skarmory, um pássaro metálico, começou a andar na direção deles, esmagando carros pelo caminho. Foi quando um imenso alto-falante saiu do bico do robô, e uma voz irreconhecível disse:

- Nate Wegils, o possível novo recruta dos Farfalla, bem aqui na minha frente? – disse, seguido por uma longa risada. - É bom demais para ser verdade...
- A-A-A-A-Aquela coisa...quer você? – gritou Sam, enquanto começava a correr desesperadamente, puxando Nate.
- Eu disse que seria perigoso...- disse Nate, rindo. 

Enquanto eles corriam, iam se afastando cada vez mais do centro da cidade, e, consequentemente, da praia. Diferentemente da região central, aquela região da cidade possuía construções totalmente estranhas, que iam além da imaginação. Prédios em formato de Miltanks, Cherubis, e até um Swinub cristalizado, cujo nariz estava bem perto dos dois. Exatamente quando eles passavam por aquele lugar, uma porta de abriu em sua narina direita, e uma mão extremamente gelada os puxou para dentro.


- Entrem, vocês estarão seguros aqui. – disse o dono da mão misteriosa. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!