O Caso do Slender Man escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 15
Uma nova chance - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi!

Conforme prometido, está aqui a continuação do capítulo anterior. E não vou me estender muito nas notas porque estou com medo do Slender Man travar meu note de novo.

Então, lá vai!

Espero que gostem!



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Castiel apareceu no parque, onde dias antes Emily tinha sido levada pelo Slender Man, e que também ficava em Lebanon. O anjo se posicionou atrás de uma árvore enquanto observava certa movimentação a alguns metros.

Uma funcionária do parque tinha colocado uma manta nos ombros de Emily Carter e tentava acalmá-la, ao mesmo tempo em que a enchia de perguntas sobre o que tinha acontecido durante o período em que a menina ficou desaparecida.

Havia cartazes de Emily Carter espalhados pelo parque e, por isso, a funcionária a reconheceu imediatamente, quando a encontrou tremendo e chorando no meio de algumas árvores. Outros funcionários do parque estavam por perto. Um deles deu um copo d’água para a menina enquanto o outro ligava novamente para o hospital, para perguntar se a ambulância já estava a caminho. Emily tinha escoriações pelo corpo, reclamava o tempo todo de uma forte dor de cabeça e estava em choque. Precisava muito de cuidados médicos naquele momento.

— Eu já disse, eu não me lembro... — disse a menina aos prantos quando a funcionária lhe certa pergunta. — Eu quero os meus pais. Você chamou os meus pais? Eu quero os meus pais...

— Eles estão a caminho, não se preocupe. Fique calma, o pior já passou. — respondeu a funcionária carinhosamente e em seguida fez mais perguntas: — Mas como era este homem que te sequestrou? Para onde ele te levou? Era um homem ou uma mulher?

— Um homem, mas eu não vi o rosto dele direito. Nem o lugar. — disse Emily. — Eu também não sei como vim parar aqui, por que ele me trouxe para cá ou mesmo se foi ele que me trouxe. Eu não me lembro do que aconteceu... Só de alguma coisa do dia em que eu fui levada... E agora eu estou aqui... Minha cabeça está doendo...

— A ambulância já está chegando. — avisou a funcionária.

— E os meus pais? — questionou Emily aos soluços.

Logo um veículo se aproximou, foi estacionado e os pais de Emily desceram. Rapidamente correram até a filha e Castiel ficou os observando a certa distância. Mas mesmo dali, Castiel podia sentir a emoção, o alívio, a felicidade que os três estavam sentindo.

Os funcionários do parque ficaram visivelmente sensibilizados diante do que estavam vendo também: o reencontro entre aqueles pais e sua filha desaparecida, que por um momento, eles tinham achado que nunca mais veriam.

Quando o barulho da sirene da ambulância ecoou pelo lugar, Castiel olhou uma última vez para aquela família, sorriu levemente e voltou para o bunker.

Mais tarde...

Henry vestia o seu pijama favorito, do Batman, e estava sentado no meio da cama dos seus pais, que também se preparavam para dormir. Depois de tudo o que tinha acontecido, eles acharam melhor que o filho dormisse com eles por algumas noites. No fundo, Dean e Natalie não queriam se separar do menino tão cedo, pois também estavam abalados pelo o que aconteceu.

Sam e Claire tinham optado por fazer o mesmo em relação a Rachel, enquanto Mia e Isabel tinham voltado para a casa da caçadora em Wichita Falls, acompanhadas por Castiel.

— Ele deve ter entendido errado. — disse Henry referindo-se ao que o anjo havia contado quando voltou do parque, onde Emily tinha sido encontrada. — Ela não pode ter me esquecido. Ela não pode ter esquecido da Rachel, da Isabel, de tudo que nós passamos naquele lugar. O Castiel entendeu errado.

Natalie e Dean entreolharam-se sem entender por que o filho estava tão inconformado com aquilo. Em seguida, eles sentaram com as costas apoiadas na cabeceira e Natalie disse:

— O mais importante é que ela está bem, meu amor. E pelo o que eu entendi, você foi um grande herói, Henry Jones Winchester. Apesar de tudo, eu estou muito orgulhosa de você.

— Nós estamos orgulhosos. — ressaltou Dean se incluindo no que a esposa havia dito.

— Ela não pode ter me esquecido... — murmurou o menino para si mesmo, com um olhar distante e triste. Em seguida, uma ideia passou por sua mente e ele disse mais animado: — Eu preciso vê-la de novo e descobrir se ela realmente não se lembra de mim. Nós temos que ir a casa dela.

— Nós não podemos fazer isso. — discordou Dean.

— Por quê não? — questionou o filho.

— Porque a Emily deve estar no hospital, talvez ela fique alguns dias lá. — respondeu Dean. — Depois ela vai para a casa, mas então a polícia vai aparecer por lá, para fazer perguntas sobre o desaparecimento. E eles vão voltar por mais alguns dias, até entenderem o que aconteceu e darem o processo como encerrado. Além disso, a Emily passou pelo mesmo pesadelo que você, a Rachel e a Isabel. Com certeza, ela quer ficar mais resguardada neste momento, perto da família, sem receber visitas por enquanto.

Inconformado, Henry insistiu:

— Por favor.

Natalie e Dean se entreolharam mais uma vez. Em seguida, a loira suspirou, fez um cafuné no filho e propôs:

— Vamos esperar alguns dias até a poeira abaixar. Depois nós inventamos alguma desculpa, algum disfarce, e vamos até lá, tudo bem?

Henry sorriu levemente e fitou a mãe com carinho antes de agradecer:

— Obrigado.

Natalie acariciou o rosto do filho e Dean ponderou:

— Mas depois disso, você terá que esquecer esta história, Henry. Lembrando de você ou não, é perigoso para a Emily manter contato com pessoas como nós. E é perigoso para nós também, já que você e a sua prima contaram que nós somos caçadores. A Emily pode se lembrar disso e comentar com alguém.

O menino desmanchou o sorriso e disse com certo pesar:

— Eu sei. Mas, eu só quero ver como ela está, se está realmente bem e se não lembra mesmo de tudo o que aconteceu. Eu só quero me despedir.

— Tudo bem. — assentiu Dean um tanto intrigado com o carinho que o filho parecia nutrir pela menina.

Não era para menos, afinal, os dois tinham passado por muitas coisas juntos. Sem perceber, Dean acabou se lembrando de como conheceu Natalie. Eles também eram crianças, ele também a salvou, ele também ficou com ela na cabeça depois do que aconteceu. É, no fundo, Dean entendia perfeitamente o que o filho estava sentindo naquele momento.

— Por que você está com este sorriso bobo no rosto, seu idiota? — notou Natalie olhando para o marido.

— Eu? — balbuciou ele voltando a si. — Ah! É que eu estou doido para fazer uma coisa. — anunciou e então puxou Natalie para um beijo carinhoso e apaixonado.

No meio deles, Henry revirou os olhos e deitou na cama, enquanto resmungava:

— Ah... Por favor, parem com isso. Eu estou aqui, caso vocês tenham se esquecido.

Natalie e Dean se afastaram e riram daquilo. Em seguida, eles se deitaram em volta do filho e sorriram de um jeito apaixonado um para o outro. Depois ficaram olhando para o menino, que tinha acabado de fechar os olhos. Apesar de toda a experiência pela qual passou, Henry estava exausto e acabou pegando no sono pouco tempo depois.

XXX

No quarto ao lado, Sam acariciava os cabelos de Rachel, que também dormia entre ele e Claire. A caçadora segurava a mão da filha e não parecia ter intenções de soltá-la. De vez em quando ela olhava para o marido, que acabou perguntando:

— O que foi?

— Eu não acredito que nós quase a perdemos, Sam. — respondeu Claire em um tom baixo para não acordar a filha.

— Nem eu, mas o importante é que agora a Rachel está a salvo. — argumentou o caçador.

— Mas nós precisamos conversar. O que aconteceu, não pode se repetir. — disse Claire.

— Eu sei. — assentiu Sam.

— Olha, eu não quero que a nossa filha seja uma caçadora no futuro, mas está claro que nós precisamos prepará-la melhor. Ensiná-la a se defender das criaturas que ainda vão cruzar o caminho dela. — expôs Claire.

— Eu sei. — repetiu Sam. — E nós vamos fazer isso. Mas antes, nós precisamos dar um tempo para a Rachel. Ela passou por muitas coisas. Então, vamos com calma, ok?

Claire assentiu com um meneio de cabeça, depois se aproximou e deu um beijo de boa noite em Sam.

Então os dois se aproximaram mais da filha, a apertando um pouco com um abraço duplo, e ficaram olhando para ela até serem vencidos pelo sono também.

XXX

Enquanto isso, na casa de Mia, em Wichita Falls, ela e Castiel estavam sentados na cama de Isabel, que também já estava pronta para dormir. A menina vestia um pijama flanelado com mini xícaras de café na estampa. Mia tinha visto aquele pijama há alguns dias, em uma loja, e simplesmente não resistiu.

A caçadora olhou mais uma vez para o desenho feito por Isabel, que tinha acabado de contar com detalhes o sonho que havia tido e que gerou aquele desenho, depois virou o papel na direção da menina e questionou:

— Quer dizer que este monte de rabiscos completamente desconexos são você, o Henry e a Rachel adultos?

— Mia. — repreendeu Castiel quando Isabel cruzou os braços e franziu o cenho um tanto ofendida. — Está lindo, meu anjo. Aliás, é o desenho mais lindo que eu já vi. E acredite, eu já vi muitos deles. — disse fitando a filha com carinho e sorrindo levemente.

No fundo, Castiel tinha achado o desenho horrível também, mas não podia menosprezar o esforço de Isabel, que sorriu agradecida.

— Certo, mas o que exatamente é isto? E isto? — quis entender Mia indicando alguns rabiscos indecifráveis no papel. — Parece pintura rupestre...

Isabel respirou fundo e explicou como se as respostas fossem óbvias:

— É o carro do Henry e da Rachel. E a minha moto.

Mia riu incrédula e articulou:

— Sinto em informá-la, mas a senhorita não teve uma visão do futuro, Isabel. E sabe por quê? Porque nunca que eu vou deixar você dirigir uma coisa perigosa dessas por aí.

— Eu não vou me machucar, mamãe. E mesmo que eu me machuque, eu vou sarar. Como aconteceu hoje na floresta. — argumentou a menina.

Mia ficou em silêncio porque sabia que a filha tinha razão neste ponto. Isabel estava desenvolvendo poderes. Aquilo era um fato. Por outro lado, isto não significava que ela era ou se tornaria invencível. Ninguém era invencível, nem anjos, nem nephilins, ninguém.

— Olha, filha, — recomeçou Castiel — eu entendi por que você foi para aquela floresta e deixou o Slender Man te levar. Você teve este sonho e deduziu que se você, o Henry e a Rachel iam crescer, então vocês iam conseguir vencer o Slender Man e voltarem para casa. Mas o que você fez, Isabel, foi arriscado. Muito arriscado e perigoso. Você entende por que está de castigo, não é?

Depois de encarar os pais com certa culpa, a menina respondeu:

— Sim. Me desculpem, eu não queria preocupar ninguém. Mas eu também não podia deixar os meus amigos naquele lugar. Eles precisavam de mim.

Mia e Castiel se entreolharam. Eles entendiam o lado da filha e sabiam que se ela não tivesse agido daquele jeito, Henry não teria tido a oportunidade de atirar no Slender Man, como atirou e, portanto, nem ele nem as outras crianças teriam voltado para casa sãos e salvos, como voltaram.

No entanto, Isabel era só uma criança e o fato das coisas terem dado certo desta vez, não significava que ela teria a mesma sorte da próxima vez.

Mia e Castiel sabiam que mais cedo ou mais tarde, a filha teria novas premonições. E eles não iriam ignorá-las, mas também não iriam deixar que Isabel se envolvesse. Mia iria checar cada pista que pudesse aparecer nos sonhos da menina e, quando não estivesse no Céu, Castiel poderia ajudá-la.

Mas, por enquanto que Isabel era só uma criança, eles iriam preservá-la de tudo aquilo o máximo possível. Se um dia Isabel decidisse seguir os passos de Mia, eles não iriam impedí-la. Mas, por enquanto, tudo o que Mia e Castiel queriam fazer era protegê-la e, aos poucos, ensiná-la a se defender, caso outra criatura maligna surgisse em sua jornada.

Enquanto refletia sobre tudo isso, Mia se acomodou ao lado da filha e a abraçou carinhosamente. Castiel, por sua vez, sentou-se na poltrona ao lado da cama, e ficou observando as duas até elas dormirem. E até depois que elas dormiram.


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Notas finais do capítulo

Oi!

Vou falar rapidinho porque continuo com medo do Slender Man trollar meu note kkkkkkkkkk

Eu amei escrever os momentos pais e filhos se preparando para dormirem, ri com a Mia dizendo que o desenho da Isabel estava parecendo pintura rupestre (kkkkkkkkkkkk nada como uma mãe para incentivar a filha, né?) e estou aliviada por finalmente ter revelado com o que a Isabelzinha sonhou.

Sim, gente, ela teve uma visão do futuro, com ela, Rachel e Henry big pessoas! E isso é assunto para os dois capítulos bônus que eu postarei e depois para o epílogo (o que nas minhas contas dá um total de 20 capítulos para OCSM).

E como assim a Emily perdeu a memória????

Antes de me xingarem e espetarem um bonequinho de vudu com a minha carinha (ou seria com a carinha do Rei Julian que é o meu avatar no momento?) , enfim aguardem o próximo capítulo porque nele teremos algumas respostas e um novo personagem...

Ah! Só esclarecendo, os capítulos 16 e 17 vão encerrar a história principal da fic, e depois que vem os bônus e o epílogo, ok?

Bjs!

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