Friendzone escrita por Shuu


Capítulo 5
♦ Ticket Final


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS!
E é isso aí, acabou. Gostaria de agradecer à todas que acompanharam minha estreia nesse fandom, muito obrigada. Desde já ressalto que: eu queria uma fic curta e esse final já era o previsto desde o ínicio.



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— Shuu!

Ergui minha cabeça assustada, encontrando uma figura feminina de cabelos platinados e olhos dourados me encarando de perto. Era Rosalya.

— Te procurei por toda parte! — ela pôs as mãos na cintura me lançando um olhar de reprovação. — Não acredito que ficou aqui matando aula!

Matando aula?

Então eu olhei ao redor, reparando na iluminação excessiva do lugar e a brisa que não deveria estar ali. Aquela ali era a área do clube de jardinagem, que, por sinal, eu fazia parte. O que, diabos, eu estava fazendo na escola? Onde estava o Armin? Aliás, cadê o cinema?

— Você se enfiou na biblioteca na hora do intervalo e eu não consegui te achar mais depois disso. — continuou. — O que você ficou fazendo aqui esse tempo todo, dormindo? — disse me analisando.

Eu estava na biblioteca?

Rosalya ergueu uma sobrancelha e se aproximou de mim, parecendo ter encontrado algo. Ela esticou o braço e se inclinou em minha direção.

— O que é isso? — perguntou-me agarrando algo que estava sobre minhas coxas. Direcionei meu olhar para o que ela havia pego. Era um livro. — “Como sair da friendzone” — leu em voz alta, incrédula. — Shuu! — repreendeu-me com uma careta.

À partir daí tudo fez sentido. Eu não tinha ido à lugar algum, apenas peguei um livro pra ler, me sentei ali e adormeci. Havia sido apenas um sonho. Os garotos apaixonados por mim, o meu reencontro com o Dake no shopping, os beijos que troquei com cada um deles, as marcas arroxeadas no pescoço e até mesmo a difícil tarefa de escolher apenas um deles. Tudo. Tudo aquilo que eu tinha supostamente vivido até agora, tinha sido uma peça pregada em mim pela minha própria mente. Fiquei, de certa forma, aliviada.

— Não acredito que você perdeu dois horários inteiros pra ler essa porcaria! — balançou o livro. — Ao invés de ficar lendo esse troço você devia levantar esse traseiro daí e chamar um dos meninos pra sair. Caramba, quantas vezes vou ter que dizer pra você, hein?! — reclamou.

Encolhi os ombros e virei o rosto envergonhada. Rosa estava realmente chateada – pra não dizer possessa.

— Se os garotos fossem discretos, eu até te perdoava, mas nããão. — revirou os olhos. — O Nathaniel só falta te colocar no lugar da Melody pra passar mais tempo com você; O Castiel, esse aí nem preciso dizer nada, as piadinhas que ele faz sobre seus peitos denuncia o quanto ele repara em você — corei. —; O Lys-fofo, bom, eu relevo, ele é mais reservado... Mas ainda assim ele te dá atenção redobrada; e o Armin não tá nem aí pro irmão, mas basta você abrir a boca que ele esquece até dos jogos. Preciso dizer mais?

Na verdade só você falou, Rosa. Mordi minha língua, guardando meus pensamentos para mim mesma. Não queria irritar Rosalya ainda mais. Acabei ficando em silêncio, pensando. O sonho me veio à cabeça assim como trechos do livro. “Observe as reações dele (ou dela), talvez você já esteja fora da friendzone há mais tempo do que imagina”. Abri a boca surpresa, sem acreditar na minha própria lerdeza. Como eu era tapada!

— Você tem razão, Rosa! — murmurei, ainda boquiaberta.

Oh, finalmente! — ela ergueu os braços num ato dramático. — O que você ainda está fazendo sentada? — franzi o cenho, confusa. — Anda, levanta. O Nathaniel está no grêmio, o Armin estava na escada, jogando, o Lys-fofo me disse que ia para o porão, deve estar escrevendo algo por lá e o Castiel... Bom, esse aí eu não vi, mas eu tenho certeza que ele ainda não foi para casa, a mochila dele ainda está na sala.

Fiquei parada alguns instantes, processando as informações. Sentindo a felicidade me invadir à medida em que eu entendia o que Rosalya queria com aquilo.

— Te dou dois segundos pra você levantar daí e ir chamar um deles pra sair. — revirou os olhos impaciente. — Um...

Levantei-me num pulo, sorrindo para Rosalya. Eu tinha, enfim, entendido. Fazer aquilo não era difícil, na pior das hipóteses eu levaria um não. Nada que eu não pudesse superar.

— Dois. — ela sorriu de lado com uma sobrancelha erguida. — Vai logo, vou devolver essa porcaria para a biblioteca. — indicou o livro me fazendo rir.

Corri para fora do clube de jardinagem pegando de volta todas as passagens para fora da friendzone. Guardei, com todo carinho, três daqueles bilhetes imaginários, tendo em mãos apenas o que eu usaria naquele momento. Parei na porta do clube e me virei para trás.

— Rosa, você pode pegar as minhas coisas? Tenho que resolver isso.

— Pego, claro, mas... — ela franziu as sobrancelhas me sorrindo sugestiva — quem você vai chamar pra sair? — soltei uma risadinha.

— Se-gre-do! — levei um dedo aos lábios, indicando silêncio. — Você vai ver! — pisquei-lhe um olho e acenei, saindo dali.

Ao longe pude ouvir os protestos de Rosalya por eu estar deixando-a na curiosidade. Mas logo, logo ela saberia, afinal eu estava, finalmente, me livrando dessa tal friendzone.


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Notas finais do capítulo

Quando a minha beta leu esse capitulo ela disse: suas leitoras vão querer te matar. Então eu respondi: eu sei. Eu nunca, havia feito um final desse tipo e quis experimentar. Assim, ao meu ver, eu poderia agradar à todas. Eu não sou boa com dramas e não gosto de prejudicar nenhum personagem (só aqueles bem filhos da puta mesmo), então o shipp final dessa Fic fica por conta da imaginação de vocês.
Peço desculpas se não agradei, mas, se servir de consolo, logo estarei voltando com uma long fic com dois casais principais (duas "docetes" e dois paqueras) e dessa vez haverá de fato um final ~risos~
Tchauzinho