Safe and Sound escrita por LarissaSevero


Capítulo 4
Uma canção de se apaixonar.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, me desculpe mais uma vez pela demora, é que me deu um bloqueio criativo ç.ç mas aqui está o capítulo, espero que gostem *-*
Neste capítulo o nome que será adotado ao senhor Everdeen, é Edgar, achei Edgar um nome muito bonito shaushau.



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Acordei com muito frio, desta vez não tive pesadelos, o dia estava completamente nublado, o sol demoraria a aparecer, e talvez não aparecesse.

Meu pai não estava em casa, com certeza já tinha ido trabalhar na farmácia, eu comecei a me apressar para tomar café, quando percebi que hoje era o meu dia de folga, mas mesmo assim eu queria passar na farmácia para ver como tudo estava lá.

Peguei o casaco mais grosso que achei, e sai de casa. As ruas do distrito doze estavam fazias, só era possível ver os trabalhadores das minas indo para o seu infernal serviço matinal, mas pude observar que o gentil homem que conversou comigo aquele dia não estava entre eles.

Ao chegar na farmácia, Clara notou que seu pai estava atendendo alguém, e esse alguém era Maysilee.

–Bom dia meu pai e bom dia May, você está doente?

O pai e Maysilee começaram a gargalhar, Clara não pareceu entender o que estava acontecendo.

–Não, eu não estou doente, mas vim convidar você para a gente almoçar lá na padaria, vamos vai ser legal.

Clara achou muito esquisito aquilo tudo, só podia ser algum plano para juntar ela e o Mellark de novo, mas para não decepcionar a amiga e o pai ela teve que aceitar.

–Ok eu vou, mas com uma condição, só se o pai não estiver precisando de ajuda aqui na farmácia, eu sei que é meu dia de folga, mas eu quero ajudar.

O pai de clara fez que não com a cabeça.

–Não filha, pode ir se divertir, daqui uns dias teremos a colheita, então esse distrito será um tumulto só, temos que sair agora que o distrito está calmo, agora vá Clara, se divirta.

Maysilee estava muito alegre naquele dia, logo quando saímos da farmácia o sol apareceu iluminando aquele distrito triste, eu tive que deixar o meu enorme casaco com o meu pai, Maysilee tirou dos bolso alguns doces que ela tinha pegado da loja de sua família.

–Você nunca ouviu que não é bom comer doces antes de almoçar dona Maysilee.

Nós duas começamos a rir, e quando vimos já estávamos na frente da padaria, eu hesitei em entrar mas May me puxou para dentro, melhor dizendo me arrastou. Escolhemos uma mesa, e logo em seguida o Mellark já vinha dar o ar de sua graça.

–Olá meninas, o que vão querer?

Dava para ver na sua expressão, que ele ainda estava muito magoado comigo, eu só consegui desviar o olhar, então foi Maysilee quem fez o pedido.

–Dois sanduíches já é o suficiente, obrigado.

Ele saiu para buscar o pedido e minutos depois já estava ali de novo.

–Aqui está, bom almoço meninas.

Um pouco depois dele sair, Maysilee começou a me cutucar sem parar.

–Porque você não falou com ele?

Eu formulei bem a resposta que teria que dar, e acho que eu já tinha me decidido.

–Maysilee, eu não gosto dele de verdade, eu só ia fazer com que ele se machucasse, e eu não quero isso, eu quero que ele encontre alguém que goste dele de verdade.

Ela pareceu entender, comemos nosso almoço sem trocar uma palavra, depois ela se despediu de mim e voltou para ajudar a sua irmã na loja de doces.

–Tchau Clara, até logo.

Depois que sai da padaria comecei a andar sem rumo, era cedo da tarde e eu não queria voltar para a casa ainda, foi então que eu me deparei com as cercas elétricas do distrito doze. Os pacificadores diziam que aquelas cercas com seis metros de altura, estavam ligadas o dia inteiro, elas funcionavam para impedir que as pessoas caçassem animais selvagens ali, e também para que ninguém quisesse fugir do distrito doze.

Eu queria comprovar se os pacificadores estavam certos, então numa atitude irracional quase coloquei minhas mãos na cerca, quando fui impedida por alguém.

–PARE! você quer morrer queimada.

Clara olhou para a pessoa que estava a sua frente, e sim era o homem gentil que tinha conversado com ela, o mesmo não estava sujo de carvão como aquele dia.

–Não, claro que não, mas queria saber se elas estão ligadas de verdade, como os pacificadores e as pessoas dizem.

O homem pensou no que Clara falou, primeiro ela achou que ele não fosse responder, mas logo em seguida ele falou:

–Bom, não é totalmente mentira, ela fica ligada algumas horas, e outras não, e eu posso te afirmar que agora ela está, mas daqui aproximadamente dois minutos ela estará desligada.

Clara não acreditou no que o homem havia falado, eles esperaram os dois minutos passarem, e então o homem colocou a mão na cerca, e para a surpresa de Clara, nada aconteceu, ele estava bem vivo ali na sua frente.

–Então você é um daqueles que caçam ilegalmente dentro da floresta, não é mesmo?

Ele ficou muito nervoso, parecia que ia sair correndo dali naquele instante.

–Alguns fazem coisas arriscadas para sobreviver, nem tudo mundo tem comida todo dia na sua casa, nem tudo mundo vive na área comercial.

Clara se sentiu mal com a resposta, ela entendia muito bem a situação em que as pessoas viviam no doze, mas a fala do homem fez com que ela ficasse muito triste.

–Bem eu não queria te insultar nem nada desse tipo, mas quero que prometa que não vai contar a ninguém que eu caço aqui, eles poderiam me matar ou tirar a minha língua para que eu vire uma Avox.

Clara prometeu que não contaria nada.

–Eu não conto nada, mas quero que você me leve para caçar junto com você algum dia.

O homem pareceu surpreso com o pedido.

–É muito arriscado para senhoritas entrarem na floresta, mas posso cantar uma música para você agora, só se quiser.

Clara amava canções, ela não ouvia uma, desde que sua mãe morreu, porque a mãe cantava para ela todos os dias antes de dormir, e Clara aceitou que o homem cantasse:

Bem no meio da campina,
Sobre o salgueiro, tem uma cama de grama
E um macio travesseiro
Deite a cabeça e feche seus olhos, e
Quando eles se abrirem, o sol
Estará alto nos prados.

O Homem cantava lindamente, que até os pássaros paravam para escutá-lo, Clara ficou encantada queria que ele nunca parasse de cantar, mas ele precisava ir embora, ou melhor precisava caçar.

–Mas qual é o seu nome?

E enquanto ele passava por um buraco na cerca, e adentrava a floresta, ele gritou:

–Edgar, Edgar Everdeen.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?? comentem não sejam leitores fantasminhas haha



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