Ilusão escrita por Mellconde


Capítulo 3
Capítulo 2




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No dia seguinte fui ao mercado ajudar Esme com as compras, me pergunto porque eu não podia ficar em casa.

- Olá Edward – disse uma voz familiar logo atrás de mim.

- Oi Rose – disse sem animação alguma.

Rose era mais uma do grupo das oferecidas, se jogar para cima de mim seria pouco para o que ela fazia. Ela era realmente muito bonita, e tinha um sorriso encantador, mas ainda sim me dava nojo.

- ajudando a mamãe ?

- é. - Não preciso mencionar também que odiava conversar com ela, preciso ? Para que uma frase inteira se ela não entenderia nem a metade ? - até mais rose.

- até mais, gotoso. - a ultima palavra foi dita em um tom mais baixo, porém alto suficiente para que eu ouvisse.

No final de um dos corredores, onde eu ajudava Esme, a menina apareceu. Não qualquer menina, a minha menina, aquela que eu teria para mim não importasse como. Ela não veio me cumprimentar, apenas sorriu de longe. Ela se virou e entrou em um outro corredor. Deixei Esme para trás e corri atrás dela, virei no mesmo lugar que ela, mas ela não estava mais lá. Ninguém parecia ter notado a presença de alguém tão linda. Só eu.

Decepcionado, voltei para o lugar de onde a vi, Esme me esperava com uma expressão confusa.

- o que ouve querido ?

- pensei ter visto uma amiga.

Pagamos as compras e mais um vez a caixa do super mercado “acidentalmente” deu o numero do telefone dela junto com o troco.

Cheguei em casa, tomei banho e corri para a praia. Procurei ela, vasculhei por cada canto, mas ela não estava lá.

Será que eu cheguei tarde demais?” pensei “ou será que ela não quer mais me ver ?”

era algo que, por incrível que pareça, doía só de pensar. Será que eu não era bom o bastante para ela ? Eu precisava possui-la, era mais forte que eu o desejo de te-la em meus braços. Eu precisava me conter, mal a conhecia. ela ser diferente não alterava o fato dela ser uma estranha, e que eu nada sabia de sua vida.

Ela tinha me esquecido, para ela eu era alguém novo, mas apenas mais um garoto, nada de importante, nada de interessante. Que raiva eu tinha de mim mesmo, porque eu não podia fazer a diferença ? Será que ela estava acostumada com garotos como eu ?

Eu levantei sem a minima vontade de sorri e comecei a caminhar pela praia. Olhei para o mar que me chamava. Por mais frio que estivesse, era tentador.

Tirei meus sapatos, minha camisa e corri me jogando em meio as ondas. A água bateu em minha pele gelando cada parte do meu corpo. O mar forte parecia brigar comigo, e eu estava ganhando. Até um dor muito forte começar em minha perna.

cãibra, droga”

Der repente a água parecia mais forte, a água queimava enquanto entrava em meus pulmões, eu me movimentava ao máximo, mas agora ela estava ganhando.

Eu ouvi alguém me chamar, mas não tinha certeza, estava ocupado demais tentando não morrer, mas a voz estava cada vez mais perto de mim, e com o pouco da visibilidade que eu tinha eu consegui ver a dona da linda voz. Ela estava ali, ela não tinha me abandonado, ela não tinha me esquecido.

Ela me puxou até a areia e pressionou meu peito para que a água saísse de meus pulmões, mas por pior que eu estivesse, por quase ter morrido, ela estava ali, e eu estava feliz por isso.

- Pensei que não viesse. - disse quando consegui forças para falar.

- eu disse que viria.

- não deu certeza- eu disse em meio de tosses

- não te deixaria esperando a toa. - ela disse e sorriu – só me espere chegar para tentar se matar.

- não era essa a minha intenção – eu disse

- ainda bem.

Vi seu corpo estremecer diante mim quando o vento frio a tocou. Sua roupa completamente molhada ainda pingava na areia branca. Me levantei, fui até a minha blusa e a joguei sobre seus ombros, ela precisava mais dela do que eu.

- mas e você ? Não vai ficar com frio ? - ela parecia preocupada

- te devo isso por salvar minha vida. - disse e dei um beijo em sua testa. Eu me afastei, mas ela continuou de olhos fechados sorrindo apenas com os cantos das lábios, um sorriso quase invisível.

Sim, ela era perfeita

Engoli a seco quando vi sua roupa molhada, dava para ver a forma de seu corpo nitidamente. Mal havia percebido que seus olhos já estavam abertos. Nossos olhares se cruzaram e sua bochechas coraram.

- acho melhor você vestir a minha camisa- eu sugeri.

- boa idéia – ela concordou e sorriu envergonhada.

 


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