A princesa de Illéa escrita por The Queen


Capítulo 4
Conhecendo as meninas




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Eu estava terminando um desenho quando ouvi uma voz feminina desconhecida entrando no salão das mulheres, logo fui escutando outras diferentes a medida que mais gente chegava. Algumas apontavam para mim e davam risadinhas, espero que não estejam rindo de mim. Eu pego a folha de papel e os lápis de cor e vou para o canto mais afastado do salão.

Ele hoje está equipado com cabides cheios de roupas, mais cadeiras e espelhos para Selecionadas. Cada uma que chegava ia para uma estação, eu fiquei apenas observando. Algumas já estavam tão produzidas que ao invés de por coisas, eles tiravam o excesso de maquiagem.

Finalmente America chegou, ela parecia tão bonita pessoalmente quanto na foto, acho que fiz uma boa escolha apesar de ser uma cinco.

Uma das garotas que chegou com ela, Celeste eu acho, gritava com todas as criadas, as chamava de incompetentes, desmioladas e outras palavras que não sou autorizada a falar.

Uma menina chorava porque queriam pintar seu cabelo de outra cor, pensei em ir lá reconforta-la, mas decidi ir para meu quarto. Fiquei desenhando lá até ouvir um grito no jardim.

Vou para sacada, olho para baixo e vejo Maxon conversando com America, mas ela não parece muito amigável com ele, pare até que estavam discutindo, Maxon andava em círculos, ele costuma fazer isso quando está nervoso.

– Vossa alteza, você precisa dormir - Uma de minhas criadas diz

– Já falei que pode me chamar de May - Repreendo

– Desculpe vossa Alteza, quer dizer May

Queria ver mais, porém vou para minha cama.

Na manhã seguinte minhas criadas vem acordar bem cedo

– Alteza hora de acordar - Diz Grace

– Já falei que pode me chamar de May - Digo sonolenta

Eu tomo um banho, coloco um vestido, sapatos, a maquiagem para disfarçar o sono, joias, coroa e desço para o café. Maxon deve estar conhecendo as meninas na sala ao lado, mas eu só posso conhece-las no café, então vou para sala onde fazemos a refeição, meus pais já estão lá, junto com um monte de câmeras .

Dou um bom dia geral e eu pai me olha feio.

– Bom dia, senhor - Digo contra minha vontade. Numa família normal, já seria considerado educado dar um bom dia geral.

– Bom dia minha querida - Diz minha mãe. Ela me beija na bochecha.

Eu estou faminta, mas não podemos começar antes da chegada das selecionadas. Depois de um tempo as moças invadem o salão, sem reverencia, é assim que eu gosto.

— Senhoritas — Silvia disse — receio não termos chegado a conversar sobre isso. Sempre que entrarem em um cômodo onde o rei ou a rainha ou o príncipe ou a princesa, ou se Vossas Majestades entrarem em um cômodo onde vocês estiverem, a atitude correta é uma reverência. Em seguida, quando lhes responderem, endireitem o corpo e tomem assento. Vamos fazer juntas agora?

Elas fazem uma reverencia. Silvia me dava aulas até um pouco antes da Seleção, agora estou numa espécie de férias escolares, mas ela é muito exigente quando o assunto são boas maneiras.

— Bem-vindas, garotas — disse minha mãe — Por favor, sentem-se em seus lugares e fiquem à vontade no palácio. É um prazer recebê-las.

As serventes colocaram suco de laranja nos copos e os mordomos retiram os cloches de cima das panquecas. Meu pai abençoou a refeição e começamos a comer. Alguns minutos depois Maxon chegou.

— Por favor, senhoritas, não se levantem. Desfrutem do café da manhã.

Ele se dirigiu à mesa principal, beijou a minha mãe no rosto, fez um cafuné em mim e em Emily e apertou o ombro do pai com a mão firme e se sentou à esquerda dele.

– Quantas saíram? - Meu pai perguntou

– Oito - Maxon respondeu

– Bom começo

Bom começo? Essas garotas nem tiveram chance. Minha mãe na hora fez uma cara de horrorizada, mas logo voltou ao normal.

— Senhorita America? — Maxon chamou. Fiquei feliz, era a minha favorita.

— Sim, Majestade? — Ela respondeu

— O que está achando da comida?

Ok, pergunta estranha, mas eu sinto que tem algo por trás, quem sabe aquele encontro ontem à noite.

— Excelente Majestade. Esta torta de morango... bem, tenho uma irmã que gosta mais de doces do que eu. Acho que ela choraria se a experimentasse. Está perfeita.

Maxon engoliu um bocado de sua própria comida e recostou na cadeira.

— Acha mesmo que ela choraria?

— Sim, é isso que eu acho. Ela não consegue controlar muito bem suas emoções.

— Você apostaria dinheiro nisso? — ele perguntou rapidamente.

As cabeças de todas as meninas viravam de um lado para outro, como se elas estivessem assistindo a uma partida de tênis, acho que a minha também.

— Se tivesse dinheiro para apostar, com certeza o faria — Ela respondeu.

— E o que gostaria de apostar em vez disso? A senhorita parece ter um talento para os acordos.

Eles tinham feito um acordo e acho que meu pai percebeu.

— Bem, o que Vossa Alteza quer? — ela rebateu

— O que a senhorita quer? — ele replicou.

— Se ela chorar quero usar calça por uma semana — America propõe

Todo mundo riu, de maneira discreta e educada, eu me contive para não explodir em gargalhadas. Até meu pai parecia ter achado o pedido divertido. Minha mãe olhou para America de um jeito diferente a partir dai, será que ela também sente saudades de usar calças? Eu nunca usei uma.

— Feito — afirmou Maxon. — E, se ela não chorar, a senhorita me deve um passeio pela propriedade amanhã à tarde.

— Alteza, seus termos são severos, mas eu os aceito — afirmei.

— Justin?

— Embrulhe as tortas de morango e envie-as para a família da senhorita America. Peça que alguém espere enquanto a irmã experimenta e nos informe se ela, de fato, chora. Estou curiosíssimo quanto a isso.

Justin apenas sacudiu a cabeça e saiu.

— A senhorita deveria escrever um bilhete dizendo que está bem para acompanhar o embrulho. Na verdade, todas vocês deveriam escrever a suas famílias. Façam isso depois do café. Garantiremos que as cartas sejam entregues ainda hoje.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem!