Afrodite andava calmamente pelo acampamento perdida em pensamentos um em especial a declaração de Athena era repentina e inesperada talvez não tão inesperada Afrodite podia sentir as emoções de Athena porem ela havia ignorado o amor por não querer se iludir pensava que era apenas fraternal que grande engano e Afrodite no fundo sabia era forte demais para ser algo entre irmãs não sabia o que fazer de fato sentia algo por Athena só não sabia o que exatamente amaldiçoava seus poderes por serem inúteis em si mesma.

Afrodite se sentou em baixo de uma arvore distante ouvia os gritos de guerra ao longe ficando cada vez menores. Podia sentir a morte levar as almas de mortais apaixonados se permitiu chorar em silencio a dor de perder alguém amado era avassaladora se lembrou de Adônis seu grande amor, mas logo sua mente foi preenchida por imagens de Athena as brigas, os momentos de silencio, os olhares que trocavam sem perceber, as conversas descontraídas, os risos, os abraços, o beijo doce e provocante instintivamente levou os dedos aos lábios ainda podia sentir o gosto de Athena, os toques experientes que incendiavam o seu corpo.

Seus dedos desceram pelo seu pescoço lentamente passeando pelo colo desceu ate um dos fartos seios cobertos pela túnica e o apertou, soltou um gemido baixo, mas logo parou balançou a cabeça freneticamente e se levando correu sem rumo seu pensamento na tentadora deusa da sabedoria, Afrodite só parou quando a viu.

Athena estava majestosa montando um pegasus negro suas expressões faciais eram severas, seus olhos agora cinzentos transbordavam fúria a deusa retirava a espada da bainha lentamente o escudo tremeluziu em seu braço ate desaparecer desmontou do cavalo alado. Os dois oponentes se encararam por algum tempo o rosto do homem era belo seus olhos dourados os cabelos marrons jogados de forma desleixada para o lado.

– Um feitiço de encanto? – Athena se mantia seria a espada na frente do corpo sendo segurado pelas duas mãos da deusa o homem tinha um sorriso divertido nos lábios.

– Desculpe-me. É minha maldição, desde o nascimento. Eu temo que não possa fazer nada a respeito à senhorita pode culpar as minhas origens, ou o fato de ter nascido mulher.

– Não achas que o rostinho bonito vai lhe salvar da minha lamina, acha? Absurdo

– Certamente. Eu espero que não. Assim eu não me divertiria – O homem pareceu pensar por alguns segundos – Entendo então os contos sobre a proteção contra magia eram verdadeiros. Muito bem eu prefiro não matar uma senhorita que esteja se jogando em mim, isso com certeza seria um ataque a minha reputação – O soldado se curvou um pouco e levantou as duas lanças Athena sorriu.

– Então queres uma luta justa? Eu me considero em sorte por encontrar um soldado tão orgulhoso.

– Vamos começar então

Athena avançou rapidamente em direção ao soldado que bloqueou o primeiro ataque com a lança maior Athena passou a espada raspando na lança, mas antes que chegasse perto o suficiente fora atacada pela lança menor em direção do rosto, a deusa se curvou para traz e avançou atacando pela direita, mas foi bloqueada. o soldado andou para traz e Athena tentou corta-lhe o peito da esquerda para a direita por alguns centímetros a deusa não acerta, levantou a espada e tentou acertar por cima porem o golpe foi bloqueado pelas duas lanças o impacto do golpe foi tão forte que o solo ao redor rachou e abriu uma pequena cratera.

Afrodite se mantia longe apenas observando o barulho das armas ecoavam por todo o local, o soldado investiu com a lança vermelha tentando acertar Athena pela esquerda, mas foi habilmente bloqueado tentou com a menor estocando na cintura, mas a deusa acertou o cabo dourado da lança e fez força para baixo.

O soldado aproveitou e estocou a lança no rosto de Athena que pulo para traz encostando-se a uma arvore, mas logo desviou de outro golpe e a arvore caiu atrás de si Athena suspirou brevemente deu alguns passos para o lado seus olhos observavam as lanças o soldado tinha a vantagem de seus oponentes nunca saberem qual lança ele vai usar porem isso não servia contra Athena o mortal sorriu.

Ele avançou com a lança curta, mas a deusa mais uma vez desviou o soldado aproveitou o movimento e estocou contra Athena que aparou o golpe com a espada ele deixou que a lança vermelha deslizasse pela sua mão até o final do cabo e tentou cortar a deusa da esquerda para direita, mas a espada o impediu aproveitou isso e tentou acertar com a pequena a deusa deu um passo para traz o soldado tentou uma rasteira com a lança maior porem Athena saltou.

Assim que a deusa tocou o chão bloqueou a lança com a espada o homem tentou um golpe rápido com a menor, mas também foi bloqueado tentou acertar com a lança grande a cabeça de Athena, mas a morena erguera a espada no ultimo instante sendo com o impacto arrastada para traz.

O soldado soltou a lança pequena e avançou em direção a deusa depois de mais alguns ataques e defesas o homem tomou distancia e foi andando devagar para traz ate parar, Athena avançou velozmente o soldado sorriu com a ponta do pé chutou a lança pequena para cima onde ele pegou e apontou em direção à deusa por alguns segundos Athena conseguiu desviar porem a lança lhe cortou o pulso a espada caiu, mas a deusa a segurou com a outra mão e em questão de segundos estocou contra o homem.

A espada atravessou o abdômen do soldado e Athena caiu rolando para o lado, mas se levantou rapidamente o Icor dourado (O sangue dos imortais) corria pelo pulso de Athena a deusa podia sentir o veneno entrando no seu corpo não era o bastante para lhe matar, mas tomaria cuidado e pediria para Apolo cuidar do machucado.

Segundos depois o homem estava morto, Athena sorriu há muito tempo que não tinha uma batalha como essa caminhou até o soldado e pegou cuidadosamente a lança dourada que continha o veneno apertou a arma com força e ela desapareceu a deusa suspirou, mas assim que ouviu um ruído rapidamente pegou a espada do corpo do soldado e apontou em direção do som. Para sua surpresa Afrodite saiu de trás de uma arvore com as mãos levantadas e um simples sorriso no rosto.

– O que fazes aqui irmã? – Athena parecia preocupada e tensa Afrodite se aproximou da deusa pegou a mão que estava machucada e a olhou.

–Athena isso é veneno contra imortais como este homem o conseguiu? – Afrodite estava seria e puxava Athena em direção ao acampamento.

– Não sei – Deu de ombros – E o que pensas que estas a fazer comigo?

– Levando-te ao acampamento para cuidar de teu ferimento – Athena sorriu.

– Estamos deveras longe para ir andando – A deusa assobiou e o pegasus que estava montada apareceu relinchando como se estivesse bravo por ter perdido a luta Athena o acariciou delicadamente montou no cavalo alado e estendeu a mão para Afrodite que pareceu receosa – Tens medo de altura Afrodite?

– Er... Eu, não – a cada palavra Afrodite ia ficando cada vez mais vermelha e Athena sorriu compreensiva.

– Confie em mim, jamais te deixaria cair – Ainda receosa Afrodite pega a mão de Athena e foi levada a sentar a frente da deusa da sabedoria.

Afrodite se encostou ao peito de Athena e segurou no pulso da morena, mas logo soltou lembrando-se do machucado um pano rosa apareceu em sua mão e delicadamente enfaixou o machucado da deusa da sabedoria que corou com o gesto da outra.

Athena puxou as rédeas e o cavalo começou a trotar assim que deixaram o solo Afrodite fechou os olhos e se encolheu o Maximo que pode (o que não era muito) fazendo Athena sorrir.

–Afrodite abra os olhos – Athena sussurrou melosamente no ouvido da loira fazendo-a se arrepiar e lentamente abrir os olhos.

A visão que a deusa do amor contemplou a fez relaxar o céu pintado pelo mais escuro azul, as nuvens brilhavam com as luzes das estrelas a lua cheia clareava a escuridão da floresta.

– Sabes como encantar alguém minha irmã – Um sorriso simples brincava nos lábios de Afrodite, mas logo o desfez ao se lembrar dos vários “casos de uma noite” de Athena – Fazes isso com todas as ninfas que se deitam ao teu lado?

– Não – A deusa sorriu estava apreciando o ciúme de Afrodite – Eres única para mim não ousaria lhe cortejar do mesmo modo que faço com as ninfas.

– Como desejas conquistar-me my lady? – Afrodite mantinha um sorriso de orelha a orelha se sentia exultante pela declaração. Athena se aproximou do ouvido da deusa do amor e sussurrou sensualmente.

– Eu já conquistei