A Twist of Life escrita por Dih Rohling


Capítulo 7
6º cap - O Certo por Linhas Mais do que Tortas


Notas iniciais do capítulo

Sexto Capitulo
Escrito & Revisado ardentemente

Pulem de euforia pois é um capitulo no dia seguinte de outro.
Alegrem-se, geralmente é um por semana.



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Entrei no quarto.

Surpreendi-me. Era lindo.

Piso preto como em todo andar e como o térreo, simples, com paredes brancas e lisas. A porta entrava ao que parecia uma pequena cozinha com um pia, uma geladeira simples prata, uma mesinha e duas cadeiras de madeira escura. Caminhei pelo espaço, era bem pequeno, com uma janela prata e cortinas pretas ao lado direito. Fiquei admirando a pequena e bela cozinha, de fato, mesmo sendo mínima não escondia sua graça.

Olhando em volta notei outra porta que estava ao lado esquerdo da cozinha, ela era preta, basicamente simples, a curiosidade me dominou então a abri.

Observei, a entrada deu para um quarto de tamanho médio, o piso e paredes das cores do aparente apartamento, tinha uma grande cama de casal preta com cobertores e travesseiros brancos que ocupava ¼ do cômodo, era tudo na escala cinza, um pequeno armário preto, uma cômoda cinza, uma mesinha preta, uma cadeira da mesma cor e uma pequena janela com cortinas negras no canto esquerdo do quarto ocupavam o local. Girei ao redor e coloquei minha mala em cima da cama, notei outra porta escura no canto esquerdo do cômodo e andei até lá curiosa, eu tenho esse problema de curiosidade, sempre tive, e quanto eu quero ver ou saber de algo, eu não desisto. Isso já me deixou em sérios problemas, aos quais, alguns não são do tipo que se gosta de lembrar.

Abri-a vagarosamente, brincando comigo mesma, vai ver que tinha um monstro dentro do local misterioso.

Mas quando notei, era um pequeno banheiro preto e branco, uma pia, um espelho,um suporte para toalhas um Box e um sanitário eram o que o ocupava. O piso preto e as paredes laterais cobertas por pisos brancos cristalinos, sem detalhes.

Virei-me, era tarde e teria aula hoje sedo, então decidi arrumar minhas malas. Fui até minha cama e abri-as.

Pensamentos rodavam pela minha cabeça enquanto organizava minhas roupas no pequeno armário preto.

Hoje será um novo começo, uma nova luta, pensei, não se pode desistir de desafios assim, eu não sou uma covarde.

Mas ainda me sentia mau, tinha uma estranha sensação de que estava por vir, mas não sei dizer se é uma coisa boa ou ruim. Isso esta me angustiando.

Eu ainda sinto o vazio que Lucas causou em mim, a traição que a Molly, agora minha ex-melhor amiga de infância me desmoronou por dentro, a morte de meus pais... A cada dia que se passa eu caio mais e mais... Maldito dia, eu sei que foi minha culpa, deveria ter ouvido meu irmão, ele sempre tento me alertar... Mas eu estava surda, eu estava cega, era tão óbvio... Lucas e Molly eram bastante íntimos mesmo comigo junto a eles, mas eu estava tão apaixonada... Realmente pensei que ele me amasse, mas depois daquele dia... Nunca, nunca mais eu o vi, nem a ela, mesmo tendo ficado dois meses no hospital, nenhuma vez eu os vi. Eles devem estar bem felizes, é meio óbvio.

Se eu não fosse tão egoísta poderíamos ter passado reto e eu seria uma modelo internacional e feliz, em uma falsa visão de felicidade, que tudo era perfeito e nunca teria visto o que eu vi. Ah, como eu era inocente.

Se eu não tivesse aquele sonho... Se aquele despertador nunca tivesse tocado... Talvez, só talvez, os braços de papai estivessem nesse exato momento entrelaçados aos de mamãe, e talvez, na manhã seguinte, eu estaria em meia a aqueles braços... Braços calorosos, braços cheios de amor... Com Maggy... Minha pequena Maggy, mesmo tão jovem... Ela sempre foi tão guerreira... Foi tudo culpa da one-san Maggy...

Balancei minha cabeça, NÃO, NÃO poderia ficar me torturando assim. Depois de tudo... NÃO. Aconteceu o que tinha que acontecer, nós não mandamos no destino, se fosse assim nunca perderíamos aqueles que nos é amado, mas nenhum caminho é perfeito, é cheio de falhas e dores. O que não falta.

Queria que o destino e o passado se ferrassem e devolvessem as pessoas que eu amo. Mas como eu sei que nenhum deles é uma matéria, algo que possui lugar no espaço, infelizmente apenas posso sonhar em poder socá-los eternamente.

Ainda me lembro daqueles dias mórbidos após ter saído do hospital. Eu entrei em uma horrível depressão. Ainda sinto o liquido molhado, quente e vermelho escorrendo pelos meus pulsos, a sensação ardida e a pequena lamina em minha mão esquerda. Lembro-me de quando Jonathan me pegou no flagra e a briga que me deu... Meu juramento... “JURE-ME QUE NUNCA, NUNCA MAIS TENTARA SE MATAR” Ele havia gritado pela primeira vez comigo naquele dia, seus olhos azuis estavam dilatados e aterrorizados... Eu havia caído em seus braços e jurado.

Lembro-me do gosto quente de ferrugem em minha boca, da sensação de meus músculos a cada impulso, dos puxões de cabelo... Lembro-me de socos, de chutes, de rasteiras e movimentos marciais... O gosto de sangue em minha boca e a sensação dele em meus punhos que iam em direção a carne. Um modo de extravasar e desabafar o fardo da dor, as brigas... Brigas, lutas, machucados... A raiva das vagabundas e dos canalhas marxistas de cada escola... Em todo local que eu estudava eu arrumava briga, e querendo ou não, me lembrava de Molly e Lucas. Eu queria poder socá-los e não usar qualquer um da mesma moral que eles como substitutos.

Ah, e meu irmão não era santinho não. Ele brigava, e as vezes não era só que arrumava brigas, ele me defendia e eu o defendia. Sempre fomos unidos, mas Jonathan sempre foi um “pegador”, um canalha, a diferença é que ele nunca ficava com uma garota mais do que uma noite e ele nunca mentia, sempre deixavam bem claro.

As brigas de Jonathan eram basicamente por causa de garotos invejosos e idiotas que se metiam a besta por causa do estilo Emo do cabelo de meu irmão e seu visual preto. Ele nunca foi “colorido” e depois da morte de tudo, adentrei a vida dele e descobri o que ele sempre soube e eu nunca quis ver. Sangue. Escuridão.

Jonathan sofreu antes de mim. Ele já teve relacionamentos ruins e assim como eu sabe o que é ser quebrado. Agora meu irmão é minha família, eu prometi viver, tentar seguir em frente, no entanto não sei que caminho seguir, às vezes sinto-me andando de um caminho para outro, seguindo a vida fácil e escura e as vezes a vida difícil e clara. Para o bem? Para o mal? As vezes pergunto se existe mesmo essa coisa de dois caminhos, e se Deus realmente existe. Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas, e se for o caso, acredito que as minhas linhas já estão piores do tortas, e se existe algum ser superior, eu acredito que ele toque guitarra e saiba fazer Screan.


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Notas finais do capítulo

Agradeçam a minha professora de português mandar as pessoas que não vão passar em recuperação ficar um tempinho na biblioteca da escola, assim eu peguei o caderno e lápis e fui escrever, como eu tava com imaginação forte o capitulo foi grande e meio deprê. Mas o seguinte vai ser bem interessante :)

COMENTEM!

Isso meus amores, eu fico muito triste quando não comentam, é serio, cada opinião, cada palavrinha de vocês a minha pessoa me deixa tão feliz... Se tiver mais de 4 comentários nesse capitulo eu escrevo mais um para amanhã, Juro!

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É uma história legal para pessoas que curtem uma protagonista guerreira e com um passado misterioso. :D Bom, eu curto. Águia Negra tem aquelas partes meio hentai, só para avisar. Beijos!

Até a próxima.
Espero que tenham gostado, eu estou me esforçando para fazer capítulos grandes! QUERO COMENTÁRIOS!