O Sol Particular; escrita por Esmee Black


Capítulo 22
Capítulo 20- E nisso eu me tornei, Felizes?


Notas iniciais do capítulo

hehe, Postei bastante hj...

Me eem um tempinho, pois estou sem pc!

Obg!



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“O Amor não é uma doença, nem uma sucessão de dores e flagelos e muito menos a impossibilidade de ser livre. Sabe que o amor é algo calmo e por vezes visceral, que apenas transita entre amizade e paixão

 

 

 

Jake pov.                                     

                               20- E nisso eu me tornei, felizes?

 

 Depois de pensar um pouco, decidir acreditar que estava mesmo acordado  - ou quase isso – me lembrava  de ter ido dormi as 04h00min da manhã. Até tal hora o sono não me rondava, mas assim que percebi que estava acordado, percebi também que meus olhos estavam colados uns nos outros. Tentei me desligar e dormi de novo.

 

 O bom de está dormindo era que... Eu estava dormindo, e tinha a absoluta certeza de que uma hora acordaria para o pesadelo real. E ao mesmo tempo isso era o mal de estar dormindo eu detestava o pesadelo real. Eu detestava minha vida, esse enorme pesadelo que virou minha vida.

 

  Parecia que algumas toneladas tinham caído sobre mim. Minha cabeça pesava de forma irritante e dolorosa. Com um inútil esforço tentei abrir meus olhos que pareciam pesar quilos e quilos. Não consegui. Permaneci de olhos fechados. Esperei ali, imóvel até dormi outra vez. Não dormi. Eu sabia que o sono estava ali, ele me irritava implorando para que eu dormisse... Mais simplesmente não dormia. Uma leve irritação começou a me perturbar. Tentei abrir os olhos, dessa vez com um pouco mais de determinação.

 

 Meus olhos se abriram trazendo ao meu campo de visão umas imagens meio desfiguradas de um quarto, meu quarto. Virei minha cabeça procurando o relógio que tinha no lado de minha cama. Pelo o que entendi das horas eram 08h00min da manhã. Tinha dormido quatro horas apenas. Ouvi algumas vozes na cozinha, apostava que eram de Rechel e Billy, os únicos que podiam está ali naquela hora ou será que o chato do Quil ficaria perturbando também? Depois que Quil e Rechel começaram a namorar, eu não podia passar um único dia sem olhar para a cara ridícula do Quil.  Lembrando de Quil e Rechel meus pensamentos pensaram e entrar em uma zona proibida. Eu não era forte o suficiente para impedidos, mas podia  amenizá-los. Lembrar de Bella me causava reações suficientemente vazias. A raiva de está ali, sofrendo igual a um idiota por uma garota o suficientemente hipócrita, foi grade o bastante para a cama tremer junto comigo, mas não foi mais forte que a dor do vazio que chegou logo depois. Contrai meu abdômen tentando amenizá-la. Minha cabeça latejou um pouco mais forte e eu esmurrei a cama de ódio. Eu não sei como me distrair com o despertador que bateu forte no quarto de Billy ou Rechel. Se eu quisesse poderia passar o dia ali, deitado, seria uma ótima vida, mas eu não conseguia. Ali parado era muito mais fácil ser vencido pela dor e isso me angustiava. Deitado ali sabia que a qualquer segundo eu seria invadido por pensamentos nada agradáveis e por lembranças asfixiadoras.

 

  Com um rápido impulso me levantei da cama, minha cabeça girou protestando, mas eu nem liguei. A inconsciência parecia que voltaria a qual quer segundo e a raiva também. Apertei meus olhos com força e os abri. Fiz isso umas três vezes ou até conseguir enxergar a minha volta nitidamente. Andei devagar até a porta do armário, peguei uma peça de roupa e fui tomar um banho. A água fria me despertou quase que instantaneamente. Sai do banheiro acordado, ou pelo menos sano do que fazia.

 

 Andava até a cozinha quando o despertador tocou de novo.

 

— Será que dá pra alguém desligar essa merda? — eu gritei. E então ficou comprovado que o banho não diminuiu em nada minha irritação.

 

— Eta! Bom dia pra você também, maninho. Tudo bem? — Rechel falou irônica. Suspirei uma vez para não gritar de novo.

 

— Olhe pra mim e veja se estou bem. — Sorri também irônico. Rechel me observou por uns tempos. Primeiro, pensativa, depois meio... Assustada... E por fim, triste.

 

— Vão com calma aí, vocês dois. — Billy nos reprimiu perto da geladeira.

 

  Rech me olhou por mais um tempo, virou-se e disse com a voz mais melodiosa que tinha:

 

— Café da manhã na casa da Emmy. — Ela sorriu pra mim. Revirei os olhos e suspirei o suspiro mais pesado que pudesse suspirar.

 

---

 Aquela com certeza era a pior hora do dia: O café da manhã na casa de Emmy, tudo bem que do jeito que minha vida andava toda hora era  a “pior hora do dia”, mas sinceramente? Aturar todos ali, juntos em um pequeno local. Todos falando, rindo... Felizes. Era torturante demais para um único Jacob Black. Para qualquer ocasião a casa seria pequena demais, agora pra fazer um feliz e harmônico café da manhã, a casa era gigante, figuradamente, é claro. Estavam todos lá: Quil, Rechel, Embry, Seth, Sam, Emmy, Paul, Jared...

 

  Assim quem cheguei sentei a mesa sem falar qualquer palavra. Todos os olhos daquela casa se voltaram pra mim. Os ignorei. Peguei uma tigela e coloquei o cereal.  Observei cada grão que caia sobre o leite, fazendo milimétricas gotas espirarem pra fora da tigela. Eu prestava tanta atenção em cada cereal que caia a ponto de poder estimar quantos eu comeria. 

 

  A dor em minha cabeça continuava mais forte do que quando acordei, tentava centrar minha mente pontualmente em cada movimento que fazia. Lembrava de concordar sempre que ouvia meu nome, pelo menos assim pensariam que eu estava ali. Tentava não pensar realmente em quais lembranças aquele momento poderia trazer. Balancei a cabeça tentando evitá-las. Forcei-me a pensar em qualquer outra coisa, mas a única imagem que me vinha era da ultima vez que vira Bella, em especial o momento caloroso, o momento que me senti feliz. Tentava encontrar na qual lembrança um motivo pra poder dizer que... Tudo valeu a pena. O problema era que não valeu à pena. Nada do que eu fiz. A lembrança de Bella me pedindo para ir embora, do jeito rude que ela me tratou. A raiva foi incontrolável e a dor também. Apertei meus olhos com toda força que tinha. O vazio doía mais do que qual quer coisa, a agonia e a tortura de está “só”, era arrebatador.  O buraco negro que eu virara era humilhante. O sono que já me atormentava antes pesou cinco vezes mais.  Me lembrei perfeitamente do cheiro de Bella, e logo me lembrei também dela correndo para o sanguessuga. Senti perfeitamente o cheiro dele em minhas narinas, como se ele estivesse do meu lado. O cheiro que minha memória projetara me causava uma incrível repulsa, um nojo surpreendente, um ódio certamente incontrolável. Nunca fui bom em controlar emoções elas vinham forte demais, como um tsunami pronto para devastar uma cidade.

 

— Deixe de ser boiola, Jared. — Ouvi bem baixo a voz de Quil. A vontade de me controlar foi mais forte quando me lembrei que tinham pessoas a minha volta.

 

— Parem vocês dois. — Sam repreendeu a briga que possivelmente havia acontecido anteriormente. Tentei prestar atenção no que acontecia na cozinha de Emmy.

 

  Pude reparar que Sam ajudava a Emmy a preparar alguma coisa no fogo. Eles sorriam um para o outro. Sam deu um leve beijo em Emmy. Desviei o olhar o mais rápido que pude, era demais pra mim. Passei a observar Jared implicando com Seth em uma leve briga acompanhada de tapas e beliscões e logo depois uma risada de cada um. Era interessante observar Seth, ele era espontâneo em cada movimento que fazia, não controlava nem um deles. Seth era feliz e diferente de todos nós nunca precisou se controlar no inicio da transformação, pois ele não tinha raiva e sem raiva... Não havia perigo, muito diferente de mim, alias.

 

    Observei também Paul e a guerra que ele mesmo criara entre a panqueca e os talheres. Achava de uma total burrice, Paul era um burro. Não tão burro quanto o Quil, mais era um burro. Os movimentos de cada um começaram a me irritar profundamente, cada sorriso que qualquer um deles dava, cada som que saia de suas bocas... As imagens de cada um me causavam uma raiva sem essência, sem motivo algum, eu apenas... Sentia raiva. Não sabia bem de que ou de quem. Não sabia se existia um motivo exato. Mais é claro que existia um motivo exato, tão exato e calculado perfeitamente. Projetado como luvas, especialmente para mim. Eram motivos o suficiente para me causar Raiva, ódio, angustia... Dor.  Soltei o ar voltando a respirar.

 

— Em Jake? O que acha? — Sam falou pra mim. Parecia que havia uma grande conversa que eu não ouvira por traz disso. Olhei sério a Sam e balancei a cabeça.

— Hã, o que? —  perguntei confuso.

 

—  É jake, o que acha? —  Leah, -- que a propósito, não tinha notado a presença dela até tal momento, -- debochou. Seth, sempre companheiro sussurrou discretamente em meu ouvido.

 

— De a próxima reunião  ser na sua casa, já ta tudo combinado... Você concordou com tudo. — Não me lembrava de ter concordado com nada.

 

— A claro. Sim tudo bem... Pode ser. — Sam me fitou meio decepcionado assim como todos, todos menos Seth que deu um tapa nas minhas costas. Repuxei os cantos dos lábios pra ele, acho que sorri.

 

  Todos voltaram as suas atenções que por sorte não era eu.

 

Encarei por alguns instantes a cozinha lotada. Um desanimo me alertou ir embora. Levantei da cadeira.

 

— Hã... Tchau... — Me preocupei em dizer. Logo me arrependi.

 

— Jacob! — Embry chamou — Vai fazer o que hoje? — A famosa empolgação nos olhos de Embry. Primeiro imaginei a calmaria e o tédio dentro de casa... Sozinho, silêncio. Logo depois me imaginei saindo com eles pra algum lugar. Primeira opção, com certeza.

 

— ér.. Vou sim, cara. — Não era exatamente uma mentira... Afinal eu estaria fazendo nada, o que valia muito pra mim. Todos me olharam com uma mistura de surpresa, curiosidade e principalmente desconfiança.

 

— O que Jake? — Seth perguntou quase explodindo de curiosidade.

 

— eu vou é... — Revirei minha mente atrás de alguma mentira. Qualquer coisa eu lembrasse seria uma boa desculpa. O problema que não pensava em nada melhor do que “Não é da sua conta” o que seria ridículo de minha parte. E também tinha essa “Assistir televisão.” — vai passar um filme super legal na televisão hoje... E eu quero ver... — Todos olharam debochados pra mim e antes que pudessem me repreender acrescentei: — ...Com a Camille.  — tava ai a maior mentira que eu inventara de todos os tempos. Um sorriso brotou no rosto de cada um, menos é claro, de Leah. — porque a pergunta? — Fingi o interesse.

 

— Ah... Nada não esquece; — Assenti e virei não contentando o sorriso. Agora só faltava um jeito de ninguém descobrir...

 

Deixei a casa de Emmy o mais rápido possível, não suportava mais. Andei até minha casa, na verdade eu quase corri. Não sei por que especialmente hoje o dia estava uma merda. Absolutamente tudo estava chato e tedioso.

 

Tentei pensar nessa tal “reunião” que iriam fazer. Sinceramente? Eu não tinha a mínima ideia do que poderia ser. Só ouvi falarem disso... Hoje, e mesmo assim forçado.

 

Fui direto para meu quarto e deitei na cama. Encarei o teto branco. Assim que deitei minha cabeça agradeceu fazendo com a dor diminuísse miseravelmente. Tentei me sentir um pouco culpado por mentir pra eles... Não adiantou não me senti culpado, na verdade me senti feliz por me livrar deles.

 

 Todo o sono acumulado pareceu pular em minha mente, meus olhos arriscavam fechar a cada momento. Passei a prestar atenção nos sons a minha volta. Para a maioria, eles eram baixos de mais, quem sabe até impercebíveis, mas eu os ouvia com clareza, às vezes até alto demais. Poderia ouvir muito melhor se estivesse transformado, mas também seria obrigado a ouvir o que os outros pensavam, e pior eles também poderiam. Naquele momento podia ouvir os mínimos pingos de chuva bater nas folhas das arvores, podia ouvir o vai e vem das ondas em pequenos intervalos, ouvia também alguns pássaros cantando, ouvia até mesmo pessoas, passos, às vezes até seus diálogos. Poucas vozes conhecidas me causavam mais interesse, mas não por muito tempo. Vagarosamente fechei meus olhos ainda escutando os ruídos de La Push até alcançar a inconsciência torturante.

 

----

 

  Como se fosse mais um dia normal eu esperava Bella, sentado na frente de casa. O tempo estava meio nublado com nuvens no céu, nada muito fora do comum por aqui. Comecei a achar meio estranho, Bella nunca demorara tanto, na verdade ela chagava sempre mais cedo do que o combinado, a ansiedade me deixava inquieto. Andava de um lado para o outro a esperando, mas nada. Sentei-me mais uma vez quase desistindo de esperá-la

 

 Foi o mesmo de entrar em uma fábrica de doce completamente enjoado. Um cheiro nojento e incrivelmente doce tomou conta de todo meu ar. Aquele maldito sanguessuga apareceu em minha frente, no mesmo segundo me levantei pronto para me transformar. Não estava acreditando na ousadia dele. Ele simplesmente quebrara fronteira assim? Como se nunca houvesse um trato?

 

Quando já praticamente mudava de forma para um lobo gigante e veloz, Bella surgiu se posicionando um pouco a frente do pálido. Ela olhou fixo em mim, toda aquela raiva que eu sentira amenizou e eu fiquei completamente sedado. A calma por está perto de Bella era muito maior do que a raiva por está perto do Sanguessuga.

 

Bella... O que ele faz aqui? perguntei baixo.

 

Porque ele não deveria está, Jacob? — Ela disse monótona. Olhei surpreso.  

 

Bem... Você que quantos bons motivos?

 

nem um Jake... Só vim te convidar pro casamento, achei que se nos dois ela gesticulou pra Edward — estivéssemos aqui para lhe comunicar isso seria mais educado. Ela sorriu. Olhei para o vampiro que estava imóvel no mesmo lugar que o vira da primeira vez. Sua expressão desconfiada acompanhada de olhos vazios.

 

Como? — perguntei incrédulo. Casamento? Como assim?

 

Vá de terno, Jacob. —  Bella falou. O Sanguessuga sussurrou alguma coisa no ouvido dela, tão baixo que nem eu ouvi. — Por que, Ed? Eu estou convidado meu fiel e bom amigo para nosso casamento. Não vejo nada de errado nosso. — Bella não podia está falando aquilo, não era ela, não era minha Bella.

 

— Não pode fazer isso Bella, não pode fazer isso comigo. — rosnei.

 

— Eu vou me casar e não você. — Ela sorriu irônica.

 

— Já chega Bella. É melhor irmos. — O vampiro pediu a ela calmo. Minha reação era a mesma, pasmo, imóvel... Surpreendido.

 

— Bells... Eu te amo. Não faça isso. — Arrisquei dizer tão baixo que me assustei quando percebi que ela tinha ouvido.

 

— A Jake... — Bells gemeu pela primeira vez com um pouco de compaixão... Na verdade pena. A pena pra mim era o pior de tudo. Bells se aproximou um pouco mais de mim. — Eu também te amo, Jacob... Mas não me peça pra escolher, porque sempre será ele. É ele que eu amo de verdade, não você. — Seus olhos voltaram ma mesma ironia de antes.

 

“... Mas não me peça pra escolher, porque sempre será ele, sempre será ele. É ele que eu amo não você. Sempre será ele, É ele que eu amo...” — A Cena me torturava diversas vezes. Sentia vontade de correr, de me transformar, gritar, qualquer coisa, menos ficar parado ali. Mas era impossível, como se eu estivesse preso ao chão junto à dor que me torturava. “ Sempre será ele, Sempre será ele.” — A voz de Bella gritava pra mim era tão insuportável como sinos desafinados em uma tarde de dor de cabeça. 

 

----

 

Abri meus olhos numa fração de segundo. Sentei na cama ofegante, ainda com o eco do pesadelo passado.

 

Senti gotas frias em meu rosto. Percebi que deixara a janela aberta e chovia tão forte que metade de minha cama estava encharcada, todas as folhas de papel que se encontrava em qualquer parte de meu quarto estavam no chão, graças ao vento forte. Eu estava molhado, completamente molhado. Ainda chovia e a água continuava a cair forte dentro de meu quarto, a janela continuara aberta. Meus braços se esticaram fechando-a com tal brutalidade que elas poderiam nunca mais se abrir, como a cama encontrava-se molhada me levante e sentei no chão, colocando a cabeça entre os joelhos de forma aconchegante.  Permaneci ali, parado, imóvel, mal respirava. O vento frio entrara pelas brechas da janela balançando meus cabelos que já estavam menos curtos do que eu me lembrava. Fiquei naquela posição por algum tempo, refletindo sobre o pesadelo. Sim eu sabia que Bella se casaria, sim eu não queria acreditar e não eu não suportava a ideia de vê-la transformada. Aguentei aquilo até que a agonia se transformasse em dor.

 

Subi a cabeça devagar até visualizar o relógio.

 

— Droga! — Exclamei assim que vi as horas. Já eram 19h00min da noite. “Rechel vai me matar”, pensei. Aquela altura ela já havia percebido que eu nem pensei em ligar a televisão e muito menos em chamar alguma Camille para qualquer coisa.

 

Hesitando me levantei com um único impulso, como estava molhado me fiz o favor de tomar outro banho e trocar de roupa. Pelo jeito que eu acordara, não coloquei o tênis, provavelmente não suportaria muito tempo sem me transformar, já estava muito alem de meu limite.

 

Como o esperado, Rech se encontrava sentada na sala com a expressão assustadoramente sombria.  No segundo que me virei para sair pelas portas dos fundos ela me chamou.

 

— Jacob. Venha aqui, por favor? — Ele pediu com a voz dura e alta. 

 

— é que eu to meio atrasado, sabe?  — Menti.

 

— Não importa, não mesmo quero falar com você.

 

— Mas eu não quero ouvir. — Rebati firme, mas culpado, afinal ela era minha irmã. — tem três minutos. — cedi a ela. Andei sentando-me a sua frente.

 

— Não chamou ninguém hoje, não é? — Fato.

 

— èhh... Não. É que eu, eu dormi, sabe? E falando nisso eu esqueci a janela aberta e...

 

— Acho que não entendeu o que eu quis dizer não foi? — ele me cortou — Eu sei muito bem que você nunca pensou em chamar ninguém — Outro fato importante, Rechel era boa nisso.

 

— Não. — Suspirei pesado. — Menti pra poder dormi a tarde todo e ficar longe dos garotos... E Leah — acrescentei bufando. — Principalmente Leah — completei baixo.

 

— Acha que é justo... ?

 

— Com eles? Sei que não, Rech... Mas não posso evitar ficar com eles por muito tempo me deixa irritado e acabo descontando neles...

 

— Justo com você Jake. — Ele olhou pra mim. — Acha que tudo isso é justo com você? Eu sei que você sofre Jake, sei o quanto dói.

 

— Não você não sabe. — Minha voz saiu rouca e fria. 

 

— É eu não sei...

 

— Fique feliz com isso. E Não queira saber, por favor. — Falei sonoro.

 

— Jake... Tente ser feliz, não desista. Não vale a pena. — A suplica não foi o suficiente para mim. Me levantei indo para a porta. — Jake, por favor.

 

— Não se preocupe comigo, ta bom? — Pedi.

 

— Você é meu irmão.. e eu te amo muito, Jacob, muito mesmo. Eu daria tudo pra estar no seu lugar e...

 

— Não Rech, não... Nunca queira esta no meu lugar, sabe? É o pior lugar de todos. — me aproximei um pouco dela, que correu e me deu um abraço.

 

— Sinto muito, meu irmão. — ele dosse chorando,

 

— Eu também sinto, mas fazer o que? Não há nada a fazer.

 

Ela ligou. — Rechel cuspiu as palavras rápidas e baixas.

 

— Diga que morri. — Disse rude.

 

— Ela parecia preocupada...

 

— Já  tenho gente de mais “se preocupando” comigo. — debochei.

 

— tudo bem... — disse Rech desanimada.

 

— Aonde estão os meninos?

 

— Quer saber se estão transformados? — ela perguntou bufando.

 

— exatamente.

 

— Sim, estão... Estão apostando uma corrida... Paul e Quil... — ela forçou um sorriso, não me preocupei em sorri, me lembro de ter dito “tchau”. 

 Segui para a praia, meu refujo certo, aonde eu poderia estar sozinho, apenas eu e o mar.

 


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Notas finais do capítulo

Oiwwnt! Tadinho do meu... Digo noisso Jake!
Mas tudo bem, né afinal.. ele vai ficar bem!

Agora acho que vou demorar um pouquinho.. mas obg gente!