Contando Estrelas 2 escrita por Letícia Matias


Capítulo 3
Capítulo 2




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Acordei com Johnny falando com alguém no celular. Ele estava olhando pela grande janela, estava de costas para mime tinha uma mão apoiada no vidro.

– Sim, entendo... É claro. Não, ela está bem. Sim, eu também. Ela vai amar. Sim, quando ela acordar. Pode deixar, eu falo pra ela te ligar. Tudo bem, obrigada! Cuidem-se, e qualquer coisa, pode recorrer a nós. – assentiu e desligou o telefone.

Virou-se para olhar a cama e viu que eu o olhava com os olhos semicerrados por causa da sonolência.

– Bom dia. – ele disse sorrindo e vindo se sentar ao meu lado.

Sorri e lhe dei um beijo rápido.

– Bom dia. Com quem estava falando¿ - perguntei me espreguiçando.

– Com sua mãe.

Olhei atento para ele.

– Ela está bem, só queria saber como você está. E... Ela ficou muito feliz de saber de uma coisa e eu também.

Franzi o cenho.

– Feliz... Com o quê¿

Ele levantou-se e foi até a escrivaninha ali perto e pegou um envelope branco. Sentou-se na cama e entregou o envelope para mim.

– Desculpe por ter aberto, mas... Valeu a pena.

Eu estava confusa. Sentei-me na cama me reencostando no travesseiro e tirei o papel do envelope branco. O abri e li as seguintes palavras:

“Srta. Mary Anne, temos o prazer em parabenizá-la por ter entrado na Universidade de Nova York. Estamos muito felizes com o seu resultado. Você passou na 13ª posição.

Estamos muito felizes e esperamos que se matricule em nossa dependência até o dia 14 de Janeiro.

Seja bem-vinda a Universidade de Nova York.

Atenciosamente,

Direção UNY”.

Olhei para Johnny.

– Eu... Eu passei!

Ele sorriu.

– Sim. Parabéns, amor.

Sorri e dei um gritinho de felicidade e o abracei.

– Ah meu DEUS! – exclamei. - Eu vou para Nova York!

Ele me deu um beijo.

– Estou muito feliz por você. E, temos que comemorar hoje.

Eu estava radiante e me sentia... Ótima. Realmente feliz.

– Mas hoje é Natal, aonde iremos¿.

Ele sorriu.

– Tenho meus planos.

Mordi o lábio e balancei a cabeça.

– Não me venha com mistérios Sr. Donahue.

Ele fez cara de deboche.

– Você pode fazer o que quiser, mas não arrancará de mim nenhuma informação.

Fiz cara feia para ele.

– Feliz Natal. – ele disse e me deu um beijo. – Vou trazer seu café da manhã.

Ele levantou-se da cama mais do que depressa para fugir do meu interrogatório e saiu do quarto.

Ri baixinho e tornei a me deitar.

Eu me sentia orgulhosa e feliz. Eu estivera pensando em cursar Fotografia a minha vida inteira. E eu já tinha a Nikon para treinamento.

Quando terminei de tomar meu café de campeão, muito caprichado, eu me sentia melhor ainda. Johnny havia trago para mim minha comida favorita para café da manhã, cereais e iogurte natural e um copo de suco de laranja.

– Você devia ligar para sua mãe. – ele disse sentando-se no pé da cama e me olhando.

– Eu ligarei. Só... Estou preocupada com o discurso que ela vai falar e ficar preocupada comigo enquanto ela não deveria. Ela deveria se preocupar com ela e com Michael.

Johnny balançou a cabeça.

– Mary, ela tem que se preocupar com você. Foi você que levou um tiro, não seu irmão ou ela.

Fiquei em silêncio. Eu não queria ter esse tipo de conversa e relembrar todo aquele horror novamente.

– Bem, mudando de assunto. – eu disse e Johnny fez cara feia, mas, ignorei. – E quanto a você¿ Onde você vai trabalhar¿

Ele sorriu.

– Podemos conversar sobre isso mais tarde¿

Franzi a testa.

– Porque mais tarde¿

Ele não respondeu, só levantou-se da cama, foi até o outro lado da cama e agachou-se para pegar seu celular.

– Tome um banho, se vista e ficarei te esperando lá embaixo. – ele disse olhando para o celular digitando algo.

– Johnny, aonde nós vamos¿ E olhe pra mim enquanto está falando comigo. – eu disse jogando um travesseiro nele.

Ele parou de digitar e olhou para mim.

– Não irei falar! É uma surpresa.

– Odeio surpresas. – eu disse.

Ele olhou para o celular e começou a digitar algo novamente e disse:

– Te espero lá embaixo.

Contornou a cama e me deu um selinho e piscou para mim, depois saiu do quarto me deixando sem palavras e com vontade de xingá-lo;

Sinceramente... Eu não sabia onde ele estaria me levando e nem o que vestir.

Estava muito frio então optei por vestir uma calça jeans, uma bota de couro marrom, um casaco vermelho e uma touca cinza de lã.

Desci as escadas e vi que Paul e Johnny conversavam sobre algo relacionado a avião. Quando Johnny me viu na escada, parou de falar e ficou me olhando.

Sorri ao ver sua expressão. Paul deu um tapa na cabeça dele.

– Ei, apaixonado, estou falando com você.

Ri baixinho.

– Bom dia Mary. Feliz Natal! – Paul disse olhando para mim e sorrindo.

– Bom dia Paul. – respondi sorrindo. – Feliz Natal!

– Ah meu Deus, mas ela tem tanto estilo. Poderia ser modelo. – Phoebe disse saindo do banheiro perto da sala.

– Eu amei esse casaco vermelho. Você fica ótima de vermelho.

– Obrigada Phoebe. – eu disse. – Você bem que poderia me mostrar algumas peças de roupa que você fez.

Ela bateu palma e deu pulinhos como uma criança.

– Sim. Vamos lá ao meu quarto que eu te mostro.

Sorri radiante. Phoebe era engraçada e simpática, baixinha e era muito animada.

– Não. – disse Johnny vindo até nós na escada. – Temos que ir logo.

– Se você não me disse aonde vamos, não deve ser tão importante. Você com certeza pode esperar mais um pouco. – eu disse provocando-o.

– Mary... – ele começou a falar.

– Acredite você vai me agradecer Johnny. – Phoebe disse e me puxou pelo braço.

Olhei para Johnny, sorri e levantei as sobrancelhas e acompanhei Phoebe.

– Que provocadora sua namorada, Johnny. – ouvi Paul dizer.

Entrei no quarto de Phoebe. Era um quarto como o que eu estava apenas tinha móveis diferentes e um closet cheio de roupas em cabides.

– Eu tenho um presente para você. – Phoebe disse batendo palmas.

Sorri para ela.

Seu cabelo ruivo estava preso num coque malfeito e ela vestia uma calça de moletom, meias e uma blusa de moletom.

Ela pegou uma caixa prateada embaixo da cama e colocou em cima dela.

– Sente-se aqui. – ela disse.

Fui até a cama e sentei-me. A caixa prateada estava entre nós duas.

– Eu... Fiz isso para você Mary. Espero que goste, mas... Achei a sua cara e... – ela deu um sorrisinho. – Você vai arrasar usando isso.

Sorri e mordi o lábio.

– Pode abrir! – ela disse ansiosa.

Olhei para ela e depois abri a grande caixa prateada.

Tirei de lá um casaco. Ele era azul marinho com botões dourados. Ele batia um pouco acima dos joelhos. E também tinha uma touca azul marinho de lã.

– Que lindo! – eu disse. – Oh meu Deus! Você que fez¿ - perguntei colocando o casaco em frente ao meu corpo e me olhando no espelho.

Ela assentiu.

– Ah... Eu tinha pedido uma foto sua para Johnny e ele me enviou uma e... Eu costurei esse achando a sua cara. E ele vai ficar lindo em você. – ela disse batendo palmas. – Mas, calma, ainda tem algo mais. – ela disse pegando uma caixa preta debaixo da cama e colocando ao lado da caixa prateada.

Abri a caixa preta e lá tinha um par de botas de salto. A bota era azul marinho, um azul um pouco mais claro que o casaco e ela tinha um laço da mesma cor costurada nela.

– Ah meu Deus! É linda. Phoebe... Obrigada!

– Feliz Natal! – ela disse alto e me deu um abraço.

Retribui o abraço ignorando a pontada de dor na costela.

– Mas... Eu não comprei nada para dar para ninguém e... Eu não contava com esses acontecimentos. Mas... Ah me desculpe por não lhe dar nada. – eu disse olhando para ela.

Ela riu.

– Não seja boba, Mary! Olhe, use essa roupa e essa bota hoje à noite, tudo bem¿

– Você sabe onde Johnny está me levando.

Ela mordeu o lábio e sorriu assentindo.

Eu ia começar a falar e ela me interrompeu.

– Ele me fez jurar não contar.

Fiquei desapontada e ela riu da minha expressão.

– Mary, acredite, vale a pena esperar. Em breve você vai matar a curiosidade.

Ri e balancei a cabeça.

– Foi ótimo te ter na nossa casa, Mary. – Krystal disse me dando um beijo no rosto.

– Obrigada por tudo. – eu disse. – Espero não ter incomodado vocês nem nada.

Ela riu.

– Mas é claro que não. Olhe, sei que está louca para saber onde Johnny está te levando, mas... Não podemos falar.

– Ele nos fez jurar quase de pés juntos que não iríamos contar para você. Ele disse que você pode ser bem persuasiva. – Alaric sussurrou.

Abri a boca surpresa.

– Não acredito! – eu disse rindo. – Eu persuasiva¿ Que calúnia!

Eles riram.

– Esperamos ver você em breve. – Krystal disse e me deu um abraço.

Senti uma mão em meu braço. Virei-me e vi Johnny sorrindo para mim.

Estreitei os olhos para ele.

– Não acredito que não me dirá para onde estamos indo.

Ele deu de ombros.

– Não estou te levando para a China.

– Nossa, já estou quase sabendo para onde vou. – disse ironicamente.

Ele sorriu.

Revirei os olhos e virei-me para dar tchau para Alaric.

Alaric me abraçou e disse em meu ouvido:

– Calma Mary. Você vai amar a surpresa. Espere um pouco e verá.

– Porque todos estão me dizendo isso¿ - perguntei.

– Porque é verdade.

– Obrigada pela hospitalidade Sr. Donahue.

Alaric me repreendeu.

– Tchau Alaric. Foi bom te rever.

Ele assentiu.

– Também achei Mary. Nos vemos em breve.

Sorri e dei tchau enquanto Johnny pegava minha mão e me conduzia para dentro do aeroporto.


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