Êrico Jenes escrita por AndyCavalcante


Capítulo 1
Capítulo 1 - O nascimento




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Um choro ecoa por entre as florestas de Orgui, os animais ficam agitados, os lobos uivam e a lua é a única fonte de luz em toda a redondeza. O som vem de uma casa escondida pelas árvores, protegida por animais.

- Não chore meu pequeno, o mundo não precisa saber que você chegou nele – diz uma senhora baixa de cabelos grisalhos segurando o recém nascido nos braços – meus queridos protetores familiares – diz ela enquanto os animais se posicionam em volta da casa – que espírito regerá os caminhos dessa criança?

O pai do pequeno menino que acabará de nascer estava ao lado de sua mulher, segurando-lhe as mãos, enquanto observavam a sacerdotisa e avó da criança completar o ritual. Aproximou-se então uma raposa velha e esta se ofereceu para guiar o menino e ser seu espírito protetor dando a sua vida para renascer como espírito e familiar do garoto, ela se posicionou ao lado do bebê e curvou-se a ele.

- Espíritos e familiares que guiam nossos herdeiros eu lhes peço que recebam como seu novo Xamã, Êrico Dante Jenes, meu neto, a ele peço suas oferendas. Apresentem-se familiares.

Diante dela apareceram os espíritos de águia, lobo, urso, coruja e touro. Cada um desses espíritos representava um parente, o primeiro (a águia) era próprio da velha sacerdotisa, os outros eram do pai, da prima do meio, Agnes, do avô e do tio. Apenas quatro espíritos podiam ser escolhidos para presentear os recém nascidos. A primeira a se aproxima foi a águia.

- Bem como todos já sabem eu represento a observação e destreza, nada lá do alto me escapa, nem um mísero inseto. E sou o espírito da querida Havine, e como espírito ancestral e com total devoção aos herdeiros eu não posso dar menos do que tudo de mim. A raposa por si é ágil e inteligente. Então eu vou doar a minha observação, Êrico, você levará com você os olhos de uma águia, verá aquilo que os outros não vêem isso poderá lhe ajudar muito na vida, mas também poderá atrapalhar, vai depender do que você fizer com isso – o espírito fechou os olhos e se curvou completando assim sua oferenda.

- Vou ser o segundo - disse o urso e então se aproximou - eu ofereço a ti a bondade, para que teu coração não se corrompas as singelas maldades do mundo – curvou-se o urso.

O touro foi o terceiro – darei a ti minha força, para que nunca desista nas horas ruins – curvou-se o touro.

- Bem a mim com certeza compete à sabedoria – disse a coruja – eu te dou a minha sabedoria, e para isso não precisa de explicações – curvou-se a coruja.

O lobo branco acinzentado era o ultimo – Você recebeu os olhos da águia, o bom coração do urso, a força do touro, à sabedoria da coruja e de mim recebe a vitalidade e determinação – o lobo encostou a cabeça na testa do menino e seu cabelo antes castanho se tornará platinado da cor do pelo do lobo.

- Agora é minha vez – disse a raposa e o lobo cordial abriu caminho – Eu lhe ofereço a minha vida, para renascer como espírito, ser seu guardião e guia, a partir de hoje nossas vidas estarão cruzadas para sempre. - a raposa curvou-se, uma luz tomou conta de seu corpo e ela então se tornou espírito.

(continua...)


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