Misguided Angel escrita por Katsumi Liqueur


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Onde ela se recusa a pensar e ele dé uma ordem...



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            Os pesadelos continuaram. Anna havia conseguido parar de acordar gritando, mas, às vezes, não conseguia controlar as lágrimas. Apesar disso, estava tudo relativamente normal. Ela já não conseguia dormir direito, isso era um fato. Nem conseguia mentir para James, suas olheiras a denunciavam. Por outro lado, Eric não foi tanto um problema como eles acharam que seria.

            O vampiro não aparecia na presença do metamorfo. O que, na visão de Anna, era algo bom. Não gostava de ser obrigada a estar perto de James para evitar Eric. Mas, mesmo se não fosse obrigada, ela continuaria estando perto do ruivo. Ela só não quis vê-lo naquele dia, após o telefonema. Naquela noite que Eric a visitou. Ela não contou para James o que tinha acontecido, embora ele, ao notar sua mão curada, tivesse feito perguntas.

            Outro lado bom de estar com James. Ela não pensava demais sobre as coisas, entretida na conversa casual. Anna não queria pensar no que tinha acontecido e no rumo que as coisas estavam tomando. Uma vez, ela fora até o apartamento de James e acabara pegando no sono. Eles dormiram abraçados e nenhum pesadelo a incomodou. Então, ela começou a passar mais e mais tempo com ele. Anna preferia ignorar o enorme autocontrole que ele precisava ter para não ultrapassar os limites. A garota estava sendo deliberadamente cruel. Se, por um lado, tinha plena consciência disso, por outro, ignorava completamente, não querendo se sentir culpada. Mas ela se sentia, quando estava longe dele.

Durante o dia, não havia o temor de encontrar Eric. Anna até viu Mariana, algumas vezes, mas achou que fosse simples paranóia. A mulher não teria porque observá-la. Na faculdade, seja enquanto andava pelo campus, assistia as aulas ou mesmo conversava com os outros, ela sentia todo o peso da culpa. Mas ainda preferia ignorá-lo. Luísa e Clara se empolgavam com o relacionamento de Anna e James, por mais que ela dissesse que não estava acontecendo nada.

- Claro que está! É só notar como ele olha pra você! E nem venha me dizer que você dorme sempre com ele e não acontece nada. – E Clara ria, divertida. Nunca lhe passaria pela cabeça que aquela era a realidade.

Agora ela havia notado como ele a olhava e se arrependia daquele único beijo trocado e das palavras ditas. A situação permanecia a mesma, a única diferença é que as olheiras dela não eram mais por causa dos pesadelos. Quando se olhava no espelho, se perguntava porque elas ainda estavam ali. Ela sabia a resposta, mas não queria pensar naquilo. E, sejamos claros, ele não a obrigava também. James se contentava com a situação precária deles. Ele não exigiria mais, só que, talvez, ele não fosse mais querer abrir mão da proximidade que agora tinham.     

           

           

            Eric estava frustrado. Não era algo que ele costumava sentir com freqüência. Como odiava a existência daquele cão de guarda. O maldito era exatamente aquilo, para ele. Não queria causar um problema, realmente. As coisas não eram mais tão simples assim, esse era o problema. Ele não poderia simplesmente matar James, para conseguir chegar nela. Existia a maldita trégua. Ah, mas o lobisomem ia cansar. Ia cometer alguma falha e, aí, Eric poderia se divertir ao perturbá-la. Ao dar início a sua tortura. Nada de capturá-la e torturá-la num porão, não e não. Deixaria isso pra depois, se você o caso. Mas a presença dele parecia desestabilizá-la e isso o divertia. Então, era assim que começaria, transformando a vida dela num caos, fazendo-a quebrar suas rotinas, fazendo-a tentar escapar e notar que seria impossível. Mas não era pra ela quebrar suas rotinas e fugir pra ele. Anna havia parecido tão inconseqüente e, por que não dizer, forte naquela primeira noite. Não o tipo de pessoa que se esconde atrás de outras. Mas, bem, ela era daquela família, daquela linhagem, não se podia esperar muita coisa deles mesmo.

            A questão é que ele não era a mais paciente das pessoas. Deveria ser, afinal, era um vampiro. Tanto tempo vivo deveria tê-lo ensinado a aprender a esperar. Logicamente não havia e ele estava frustrado. A ponto de se cansar de esperar e decidir começar a “jogar” de maneira um pouco suja, digamos assim. Ele ligou para o celular de Amy e a chamou para uma conversa. A pantera não estava dormindo na casa, ainda contrariada com Eric. Ele achava a atitude dela infantil, mas, realmente, não a incomodava muito.

            - Você me chamou? – Sem cumprimentos. Ela foi seca e direta, Eric não havia chamado-a ali para conversar.

            - Quero que você o seduza. – Se isso a surpreendeu, Amy não demonstrou, sua expressão não mudou. Não, para falar a verdade, tornou-se um pouco mais impassível, um pouco mais fria.

            - Isso é uma ordem?

            - O que você acha?

            - Sim, senhor. – Ela envolveu aquela única palavra com todo o sarcasmo que poderia e deu as costas para ele, saindo daquela casa que não mais lhe parecia acolhedora.


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Notas finais do capítulo

Bem, basicamente, escrita pra boneca. xD Espero que goste, afinal, só você lê isso aqui msm, xD



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