I Will Protect You escrita por Ice Queen


Capítulo 6
Capítulo 6 - Longing




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Acordei com meu celular vibrando, desbloqueei a tela e vi que era uma mensagem da minha mãe.

Oi querida, como você esta? Esta se dando bem no novo apartamento? Vem almoçar aqui para podermos conversar. Um beijo, mamãe.”

Sorri, estava morrendo de saudade dos meus pais e nada melhor que um almoço de domingo para matar a saudade.

Levantei da cama e me arrumei num minuto. Resolvi nem tomar café, porque se conheço bem minha mãe o almoço vai ser um banquete.

Sai do apartamento e quando estava no elevador me lembrei: como eu vou chegar lá? Droga.

– Ed, você sabe de tem algum lugar para pegar taxi ou ônibus por aqui? – Perguntei assim que cheguei à recepção.

– Acho que não vai precisar Luce – Ed disse sorrindo e andando até a porta principal – Sua mãe deixou aqui ontem, ela até ia subir, mas eu disse que você estava com amigos e ela não quis incomodar.

Ele me entregou uma chave e indicou o carro estacionado em frente ao prédio. Minha boca escancarou e Ed soltou um risinho. Não que o carro fosse um daqueles carrões super chamativos ( e se tratando da minha mãe eu até me surpreendi com esse fato), o carro na verdade era meu modelo favorito.

Entrei praticamente correndo no carro e passei as mãos sobre o volante ainda sem acreditar. Olhei cada milímetro do carro e agradeci mentalmente a minha mãe por ela ter colocado e programado o GPS. Liguei a ignição e comecei a dirigir, chegando à casa dos meus pais, ou como eu gostava de chamar: a “casa branca”, em poucos minutos. Assim que me viu mamãe veio correndo.

– Oh meu bem, senti tanto sua falta – Ela disse me abraçando.

– Eu também senti – Eu disse dando um aperto forte e depois a soltando. – Se sente minha falta, por que me mandou embora?

– Querida, eu e seu pai estamos passando por um momento difícil, mas nada que você precise se preocupar. Alem disso, nós achamos que você precisa de mais liberdade.

Ela disse a ultima frase com um sorriso sapeca, me fazendo corar e soltar um risinho. Mamãe puxou minha mão e começou a tagarelar indo em direção a porta. Eu não conseguia me concentrar no que ela dizia. O que estava acontecendo? Que momento difícil é esse? Balancei a cabeça, mamãe disse para não me preocupar e é isso que eu vou fazer.

. . .

Passei praticamente o dia todo na casa dos meus pais. Como eu disse o almoço foi um banquete. Papai teve que sair e eu e mamãe passeávamos pelos jardins que nos duas cultivávamos quando eu era pequena.

– E então querida, como está indo na escola? – ela perguntou se sentando num banco suspenso que estava preso numa grande arvore do jardim.

– É... – Eu disse me sentando também – Tá legal. Consegui fazer amigos.

– Que bom! – ela sorriu – E os garotos, hein? Tem algum bonito?

– Mãe! – Corei abaixando a cabeça e ela riu. Eu até contaria sobre Adam, mas algo me impediu de falar. Se bem que nós não tínhamos nada um com o outro. Ainda.

– Olhe para mim Luce. – ela disse pegando minha mão, fazendo-me olhá-la – Eu quero que saiba que independente de quem esteja mexendo com seu coração, e nós duas sabemos que tem alguém, eu vou te apoiar. Porque se você estiver feliz, eu também estarei.

Olhei para ela sorrindo e a abracei forte, fechando os olhos impedindo as lagrimas. Sei que parece idiota, mas minha mãe tem o dom de emocionar as pessoas.

– Eu só quero que você tome cuidado, tudo bem? Não quero que aconteça novamente o que aconteceu entre você e Harry.

Assenti. Eu ainda me lembrava de Harry Thompson. Ou melhor, Harry Cafajeste Thompson. Harry era um garoto aparentemente perfeito, começamos a namorar quando eu tinha 15 anos e ele 17, ele me tratava bem, nunca ultrapassou nenhum limite, até mudar completamente. Um dia, nós dois estávamos passeando por um bosque, quando do nada Harry agarrou meu braço e começou a me puxar. Ele só parou quando chegamos a uma cabana afastada. Ele começou a andar na minha frente, com um olhar lunático, repetindo “nós vamos ficar juntos Luce, para sempre. Sempre” rindo de algo que eu não sabia. Ele entrou em um quarto e enquanto ele ficava lá eu consegui ligar para meu pai, o que foi minha salvação, porque Harry voltou de lá com uma faca, dizendo para nos matarmos, para podermos ficar juntos para sempre. Antes que ele fizesse qualquer besteira, meu pai chegou e o levaram para uma clinica psiquiatra. Eu nunca mais o vi, mas se visse acabaria com ele.

. . .

Já eram 19h00min quando eu cheguei em casa. Estava cansada e sem nenhum animo para preparar alguma coisa.

Quando estava prestes a me jogar na cama alguém toca a campainha. Suspiro e vou atender a porta, sem nem olhar pelo olho mágico.

– Adam?

– Precisamos conversar.


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