Quando Um Sonho se Torna Realidade! escrita por Pat Black


Capítulo 3
Estopim


Notas iniciais do capítulo

Quando o pesadelo é real!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/53393/chapter/3

Capítulo Três



- Se você jogar água benta em mim de novo, prometo que vou fazer mais estrago no Impala que aquele caminhão.


Dean me deu um olhar assassino e guardou o frasco cheio do líquido que tinha espirrado três vezes em mim.


Sam estava do lado de fora e eu podia apostar meus olhos contra as asas de Castiel, e venceria mole-mole, que ele falava com Bobby ao celular.


Encolhi-me mais no círculo, agarrando com força minhas pernas e fiquei pensando no momento exato em que apaguei com a mão no botão volume do controle da TV... Não saberia dizer como, nem o porquê, mas de certa forma algo no mundo real tinha me lançado dentro de “Supernatural”. Senti-me a Angélica por alguns segundos, só que morena, sem a pinta na perna e os milhões, mas com um galã bem na minha frente de botar Márcio Garcia no chinelo.


Mil idéias invadiram minha mente e filmes de terror como Potergeist, de drama como A Rosa Púrpura do Cairo e de Ação como o impagável O Último Grande Herói, me enchiam de possibilidades e mais dúvidas.


Olhei para o loiro que me encarava duro e pensei que nossos desejos nunca se realizam do jeito que queremos... Realmente não era nada alegre ter uma arma que pode matar qualquer coisa apontada para a sua cabeça, quando você não sabe bem o que é, ou no que se tornou.


- Se olhar demais gasta.


- Só os meus olhos gatinho. – Olhei novamente para o círculo pintado no chão e suspirei – Posso perguntar uma coisa?


- Não!


- Porque você come tanto e não engorda? – Os olhos dele se estreitaram – Brincadeira... Na verdade eu queria saber por que você transforma o Sam em todo o seu mundo? Droga se vocês não fossem irmãos...


- Não sabe nada sobre nós, cala a boca fantasma, demônia, ou seja, lá o que seja.


- Ah tá! Sério Dean, você é bom, bom demais até, e fica aí se martirizando por não fazer tudo o que pode, não dar o máximo... Você sempre dá o máximo, vai além...


- Cala a boca!


- Merda, chega de brincar, não sei por que estou aqui, não sei se posso mudar alguma coisa, mas sei que posso te alertar... Ai!


Senti meu coração dar uma pontada e perdi o fôlego. Levei uma mão ao peito e outra ao pescoço... As palavras que queria dizer para o Dean morreram na minha garganta, mas continuaram a ecoar em minha mente... Agüente quatro meses, só agüente quatro meses no Inferno...


Quando minha mente desistiu de tentar falar a sensação passou.


Levantei-me em um pulo olhando ao redor, não me preocupando muito com Dean alerta ou com Sam que retornava.


Sem pensar muito nas conseqüências tentei novamente...


- Dean você...


A dor foi mais intensa desta vez, fazendo minhas pernas fraquejarem, me jogando de joelhos no chão... Minha mente gritava: Só quatro meses!... E quanto mais minha mente insistia mais dolorosa fera a sensação. Quando desisti a dor se foi.


- O que você fez?


- Eu? Nada... Ela começou a dizer umas bobagens e depois passou a se retorcer toda. – Dean respondeu.


- Lia? – Sam me questionou em um tom preocupado sem se aproximar.


- Não finja preocupação garoto... Só diz o que o Bobby falou... Eu quero sair daqui... Não sou nenhum Danny Madigan, e não ganhei nenhum ingresso dourado, aqui não é a Terra do Nunca e eu não tô afim!


Sam me encarou por alguns segundos.


- Projeção astral é uma possibilidade.


- Eu me projetei para além do meu corpo, e o bendito deve estar jogado no meu sofá ressonando enquanto a mamãe aqui está presa com dois irmãos super gatos, mas completamente paranóicos. Que lindo!


Dei uma volta no espaço ínfimo do círculo e encarei os dois.


- Certo cansei... Gostaria de ficar e ter uma noite tórrida com você Dean, mas o meu bom senso está falando mais alto que minha libido... Quero ir para casa... Não importa se não acreditam em mim... Mandem-me de volta.


- O Bobby está me enviando alguns textos antigos...


- Por que simplesmente não damos um tiro nela?


- Por que simplesmente eu não enfio minha mão no seu peito e acabo com esse seu lento processo de esperar pelos cães do inferno? – rebati.


- Olha aqui tampinha...


- Agora você foi longe demais.


Como uma flecha voei na direção dele, no mesmo instante a Colt disparou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!