Pokémon: The Wrong Path escrita por andressc95


Capítulo 3
Capítulo 2 - Farfalla e Metalla...?




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- Ahh, o Farfalla Team! – disse Nate, parecendo animado. – Nunca ouvi falar. O que vocês fazem? Brinquedos? 
- Nós somos uma organização não-tão-secreta que trabalha com o roubo e venda de pokémons, além de outros tipos de roubo e qualquer serviço que nos dê o dinheiro necessário para sobrevivermos. – respondeu o homem.
- E vocês acham que eu posso ajudar vocês em...?
- Tudo! Vimos vocês na batalha, você é incrível! Trabalhe pra nós por algum tempo, se acostume, que logo você terá sua vingança. – respondeu a mulher, dessa vez.
- Eu não sou nada incrível. – disse Nate, dando uma pequena pausa. - Os outros é que são fracos demais.
- Ok, ok, que seja! – gritou o homem, impaciente. – Se você quiser aceitar nossa proposta, apareça no centro pokémon da cidade amanhã à tarde, exatamente às duas horas, teremos uma missão-teste para você.
- Como vou acreditar que vocês sabem quem matou meus pais? – perguntou Nate, enquanto voltava a caminhar, fazendo os dois correrem atrás dele.
- Complete sua missão, e você falará com nosso chefe. – disse a mulher, calmamente, parando-o.
- Tudo bem, tudo bem, vou pensar nisso. – disse ele, voltando a andar. – Como eu faço pra falar com vocês de novo?
Nós iremos atrás de você. – respondeu a mulher, tentando parecer melhor do que era. – A propósito, sou a agente 31.
- E eu o 29. – disse o homem, com um olhar de desgosto direcionado à sua parceira.

Nate continuo caminhando, sem olhar para trás, porém, dessa vez, ninguém o parou. Após outros cinco minutos de caminhada, ele se virou: os dois não estavam mais lá. O garoto continuou seu caminho pela orla da praia vazia naquele fim de tarde, buscando chegar em sua casa o mais rápido possível: ele realmente precisava de um banho para relaxar.
Quando estava na quadra de sua casa, Nate avistou um pequeno garotinho, que parecia ter mais ou menos 10 anos, brincando no parque ali perto. O garoto realmente lembrava ele quando era menor. Acompanhado de um pequeno e serelepe Shinx, um pokémon que mais parecia um gatinho azul, o garotinho pulava e brincava no pequenino balanço vermelho que lá havia, jogando o pokémon para o alto enquanto se balançava, extremamente alegre. Aquele balanço era a única coisa que havia lá além de árvores e grama, por isso Nate nunca tinha visto ninguém por esses lados. Ele se lembrou de quando era menor, de quando brincava com Petti, de quando sentava com ele no gramado de sua casa e lia seus livros, corriam um atrás do outro, ou apenas observavam o sol se pôr: tudo essa alegria de criança se esvaiu dele após a morte de seus pais. O sorriso arrogante que sempre se formava no canto de sua boca apareceu de novo, dessa vez de forma alegre, enquanto ele virava o rosto e ia em direção à sua casa.
A casa que Nate havia comprado com o dinheiro que seus pais haviam deixado não era muito grande: havia um pequeno gramado aberto, aonde apenas arbustos e gramas ficavam em frente à construção principal de dois andares, toda pintada das cores branca e preta.


- Ahh, enfim em casa. – disse ele, ao abrir a porta.

O garoto entrou e se encontrou na sala bem arrumada, com uma grande TV de plasma de 42 polegadas pregada na parede e uma pequena poltrona, onde costumava sentar para ver seus programas preferidos. Passou direto pela cozinha que poucas vezes usava, já que costumava usar o Disk-Pizza da Pizzaria do Mime. Mesmo assim, ela estava toda arrumada, limpa e branca, como sempre. Subiu as escadas,e entrou direto no banheiro de seu quarto, que ficava na porta à sua direita, ligando a TV do mesmo, se despindo rapidamente e entrando no chuveiro, onde poderia pensar mais calmamente na proposta que havia recebido, ao mesmo tempo que ouvia as notícias do dia. 

“E agora? Tudo o que eu mais quero na vida é achar quem tirou a minha felicidade, não importa os meios que eu tenha de usar. Mas me juntar àquele pessoal? Roubar? Não tenho idéia do que posso fazer agora...” – ele pensava.

- Lembram-se de Nate Wegils? Se não se lembram, não estão no mesmo mundo que eu. Hoje ele ganhou a... – começava a ouvir ele vagamente vindo da televisão, sendo atrapalhado pelo barulho do chuveiro.

Ele começou então a refletir. Olhou para a janela ao seu lado, ainda no chuveiro, e viu uma estranha cena. Aquele pequeno garotinho com um Shinx que ele havia visto mais cedo corria com um louco, passando em frente à sua casa. Ele achou aquilo um tanto cômico e deu uma risadinha, mas simplesmente pegou o xampu ao seu lado e começou a lavar a cabeça. Foi ai que ouviu um barulho, parecido com um mugido, e ao olhar pela janela, percebeu que um Tauros corria na mesma direção na qual o garoto havia acabado de passar. Já era um tanto tarde, e Nate percebeu que algo não estava certo. Desligou o chuveiro rapidamente após enxaguar a cabeça, se vestiu, e saiu correndo de casa, esperando ver para onde os dois haviam ido.

- Doom, saia e me leve até onde eles foram, por favor. – disse, já no gramado de sua casa, jogando uma pokébola que havia acabado de puxar de seu bolso esquerdo ao chão, a única que levava consigo.

Nate subiu nas costas de seu pokémon, e Houndoom correu como nunca, saindo da cidade, e chegando à praia. Lá, um lugar não muito grande, não havia nenhum banhista, então o garoto começou a caminhar, chamando seu pokémon de volta.

- Ei, garoto, você tá aí? – começou a gritar, mas sem resposta.

Ao se aproximar um pouco mais do mar, ele notou o pequeno garotinho caído no chão, com um barco logo a sua frente, onde um estranho homem alto e loiro, usando uma capa prateada colocava seu Tauros de volta em sua pokébola. Com um Shinx em sua outra mão e com o garotinho chorando em sua frente, o homem fez um sinal para o barco andar. Nate ficou paralisado, apenas olhando a cena.

- Quem é você? – perguntou ele, para o homem.

O homem não respondeu. Nate não disse mais nada, e apenas assistiu o homem que o encarava desaparecer no horizonte, conforme o barco andava. 

- O que aconteceu com você? – disse ele, se abaixando para falar com o garoto, após perceber que não havia nada que ele pudesse fazer. 
- Aquele homem...aquele homem mau... – dizia o garoto, soluçando. – Ele pegou meu Shinx...meu único pokémon...meu único amigo..
- Acho que agora há pouca coisa a se fazer... – disse Nate, calmamente. Você tem alguma idéia de quem era ele?
- Não sei...Mas ele disse alguma coisa sobre Metalla Team..

“Metalla Team? Quem seriam eles?” – pensou Nate.

- Calma aí, seu Shinx vai voltar, acredite nisso.
- Mas eu começo minha jornada amanhã! Eu irei para Johto,começar minha jornada lá amanhã de manhã!
- Não se preocupe. – disse Nate, se levantando devagar. – Eu trarei seu Shinx de volta. Mas já que sua jornada começa amanhã...pega isso.

Nate entregou uma pokébola ao pequeno garotinho, fazendo sinal para mostrar-lhe que um pokémon estava lá, mostrando um lado seu que pouca gente conhecia. Ele se virou, como se nada tivesse feito, colocou as mãos nos bolsos, e saiu caminhando de volta para sua casa, pois tinha certeza de que o dia seria cheio.

- Eu me chamo Drew. – disse o garoto, acenando para Nate, que não se virou.

Drew, com um sorriso no rosto enquanto Nate ia embora, jogou a pokébola ao chão arenoso da praia, e de lá viu uma criatura negra com marcas amarelas no formato de um cachorro, um pokémon cujo nome era Umbreon.

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Nate demorou cerca de 5 minutos para chegar em casa. Após abrir a porta vagarosamente, subiu as escadas correndo e deitou em sua cama, sem nem trocar de roupa. O dia havia sido mesmo corrido.

“Eu vou lá no centro pokémon amanhã à tarde. Aqueles caras devem saber quem é esse tal de Metalla Team, sabe, a concorrência...e ainda podem me ajudar a me vingar de quem matou meus pais. O que será que me mandarão fazer..? Tanto faz, vai ser mamão com açúcar. Droga, falei de novo...”

O garoto então adormeceu. 
Nate acordou bem depois do almoço no dia seguinte, estava até atrasado para seu “encontro” no centro pokémon. Ele se levantou o mais rápido possível, pegou um pedaço de pão francês na cozinha e correu em direção à enorme construção vermelha de três andares que ficava a algumas quadras de sua casa, um dos atuais símbolos de sua cidade. Quando ia entrando no local, sentiu uma mão o puxando para trás. Lá, parados no meio da avenida principal de Slateport, estavam 29 e 31, encapuzados, chamando muita atenção.


- Bem discretos, gostei do estilo. – disse Nate, com seu sorriso arrogante. – Fala ae, o que eu tenho que fazer?
- Calma, calma, calma ae. – disse 29, calmamente, tentando fazer Nate achar que ele era quem estava no comando. – Deixamos 5 pokémons do tipo inseto lá dentro daquele centro pokémon, e queremos que você simplesmente entre lá, e traga-os para nós.
- Invadir um centro pokémon e roubar pokémons? Só isso? – disse Nate, arrogantemente. – Posso ir com um pé só e com as mãos amarradas nas costas pra dar um pouquinho mais de emoção.
- Ah, se o problema é emoção.... – disse 31. – Pode deixar que nós acionaremos o alarme e chamaremos a polícia pra você, tá?

Nate se abalou um pouco. 

“Polícia?? Vou me meter com essas coisas agora?” - pensava ele. Mas não podia parar agora, claro que não.

- De boa, eu faço. – disse ele, tentando manter as aparências. 
- Coloque esse capuz, para não te identificarem. – disse 29, entregando-lhe um pequeno objeto preto.
- Verdade, é normal ver gente andando de capuz por aí. – disse ele, ironicamente, coisa que seus “novos amigos” não perceberam.
- Pior que é, todos os meus amigos tão usando. – disse o 29. – Se bem que todos eles trabalham comigo...mas deixa pra lá, entra logo.

O garoto pegou o objeto e o colocou sobre sua cabeça, cobrindo completamente sua face. Ele deu alguns passos para a frente, e abriu as portas da construção, que rangeram lentamente: lá dentro estava muito frio, muito mesmo. Nate pensou que o ar condicionado devia estar ligado no máximo. Não havia muita coisa naquela sala para se ver: pisos e paredes pintados do mais claro branco, e apenas três portas espalhadas pela sala, além da inesquecível enfermeira Joy, atrás de seu balcão organizado.

- Joy, onde ficam os pokémons que estão guardados, aqui? – perguntou Nate, como se as roupas que trajavam fosse algo natural.
- Terceiro andar, segunda porta à direita. – disse ela, digitando em seu computador, sem dar a mínima importância ou sequer olhar para quem estava à sua frente.

Foi aí que alarme tocou, e o pequeno alto falante instalado no teto “falou”, desesperadamente:

- Suposto ladrão acaba de entrar no edifício, por favor, mantenham a calma e esperem a polícia chegar.

A enfermeira logo se virou e olhou para Nate, que se encontrava encapuzado. Obviamente ela se assustou e começou a correr em sua direção, com um bastão de baseball em suas mãos.

- Eu vou te pegar, seu ladrãozinho! – gritava ela, freneticamente.
- Petti, use o Hypnosis, e faça-a dormir. – Nate lançou sua pokébola enquanto começava a correr, e de lá seu Banette saiu, lançando ondas sonoras em direção à desesperada enfermeira, que logo caiu em sono profundo. – Bye. 


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