O Caso do Slender Man escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 1
Piloto


Notas iniciais do capítulo

Gente, WTF?

O que eu estou fazendo aqui? kkkkkkkkkkkkkkk

Calma que eu explico.

Lembram da questão "mini pessoas"? Lembram que eu falei que queria escrever uma fic que se passasse em um futuro tão tão distante para mostrar como seria isso?

Pois é, resolvi unir esta ideia com uma outra ideia que eu tinha (fazer uma fic sobre o Slender Man). Então escrevi este primeiro capítulo, achei que ficou legal e resolvi compartilhar

Com o tempo, outros personagens irão aparecer e eu pretendo mostrar como foram os períodos gestacionais da Natalie e Claire, e também da Mia... Como os personagens chegaram até aqui, o que Henry e Rachel sabem sobre o family business, como vivem e em quem vão votar quando crescerem. Oi?

Sobre o Slender Man, ele é uma criatura du mal, supostamente inventada pela Internet, mas que aqui na fic será bem real. Ele se esconde nas florestas, bosques e afins e fica só de olho esperando a oportunidade para sumir com suas vítimas.

Mais informações aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Slender_Man

Chega de falar e bora para o capítulo! Espero que gostem!



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Era madrugada no bunker e Sam e Claire estavam dormindo no quarto, que dividiam desde que se casaram há alguns anos. Os dois estavam enrolados em um pesado cobertor, já que as noites estavam cada vez mais frias por conta do rigoroso inverno.

O silêncio reinava em todo o bunker e no quarto ele era cortado apenas pelo som suave das respirações do casal.

Mas, em dado momento, Sam começou a despertar e se mexeu na cama fazendo a madeira do móvel ranger um pouco.

Com os olhos semicerrados, o caçador observou Claire dormindo ao seu lado. Ficou assim por um bom tempo, apenas a admirando, antes de se mexer mais uma vez. Desta vez com o intuito de se aproximar da esposa.

Quando a distância entre eles diminuiu consideravelmente, Sam tentou abraçá-la. Este movimento, acabou acordando a caçadora. Não totalmente.

Então, ainda sonolenta, ela passou um dos braços em volta do abdômen de Sam e apoiou a cabeça em seu peito. Suspirou profundamente, mantendo os olhos fechados, e sentiu o calor do corpo do marido aquecê-la pouco a pouco.

Os dois estavam quase dormindo novamente quando um novo ranger foi ouvido no recinto. Aos poucos, a porta foi aberta e, instantes depois, fechada com muito cuidado.

O casal permanecia imóvel quando, de repente, o cobertor sobre eles se elevou um pouco na parte próxima aos pés da cama. À medida que algo entrava por debaixo dele, Sam e Claire começaram a acordar de novo.

— Rachel... Vai para a sua cama. — disse o Winchester com a voz de sono e os olhos fechados.

— O quê? — murmurou Claire sem entender o que ele havia dito.

Em seguida, ela abriu os olhos, viu e sentiu que havia algo embaixo do cobertor. Algo que havia parado de se mexer automaticamente quando ouviu a voz de Sam.

Entendendo o que estava acontecendo, a caçadora esticou a mão até um abajur, que ficava ao lado da cama sobre um criado-mudo, e o acendeu. Depois disso, ela e Sam ergueram o cobertor e deram de cara com algo. Ou melhor, com alguém. Com a filha deles.

A garotinha, que tinha sete anos, possuía lisos e sedosos cabelos castanhos até os ombros e vestia um pijama rosa flanelado, encarou os pais um tanto assustada, como se tivesse sido pega no flagra. E de fato, ela tinha.

No entanto, antes que eles protestassem e a mandassem voltar para o seu quarto, Rachel tratou logo de se pronunciar:

— Eu tive um pesadelo. Posso dormir aqui? Só hoje.

Sam e Claire se entreolharam por alguns segundos. Em seguida, se acomodaram melhor na cama, apoiando as costas na cabeceira. Depois disso, o caçador passou as mãos pelo rosto, bocejou um pouco e só então conseguiu dizer:

— Rachel, você disse a mesma coisa na noite passada. E na outra... E na outra...

A menina franziu o cenho e lançou os seus olhos verdes, como os de Sam, na direção dele e da mãe antes de suplicar:

— Por favor. Eu estou com medo. Vocês não vão ter coragem de me mandar de volta para o meu quarto, vão?

Claire cruzou os braços contra o peito e murmurou:

— Droga... Ela está fazendo aquela cara.

— Que cara? — não entendeu Sam.

— A sua. — respondeu Claire, mas como o marido continuou confuso, ela explicou melhor: — A cara de cachorrinho abandonado que você faz às vezes.

— Eu não faço essa cara. — protestou o Winchester. E depois de observar a filha, retrucou: — Na verdade, ela está fazendo a sua cara.

— Como assim? — questionou a caçadora um tanto ofendida.

— A cara que você costuma fazer quando quer me convencer a te deixar fazer algo. Como cortar o meu cabelo ou ser a isca em uma caçada, por exemplo. — explicou ele fitando a esposa de forma acusatória.

Claire lhe lançou um sorriso cúmplice e por um momento o casal esqueceu que tinha companhia. Então, Rachel resolveu chamar os pais de volta para a realidade e indagou:

— E então? Funcionou?

Quando Sam e Claire olharam para ela, a menina fez questão de franzir o cenho e lançar o seu olhar mais suplicante e meigo na direção dos dois.

Sam respirou fundo enquanto Claire olhava para a filha e se rendia completamente àquele pedido. Não tinha como negar nada a Rachel. Era impossível. Ela sempre conseguia o que queria.

— Só hoje. — concordou Sam por fim, fazendo a menina abrir um sorriso de alívio e se mover rapidamente até eles.

Então o casal se afastou um pouco para que ela pudesse deitar no meio da cama e Claire apagou a luz do abajur. Em seguida, ela e Sam se deitaram e se enrolaram com o cobertor, mas de uma forma que os dois pudessem olhar para a filha mais um pouco.

Momentos depois, o casal se aproximou novamente, apertando Rachel entre eles, e trocaram um beijo de boa noite.

Depois disso, deitaram as cabeças nos travesseiros e fecharam os olhos pouco a pouco.

Quando os dois já estavam quase dormindo de novo, a voz de Rachel foi ouvida:

— Papai?

— Sim? — balbuciou Sam sentindo seu corpo cada vez mais pesado.

— O senhor precisa cortar o cabelo.

Mesmo com sono, Claire não conseguiu conter um riso ao ouvir aquilo. Ainda mais porque ela concordava com a filha. O cabelo de Sam estava um pouco maior do que o aceitável para as duas.

— Diga isso de novo e você vai dormir no seu quarto. — impôs o Winchester.

Assustada com aquela hipótese, a menina deu um beijo na bochecha do pai e consertou:

— Não está mais aqui quem falou.

E então ela fechou os olhos e se esforçou para dormir. Conseguiu quando sentiu os pais a abraçando com carinho, cada um com um dos braços em volta dela.

Sam e Claire deram as mãos por cima de Rachel e assim eles dormiram.

Mais tarde

Dean e Natalie estavam dormindo no quarto que ficava do outro lado do corredor. O caçador estava no limite da cama, prestes a cair, caso se movesse mais um centímetro, enquanto a caçadora ocupava o máximo de espaço possível. Ela estava com os braços bem soltos sobre o cobertor e com uma das pernas sobre Dean.

Aquela posição desconfortável fez com que ele logo acordasse e sentisse o seu corpo todo dolorido. Ao tentar se mexer, notou que Natalie estava muito perto dele, praticamente em cima do seu corpo e, por mais que achasse a loira muito folgada por isso, ao sentir a perna dela sobre a sua, Dean não achou mais aquela proximidade algo tão ruim assim.

Lentamente, ele se moveu na direção de Natalie e inverteu os papéis. Deixou que o seu corpo se espalhasse sobre o dela. Isso fez a caçadora respirar profundamente, mas ela não chegou a acordar.

Sentir a esposa assim, tão perto dele, seu corpo macio e convidativo embaixo do dele e os dois aquecidos por aquele cobertor, foi espantando, pouco a pouco, o sono que Dean sentia.

Num sono agora mais leve, Natalie sentia alguém mexendo nos seus cabelos suavemente. Um arrepio a percorreu quando Dean distribui alguns beijos pelo seu pescoço. E ela acordou de vez quando sentiu a boca do caçador se encaixar perfeitamente na sua, enquanto ele continuava acariciando os seus cabelos.

— Tarado... — resmungou a loira ainda de olhos fechados quando Dean afastou o rosto.

— Shiiii. Não fale. — pediu ele. — Você fica linda quando não diz nada, baby. — acrescentou enquanto tentava beijá-la mais uma vez.

— Você ia fazer aquilo de novo, não ia? — previu ela, fazendo Dean recuar um pouco.

— Aquilo o quê? — perguntou ele fazendo-se de desentendido.

— Abusar de mim enquanto eu durmo. — esclareceu Natalie abrindo os olhos lentamente e passando uma das mãos pelo rosto para espantar o sono.

— Isso não é justo. Eu só gosto de te acordar de uma forma romântica. Você devia agradecer por ter um marido como eu. — defendeu-se o Winchester.

— Como eu disse, tarado. — reforçou a loira. E depois de encará-lo por alguns instantes, ela passou os braços em volta do pescoço dele e admitiu: — Sorte a sua que eu gosto desse seu... Romantismo.

— É mesmo? — quis confirmar o caçador embora soubesse muito bem que a esposa falava sério.

Natalie moveu a cabeça afirmativamente e sorriu enquanto Dean se reaproximava. Em seguida, os dois fecharam os olhos e seus lábios se envolveram aos poucos, sem pressa, mas movidos por um desejo irresistível e que crescia a cada instante.

Dean deixou que o peso do seu corpo caísse de vez sobre o da loira e ela o abraçou embaixo do cobertor, enquanto o beijo tornava-se mais intenso.

No entanto, ao ouvirem um barulho que parecia vir do andar de baixo, os dois se afastaram imediatamente. Se olharam e adivinharam ao mesmo tempo:

— Henry.

Minutos depois, o casal deixou o quarto, caminhou pelo corredor e desceu as escadas em silêncio. Para não fazer barulho, os dois estavam descalços.

Apesar do frio, Natalie vestia um dos seus clássicos pijamas, um short e uma camiseta preta do Led Zeppelin, enquanto Dean usava uma calça cinza e uma camiseta branca de algodão.

Os dois passaram pelo hall do bunker, pela sala principal, caminharam por mais um longo corredor e quando finalmente chegaram na cozinha, ficaram parados diante da porta observando uma certa cena.

Há alguns metros deles, o filho do casal parecia procurar por algo dentro da geladeira, que estava com a porta escancarada.

O menino, que era mais velho do que Rachel alguns meses, tinha os cabelos loiros numa tonalidade entre o cabelo de Dean e o de Natalie. Seus olhos eram verdes como os de ambos, mas de resto, ele era a cara do pai. Quase como uma miniatura de Dean Winchester.

Quando ele finalmente encontrou o que procurava, e segurou uma bandeja com um generoso pedaço de torta de chocolate, Dean acendeu a luz do ambiente e a voz de Natalie ecoou pelo lugar:

— Henry Jones Winchester, posso saber o que você está fazendo acordado a essa hora?

O menino teve um pequeno sobressalto ao perceber que tinha sido pego no flagra e segurou a bandeja com força para ela não cair de suas mãos. Então, lentamente, ele se virou na direção dos pais e sorriu um tanto sem graça.

Ao ver o que o filho segurava, Dean arregalou os olhos e reclamou:

— O que eu falei sobre isso?

Henry suspirou frustrado, olhou para baixo e respondeu:

— Não mexer na torta do papai e da mamãe.

— Por quê? — prosseguiu o Winchester.

— Porque eu comi toda a minha torta depois do jantar e esta é do papai e da mamãe. — lembrou a criança. Porém, depois de uma breve pausa, ele voltou a olhar na direção dos dois e argumentou: — Mas é que eu tive um pesadelo. Não consegui mais dormir e fiquei cheio de fome.

Dean e Natalie se entreolharam por alguns instantes enquanto ponderavam o que o filho havia dito. Em seguida, a loira adentrou o recinto, se aproximou dele, fechou a porta da geladeira e pegou a bandeja das suas mãos.

— Tudo bem, senta. — orientou Natalie carinhosamente.

Henry sorriu em agradecimento e caminhou rapidamente até a mesa que havia no centro do cômodo. Puxou uma cadeira enquanto Dean fazia o mesmo. Natalie, por sua vez, colocou a torta sobre a mesa, e depois de pegar um prato e alguns talheres no armário, sentou do lado do filho.

Com uma faca, ela se preparou para cortar um pedaço daquela deliciosa sobremesa, mas hesitou. Olhou para Dean, que observava a torta de uma forma que deixava claro que ele não queria dividi-la com ninguém. Não achava justo, já que Henry já havia comido a dele mais cedo. Mas que tipo de pai ele seria se negasse um mísero pedaço de torta para o próprio filho?

Além disso, a torta também era de Natalie e se ela tinha concordado com aquilo, então teoricamente o pedaço para Henry ia sair da porcentagem dela, certo?

Enquanto Dean sorria aliviado ao pensar por este ângulo, Natalie finalmente cortou a torta. Em seguida, a loira colocou uma fatia fina da sobremesa dentro do prato, sorriu e o entregou para Henry. Ele franziu o cenho enquanto observava aquela mesquinharia e depois fitou a mãe, esperando uma explicação.

Natalie desmanchou o sorriso e explicou:

— Você é pequeno, portanto o seu estômago também é.

— Mas a minha fome não. — retrucou o menino.

— Henry. — repreendeu Dean.

Então o filho deu de ombros, colocou o prato perto de si e resmungou:

— É tão bom se sentir amado.

— Você sabe que nós te amamos, querido. — declarou Natalie. — E sabe por quê? — desafiou ela lhe lançando um sorriso.

Prevendo qual era a resposta, Henry fechou os olhos constrangido e implorou:

— Ah não... Por favor, não diga aquilo de novo...

Ignorando o pedido, Natalie passou um dos braços em volta da criança, beijou sua testa e respondeu de uma forma carinhosa, mas que para Henry era constrangedora:

— Porque você é o Bebê Awesome!

Dean sorriu para o filho que abriu os olhos e protestou:

— Sabem, este apelido podia ser engraçado quando eu usava fraldas, mas agora? Meu Deus... Eu tenho quase oito anos.

— Mas sempre será o nosso bebê. — insistiu Natalie afagando os cabelos do filho. — Ah! E a propósito, eu adorei o pijama. — elogiou a loira olhando a roupa de dormir do filho, que tinha vários Batmans na estampa.

— Obrigado. Foi o vovô que me deu. — explicou Henry. — Por falar nisso, quando ele vai vir visitar a gente de novo?

— É complicado... — começou Dean. — Ele finalmente parou de enrolar a Jody e agora sabe-se lá quando eles vão sair daquele ferro velho. Mas não se preocupe, o Bobby não aguenta ficar muito tempo longe de você e da Rachel. Eu tenho certeza que quando a gente menos esperar, ele vai aparecer. Agora come a sua torta, antes que eu pegue pra mim.

Henry assentiu e levou o primeiro pedaço da sobremesa à boca. Momentos depois, ele se levantou da mesa e disse:

— Bem, obrigado pela torta e boa noite.

— Boa noite, filhão. — desejou Dean enquanto o menino caminhava na direção da porta.

No entanto, ele parou e olhou para trás quando Natalie o chamou:

— Ah, querido... Você disse que teve um pesadelo? O que acontecia?

Henry hesitou um pouco enquanto sentia um arrepio de medo percorrer o seu corpo ao lembrar do tal sonho. Mas em seguida, ele se encheu de coragem e respondeu:

— Tinha um homem tentando me pegar. Ele era magro, alto, vestia uma roupa preta e tinha uns braços enormes. Mas eu não conseguia ver o rosto dele. Não se preocupem, foi só um pesadelo idiota.

— Você e a Rachel andam tendo muitos pesadelos ultimamente. — observou Dean um tanto intrigado. — Precisam parar de assistir filmes de terror escondidos. Agora volta para a cama e se você sonhar de novo com o magricela, dê um chute no traseiro dele por mim, ok?

Henry riu e concordou com um meneio de cabeça, enquanto Natalie repreendia Dean com o olhar. Não tinha achado engraçado, muito menos apropriado, aquele tipo de conselho.

Em seguida, o menino deixou os pais sozinhos. Logo eles olharam para a torta sobre a mesa e já que estavam ali mesmo... Resolveram acabar com ela antes que Henry acordasse com fome de novo.


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Notas finais do capítulo

E então? Viajei? Acertei? Querem mais?

Contem-me tudinho, não me escondam nadinha!

Pretendo postar o próximo capítulo em breve, mas tenho que deixar claro que a minha prioridade é atualizar Heaven and Hell, então sejam pacientes comigo...

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