Destino - Once Upon a Time escrita por Capitã Sparrow


Capítulo 5
Capítulo 5




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/532222/chapter/5

Um lago surgiu entre as árvores da floresta, e o cisne foi levado até o centro dele. Nesse exato momento Regina apareceu, gargalhando de contentamento:

— Finalmente! Meus planos estão seguindo o rumo certo.

Emma estava apavorada, sentia-se fraca e indefesa, incapaz de fazer qualquer coisa. Não conseguia usar magia ali, pois nessa realidade não havia aprendido. Por mais que tentasse se concentrar, tudo que conseguia fazer era bater as asas na superfície do lago. Mas algo parecia errado, os minutos se passavam e Regina não se movia. Não fazia nada contra ela. E isso a deixava ainda mais apavorada.

Graham foi o primeiro a surgir entre as árvores. Surpreendendo Regina. Ele estava acompanhado de sua família de lobos que rugia ferozmente para a rainha.

— Deixe-a ir! Ela não tem culpa de nada! – gritou o caçador enquanto disparava flechas contra ela.

Regina desviava todas e jogava bolas de fogo contra Graham, que tentava se esquivar, mas às vezes era atingido. Os lobos ajudavam-no atacando a rainha, distraindo-a para o caçador ter tempo de escapar do fogo mortal.

O cisne observava tudo de lado, incapaz de fazer nada. Emma reconheceu Graham e lembrou que foi com ele que dançara na festa. O cavaleiro com olhos familiares era ele. Ela sabia que ele tinha ido até lá para ajudá-la, mesmo sem saber o motivo que o movia.

Ela viu um ser escondido atrás de uma das árvores, observando tudo sem piscar. Tentou gritar por ajuda, mas tudo que saía de sua garganta era um grasno horroroso. O ser olhou para ela, entendendo o pedido, mas sequer se moveu. Ela se debatia em pânico ao ver que o caçador estava perdendo e que os lobos começavam a cair, um a um, mortos sob o solo úmido.

De repente, Regina parou e mostrou algo que estava em sua mão para Graham. O cisne não conseguia enxergar, mas então a rainha virou-se para ela mostrando o coração vermelho que brilhava em sua mão.

— Está vendo isso princesinha? Esse será o primeiro coração arruinado por sua culpa! – e completou, virando-se para o caçador: – Como foi tolo Graham! O que passou pela sua cabeça para ter a ousadia de me enfrentar?

— Eu não poderia deixar que fizesse isso a uma inocente.

Ela observou o coração em sua mão apertando-o levemente, fazendo com que ele caísse ajoelhado, gemendo de dor.

— Se apaixonou por ela, não foi? Pena que você nunca teria uma chance.

Ele levantou os olhos sofridamente e olhou o cisne. Emma sentiu o olhar penetrando sua alma, percebeu que o que Regina falara era verdade. Ele estava apaixonado por ela e estava disposto a morrer, tentando salvá-la. Uma lágrima cristalina escorreu pelos seus olhos e o caçador sorriu percebendo que ela estava consciente, que Emma estava ali.

— Vá pro inferno! – cuspiu para a rainha.

Aquilo foi a gota d'água para Regina. Se inclinou perto do rosto dele e murmurou baixinho:

— Te encontro lá.

E apertou o coração do caçador, sem cerimônias, reduzindo-o a pó.
Ele olhou uma última vez para o belo cisne que se debatia sobre o lago e caiu ao lado dos seus companheiros lobos. Fechou os olhos pela última vez sentindo que valera a pena ter tentando. Assim morreu Graham, o caçador.

Regina bateu as mãos, deixando que o vento limpasse as cinzas de si e virou para olhar o cisne.

— Quem será o próximo? Será o papai? Quem sabe a mamãe? Não... Sinto cheiro de pirata!

Hook e Elsa se aproximavam e Regina começou seu pequeno show:

“De dia cisne, a noite princesa enquanto no lago ficar."

Essas palavras trouxeram Emma de volta à sua antiga forma. Elsa não esperou que a rainha fizesse mais nada e disparou camadas de gelo sobre ela. As duas travavam uma batalha de gelo contra fogo. Hook sabia o que fazer. Elsa ganhava tempo para que ele quebrasse o feitiço. Ele correu até Emma e jurou que a amaria para sempre. Selando o juramento com um beijo. Nesse instante uma fumaça negra envolveu Emma e ela transformou-se em Regina. Que ria diabolicamente enquanto desfez a ilusão contra quem Elsa estava lutando. Era apenas uma árvore.

— Foi mais fácil do que imaginei! – E fez uma bola gigante de fogo atingindo a princesa do gelo, que ainda estava desnorteada, sem entender. Ela caiu no chão desmaiada e Emma gritou.

Uma barreira que cobria o lago se desfez e Hook conseguiu ver Emma, em prantos, no meio do lago, já em forma humana.

— O patinho caiu na minha armadilha. – a rainha ria. Sentia-se triunfante. Tudo que passara e sofrera finalmente estava valendo a pena. Faria toda a família Charming sofrer.

Hook puxou a espada e atacou a rainha, que com um gesto fez com que o objeto se transformasse em uma serpente venenosa. O pirata a soltou com um movimento brusco e pisou na cabeça da cobra. Estava ofegante, cansado e desarmado. Suas ideias haviam acabado.

— Está muito bonita hoje, Regina. – disse se aproximando lentamente, enquanto tentava ganhar tempo.

— Suas palavras não tem efeito algum sobre mim, pirata. – murmurou contorcendo o rosto em uma expressão de desgosto e deu um passo à frente arrancando o coração dele, num golpe rápido. Hook se contorceu sentindo uma dor lancinante percorrer seu corpo, ele olhou para Emma que estava presa no mesmo lugar, sem conseguir se mover. Ele deu três passos antes de cair dentro do lago.

Regina apertava seu coração sem piedade e olhava, desafiadoramente, para Emma que chorava incapaz de se mover.

— Hook! – gritou.

O pirata levantou o rosto e sorriu para ela.

— Adeus, amor. – disse enquanto seu coração se tornava cinzas nas mãos da rainha.

— Não! Hook!!!

A rainha tinha um sorriso insano e seus olhos pareciam estar pegando fogo, pois faiscavam. Andou lentamente em direção à princesa, que estava em prantos, chamando o nome do homem que amava. Levantou o rosto dela, e Regina viu que seus olhos estavam vermelhos. Satisfeita, sorriu ainda mais.

— Acho que já terminei com você. Está sofrendo, princesinha?

Emma se debatia com todas as suas forças tentando escapar das amarras invisíveis. Queria estrangular a rainha, matá-la com suas próprias mãos. Usava todas as suas forças, mas era como se cordas invisíveis prendessem seus braços e suas pernas. Levantou o olhar carregado de ódio e sofrimento e cuspiu no rosto de Regina.

— Sua insolente! – gritou arrancando o coração da princesa que bufou de dor. – Como é? Sentir que o fim da sua vida miserável depende apenas de mim? Que em um segundo posso acabar com sua existência para sempre? O que Snow sentirá ao ver sua filha mais velha, o fruto de seu amor verdadeiro, morta por mim?

Antes que Emma pudesse dizer qualquer coisa, ouviu o som do trote dos cavalos. Sua família estava chegando. Anna correu até Elsa, e percebendo que a irmã só estava desmaiada, carregou-a até os cavalos com ajuda de Kristoff. David e Snow, ao verem que Regina tinha o coração de Emma em suas mãos se renderam à ela.

— Regina, você me odeia. Pegue o meu coração e devolva o dela. – implorou a mãe em prantos.

Regina limitou-se a sorrir pra ela enquanto apertava lentamente o coração de Emma, que se curvou sentindo uma dor forte no peito.

— Eu não quero que morra, Snow. Quero que sofra como eu sofri!

David pulou no lago, se movendo na direção delas, mas antes que pudesse se aproximar Regina reduziu o coração da princesa a pó, e desapareceu envolta de fumaça negra quando o rei jogou uma adaga em sua direção.
Emma sentiu suas forças se esvaindo e fechou os olhos lentamente, sentindo os braços de seu pai envolvê-la num forte abraço, enquanto chamava seu nome entre soluços. Ela estava leve e por um momento sentiu que estava voando como um cisne, livremente, antes de apagar completamente.

Só então o ser que observava tudo saiu das sombras. Usava uma imensa capa preta, que cobria todo seu corpo. Levantou os olhos para o céu, deixando que o capuz caísse, revelando seu rosto fino e extremamente pálido, cobrido parcialmente por uma máscara de couro, não parecia um ser vivo. Seus olhos escuros não tinham brilho algum e revelavam os mistérios de seu interior, carregados de sofrimento, como se sentisse a dor de todos os seres do mundo. Pequenas cicatrizes se estendiam por todo seu corpo. Ele parou de escrever e fechou o grande livro, fechou os olhos e se deixou ser transportado pelo vento, deixando aquele cenário de morte e tristeza para traz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que ser misterioso é esse, gente? O.o



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destino - Once Upon a Time" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.