[HIATUS] Trying not to love you escrita por PC Boêta


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Conversamos lá embaixo!
Aproveitem e boa leitura!



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POV HERMIONE

Eu tinha acabado de acordar, de tomar meu banho demorado e bem quente pra relaxar meus músculos de mais um pesadelo daquele dia. Daquele dia na Mansão Malfoy. Agora eu estava parada em frente ao espelho me encarando, nua, e reparando na cicatriz deixada por aquela mulher horrorosa. Meus músculos se contraíram involuntariamente. Mesmo morta ela me causava arrepios de medo... E com isso, caí em um estado de torpor relembrando aquele dia: de cada olhar sobre mim enquanto eu me encontrava agonizando de dor no chão, dos gritos desesperados de Rony vindos do porão, da terrível sensação daquelas maldições lançadas por Bellatrix e da queimação causada por aquela adaga em contato com a minha pele. Foi tudo tão horrível! Desperto de meus devaneios com um tremor e volto a me encarar no espelho.

“Já passou... E ficar relembrando disso tudo a cada vez que eu tiver um pesadelo não vai mudar nada!” disse nervosa para meu reflexo.

Virei as costas para o espelho e fui me vestir. Uma saia lápis cinza chumbo, uma blusa branca com botões, um terninho cinza chumbo como complemento para a saia, uma meia calça cor da pele e meu inseparável scarpin preto. Prendi meus cabelos volumosos em um coque firme e alto e mascarei minhas olheiras com um pouco de maquiagem. Ultimamente estava quase impossível sair de casa sem maquiagem de tão fundas e arroxeadas que estavam minhas olheiras. Não sei o porquê desses pesadelos voltarem depois de tanto tempo... Mas eu ainda vou descobrir. Pensando nisso, teimosamente, me virei e fui aos fundos de minha casa para poder aparatar para o Ministério levando comigo uma carta que minha mãe havia acabado de me mandar.

POV DRACO

Acordei e fiquei deitado em minha cama pensando no pesadelo que havia acabado de ter: quando Voldemort achou que finalmente tinha liquidado o Potter e estava mostrando o corpo do “morto” para toda Hogwarts. Eu estava no meio de toda aquela multidão tentando terminar de curar os diversos cortes que sofri durante aquela porcaria de batalha e via tudo lateralmente até uma cena em particular prender minha atenção: Granger, aquela sangue-ruim, gritar desesperada por ele de mãos dadas com o pobretão do Weasley. Não sei porque aquilo me incomodou... Não sei se foi por causa do tamanho do sofrimento que ela estava demonstrando ou se foi pela mão entrelaçada ao do ruivo. Sim, sou egocêntrico o suficiente para me incomodar com isso. Não porque eu gostasse dela ou algo do tipo, imaginem. Mas, sim, por eu saber que já havia conseguido tirar uma casquinha de todas as garotas de Hogwarts mas que não teria a mínima chance com ela.

Levantei da cama expulsando esses pensamentos e indo ao banheiro tomar meu banho. Enquanto a água quente escorria por meus ombros comecei a pensar no dia que teria pela frente... Iria ao St. Mungus pela manhã para meu plantão como Curandeiro estagiário, depois iria almoçar na Mansão com minha mãe já que ela não podia sair de casa e andava se sentindo bastante sozinha sem meu pai por lá e, por último, iria àquele orfanato trouxa onde estava terminando de cumprir minha pena por todo mal que causei à comunidade bruxa. Não vou dizer que era fã daquilo mas havia me habituado a conviver tranquilamente com os trouxas e a respeitá-los. Finalmente estava me tornando o homem que minha mãe sempre sonhou em ter como filho. Saí do banho e me vesti. Jeans e uma camisa preta de botões com minha jaqueta de couro à tira colo. Nunca se sabe quando o tempo vai mudar em Londres... Deixei meus cabelos loiros platinados como sempre em uma desordem calculada pra ficar perfeita e sexy.

“É... Por mais que o tempo passe, um Malfoy nunca deixa de ser um Malfoy.” Pensei comigo mesmo.

E com esses pensamentos procurei o beco mais próximo, que estava sempre vazio, e aparatei em frente à uma loja com manequins miseráveis para o começo de mais um dia fazendo o que mais amava.

POV HERMIONE

“Bom dia, Patrick!” disse, com um um leve sorriso no rosto, ao bruxo que ficava no Átrio responsável por categorizar as varinhas dos visitantes.

“Bom dia, Srta. Granger!” respondeu ele sorrindo de volta.

Me dirigi aos elevadores e apertei o número de meu meu andar. Quando cheguei à minha sala uma pilha de formulários para revisão já se encontravam preparados, suspirei e me sentei.

“Bom dia, Srta Granger. Gostaria de um café?” pergunta Julie, minha secretária.

“Por favor, Julie.” Respondo.

Enquanto ela vai buscar meu café, tiro a carta de minha mãe da pasta e começo a ler... A cada frase meu sorriso se alarga.

Depois do fim da guerra os encontrei juntamente com o ministro e revertemos o Feitiço da Memória que eu havia lançado sobre eles. Trouxe eles de volta pra casa e contei tudo que havia acontecido... Mamãe havia surtado, ficado maluquinha. Mas dava graças à Deus por eu estar bem. Papai riu e disse que eu era uma verdadeira grifinória. Depois de tudo voltar ao seu lugar, arrumei uma casa pra mim e os visitava com frequência. Na carta dizia exatamente sobre isso... Mamãe estava me convidando para jantar com eles esta noite e disse que tinha uma surpresa pra mim. Rapidamente escrevi uma resposta e envelopei. Enquanto isso, a porta se abre e Julie entra com meu café.

“Aqui está, Srta Granger. Bom, o ministro pediu que, se possível, a senhorita revisasse e assinasse estes formulários para ele ainda hoje... É sobre suposições acerca de um novo Torneio Tribruxo e, também, aquele caso com o ministro búlgaro!” Julie disse atropelando as palavras.

“Obrigada, Julie. Vou aprontar e te chamo para enviá-los ao ministro. E, por favor, envie esta carta à minha mãe.” Sorri.

“Sim, senhora. Com licença, srta. Qualquer coisa a senhora pode me chamar.” Julie disse se retirando rapidamente.

Tomei um gole do meu café e me debrucei sobre aquela montanha de pergaminhos que, com certeza, consumiriam uma boa parte do meu dia.

POV DRACO

Eu jurava que o dia demoraria mais a passar.

Eu estava atendendo o caso de uma menininha de 6 anos, acompanhada da mãe, que apresentava grandes indícios de varíola de dragão. Pacientemente, explicava à mãe que a pequena Judith teria que ficar um tempo conosco em uma enfermaria fechada.

“Sra Mills, Judith apresenta todos os sinais e sintomas da varíola de dragão. É uma doença altamente contagiosa e perigosa se não monitorada e acompanhada regularmente por especialistas. Ela terá que ficar conosco por tempo indeterminado mas a senhora poderá visita-la diariamente tomando todas as precauções recomendadas pelo enfermeiro-chefe responsável pelo leito dela. Se tudo correr como planejado ela poderá ser liberada completamente curada dentro de 21 dias.” Disse com um sorriso encorajador e com a voz mais tranquilizante que pude.

“Oh! Estava tão preocupada, Dr Malfoy!” ela disse contendo as lágrimas. “Farei o que for necessário para deixar minha pequena Judith bem novamente.” Continuou formando um sorriso tremulo nos lábios.

“Muito bem! Mandarei um enfermeiro vir aqui e levar a Sra e Judith para a enfermaria. E ele dará maiores informações sobre pertences a serem trazidos para a Sra.” Continuei sorrindo de forma tranquilizadora.

“Muito obrigada, Dr Malfoy!” disse a Sra Mills sorrindo de volta.

Rabisquei um bilhete para a recepção e rapidamente um enfermeiro chega a minha sala. Explico-lhe o caso e ele conduz as duas ao andar das enfermarias.

Quando reparei nas horas estava em cima da hora para ir almoçar com minha mãe. Me levantei com pressa, me despi de meu jaleco, peguei minha pasta e minha jaqueta e me encaminhei para o local reservado à aparatações. Em segundos me vi em frente à tão conhecida Mansão onde passei os melhores e piores momentos da minha vida. Fui entrando e, sem prestar atenção, quase esbarrei em minha mãe que já me abriu um grande sorriso me encaminhando para a mesa e me contando como estava sendo a semana dela.

O almoço passou como um borrão e quando dei por mim já estava no orfanato monitorando o horário do banho de sol das crianças. Umas jogavam um esporte trouxa chamado futebol que eu, particularmente, achava hilário. Um grupinho de garotas pegavam umas bonecas estranhas com tufos de cabelos faltando e fingiam oferecer um chá da tarde. Eu estava realmente aprendendo a gostar desse lugar. E estava gostando ao ponto de me imaginar indo ali, mesmo depois de cumprir minha pena, apenas para vê-los. Para vê-los sorrir quando corriam atrás de mim e eu fugia falando que quem me pegasse ganharia um prêmio. Para vê-los sorrir por surpreendê-los em seus aniversários e datas comemorativas com presentes inusitados. Para vê-los sorrir simplesmente por eu dizer que não importa se você tem um pai ou uma mãe se alguém realmente se importa o suficiente para substituir tudo isso. Eu substituía muitos pais por ali e isso me fazia bem.

Mas, como eu disse, o dia passou mais rápido do que eu imaginava e já estava na minha hora de ir embora. Um pouco relutante, peguei minhas coisas e me encaminhei para a Londres trouxa, caminhando sem direção... Ainda era cedo e eu pensava em passar em algum bar antes de ir para casa até que no meio da multidão eu a vi.

“Granger?!” eu sussurrei tampando a boca com as mãos torcendo pra ela não ter me visto e muito menos me ouvido.

POV HERMIONE

Consegui acabar de ler todos os formulários e assiná-los apenas no final da tarde. Fiquei aliviada porque estava planejando sair mais cedo hoje para conseguir passar em casa e me arrumar para o jantar na casa de minha mãe. Chamei Julie em minha sala.

“Diga ao Ministro que revisei e assinei e que apoio totalmente a proposta do Torneio apenas se eu puder ser uma das juradas...” disse rindo internamente me lembrando do meu quarto ano em Hogwarts. “E avise-o que estou de saída porque tenho um compromisso. Depois que fizer isso também estará dispensada, Julie.” sorri amigavelmente.

“Pode deixar, Sra Granger. Muito obrigada.” Disse Julie se retirando.

Peguei minha pasta e meu terninho e me encaminhei para a porta da sala.

“Boa noite, Julie. Até amanhã!” disse acenando.

“Boa noite, Sra Granger.” Julie sorri.

Caminhei pelo Ministério me despedindo de conhecidos e lembrando de Harry e Rony. Qualquer dia desses eu teria que marcar um jantar lá em casa para reunirmo-nos. Mesmo trabalhando no mesmo prédio raramente nos encontrávamos.

Aparatei nos fundos de minha casa e fui ao banheiro. Tomei um banho rápido e escolhi um vestido um pouco acima dos joelhos, bem leve e solto, florido, com alças e um decote comportado. Uma sandália aberta e com tiras ao redor do tornozelo. Prendi meus cabelos em uma trança nas costas e peguei minha bolsa. Voltei para o quintal de minha casa e aparatei em um beco escuro no coração de Londres. Me ajeitei e saí para a calçada me encaminhando para a primeira faixa de pedestres que encontrei. Até que ouvi, sem querer, meu nome e me virei para quem disse. Meu queixo caiu.

“Malfoy?” disse surpresa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não revisei portanto relevem qualquer erro.
Me digam: o que acham que é a surpresa que a mãe da Mione? E os dois? Será que já tem Dramione no próximo capítulo?
Bom, mil perdões pela demora. Estava com o tempo corrido e tive uns problemas pessoais por isso não postei antes.



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