Shiver escrita por Aurora
Notas iniciais do capítulo
Ok, nesse capítulo temos SEXO minha genteeeee!!
Pelo menos a insinuação do que é sexo, já que eu não disse nada diretamente *vergonha*
enfim, espero que gostem!
Puxou o garfo para fora da boca formalmente, sorrindo para seu acompanhante. Kaito havia conseguido uma reserva num restaurante finíssimo até mesmo para Moultrie, e não havia poupado nada. Tinha a elogiado no mínimo seis vezes desde que se sentaram na mesa, e estava sendo perturbadoramente agradável.
– Como está seu salmão? – perguntou, bebendo um pouco de vinho.
– Surpreendentemente, está bom. – ela não deixou o sorriso murchar, tentando ser tão encantadora quanto podia. Viu a interrogação no rosto de Kaito, e se viu obrigada a explicar. – Não sou uma grande fã de frutos do mar.
Suas sobrancelhas se desfranziram e ele riu.
– Claro. - olhou para o pianista que mantinha o ambiente com uma música tranquila, e depois vetou seu próprio prato, fazendo uma careta. – Sabe, minha carne está tostada e minha pasta está dura. Sério, qual o lance desse lugar?
Miku riu, levando mais um pouco de seu salmão à boca. Kaito riu também, estava apenas provocando. Seguiram poucos instantes em silêncio quando – acidentalmente – Miku soltou um bocejo pequeno.
– Já está cansada? – Kaito perguntou, talvez um pouco preocupado em estar sendo entediante.
– Não! – falou um pouco alto demais, pigarreando logo em seguida para disfarçar. – Não, é só essa música, sabe? Parada.
– Espero que esteja falando a verdade. – comeu uma pequena porção de sua comida, mantendo um forte contato visual. – A noite não começou ainda.
Miku sentiu a comida entalando na garganta. Bebeu seu vinho para ajudá-la a descer direito, e respirou fundo. Pelo resto do tempo que passaram no restaurante, mimos materiais não faltaram. Durante todo o tempo Kaito parecia preocupado se ela tinha tudo o que queria, chegando a oferecer a mesma coisa várias vezes.
Saíram do chique edifício nas risadas, já que ele também não havia poupado nas piadinhas.
– Onde parou seu carro mesmo? – ela perguntou se apoiando numa parede para arrumar o salto, olhando ao redor.
– Descendo essa rua. – apontou com o rosto na direção, colocando as mãos dentro do blazer e a olhando terminar – Tudo bem aí?
– Sim – Miku sorriu, voltando a postura normal – mas espero que não se importe caso eu tire os sapatos quando chegarmos ao carro.
Começaram a andar, enquanto uma brisa noturna e açucarada batia em ambos os corpos. A curta caminhada foi silenciosa e ambos sorriam bobamente sem motivo.
Kaito estava fazendo exatamente como ela havia pedido. Quando estavam no carro na trajetória de volta, ele não perdeu tempo.
– O que acha de passar na minha casa? Eu poderia desenhar você como no Titanic.
Ela não conteve a risada.
– O que é isso, seu pervertido!
– Pervertido? Eu estava sendo romântico! – ele riu também, a olhando de soslaio, mantendo a atenção na rua. – Então que tal outro programa, já que te representar em papel nua pareceu uma ofensa?
– O que tem em mente?
– Bom, eu poderia te mostrar a linda vista da minha varanda, contar as minhas melhores piadas, e te fazer admitir.
Continuou rindo, cruzou os braços e o vetou intensamente.
– Admitir o que?
– Que você já é minha.
Sentiu a barriga gelando e o coração tropeçando, o que a fez ficar quieta e mudar completamente o olhar de direção. O resto do caminho foi quieto mas não desconfortável. Ao chegarem na casa, ambos se sentaram no sofá e aproveitaram taças de vinho enquanto a lareira aquecia a sala. As camadas de inibição iam progressivamente regredindo enquanto Kaito falava e a escutava.
Estavam significativamente mais próximos, tanto física quando psicologicamente. Via os avanços que faziam toda vez que se tocavam, fosse por acidente ou não.
Quando as palavras acabaram, tudo o que restou foram os olhares. Não havia mais a necessidade de dizerem nada, pois seus olhos tinham o melhor diálogo que jamais pôde ser registrado, assim como quando se conheceram.
– Acho que nunca te disse isso – ele começou a falar, enquanto começavam a se aproximar sem nem mesmo perceber – mas sou um grande fã de seus olhos, Miku.
Ela franziu as sobrancelhas enquanto os lábios deixaram soltar um risinho reservado.
– É sério! – ele riu ao ver que a moça não havia acreditado. – Sou apaixonado por seus olhos. Bem, não só por eles.
Outra risada, mas essa foi mais assemelhada a um agradecimento.
– Pare de falar, Kaito. – foi o que decidiu dizer antes de ser a primeira a tomar uma atitude. A pressão, como de praxe, foi leve a princípio, mas o rapaz não perderia mais tempo do que já havia. A puxou pela cintura para mais perto, mesmo que não houvesse mais tanto espaço para ser ocupado.
A intensidade em que se moviam era quase assustadora. Os toques de mãos aconteciam em vários lugares, e ela gostava assim. Kaito a puxou para cima, fazendo com que ela se sentasse sobre seu colo. Nesse momento separaram os lábios para, além de posicionarem seus corpos mais confortavelmente, pudessem recuperar o fôlego. Seus lábios ergueram-se num sorriso astuto enquanto ele a fitava.
– Pode admitir agora.
Miku sorriu confusa, pendendo levemente a cabeça para o lado demonstrado sua dúvida. Kaito suspirou, segurou seu queixo de modo que ambos os rostos ficassem numa altura proporcional.
– Admita que é minha; e só minha.
A moça soltou os ombros e riu, quando o beijou rapidamente algumas vezes.
– Sou sua, Kaito. Quantas e todas as vezes que quiser. – soprou entre os lábios enquanto o beijava e sorria. Quase como se suas palavras tivessem servido de combustível, Kaito a segurou pelas pernas e a puxou para um beijo intenso e voraz. Sentia que seu corpo queimava de dentro pra fora, seu coração quase saía pela boca e sua mente corria à mil por hora.
Sentia as grandes mãos masculinas percorrendo todo seu corpo destemidamente, vez ou outra acertando um ponto que a arrepiava ou a fazia gemer apenas com a excitação do momento.
Quase não percebeu que suas mãos começaram o trabalho independente de retirar o blazer de seu parceiro. Quando ele viu o que estava fazendo, a ajudou a retirar a peça, a arremessando longe. O próximo alvo foram os botões, os abrindo aos montes, tão feroz quanto os beijos que recebia sem cessar.
Logo as peças de cima do rapaz estavam longe. A pele quente em contato com suas mãos fazia com que ela apenas quisesse ir mais e mais longe.
Kaito a ergueu do sofá, carregando-a até seu quarto. E foi quando Miku percebeu – nunca tinha ido até seu quarto antes.
Quando sentiu que estava sendo deitada em uma cama, se afastou por alguns instantes para olhar o quarto. Não é como se ela conseguisse formar uma ideia muito concreta com Kaito dando fortes chupões e mordidas em seu pescoço, mas era basicamente o que imaginava.
A cama kingsize era coberta com lençóis de cetim negros e escorregadios, dentro de paredes escuras – não sabia bem a cor, já que as luzes estavam apagadas – um closet mais ao canto e uma mesa cheia de papéis.
Foi apenas isso que conseguiu registrar. Kaito voltou para seu trabalho interminável em seus lábios enquanto suas mãos procuravam o maldito zíper do vestido.
Miku ajudou as ansiosas mãos em sua árdua tarefa de busca, as colocando sobre o fecho do zíper, que foi imediatamente aberto.
Pensou que o frio a açoitaria, mas não foi o que aconteceu. O calor que era dividido e multiplicado pelos dois corpos fez com que ela nem percebesse a falta da peça, que assim como as outras, foi jogada para longe.
Agora, com ainda mais espaço e liberdade, Kaito a explorava mais minunciosamente, fazendo que seu corpo tremesse e se arqueasse com suas íntimas massagens.
Miku suspirava alto e tentava se controlar, mas afinal, para que controle? Ajudou Kaito para retirar o resto de suas peças e as suas próprias, não se contendo. O que sentia era intenso demais, quase como uma fome.
Agora não havia mais barreiras os separando. Todas as roupas estavam atiradas em algum lugar, e ela gostou mais desse jeito. Seus corpos se tocavam de várias maneiras possíveis enquanto os dois suspiravam e faziam apelos incompreensíveis, sussurrando os nomes um do outro na medida em que tudo ficava mais e mais quente.
Não seria uma mentirosa. Estava espantada. Toda as vezes que abria seus olhos e se via com Kaito, ambos sendo como apenas um, se arrepiava até a alma. Se encaixavam como peças de um quebra cabeças pessoal, o que fazia que as sensações fossem mais fortes e com um prazer vezes maior.
Moviam-se com sincronia, maleabilidade e sem nada os segurando. Cada segundo a mais era algo dentro de si que aumentava. Tinha dificuldade de manter os olhos abertos naquele mar de toques e sentidos, mesmo ouvindo todos os deliciosos sussurros que saíam de Kaito para ela, e apenas ela. Tentava gravar tudo em sua mente para se lembrar mais tarde, mas sabia que aquilo seria algo real apenas no presente.
Tudo o que ele sussurrava em seu ouvido de maneira apaixonada, os choques que levava sempre que sentia indo mais fundo, o contato interminável que suas peles faziam, era único.
Quando seus corpos chegaram ao ápice da conversa entre si, caíram cansados sobre a cama, ofegando alto e sim, rindo um pouco. Se entreolharam e vetaram um ao outro por alguns instantes. Gargalharam de uma brincadeira interna, afinal, era o que aquilo havia sido. Uma madura e deliciosa brincadeira.
A primeira de muitas naquela mesma noite.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Fiz o que pude, imaginem o que quiserem nas entrelinhas, safadenhos. Comentários?