My Kind of Love escrita por Thaaai
Notas iniciais do capítulo
Aí vai o primeiro cap.Espero que curtam!!! >.< *---------*
Tô me sentindo em jogos vorazes, quando a Effie diz “que a sorte esteja sempre ao seu favor” às pessoas que estão indo pra morrer! Comigo é basicamente isso, Bete insiste com sua filosofia de boteco sobre como eu devo ser uma mulher forte e com boa autoestima.
Quase que involuntariamente, minha cabeça reproduz suas frases feitas “nunca deixe um homem te ver chorando, menina. Se pisar em cacos, arranque todos e faça um colar... Maxi colar de preferência”, mas, ela se esquece de que a sorte NUNCA está ao meu favor. É como se eu jamais, em hipótese alguma, pudesse sair com um suco na mão que o azar, assim como um ímã, me impulsionaria diretamente pra camisa de alguém.
A prova disso é que estou aqui, às 9h da manhã, esperando a Bianca, que foi dormir na casa da ruiva e me deixou aqui cuidando sozinha da academia e explodindo de raiva por certas atitudes, que ela vai me explicar querendo ou não.
– Ah, apareceu a margarida... murcha!
– Credo, K. Isso é forma de me receber? – respondeu Bianca fingindo decepção, após passar saltitante pela porta.
– É sim! Eu vou ser bem prática...Vou te perguntar uma coisa e dependendo da sua resposta seu rosto pode sair intacto ou não.
– Acordou de mau humor hoje, né? Pra variar! – revirou os olhos -- Tá, o que foi?
– Você andou falando com o idiota do Pedro?
– Falei sim, tá? Ei, pode ir baixando esse punho!
– Eu não acredito, cara! Cê tá querendo me ferrar, Bianca? Porque eu não tô vendo outra explicação, sério!
– Vem cá – me chamou para o escritório – Anda, Karina!
Assim que chegamos lá esperei a “princesa” falar, mas ela tava brincando com uma mecha de cabelo.
– Tô esperando... - falei.
– Hã?
– A resposta, Bianca! – santa demência, meu Deus...
– Ah, tá... Olha, eu sei que você vai querer me matar e me interromper, mas sério, me escuta até o fim. Karina, eu falei com Pedro sim, mas porque eu tava estranhando essa relação de vocês e sinceramente, eu acho que vocês se gos...NÃO. Não interrompe!!! – pigarreou – Continuando...eu sei que vocês se gostam e não sou só eu, se você quer saber! Até o papai – arregalei os olhos. COMO ASSIM? – Calma, ele só tava desconfiado e já queria até matar o Pedro, se eu não tivesse impedido!
– Ótimo, pelo menos uma coisa boa...Era pra você ter deixado!
– Pra que? Aguentar você chorando no meu colo?
– Chorando de emoção, por me livrar daquele encosto! Mas, enfim, conclui logo essa conversa, porque se o seu Gael volta do banco e vê a academia à toa, eu é que vou sobrar, já que a princesinha nunca leva a culpa!
– Vou fingir que não ouvi esse comentário, tanta acidez de manhã não faria bem ao meu estômago – dei língua – Olha, o que eu quero dizer é que eu me preocupo contigo e queria saber se essa história de vocês aí tem futuro. Eu ia adorar...você se faz de durona o tempo todo e só quero estar atenta pra não deixar duas pessoas que se gostam se afastarem por birrinhas de adolescente espinhento na puberdade.
– Valeu por se preocupar, mas, entre eu e o Pedro não existe nada além de bons tapas, provocações e um chafariz ...
– Quê??
– Nada, esquece. – sorri lembrando – Era só isso? Ok, fui!!!
– Fica zoando, tá? Um dia ainda vou jogar na cara essa conversa, bem lá na igreja.
– Aham, na igreja –girei a maçaneta da porta – na missa de sétimo dia do Pedro!
– ESPERA!!! – gritou Bia - Esqueceu o celular...Esquentadinha.
*******
– Calma, K. – disse Duca, após eu trombar com ele.
– Foi mal aê. – sorri sem graça.
Se me perguntassem dele um ano atrás certamente eu estaria aqui ainda, voando, pensando nas suas mil qualidades...e não responderia nada, é claro! Nunca fui de contar nada pra ninguém, a não ser pra Bete e às vezes, Mari. Enfim, eu era louca por ele, mas agora desencanei. Nem daria certo mesmo, já que ele cai de quatro ( sem duplo sentido!) pela Bianca, obviamente eles se pegam e ainda assim acham que ninguém saca.
– Tudo bem, Loira – bagunçou o meu cabelo – Ih, olha quem tá vindo aí...
– E aí, esquentadinha? – revirei os olhos, sem muito esforço pra saber de quem se tratava.
– Fui. Não vou atrapalhar o casal não! – comentou Duca, indo para o ringue com Marcão.
– Oi?– estalou os dedos em minha frente.
– Ai, garoto, me deixa! Tá fazendo o que aqui?
– Ô garota mais nervosa, viu?
– Ah, mas eu não sou mesmo!
– Tá bom, esquentadinha... – riu.
– Esquentadinha vai ficar é a minha mão na sua cara, se continuar me chamando assim! Mas, fala logo, tá fazendo o que aqui? A Ribalta fica lá em cima.
– Eu sei muito bem onde fica a Ribalta, na verdade, só vim te entregar uma coisa – mostrou meu fone de ouvido. – Mas, pensando bem... a mocinha aqui não se comportou direito, então eu acho melhor voltar pra casa.
– Não! Eu quero meu fone, seu ladrão! – tentei pegá-lo, mas o idiota tirou vantagem da minha altura, ou falta dela, pra fazer o jogo do “bobinho”.
– Não roubei, você que esqueceu na mão do Jeff, sua maluca! Como ele sabia que morávamos perto, pediu pra eu te entregar. – saiu em direção à porta.
– Volta aqui, Pedro.
– Tchauzinho... – atravessou a rua dando risada. E eu o segui, feito uma louca, completamente distraída.
–Me dá a droga do...
– KARINA!!!
É, estava realmente distraída...A ponto de nem ver o carro avançando em mim!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Curtiram? Se quiserem opinar sou toda ouvidos. Críticas são sempre bem vindas e é bom que vocês me dizer o que posso melhorar. :DBeijo, beijo :*