Wounded hearts escrita por Rafa


Capítulo 11
Capítulo 11- Estações


Notas iniciais do capítulo

Oi gente o/
Falei para algumas pessoas que entraria em hiatus novamente, mas desistiu. Vou postar as fics uma vez por semana, acho que em todos o FDS.
Boa leitura



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— Rukia —

Meus olhos estavam arregalados, ao contrario dos de Byakuya, que permaneciam cerrados a minha frente. A surpresa era tão grande que não me deixava relaxar em seus braços. Nada parecia fazer sentido naquele momento tornando-o cada vez mais surreal.

Sentia sua mão acariciar levemente meus cabelos curtos, arrepiando-me completamente. Seus lábios tocavam os meus lentamente parecendo querer mostrar-me algo que eu ainda não compreendia.

Não havia espaço algum entre nossos corpos, tanto que conseguia sentir completamente o contorno de seus fortes músculos apertando-se ao redor de mim evidenciando a intensidade do momento.

Meu coração palpitava acelerado. Era a segunda vez que me sentia assim, pois a primeira havia sido como Ichigo e isso me deixava ainda mais nervosa. A situação fugia de meu controle, se é que em algum momento eu o tive. Não era para nossa conversa terminar assim, não era para isso que eu estava ali.

Minha mente processava tudo lentamente ao passo que o beijo, antes calmo e carinhoso, tornava-se, aos poucos, sedento e voraz fazendo-me abrir levemente os lábios por instinto.

Seu toque instigava-me de uma maneira até então desconhecida.

Claro que já não era mais uma mulher tão inocente, mas tudo aquilo era muito novo para mim, um terreno desconhecido ao qual ele parecia querer me guiar através de cada sensação descoberta.

Meus olhos fechavam-se lentamente, estava a me entregar aos experientes toques de Byakuya. Minhas palavras de minutos atras não pareciam ter mais tanta importância. Na verdade, já nem lembrava mais do que conversávamos, minha mente estava em branco total e desesperador.

— Rukia... — Sussurrou entre meus lábios, fazendo com que correntes elétricas passassem por cada parte de meu corpo ao sentir sua mão apertar com leveza minha cintura. Aquilo estava levando-nos a um caminho perigoso.

E como para despertar-nos, batidas na porta ecoam pela elegante biblioteca abarrotada de livros e mais livros.

— Rukia-sama? — Chamou Ayame sem adentrar a sala.

— S-Sim... — Gaguejei afastando-me lentamento do homem, aparentemente frustrado a minha frente.

— Hisana-sama esta aqui para lhe ver. — Declarou fazendo com que um frio passasse por meu corpo.

— Já estou indo. — Disparei rapidamente. — Obrigada por avisar... — Agradeci sem saber se ela havia ouvido ou não.

Caminhei hesitante até a porta arrumando rapidamente minhas roupas amassadas. Evitando ao máximo vislumbrar Byakuya parado atras de mim. Sentia-me envergonhada.

— Rukia. — Ouvi a bela e imponente voz de Byakuya ecoar pelo ambiente chamar-me.

— Sim. — Respondi ainda sem olhá-lo.

— Espero que tenha compreendido que não abrirei mão de você tão facilmente. Dar-lhe o divorcio está fora de questão. — Declarou seriamente.

Aquelas palavras pegaram-me desprevenida e eu não sabia o que lhe responder. Silencia-me era a atitude mais correta que consegui pensar.

Deixei o ambiente o mais rápido que pude. Seus toques ainda queimavam minha pele e isso, definitivamente, era perigoso. Ter um homem daqueles como marido era perigoso.

— Rukia-chan! — Exclamou Hisana abraçando-me carinhosamente. — Você demorou. — Reclamou ao afastar-me.

— Desculpe-me, Nee-san. — Pedi sem encara-la.

— Você esta estranha. — Afirmou olhando-me desconfiada. — O que houve? — Questionou sem mais delongas.

Lembranças do que ocorrera instantes atrás passavam como um filme por minha mente, fazendo-me corar envergonhada.

— N-Nada... — Gaguejei.

— Sei. — Falou ela olhando-me severamente. — Pode ir falando mocinha. — Mandou ela obrigando-me a sentar-me ao seu lado no confortável sofá da sala de estar.

— E-Eu... Eu não acho... — Comecei sendo logo interrompida.

— Boa tarde. — Saldou Byakuya adentrando a sala.

Meu coração parecia quer sair pela boca.

— Boa tarde, Kuchiki-sama. — Respondeu Hisana observando-o atentamente.

— O que lhe traz a minha casa, Hisana-san? — Perguntou cordialmente, fazendo-me imaginar o que ele sentia ao ver seu antigo, ou não, amor tão perto.

— Vim apenas visitar minha pequena irmã. — Respondeu com o mesmo tom do homem a nossa frente. — Ela pareceu-me um pouco abatida em nosso ultimo encontro. — Declarou com um sorriso diferente em seus lábios, sorriso esse que eu não conseguia decifrar.

— Entendo... — Disse Byakuya olhando-me.

— Hisana-nee. — Chamei. — Vamos conversar em meu quarto. — Declarei a fim de fugir daqueles belos olhos acinzentados que espreitavam-me.

— Sim, claro. — Respondeu acenando em despedida para Byakuya, que ainda nos olhava curioso.

O caminho até meu quarto nunca pareceu tão longo quanto me parecia agora. Um sentimento estranho pesava em emu coração.

— Rukia. — Chamou-me Hisana ao me ver fechar a porta atras de mim. — Desembucha. — Disparou sentando-se delicadamente na beirada de minha cama.

As palavras me faltavam no momento. O que eu poderia dizer a ela?

— E-Eu não sei por onde começar. — Declarei por fim, sentando-me ao seu lado.

— Comece pelo começo, querida irmãzinha. — Respondeu sorrindo.

— Certo... — Respondi respirando profundamente antes de contar-lhe tudo o que vinha sentindo nesses últimos tempos. Contei-lhe tudo, desde o beijo inesperado de Ichigo ao momento intenso que ocorreu na biblioteca a minutos atras.

— Uau! — Exclamou sem olhar-me. — Acho que temos um problema aqui... — Declarou por fim.

— Eu sei, nee-san. — Respondi cabisbaixa. — Eu já nem sei mais o que fazer. — Confessei.

— Sinto não poder lhe ajudar... — Começou hesitante. — Mas eu já te disse, acabe com esse casamento de mentira. Byakuya-sama não te ama e só quer manter esse casamento por capricho de menino mimado, que é o que ele sempre foi. — Completou calmamente.

— Eu não acho que ele seja assim... — Declarei, vendo-a olhar-me surpresa. — Ele me parece um bom homem e nunca me faltou com respeito. — Sussurrei perante seu olhar.

— Não se engane Rukia-chan. Eu o conheço a mais tempo que você. — Avisou seriamente.

— Certo, mas... Mas eu não o vejo da mesma maneira que você. — Rebati em tom baixo. — Mudando de assunto. — Falei rapidamente. — Como vai Kaien-dono? — Perguntei curiosa, já fazia um tempo que não sabia nada sobre a volta dele.

— Kaien? — Indagou sorrindo. — Não sei dele. A ultima vez que o vi foi quando nos separamos no ponto de ônibus. Ele me disse que queria viajar o mundo, conhece-lo, mas seu pais eram contra, então ele viu uma oportunidade ao me ajudar. — Contou sorrindo.

— Uau! Eu não conhecia esse lado aventurei do Kaien-dono.... — Confessei sentindo-me um pouco aliviada por Kaien não havia tido uma fuga amorosa com minha irmã. — Mas onde você ficou todo esse tempo, Hisana-nee? — Questionei curiosa.

— Na casa de uma amiga. — Respondeu simplesmente.

— Você deveria ter me avisado antes de fugir. — Acusei triste.

— Eu sei. Desculpe-me. — Pediu sincera.

— Tudo bem... — Murmurei.

Um silencio desconfortável abateu-se sobre nos, nunca imaginei que manter uma conversa com Hisana seria tão complicado.

— Bom. Eu acho que já está na minha hora. — Declarou Hisana, levantando-se.

— Já? — Perguntei observando.

— Sim. Só vim para lhe ver e sei que minha presença não é muito desejada pelo dono da casa. — Disparou surpreendendo-me. Byakuya não me parecia incomodado com a presença dela em nenhum momento.

— Não diga isso. — Falei levantando para acompanha-la.

— Certo, mas pense bem no que lhe disse. Sei o que estou falando. — Rebateu seria.

— Vou pensar. — Garanti passando pela sala de estar vazia. Byakuya devia ter se retirado.

Despedimo-nos com um abraço apertado sem muitas delongas, ela parecia estar com pressa de voltar para casa.

Nunca aquela casa pareceu-me tão fria e silenciosa como parecia-me na solidão de meu quarto. As palavras de Hisana não saiam de minha cabeça, atormentando-me cada vez mais.

Será que ela estava certa? Byakuya era realmente tudo o que ela havia falado? Meu coração e os meses de convivência diziam que não, mas minha irmã nunca havia decepcionado. Queria conversar com Ichigo, sua presença sempre me acalmava e reconfortava, mas sabia que não seria certo.

Masaki estava certa. Os sentimentos verdadeiros não eram algo para se brincar e eu não queria envolve-lo em meus dilemas sentimentais, desapontando-o ou, até mesmo, dando-o esperanças, que nem mesmo eu sabia que existiam.

Talvez deixar o tempo passar seja o mais correto a se fazer e era isso o que eu faria, ao menos por hoje eu deixaria o tempo passar sem pressa, arrastando-me para onde o vento frio de inverno sopra-se até, em fim, encontrar o brisa fresca da primavera, estação que traz vida.

— Ichigo —

Estava surpreso. Ouvir da boca do próprio Ulquiorra mostrava-me que nada daquilo era brincadeira.

"Você fez o que?!" — Indaguei ainda meio incerto, talvez eu tivesse ouvido errado, quem sabe?

"Não me faça repetir, seu idiota cabeça de cenoura." — Rebateu sem seu tão inseparável tom de voz frio.

"Não. Me responde. Eu acho que não ouvi direito..." — Declarei ignorando seus insultos.

"Certo.." — Concordou por fim. — "Eu me tornei amante de Inoue Orihime." — Sussurrou hesitante.

"Puta que pariu!" — Exclamei passando a mão entre meus cabelos. — "Eu relamente ouvi certo." — Declarei nervoso. — "Cara.." — Comecei sem saber o que dizer, ele realmente havia feito merda. — "Como isso foi acontecer?" — Perguntei a primeira coisa que me veio a cabeça.

"É complicado..." — Rebateu indeciso.

"Não me venha com essa!" — Exclamei novamente.

"Certo." — Declarou suspirando pesadamente. — "Eu não consegui me conter e acabei confessando-me a ela. Pensei que seria rejeitado, mas não. E-Ela me beijou de uma maneira tão intensa, olhando-me de uma maneira nova, Sabe? Sem aquela inocência no olhar e fascinado-me ainda mais, instigando-me a desvenda-la, a descobrir quantas faces aquela mulher poderia ter..." — Confessou rapidamente. — "Foi ai que a proposta indecente veio e eu não fui forte o bastante para recusar." — Concluiu.

"Pensei que ela fosse apaixonada pelo noivo..." — Declarei ao lembrar-me de nossa conversa de dias atras.

"É. Foi o que ela me disse. Depois de tudo ela disse que ama o Ishida, mas que também me ama. Isso... Não. Ela é muito confusa." — Confessou em um sussurro.

"Você sabe que isso é errado, não é?" — Indaguei hesitante. — "Não quero nem imaginar o que o Grimmjow vai falar sobre tudo isso." — Disparei bem humorado.

"Ele vai surtar." — Afirmou voltando ao seu tom frio característico.

"Estranho como o mais problemático de nos esta calmo ultimamente..." — Falei pensando em minha própria situação.

"É." — Concordou Ulquiorra. — "Mas diga me Ichigo. Você esta com alguma situação problemática em mãos?" — Questionou curioso.

Não sabia o que lhe responder, não havia contado a nenhum deles sobre minha paixão platônica por minha patroa e não sabia se era a hora de contar.

"Não... Bem, coisas do trabalho. Nada de mais..." — Declarei evasivo.

"Certeza?" — Perguntou mais uma vez.

"D-Digamos que temos problemas parecidos em mãos..." — Gaguejei contando por fim.

"Problemas parecidos?" — Sussurrou para si mesmo. — "Problemas parecidos?!" — Indagou alto desfazendo-se de sua frieza aparente. — "Não me diga que você também é amante de alguém?" — Questionou.

"Não, seu idiota!" — Exclamei corando com minha imaginação fértil.

"Então me conta essa historia certo, seu babaca." — Mandou irritado.

"Digamos apenas que estou apaixonado assim como você...." — Confessei baixo.

"Compreendo." — Respondeu simplesmente.

"É isso." — Garanti.

"Certo. Se é isso que você tem a me dizer, é isso que eu preciso saber." — Declarou tranquilamente. — "Tenho que desligar agora." — Avisou ele.

"Okay. Até outra hora." — Despedi-me.

"Até e Ichigo..." — Pude sentir hesitação em sua voz. — "Não cometa o mesmo erro que eu, isso é complicado de mais..." — Completou surpreendendo-me.

"Não vou." — Declarei.

"Certo." — Falou encerrando a ligação.

Suas ultimas palavras ainda ecoavam por minha mente. Mesmo sem querer, podia enter o que ele sentia, podia entender a satisfação de ter a mulher amada em seus braços e não o julgaria por sucumbir a aquele sentimento, a aquele desejo impuro. Sabia que era errado, tanto por Ulquiorra, quanto por mim mesmo. Essa historia não podia terminar bem, mas o que fazer quando o sentimento fala mais alto?

Indagava-me o que eu faria se estivesse em seu lugar. O que eu faria se Rukia me fizesse a mesma proposta que fora feita a ele. O que faria? Não sabia a resposta e por enquanto nem estava tão interessado em saber. A situação de Ulquiorra era como um modelo a não ser seguido pela lógica, mas quem disse que o coração é adapto a seguir qualquer tipo de razão ou lógica.

O amor é inconstante como o clima feito de incertezas e vacilações; que ao mesmo tempo que mandam brisas suaves transbordando calmaria e alegria, mandam ventos turbulentos, que mesmo sem querer, acabam por arrastar sem destino tudo o que encontram pelo caminho. Era assim que eu me sentia perto de Rukia, uma folha arrastada sem rumo pelos delicados braços invisíveis e essa situação era extremamente perigosa para mim.

— Byakuya —

A água morna caia sobre meus ombros desnudos, precisava me acalmar e um bom banho era a melhor maneira no momento. Meu corpo ainda tremia pela excitação de instantes atrás. A lembrança de suas pequenas mãos pousadas timidamente em meu peito causava-me arrepios libidinosos. Tê-la tão entregue em meus braços, definitivamente, não era algo bom para minha sanidade mental.

Estava decidido a faze-la minha naquele momento, nunca fora o homem virtuoso e altruísta que as pessoas pensavam e não seria naquele momento que eu começaria a ser, mas tive meus planos egoístas frustrados por ela, Hisana, a mulher que havia me rejeitado da pior maneira possível e agora, quando em fim a havia tirado de meu coração, ela voltava forçando sua presença a minha pessoa. Talvez estivesse sendo injusto e isso corroía-me, mas sentia que por trás daquele doce sorriso em sua face houvesse outra coisa difícil de se identificar, muito diferente de Rukia, que, mesmo sem notar, era um livro aberto a todos ao seu redor.

Duas tão belas e distintas mulheres, que haviam me fascinado de alguma maneira.

Primeiro Hisana, a personificação da gentileza e bondade se vista de longe, mas ao vislumbrar de perto seu sorriso, poderia encontrar nele um dos maiores enigmas já visto pelo homem. E por outro lado temos a pequena Rukia, que apesar da semelhança física, não tinha nada da irmã mais velha. Seus olhos violáceos transbordavam a força e a inocência de uma garota pronta para desbravar o mundo correndo atras de seus sonhos. Seu jeito de menina-mulher despertava um lado até então desconhecido em mim, encantando-me de uma maneira totalmente contraria ao que um dia cheguei a sentir por sua irmã mais velha.

Era algo magnifico de se sentir, fazendo-me querer cada vez mais daquela sensação plena.

Suspirei cansado ao desligar o chuveiro, mesmo após o longo banho ainda podia sentir seu cheiro impregnado em mim, fazendo-me deseja-la cada vez mais.

Caminhei pelo grande aposento procurando algo para me vestir rapidamente, o jantar logo seria servido e eu ansiava por esse momento a sós com Rukia, talvez tudo se resolvesse naquela mesma noite de inverno.

— Ayame. — Chamei pela empregada que arrumava a mesa distraidamente, ao adentrar a luxuosa sala de jantar. — Onde esta Rukia? — Perguntei olhando em volta, ela já devia estar ali.

— Rukia-sama encontra-se indisposta, por isso ira realizar sua refeição em seus aposentos. — Respondeu com seu tão característico tom despeitoso.

Todos os meus planos foram ao chão com aquelas palavras. Esta frustrado e principalmente, irritado. Até quando ela iria fugir de mim? Pensei que tudo havia ficado claro entre nos, mas pareci que apenas gesto e meias palavras não eram o suficiente para ela.

— Pode tirar a mesa. — Mandei sem delongas. — Perdi a fome, apenas traga-me uma xícara de chá. Estarei lendo na sala. — Completei friamente ao deixar o ambiente.

Encarava impaciente a parede a minha frente, minha noite não poderia ficar pior, nem mesmo o chá acalmava-me, sentia uma imensa vontade nascer em meu interior, vontade essa de invadir o quarto de Rukia e mostrar-lhe tudo o que um homem como eu poderia oferecer-lhe, mas não o faria, seria paciente.

As horas arrastavam-se diante de meus olhos, já estava decidido a voltar para me quarto quando ela apareceu vestindo apenas um pequeno e delicado robe lilas sobre seu pijama.

— Rukia. — Falei chamando sua atenção.

— B-Byakuya-sama?! — Indagou assustada virando-se para mim.

— O que faz acordada a essa hora? — Questionei olhando para o relógio sobre a estante, notando que já havia passado da meia noite.

— B-Bom... Eu... — Começou hesitante abrindo e fechando a boca varias vezes. — E-Eu senti fome e decidi descer para comer algo. — Confessou corando.

— Certo. — Falei encarando sua face corada. — Até quando vai continuar a fugir de mim? — Indaguei vendo-a olhar-me indignada.

— Eu não... Não estou fugindo de nada. — Gaguejou afastando-se de mim.

Vê-la apenas com aquela roupa era uma tentação difícil de resistir, sua pele pálida parecia adquirir um brilho branco como o da lua, despertando-me, fazendo-me desejar saber o quão macia aquela pele poderia ser de encontro a mim.

— Não está? — Questionei aproximando-me lentamente.

— Não. — Respondeu de maneira firme, mantendo-se no mesmo lugar.

— Então deveria ter decido para jantar, não é mesmo? — Perguntei sem desviar meus olhos dos dela, que se mantinha-se firme a minha frente, demostrando um coragem até então desconhecida para mim.

— Não, eu não estava me sentindo muito bem. — Respondeu parecendo sincera.

— Ah claro. — Concordei deixando o silencio cair entre nós.

Minha pele estava arrepiada pela vontade de senti-la, mas não o faria, agara-la mais uma vez não era uma opção. Queria vê-la implorar pelo meu toque. Tê-la entregue mais uma vez seria como um sonho.

— Boa noite. — Disparou pronta para se afastar.

— Espero que tenha esquecido aquela ideia absurda sobre divorcio. — Declarei frio, vendo-a paralisar nos mesmo lugar em silencio.

— Desculpe-me, Byakuya-sama, mas isso não é uma decisão só sua. — Afirmou deixando-me sozinho e indignado na grande sala.

Parece-me que as coisas não seria nada simples daqui para frente, mas como todo homem, eu gostava de um bom desafio. Rukia logo compreenderia e corresponderia meu amor.

Amor esse impressível como as chuvas de verão, que vinham sem avisar, com chuva ou com sol, apenas pelo prazer de deixar-se banhar a terra fofa arada pelas mãos do homem, que tudo cria e destrói, sendo seu próprio Deus.


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Notas finais do capítulo

Então?? O que acharam? Sei que o Ichi esta meio parado, mas isso vai mudar muito daqui a alguns capítulos.......
Sobre minhas outras fics, diga-me qual vcs querem atualização primeiro, assim logo estarei de volta com mais.
Bjos



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