You and Your Heart escrita por QueenB


Capítulo 15
Recaída na chuva


Notas iniciais do capítulo

Voltei mais cedo pq? pq ñ sei, acho q eh por agradecimento a vcês!!!!
Quem aí ta acompanhando o Oscar? Eu perdi o Grammy! Mas pelo menos to aqui iludida que um dia eu andarei nesse tapete vermelho, como a boa atriz (no oscar) ou cantora (no garmmy) que serei ! HAHAH sem mais delongas, aproveitem.



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Pov – Percy

Quatro dias depois.

O dia tava um saco. Um saco maior que o do meu ex padrasto Gabe Ugliano. Sim, minha mãe teve um caso com meu pai, me teve, se casou com Gabe cheiroso – é assim que o chamo, o cara fede pra caramba – se separaram e ela finalmente fez sua união com Poseidon.

Agora, olhando o céu e vendo minha obra de arte finalmente acabada, sentindo meu fedor embaixo dos 35° graus, e esperando a chuva que estava se formando no horizonte, não havia melhor momento do que esse para mostrar minha engenhoca para o pessoal. Andei ás pressas até nosso abrigo, que por incrível que pareça, estava até aconchegante. Encontramos uma árvore grande o suficiente para fazermos uma casa em cima, com as aulas de mercearia, com as mãos de Leo Foguinho e com o conhecimento de Annabeth em sobrevivência (sério, aquela garota viveu a infância assistindo Discovery e Nat Geo) e arquitetura, posso dizer que eu viveria naquela ilha o tempo que fosse, se eu não tivesse assuntos a resolver em Nova Iorque.

Gritei para Calipso jogar a escada e assim fez. Quando cheguei na varanda, vi que Calipso estava construindo camas improvisadas.

– Leo mandou fazer isso. – Explicou – ele também foi buscar algumas folhas de bananeira junto com Annabeth para usar como forro. A chuva vai ser forte.

– Quer ajuda? – disse – Parece que você está cansada.

– É – ela riu curto – um pouco.

Comecei a trançar as finas folhas e nó de bambu tentando imitar Calipso. Ela fazia aquilo com muita agilidade e facilidade. A observei mais um pouco, ela não havia mudado muito desde que nos separamos. Seus cabelos estavam maiores e ela continuava com a mesma simpatia e brilho nos olhos.

– Não me encara assim.

– Hã, desculpa. – Respondi sem graça. – Então, cadê o resto do pessoal?

– Foram explorar a ilha em duplas. Prometeram voltar antes da chuva.

– Hã, claro.

Visivelmente Calipso não queria conversar muito comigo, imagino como ela deve ter se sentido quando terminamos.

– Sabe, - ela me olhou, nossos olhos muito próximos – nunca discutimos como ficaria nossa relação depois daquilo.

– Ah, melhor nem discutirmos, eu estou bem. Se não, ficarei.

Ou talvez ainda sinta.

– Quero que saiba que você sempre vai ser uma grande amiga pra mim.

– Perseu Jackson. – Calipso me fuzilou – Tu acha mesmo que vai fazer uma garota se sentir melhor a chamando de “grande amiga”?

– Hã...

– Ainda bem que não.

Calipso sorriu docemente e minha tensão se foi. Sorri também e continuei a trançar. Senti gotas caírem em mim, e cheguei até olhar para ver se ela não estava chorando. Que nada, dessa vez era o céu mesmo.

– Cadê o pessoal... – Ela sussurrava consigo mesma.

– Toc Toc – gritou alguém lá de baixo.

– Quem é? – Gritei de volta.

– Sou eu bola de fogo e o calor tá de matar vai ser na praia da Barr...

– Ai senhor Zeus, cala boca Leo. – Calipso gritou jogando as escadas.

Quando Leo subiu, ela olhou brava para ele que apenas deu de ombros jogando as folhas para dentro da casa.

– Porque não deixamos a escada do jeito que tá, não é melhor?

– Leo ta com medo que canibais subam e nos comam. – Calipso disse revirando os olhos.

– Nunca se sabe o que pode ter por essa ilha. – Leo fez imitação com voz de menina.

– Se Piper escutar isso ela te mata. E eu ajudo. – E começaram a brigar.

Assistir a discussão tava até legal, tirando o fato da chuva estar engrossando. Olhei para cima, o céu estava preto, as nuvens totalmente carregadas e o mar agitado.

– Oh casalzinho dois ponto zero chega né? Leo cadê a Annabeth?

– Eu não sei, ela disse que viria logo atrás de mim. Ficou sentada observando um pássaro perto das rochas.

Droga. – Murmurei.

– Droga por quê? – Calipso perguntou.

– Ela não pode ver.

Antes de eles perguntarem o que, desci a escada e sai correndo até as pedras rochosas, onde minha invenção estava escondida e ninguém poderia ver ainda.

A chuva batia forte em meu rosto, a areia antes árdua, agora embarrava minha perna. Depois da correria, vi um vislumbre loiro admirando a máquina sem nem ligar para a chuva.

– Annabeth!

– Hã? – Ela se virou – Percy, o que foi?

– Diz que você não viu! – eu gritava sob a chuva.

– Por que? Percy, isso é maravilhoso!

Pov – Annabeth.

A invenção de Percy era linda. Um suporte de bambu, como se fosse pé de mesa cruzado, um bambu verde dividido em duas partes: Uma ficava em cima, grudada a uma grande folha de bananeira entrelaçada a cipós que servia como uma “telha” que transportava água até o segundo bambu, embaixo, que levava a água até uma “bacia”.

– Você construiu isso, nem dá pra acreditar! – Eu gritava por cima da chuva e dos relâmpagos.

Percy permanecia calado observando seu trabalho. As gotas que se juntavam na grande folha da bananeira escorriam entre os bambus até a bacia, juntando água potável da chuva.

– Está juntando água! Você resolveu nosso problema! – Corri e o abracei.

Percy pareceu surpreso de início, mas cedeu ao abraço e juntou os braços em minha volta.

– Essa não era minha intenção. – Sussurrou ele.

Tentei sair do abraço mas ele apertava.

– Hã, então qual era? – Disse em seu ouvido.

– Era impressionar...

BUM! Um raio explodiu uma árvore á vinte metros de nós.

Se soltamos e nos olhamos assustados e voltamos a correr até o abrigo pela praia.

No meio do caminho Percy tropeçou e caiu na água. Comecei a rir dele e dei a mão para ajudá-lo. O filho de uma mãe me puxou para dentro da água junto com ele me fazendo cair, e ai começamos a fazer guerra de água.

Percy jogou água na minha cara e eu tive que fechar os olhos. Quando abri Percy não se encontrava em lugar algum. Comecei a procurar desesperada até sentir uma mão em minha cabeça. Percy emergiu da água rindo me soltando, quando emergi o fuzilei com o olhar e então cai em uma gargalhada.

Ele não pareceu entender, só seguiu meu olhar até sua cabeça e tirou de lá uma alga.

– Eu disse que você é um cabeça de alga.

– Hahá. Engraçadinha. Temos que voltar sabidinha.

– Ainda não achou apelido melhor?

– Achei, mas acho melhor não usar, sabe, é muito alto para você entender.

– Haha, super Einstein.

Saímos da água e começamos a andar de volta à casa na árvore.

E pela primeira vez em quase duas décadas.

Eu me sentia feliz.


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Notas finais do capítulo

* Se não ficou claro a explicação da invenção, > https://sp.yimg.com/ib/th?id=HN.608035282165039259&pid=15.1&P=0 < aqui tá uma url parecida. Não é exatamente assim, mas é semelhante.*
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