17- O dia perfeito [parte- I]

Ainda não acreditava no que estava acontecendo. Eu em uma tarde de sol em uma moto com Jacob indo para La Push. Era tão insano, mas eu nem ligava. Não me sentia tão feliz assim desde a volta dos Cullens! Apesar de que eram felicidades completamente deferentes. A felicidade que eu sentia perto de Jake era espontâneo, instantâneo! Era com se Jacob fosse o... Meu sol era incrível! E a felicidade dos Cullens era linda. Eu ficava feliz só de saber que eles estavam comigo. O problema era que com eles eu não me sentia livre, não como eu me sentia com Jake!

— O que quer fazer? — Jake gritava de forma que eu escutasse sem a interrupção do vento, o que foi bem difícil.

— Pensei que isso fosse parte sua Jake! — Mais é claro que era parte dele, e Le era o cara divertido, não eu! — Vai dizer que não pensou em que vamos fazer?

— mais é claro! Mais tem um problema! Não vi uma coisa... Foram umas vinte!

— Ótimo! A gente dá um jeito!

— Mas antes vãos passar lá em casa para comer alguma coisa... Ér... Eu estou com fome.

— E Quando você não está? — Rimos disso por um tempo. Em quanto o vento forte batia em mim me lembrei daquela insignificante dor de cabeça que não existia mais.
Foi tudo tão rápido que nem percebi que já havíamos chegado. Jake estacionou a moto da garagem em quanto eu entrava na casa. Era impossível não dizer que Rech não estava lá. A casa estava femininamente arrumada. Um cheiro impecável de panquecas vinha da cozinha. Rech. Jacob deveria estar amando isso.
Como eu esperava Rech estava na cozinha.

— Bells! — Ela gritou. — Você por aqui! Que surpresa! Que panquecas?

— Quero sim. — A hospitalidade dela era máxima.

— O que faz por aqui! — Perguntou ela com a voz melodiosa e abriu um sorriso familiar.

— Só de passagem... Aproveitando o sol.

— É às vezes ele aparece. — ele sorriu gesticulando para a janela. O sol brilhava intensamente.
Sentei-me na mesa e Rech me serviu uma panqueca de chocolate com um copo de suco. Estava tudo delicioso. Nem Emmy cozinhava tão bem! Comia cada pedaço olhando para porta.
— Ele já vem, Bella! — Rech falou rindo de mim.

— Hã... Não, não...

— Tudo bem Bells. — olhei para ela agradecendo. — Gostou das panquecas? — Ele me olhou tão esperançosa que quase me lembrou Alice. Como se dessa para comparar.

— Claro! Estão ótimas! — Respondi ainda sem graça, mordiscando um pedaço da panqueca.

— São as favoritas de Jacob! — Ela falou quase explodindo de felicidade — e as de Quil também.

— Já enfeitiçou a Bella com suas panquecas mágicas? — Jake entrou na cozinha rindo abertamente. — Sobrou pra mim, ne? Ele forjou um desespero.

— A Jake... Desculpe. Eu não sabia que você queria... Bella comeu tudo.

— A é, Jake... Me desculpe eu comi todas. — Rimos disso até ele encontrar as panquecas.
Jacob, obviamente engoliu umas cinco panquecas em uns sete minutos.
Jacob, Rech e eu conversamos sobre coisas inúteis até Rech dizer que ia tomar banho. Depois disso Jacob e eu ficamos em silêncio. Por algum tempo eu pensei que quilo era errado. Está ali, com Jacob, sem avisar a ninguém, nem ao menos Charlie. Nem mesmo para os Cullens. E o pior é que Alice já devia ter percebido a diferença no meu futuro. Era tão infantil o que eu estava fazendo. Eu podia me divertir com Alice fazendo... Fazendo compras... Bem na verdade eu não podia! Estava feliz ali naquele momento. Logo eu me transformaria — meu coração apertou —
Tinha que aproveitar agora. Esse meus pensamentos foram interrompidos pelo toque estridente do telefone. Como o esperado, soltei o garfo que bateu no prato fazendo um barulho ainda mais estridente! E Jacob? Ele riu, obviamente. Riu e esse levantou para atender ao telefone.

— Calma Bells. É só o telefone! — Ele sorriu. — Alo! — e depois disso ele abafou uma risada. — Sim, Sim Charlie. Ela está aqui sim. — Charlie? Merd*! — Bella... Telefone. — Me levante xingando baixo e Jacob riu.

— Alô! Oi Pai!

— Isabella Marie Swan! Como você faz isso? Você não voltou para casa. Não deu noticias e...

— Calma! Pai! Eu estou com Jake. Estou aqui na casa dele. — Ele pareceu se acalmar um pouco!

— Mesmo assim você poderia ter avisado. — Olhei para Jake e revirei os olhos em quanto ele ria.

—Ér... Pai! Eu tentei avisar! Er... Eu liguei duas vezes para ai... Mais ninguém atendeu.

— Sério? Eu não ouvi. — ele engoliu minha mentira. — Então desculpe... Billy está ai?

— Não... Ele esta na casa da Sue. Tchau pai!

— Tchau... E desculpe! — Não respondi, apenas bati o telefone no gancho. E depois disso Jacob e eu começamos a gargalhar.

— Jacob... Estou aprendendo com você. — falei fingindo uma repreensão. — É isso que você me da de exemplo, senhor mais velho? — rimos disso por mais um tempo.
Ajudei Jake a lavar os pratos e tirara mesa. Ele era bem ágio e me deu um pouco de inveja. Eu fazia tudo o que ele fez no mínimo em mais ou menos meia hora... Ele fez tudo — Bem feito — em menos de 15m. Se eu conseguisse fazer a metade disso Charlie me pagaria pelo serviço.
Quando acabamos sentamos no sofá e ligamos a televisão... Puro tédio. Definitivamente eu não tinha vindo aqui para isso. Quando fui abrir a boca para falar alguma coisa, Jacob colocou seus braços nos meus ombros e me puxou fazendo com que minha cabeça aterrissasse em seus ombros fortes. Mesmo o dia estando quente era bom está tão perto de Jacob. Seu cheiro amadeirado me tirava dos sentidos, seus braços marcados por músculos e sua cor... Tudo isso, tudo isso fazia de Jacob... Atraente para mim. Eu era apenas uma humana, uma como todas as outras, talvez mais controlada do que Jessica ou Renée... Mais ainda sim, eu era humana. O que tem de errado uma garota como eu achar Jacob Black irresistível? Sim ele era irresistível. ERRADO? VOCÊ É A GAROTA DO VAMPIRO! Essa era a parte errada. Eu não podia achar Jacob irresistível. Eu gritava em minha cabeça tentando — Em vão — me convencer. Era tão simples, fácil: Eu não podia amar Jacob, não mais do que um amigo. Sim era fácil... De dizer, porque de fazer era literalmente impossível! Eu não agüentava nem mesmo um dia todo sem Jacob, como eu queria viver a eternidade sem ele? Tinha que admitir que seria complicado. Mais eu tentaria... Por Edward... Eu tentaria. Me coração apertou só de pensar... Uma eternidade sem Jacob. Uma semana já era uma eternidade para mim. Eu vou suportar, eu vou suportar, eu vou suportar! Repetia para mim diversas vezes — outra vez em vão — em minha cabeça. Eu não vou suportar. Finalmente desisti. Minha cabeça estava um verdadeiro furacão, todas minhas ideias misturadas me deixando meio tonta. O cheiro de Jacob não ajudou muito...

— Bells? Você está bem? — Jacob me tirou da inconsciência. Sim eu estava inconsciente. — Bells!

— ta tudo bem Jacob. — Minha voz falhou um pouco.

— Bella... Você está meio pálida... — Ele disse me virando de frente par ele. —... Jura que está bem? — A preocupação era nítida em Jacob.

— Uhum... ta tudo bem Jacob. — Realmente já estava me sentindo melhor... Bem melhor. — Me responde uma coisa? — Disse acrescentando uma quantidade nada excessiva de diversão na voz.

— Claro Bella. Tudo que quiser. — A preocupação ainda estava lá.

— O que estamos fazendo aqui? Pela primeira vez em uns cinco meses faz sol... — Disse apontando o horizonte no qual o sol se encontrava forte, caloroso, brilhante e amarelo, mesmo às três horas da tarde, que o comum seria a chuva constante.

— É Você tem razão. — A preocupação ainda existia, mais era tão pouca comparada com a empolgação que nem fez diferença. — A praia deve está linda, a água deve está instável e estamos aqui, tão perto. — O brilho nos olhos de Jacob era impressionante. Ele se levantou, agarrou minha mão e saiu quase correndo pela porta.

— Heey! Jacob! Eu não sei se você se lembra mais eu não sou um lobo. — Gritei para ele. Ele me olhou logo atrás dele. Eu — obviamente ¬— estava quase caindo em quanto Jake me puxava. Ele me observou pensativo por alguns segundos...

— Sabe Bella... — Ele andou par a traz devagar. Me perguntei o que ele estava fazendo e... Porque ele estava fazendo. Continuei para o observando. — Acho que assim você fica mais rápida. — Ele correu até mim e me pegou no colo me colocando em seus ombros como se eu fosse um criançinha de sete anos de idade.

— Jaaaake. — gritava — Me coloca no chão.

— Bella, pensa comigo: Se depender de você, a gente só chega amanhã na praia. E você lembra que eu tinha planejado várias coisas para hoje?

— É você tem razão. — Disse fazendo bico. Acho que ele não viu.
Com a ajuda de Jacob chegamos à praia em menos de cinco minutos. A Praia de Lá Push estava um pouco mais cheia do que o normal.

— Bella... Quer entrar? — Ele apontou para a água. Era uma verdadeira tentação. Eu nunca fui muito fã de praia, mais especialmente hoje eu precisava dela.

— Está fria?

— Provavelmente. — A ideia me desanimou um pouco, mas lembrei que Jacob estava ali. O que ficaria frio com ele? — E então?

— Vamos, uai! — disse já correndo para a água e Jacob logo me alcançou, claro.
Jogamos-nos na água. Ela não tava tão fria. Me distrai olhando a paisagem. Era incrível. O reflexo do sol na água do mar. Os pássaros, a ilha que se encontrava lá no meio do mar... Tudo tão perfeito, o clima, o sol, o mar... Tudo.

— Haaa. — Jacob gritou e depois disso ele me afundou, mas logo me tirou da água... — Ri disso por um tempo e fui revidar. É claro que eu não conseguiria, mas Jacob me ajudou a fundá-lo. Pressionei minhas mãos sobre sua cabeça ate ele está em baixo da água e fiquei rindo. Jacob não voltou. Há! Ele tava achando que iria me enganar. Eu não iria cair na dele. Comecei a ficar meio perturbada. Como alguém aquentava tanto tempo em baixo da água?

— Jake! — Chamei uma vez. — é sério... — Nada. — Jaaacob. — Calma Bella! É só brincadeira.
Continuei tentando visualizar alguma coisa, nada de Jacob. Mais nem era tão fundo... — Jaake! Vamos. — Eu estava ficando nervosa. Não era possível!
Estava prestes a ir buscar ajuda quando senti alguma coisa atrás de mim.

— Peguei você! — Jacob ria descontroladamente. — Tinha que ver seu rosto, Bells.

— Não teve graça, Jacob. — Avancei em cima dele enchendo-o de socos fortes para mim, fracos para ele. — Não faça mais isso Jake! — Ele ria, e eu acabei cedendo e rindo também. Ele revidou com socos leves e eu continuava colocando força. Como eu ficar mais de dez minutos sem cair ou tropeçar era um milagre... Bem eu pisei em algum buraco e POF! Se não fosse por Jacob que me segurou.

— Tome mais cuidado Bella... — Desta vez ele não ria, apenas sorria de leve. Seu rosto estava muito próximo do meu, Muito próximo pelo o que deveria e pouco próximo pelo o que eu gostaria. Podia sentir seu hálito quente no meu rosto. Suas mãos estavam na minha cintura impedindo que eu caísse. —... Ou vai acabar se machucando. — concordei meio desgovernada.

— Obri... Obrigada, Jake. — Sussurrei. Ele estava perto de mais... Eu não podia aguentar, ele não podia agüentar.

— De nada, Bells. — Ele respondeu. Senti mas uma vez o hálito forte em meu rosto e meu coração vacilou. Balancei a cabeça tentando colocar as ideias no lugar... Eu não podia, Seria traição, Traição a Edward... — Temos que ir Bella. — Ele sussurrou rouco em meu rosto. — Mas... Não sem isto. — Não era tão inesperado, mais inesperado o suficiente para mim, Jacob encostou levemente seus lábios que ferviam nos meus. Foi rápido, calmo e carinhoso, mas tão bom o quanto deveria ser.

( http://www.youtube.com/watch?v=6idrgmgzxY0&feature=related -> Música momento praia. Não é vírus! )

— Podemos ir agora? — Perguntei meio rouca.

— Uhum. Agora podemos. — Ele sorriu.

— Você não deveria ter feito isso, sabia? — Disse divertida e nada repreensiva.

— Me avise da próxima vez. — Ele gargalhou e mergulhou. Quando me dei conta ele já estava na beira do mar, quase na areia. — Você não vem? — Ele gritou sentando na areia para me esperar.
— Já estou indo. — As roupas exaradas e pesadas não ajudaram muito. Demorei o tempo suficiente para deixar Jake impaciente.

— Vai ter que ir de colo de novo. — Disse pensativo.

— Isso foi uma pergunta?

— Não... Foi uma afirmação. — Ele me pegou no colo outra vez. Chegamos bem mais rápido na casa dos Black.

Assim que chagamos Jacob se dirigiu até o quarto da irmã e voltou com uma muda de roupas.

— Tenho certeza que cabem e você. — ele me estendeu a mão com as roupas. — Vá tomar um banho...

— Uhum. Tudo bem.

— Te espero aqui, então.

Pensei que seria um verdadeiro sacrifício pentear meus cabelos depois de tanto sal, mas foi fácil. A água quente do chuveiro ajudou bastante. Fiquem pensando sobre o que Jacob tinha dito mais cedo sobre “uma próxima vez”... Não haveria outra vez... Não podia haver outra vez. Era errado. Era errado com Edward, comigo e com Jacob. Só o magoaria mais no final. Afastei esses pensamentos cruéis. Seria divertido hoje. Troquei de roupa e fui para sala.

— Terminei Jake. Vai você agora. — Ele me esperava deitado no sofá, suas roupas já estavam praticamente secas. — Jake, esta acordado? — Cheguei mais perto. Ele estava dormindo. Por meio segundo me preocupei em pensar se o deixaria dormindo. Opinei por acordá-lo seria melhor. — Jake. — Sentei na ponta do sofá e acariciei seus cabelos. Ele era tão indefeso quando dormia. Nem parecia, sequer lembrava aquele lobo gigante. Ele virava uma criança outra vez, virava o Jacob de muito tempo atrás, o Jacob completamente humano, o Jacob normal. — Jake. Acorde. — Ele abriu os olhos meio assustado.

— Eu dormi? Que horas são?

—Calma Jake, você não perdeu nem mesmo vinte minutos.

— Hã... Já tomou banho?

— Uhum. Pode ir lá! — Abri um sorriso. Coitado de Jake.

— Vou sim. — Ele se levantou e foi. Fiquei ali e liguei a televisão. Não passava nada de mais. Deixei em algum canal que passava alguma coisa que não prestei a mínima atenção. Tinha mais coisas para pensar como, por exemplo, o que faríamos mais tarde ou o que eu diria a Edward quando voltasse. Se eu explicasse, se eu explicasse bem explicado... Talvez ele entendesse. Se eu dissesse os motivos, se eu contasse que era uma despedida. O problema era que eu não queria que fosse uma despedida. Não era uma. Mais eu tinha certeza que Edward me entenderia, afinal, ele não lia meus pensamentos — agradeci —, ele não saberia dos detalhes. Seria melhor, não mentiria, apenas omitiria os detalhes. Eles não eram necessário, não agora. Pensaria nisso depois. Eu queria, eu precisava, eu implorava que aquele fosse um dia perfeito... Ou quase isso. E faria valer a pena cada minuto.