Aways be here for you - FINALIZADA escrita por allurye


Capítulo 5
Capítulo - 5 June wedding




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Stefan

Nos dormimos tarde aquele dia. Ficamos planejando nossa futura viajem pelo mundo. Eu já conhecia quase todos os cantos do planeta, mas Caroline ainda não tinha ido muito além de Memphis. Ficamos conversando e rindo sobre minhas viagens e aventuras ao lado de Lexi. Caroline ouvia tudo com curiosidade e parecia-se com uma criança quando falei de Paris.

Depois de ver o brilho em seus olhos ao falar de lá, estava decidido. Seria lá nossa primeira parada, era estranho estar planejado uma viajem no momento como aquele, era para eu estar preocupado tentando arrumar uma maneira de encontrar uma solução assim como os outros. Mas a verdade e que pela primeira vez em muito tempo, não estava tão desesperado diante de um possível apocalipse, que acima de tudo tinha a mim e Elena como alvos.

Nada disso importava, depois de passar por tantas coisas nos últimos meses. Depois de passar por todo aquele inferno. A única pessoa que tinha o poder de me trazer leveza e alegria era Caroline, então não me sentia nem um pouco culpado por querer passar um tempo com minha melhor amiga e fugir de todo o filme de drama que era minha vida.

Caroline sempre me lembrou Lexi. Seu jeito espontâneo meio louco, mas era seu sorriso contagiante, a maneira como tudo era fácil quando estava com ela, poder ser eu mesmo quando estava com ela que eu mais gostava. Mas ao mesmo tempo, que Caroline me lembrava Lexi, ela era o completo oposto, ou melhor o que ela me causava hoje era diferente. Nunca em todos os anos de amizade com Lexi nos dormimos juntos, abraçado… E nunca tinha olhado para Lexi com outros olhos a não ser o de amigo.

Eu não tocava no assunto, tentei bloqueá-lo da mente, mas quando estava desmemoriado olhando todos aqueles diários, sem a menor ideia de quem era, quem eram aquelas pessoas em volta que diziam ser amigas.

A única que notei que estava sempre ao meu lado não fora Elena, aquela descrita como meu único e grande amor. Era Caroline minha melhor amiga, por algum motivo guardei aquele nome, guardou todas as palavras que a descrevia como: Amiga fiel, companheira.

Quando encontrei Caroline, não a olhei com os mesmos olhos. Não era um carinho de amigo era muito além disso. Ela conseguira me trazer de volta, conseguiu me fazer enxergar mesmo sem ter a menor ideia de como o antigo Stefan era, me guiei pela sua voz, por seu olhar de desespero ao me dizer que aquele não era eu. Mesmo não tendo memória, ela fora a única pessoa que consegui confiar, quase que instantaneamente.

Agora, quase dois meses depois daquele dia, nossa amizade crescia, diferente daquela que um dia compartilhei com Lexi. Ficava imaginando Lexi olhando para nos agora, o que ela pensaria? Olhei para uma Caroline adormecida, com o rosto sereno e respiração tranquila, acabei ficando muto tempo olhando-a dormir, me transmitia uma calma, vê-la ali ao meu lado.

Dormindo, segura longe de toda aquela tristeza de outra hora. Caroline abriu os olhos preguiçosamente e logo abriu o mais lindo sorriso para mim. E de novo não dizemos nada, aquele silêncio que valia mais que mil palavras.

— Care… Elena parou na porta olhando para cena incrédula, meu irmão estava atrás dela olhando para a cena com um sorriso malicioso nos lábios.

— Bom dia irmão, vejo que teve uma ótima noite — disse ele, por fim, aumentando aquela nuvem de constrangimento que pairava sobe nossas cabeças. Caroline levantou-se feito um foguete, queria pará-la e dizer que não tinha nada demais, mas mau conseguíamos olhar uma para outro.

— Bom dia Eu e Caroline acabamos dizendo em uníssono. Damon e Elena se entreolharam, eu podia ver uma expressão, decepcionada nos olhos de Elena — Alguma novidade?

Me espreguicei me levantando, notando todos os olhos em mim, menos Caroline que olhava para Elena ou pra chão com rubor em seu rosto.

— Nenhuma — Elena responde seca.

— Então, não a nada se fazer — retruquei me levantando da cama

— Como assim, nada a fazer? Os viajantes querem nos dois sabe se lá deus porque. Ninguém morre em Mystic Falls, Bonnie não consegue ver nada do outro lado. E você me diz que não há nada fazer? Elena berrou visivelmente irritada, dei ombros em resposta

— Como eu disse, não temos nada a fazer até Markos resolver nos agraciar com sua presença e nos contar que diabos ele planeja.

— Stefan — Elena me reprendeu incrédula

— Acho que Stefan está certo Elena, o que faremos? Não sabemos por onde começar… Se bem que…

— Se bem que….

— O Enzo está com os viajantes…

— Eu não vou atrás do Enzo — Damon se adiantou em recusar.

— Eu concordo com Damon, aquele cara não é confiável — Elena concordou.

— Não estou pedindo que vá Damon, eu pensei em ir atrás dele.

— De jeito nenhum — cortei a ideia de Caroline negando veemente, encarando-a surpresa

— Stefan… — Ela tentou protestar cruzando os braços irritada, não poderia me ajudar, ela ficava adorável quando estava contrariada.

— Não Caroline, como já te disse no vagão, eu não confio nele.

— Mas pode ser a única maneira de obter informações, descobrir algo sobre o plano deles.

— Tudo bem, então vamos!

— Não, não. Você fica — ordenou ela, negando veemente minha ideia com a cabeça.

— É você acha que vou deixá-la ir sozinha pra lá?

— Stefan eles querem você e Elena, não e nada inteligente ir atrás deles — Damon ponderou concordando com Caroline

— Que seja! Se eu não for junto, você não vai — ordenei, deixando Caroline furiosa, ela revirou os olhos antes de se voltar para mim.

— Quando foi que você se tornou tão mandão e autoritário?

— É quando foi que você se tornou uma kamikaze? Você viu o que eles são capazes, o que fizeram com os próprios membros do clã deles. Por que se arriscar tanto?

— Por você — ela respondeu com sorriso, meus olhos se prenderam nós dela e foi impossível não sorrir com sua confissão. De repente Damon pigarreou e nos demos conta que não estávamos sozinhos ali — Eu faço isso por vocês dois — ela se corrigiu, visivelmente ruborizada pelo olhar intenso que Elena nos lançava, principalmente para meu sorriso olhando para Caroline.

— Okay — Damon cortou aquele clima tenso e troca de olhares confusos — Então a solução e eu e Barbie irmos atrás do Enzo.

Voltei meus olhos para meu irmão, surpreso por ele se oferecer a ir

— Não Damon e muito perigoso — Elena o reprendeu, negando a ideia veemente.

— Na verdade e única ideia viável, não estão atrás de Damon e eu, estão atrás de vocês. E Enzo tem uma certa obsessão pelo seu irmão, acho que ira nos ajudar.

— Sim ele tem, por isso mesmo que ele não deve ir, e você muito menos — retruquei me lembrando dela dizendo que os dois tiveram momentos de flertes sozinhos. Eu e ela nós entreolhamos e Caroline demorou a entender minha recusa, ela riu batendo em meu ombro.

— Hein, não é nada disso! Não confia em mim por acaso?

— Caroline, eu confio a minha vida a você, mas não confio no Enzo… Ou no seu fraco por sotaque britânico — ela me deu outro tapa em meu ombro rindo.

☆ ★ ☆

No fim acabamos por ir atrás de Enzo todos juntos em um mesmo carro. Tentei fazer Stefan mudar de ideia e fazer com que e ele e Elena ficassem mas nada os convenceram a ficar. Sugeri irmos em carros diferentes pois tensão entre nós estavam insuportável, mas Elena preferiu que fossemos todos “juntos”, quando estávamos prontos para dar partida, es que o próprio em carne osso surge atrás de nos

— Enzo — Damon disse um tanto incrédulo com a coincidência, ele deu aquele sorriso charmoso

— Olá Damon.

— Nos estávamos indo atrás de você

— É mesmo? — ele franziu a testa me analisando — Não importa, eu preciso da bruxa de vocês

— É porque acha que ajudaríamos você, a ajudar os viajantes.

— Eu não estou mas do lado deles

— É por que não? — Perguntei curiosa pelo motivo de sua desistência, repentina.

— Porque eu descobri o que ouve com Meg, mas preciso de ajuda para encontrá-la.

— O que ouve com ela? — Enzo abaixou a cabeça, e não parecia disposto a conversas.

— Porque estavam atrás de mim?

— Para saber, o que os viajantes planejam com Elena e meu irmão.

— Okay e por que acham que eu sei alguma coisa? — Ele sorriu novamente nos dando as costas Damon o seguiu tocando em seu ombro, os dois trocaram olhares de Brothers ou sei lá.

— Não sei de nada — ele respondeu a Damon. — Mas posso descobrir se me acharei a bruxa. Ele nos deu as costas, andando devagar. Stefan e eu nos entreolhamos tendo a mesma ideia.

— Espera Enzo — gritei

— Vamos entrar em um acordo, nos ajudamos você a encontrar sua garota e você nos diz o que sabe — Stefan propôs.

Caroline

Enzo contou tudo sobre Meg e não pude evitar de me compadecer de sua dor e desespero em busca de sua amada, por tanto tempo. Mesmo não tendo lá muita simpatia pelo cara, depois da nossa missão juntos, podia ver sua inquietação e agonia para encontrar sua amada. Que julguei ser uma vampira, pelo fato de ainda esta viva esses anos todos. Bonnie parecia meio fora do ar, Bonnie a deixou para ir atrás de Liv.

— Ei Bonnie tudo bem?

— Sim, quer dizer acho que sim — respondeu forçando um sorriso que não me convenceu nem um pouco, puxei ela para um lado

— Está tudo bem com você e Jeremy?

— Care, o Jeremy e queda dele pela Liv e o menor dos meus problemas — Bonnie desabafou olhando para o lado.

— Então o que esta te atormentando?

— Toda essa situação Caroline, alguma coisa muita errada esta acontecendo e outra muito pior está para acontecer e sinto que não posso fazer nada – Bonnie me puxou e confidenciou algo que me deixou de orelha em pé

— O que? Então quer dizer que a Katherine não passou por você

— Não, ela foi sugada por uma força maior, eu não fazia ideia do que era. Ela tentou passar por mim, mas um vento, uma coisa a puxou, depois ela sumiu. Mas resumindo Katherine não passou para o outro lado, pelo menos não o lado que já estive.

— Será que isso tem a ver com os viajantes?

— Tem tudo a haver — Liv surgiu dizendo atrás de nos, seguida por Jeremy

— Porque não para de charme e conta tudo que sabe de uma vez — Damon questionou

— Era uma vez, há muitos anos e blá, blá os viajantes e um clã muito antigo de bruxos, os bruxos originais, da qual eu e meu irmão somos parentes distantes. Lançou um feitiço para frear os viajantes que já existiam a seculos e basicamente eles estavam querendo destruir tudo e todos a medida que seus poderes cresciam. Markos, aquele que saiu de dentro de você — Liv apontou para Bonnie — É o líder, o mais poderoso deles. Alguns o chamam de sombra, tão grande e o seu poder…

— Então basicamente Markos quer acabar com a maldição — Jeremy sugeriu recebendo um sorriso malicioso de Liv seguido de um aceno confirmando

— Mas que maldição e essa?

— Os viajantes iam usar o poder das almas, uma magia poderosa. Para aumentarei seus poderes, com isso eles controlariam tudo, e teriam até mesmo o poder de acabar com criaturas como vocês – Liv apontou para nos – Pensando na destruição, o nosso clã usou um feitiço com sangue de....

— Deixa eu adivinhar… Duplicatas — Damon completou, rindo com a ironia.

— Exatamente — Luke surgiu confirmando — Usando o poder dos sangues de duplicatas, Qetsiyah fez um feitiço criando a ancora, logo depois os viajantes a mataram e esconderam Usando a ancora como guardiã… E o resto vocês já sabem, e teria corrido tudo bem se não fosse por vocês — Luke direcionou seu olhar para mim, Stefan e Elena

— Primeiro, vocês dois nunca deveriam ter se encontrado — Liv apontou para Stefan e Elena que se entreolharam confusos, e aparentemente tristes. — Mas era meio que inevitável.

— Porque diz isso? — Stefan questionou com a voz aflita.

— Por causa de Silas e toda aquela palhaçada de amor eterno, ele deu início a as duplicatas, como já devem saber. E graças a isso conseguimos prender Markos do outro lado, mas o fato de termos duas das últimas duplicatas do planeta que ainda se amam e meio caminho andado para ajudar o Markos. E essa vocês deram o último empurrão que faltava matando o Tom

— O que? Como eu poderia saber que matar o Tom causaria isso?

— Quem é Tom — Elena questionou confusa.

— Minha outra duplicata, ou melhor era minha última duplicata.

— Tá a parte das duplicatas eu entendi, mas o que tem a ver unir ambas para isso? — Damon questionou impaciente com a troca de olhares entre Elena e Stefan.

— Isso… Nos não sabemos, mas o sangue de ambos são a parte importante para quebrar o feitiço. Talvez eles tenham que estar juntos e apaixonados — Liv deu ombros — Não tem um livro com todas as maldições escritas em livros com rodapés explicativos no final.

Ainda estava forçando minha mente a absorver tudo aquilo. Então todo amor de Stefan e Elena era algo planejado pelo destino, todo aquele amor épico podia ser tudo manipulado? Deus a cabeça de Stefan deve estar explodindo com tantas revelações. Damon estava no outro canto de braços cruzados observando a expressão confusa e chateada da ex namora e do irmão.

Não sei se ele estava feliz ou desesperado, porque se aquilo era mesmo toda a verdade, ou a metade dela, significava que era inevitável que eles se encontrassem. Me dei conta também que aquilo também significava que não importa o que acontecesse eles estavam destinados a ficar juntos de um jeito ou de outro.

Olhei para Damon por um instante ele parecia ter tido o mesmo pensamento. Abaixou os olhos para o chão. Me dei conta que não estava feliz por eles e não entendia bem o motivo, mas a vontade de cruzar a sala e abraçar Stefan me dava uma pequena ideia do meu motivo.

— Então qual é o plano — disse por fim, todos os olhos voltaram se para mim — Temos que impedi-lo não é? Então qual é o plano para frear Markos?

— Pouco me importo com isso — Enzo disse irritado — Tudo que quero e encontrar Meg e você vai me ajudar.

Foi num piscar de olhos, mas Enzo saiu levando nossa nova bruxinha para longe. Tão rápido que até mesmo seu irmão não teve reação.

— Ótimo, pode melhorar mais que isso? — Damon se queixou, Luke ficou desesperado saindo atrás da irmã. — Eu vou atrás dele.

— Eu sabia que ele não era confiável — Stefan resmungou se levantando parecendo sair do transe

— Eu sei, mas se quer saber… Meio que entendo os motivos dele.

— O que? — Stefan me fitou incrédulo

— Ele está desesperado para salvar a única pessoa ainda viva que ele ama, a única que o manteve são — Stefan franziu a testa — Tá meio são, mas eu entendo. Eu queria ter a mesma coragem que ele teve para salvar quem eu amo — lamentei.

Stefan acariciou meu rosto sorrindo.

— Eu não tenho dúvidas que você faria de tudo para salvar quem você ama Care, mas as vezes acontecesse o que tem que acontecer, e nem sempre o que e certo para uns e certos para outro. Matar uma pessoa inocente, para salvar outra não justificável,

Me afastei de Stefan assim que notei que estávamos na sala com resto da turma inclusive Elena que não tirava os olhos de Stefan. Fui até o meu pequeno frigobar e peguei uma bolsa. Stefan surgiu ao meu lado, o que estranhei. Talvez ele não quisesse ficar sozinho com Elena o que era justificável depois de toda revelação de magia querendo uni-los de qualquer jeito.

— Quer — estendi para ele, porém ele negou com a cabeça — Hummm Stefan Salvatore sem sede, estranho.

— Não com tudo que está acontecendo.

Concordei com a cabeça. Stefan abaixou a cabeça fitando os próprios pés. Podia ver o que ele estava lutando para esconder desde que ouvira tudo aquilo. Peguei sua mão apertando-a com carinho

— Stefan, não importa o que a Liv disse — tentei respirar fundo para dizer aquilo — O amor que você e Elena tiveram foi o amor mais real e puro que já vi. Quando olhava para você e ela juntos, eu imaginava que um dia apareceria alguém tão fiel e apaixonado como você era por ela. Se quer saber minha opinião, não acredito que um feitiço possa enganar tanto, principalmente a mim…

Stefan sorriu balançando a cabeça se aproximando de mim me abraçando.

— Caroline… Eu não sei como suportaria toda essa loucura sem você sabia?

Encostei a cabeça na curva de seu pescoço fechando os olhos, sem me dar muita conta que estava inebriada por seu perfume aquecida pelo contato com seu corpo.

— Amigos são para isso.

Ele afirmou com a cabeça, pensei que ele se afastaria. Mas continuamos abraçados, não conseguia parar de sorrir ou achar estranho o tempo longo que permanecíamos juntos. Mais uma vez Elena entrou no quarto, estava quase desconfiada que ela fora apenas para nos vigiar. Me desprendi dos braços de Stefan, pegando minha bolsa.

— Não queria atrapalhar — Elena disse um tanto desconcertada o que me deixou com uma pontada de culpa. Mesmo não estando fazendo nada de errado.

— Não atrapalhou — respondi, indo até o frigobar jogando uma bolsa para ela. Ela aceitou forçando um sorriso. Stefan e ela mais uma vez trocaram olhares e quando isso acontecia eu queria correr para longe. Era estranho ficar no meio disso. Mas estranho ainda, era essa dúvida estampada nos olhos de Elena.

Não queria dizer nem a ela, muito menos ao Stefan mais realmente parecia ser fruto do feitiço, todo aquele sentimento por parte dela. Que veio do nada. Não que Elena não amasse Stefan

No fundo eu sabia que era ele quem ela realmente amava, mas ela era perdidamente apaixonada por Damon. Era quase uma obsessão o que eles tinham um pelo outro e de repente do nada, volta aquela Elena com olhares intensos para Stefan? Olhei para porta, me dirigindo para sair dali e deixá-los com toda aquela saga, confusa é interminável deles. Mesmo sendo amiga de ambos eu não ficaria no caminho, quem era eu para impedir o destino das duplicatas de se cumprir?

☆ ★ ☆

Minha cabeça dava voltas com aquelas revelações. Um filme se passou em minha cabeça, toda minha estória com Elena passava como fleche diante dos meus olhos. Me lembrei daquele sentimento forte que me fez cruzar a linha segura de distância, que me fez ir até ela mesmo sabendo o qual errado podia dar aquela escolha. Assim que nos olhamos, eu entendi que era amor, o sentimento que era maior que tudo, maior que eu.

Agora olhando para trás, me lembrando dela com meu irmão, comecei a questionar se não era mesmo um tipo de magia que nos unira. Me sentia, perdido e confuso. Sem que aqueles mesmos pensamentos se passavam na cabeça de Elena. Caroline saiu nos deixando na sala com uma Bonnie distraída.

Não consegui permanecer ali, ao lado dela. Não suportava se quer olhá-la depois de tudo aquilo, a dor que senti quando a mesma me abandonou por meu irmão parecia ter crescido, nunca me senti tão traído e nem se quer era por ela, era por mim mesmo, era pela droga do destino.

Fui atrás de Caroline e mais uma vez ela me trouxe uma pouco de paz e tranquilidade para minha cabeça. Ela apertou minha mão, me apoiando, dizendo que ela acreditava, veemente na minha estória de amor com Elena, quando nem mesmo eu tinha certeza de que tudo aquilo inclusive se minha vida não passava de uma mentira.

Foi como impulso incontrolável que tinha em abraçá-la, necessitava daquela calma que só ela conseguia me causar. Depois de um minuto ela fez menção de se afastar, mas não deixei. Apertei-a ainda mais contra mim.

Sentindo o cheiro suave de seu perfume ornando com, cheiro de lavanda que tinha seus cabelos. Quando Elena chegou Caroline se desprendeu de meus braços. Me senti atordoado ao sair daquele transe, direto para o olhar confuso e triste de Elena. Mas confuso ainda, por querer puxar a mão de Caroline e abraçá-la de novo, e de novo.

— Eu acho que vou atrás do Damon – Elena disse quebrando aquele momento tenso de silêncio.

— Não — puxei sua mão o que deixou surpresa — Damon sabe lidar melhor com Enzo, você sabe.

Ela pareceu desapontada para meu motivo, mas além do que disse estava numa luta interna para me manter longe de Elena mesmo querendo estar perto. Saímos para fora, juntos em silêncio, olhando para mesmo direção com os mesmos pensamentos e questões. Elena se pronunciou depois de um tempo

— Eu não acredito em nada daquilo — ela disse mantendo os olhos no horizonte, ela apertou minha mão — Não era mentira, nada do que vivemos foi Stefan. Você foi e sempre será o…

Ela não completou porque Damon chegou olhando a proximidade em que estamos, meu irmão direcionou um olhar triste e irritado para mão dela junto a minha. Ele cruzou aporta como um foguete, não podia dizer mas nada, porque agora eles não eram mais namorados. Mas não quer dizer que aquilo não estava o machucando por dentro, me afastei de Elena.

— Vai atrás dele — Elena suspirou pesadamente

— Não sei o que dizer. Nem sei se consigo pensar em algo…

— Vai conseguir

A encorajei a ir atrás dele. Fiquei olhando-a ir até meu irmão, relutante e de novo aquela dor esmagadora no peito parecia se expandir.

— Porque sempre faz isso? — Caroline disse se aproximando de mim

— Isso o que?

—A deixa ir sempre…

— Porque quando se ama alguém de verdade, queremos vê-la feliz… Mesmo que não seja com a gente.

— Queria que meu ex pensasse da mesma forma — suspirou dando um tapinha no meu ombro — Já te passou pela cabeça, que talvez a felicidade dela seja ao seu lado?

— Já, e me dei conta que eu e ela nunca fomos felizes, não de verdade. Sempre teve alguém ou algo no caminho. É mesmo agora, sempre vai ter algo no caminho.

— É dai? Os conflitos e obstáculos que tornam tudo mais real e interessante.

— Acontece que não quero mais um amor complicado, cheio de obstáculos. Eu queria ter uma namoro normal Care, queria alguém que compreendesse apenas com o olhar. Queria alguém sem tantos conflitos, e principalmente alguém que não fosse apaixonada secretamente pelo irmão.

— Sabe que eu acho. Um dia… Como eu já te disse antes, você vai se apaixonar perdidamente por alguém, essa mesma da sua descrição. Mas eu acrescentaria umas coisas..

— Ah é? Que coisas?— me aproximei dela sorrindo, curioso por ouvir sua descrição de garota perfeita para mim.

— Ela tem que tem senso de humor, para conseguir entender toda sua estória complicada, tem que fazê-lo rir, tem que despertar você vontade dançar, sem precisar obrigá-lo — acabei rindo — Tem que ser divertida, bonita e…

— É o mais importante… Tem que ser minha melhor amiga Completei olhando-a nos olhos — Tem que ter o mais belo sorriso do mundo, a mas bela voz, tem que saber me controlar mesmo sem que eu me de conta. Tem que estar nos momentos bons e ruins da minha vida…

Me aproximei mais dela podendo notar as sardas em nariz, o tom azul acinzentado que seus olhos tinham, sorriso de Caroline se desmanchou acariciei seu rosto sem medo. Queria tocá-la sentir sua pele aveludada contra minha novamente.

— As vezes eu acho que já encontrei essa garota sabia? — confessei mais perto ainda de seu rosto, como se algum tipo de gravidade nos puxa-se para mais perto um do outro

— Eu… Acho que — ela gaguejou tentando quebrar aquela tensão invisível que nós rodeava, mas não estava disposto a deixar que ela fizesse isso.

— Se ainda não achei… Ela deve se parecer muito com uma certa loira que eu conheço — sibilei perto de seu rosto. Pensei que ela se afastaria, mas permaneceu parada.

— Loira? Achei que tivesse fraco por morenas? — desconversou

— Eu tenho ainda mais por loiras — retruquei deixando-a ruborizada, Caroline desviou os olhos para chão.

— Então tá — ela murmurou se afastando — Será que o Damon achou o Enzo? Ela desconversou acabei rindo de seu nervosismo – Está rindo do que?

— De você — me aproximei passando meu braço envolta de seu ombro — Caroline, por acaso eu estou deixando você nervosa?

— Claro que está — ela afirmou rindo — Está querendo zombar de mim

— Zombar de você? Eu nunca faria isso. — ela esquivou-se de mim rindo – Por que acha isso, não vai dizer?

— Obvio que não, não vou te dar esse gostinho Stefan.

— Mas eu preciso saber o motivo, porque o que eu disse, é a pura verdade.

— Calado — Ela me silenciou com o dedo em meus lábios, puxou minha mão — Vamos, precisamos unir nossas sabias mentes e descobrir para onde Enzo levou Liv. Eu a puxei

— Não até me dizer o motivo — cruzei os braços me apoiando na sacada, olhando-a em desafio.

— Stefan — reprendeu ela com as mãos na cintura. Quando se deu conta que eu não moveria um passo, ela suspirou olhando-me seria apontou-me o dedo — Porque uma certa vez, um cara me disse que, eu e ele nunca rolaria — acabei rindo daquela lembrança — E você ainda ri?

— Claro! E você não pode ficar brava com isso, foi há muito tempo, antes de nós conhecermos de verdade.

— Claro que posso ficar brava — ralhou — Eu chorei naquele dia me senti um lixo. Me aproximei dela abraçando-a ela me abraçou relutante — Você era muito insensível aquela época. Feriu meus sentimentos.

Queixou-se ela fazendo beicinho, que a tornou ainda mais adorável. Beijei sua testa ainda rindo.

— Feri seu orgulho, não seus sentimentos

— Acha que era só orgulho? Eu tinha nosso casamento todo planejado — ela deixou escapar e ficou paralisada em perceber o que disse

— Você tinha nosso casamento planejado?

— Não! Eu estava brincando. — ela se afastou mais a segurei pelo braço.

— Caroline, você fantasiava com nosso casamento? — perguntei novamente incrédulo.

— Tá admito — ela fez um gesto de desistência — Mas se serve de consolo, acho que até a Bonnie deve ter tido fantasia parecida, todas que tiveram entrar naquele corredor tiveram esse “pensamento”. Ela bateu em meu peito — Dá pra parar de rir, por acaso e tão horrível assim imaginar um casamento comigo? — ela me questionou irritada

Me aproximei dela tomando seus rosto nas mão. Caroline ainda olhava para o chão.

— Hein olhe para mim — ela sustentou meu olhar relutante — Qualquer cara seria sortudo em tê-la como esposa. Teria que ser muito idiota para não querer passar a eternidade ao seu lado.

— Ah é? Então por que não me parece ninguém que pense como você? Ela se queixou chateada, desviando o olhar para o nada.

— Ele existe Care — Encostei minha testa na dela, ela fechou os olhos — Um dia, sem que você se de conta, ele estará na sua vida… Ele sempre vai fazê-la sorrir, sempre estará ao seu lado. Sempre ficara acordado olhando-a dormir

Caroline abriu os olhos, um sorriso tímido brotou em seus lábios e por algum motivo, senti-me preso em seus olhos azuis, não conseguia desviar o meu olhar do dela. Sua respiração se elevou. De repente ela se afastou abruptamente, Elena surgiu na porta, olhando para nos sem entender nada. O que foi aquilo? Eu não queria soltá-la, não queria deixá-la ir. Ignorei os olhos curiosos de Elena e segui porta adentro. Puxando-a pela mão

— Hein o que ouve? Por que está fugindo?

— Não estou fugindo.

— Ah não, então qual e nome disso, fuga? – Caroline riu.

— Exatamente isso.

— É por que está fugindo do seu melhor amigo?

— Porque ele faz perguntas demais — rebateu se jogando na poltrona — É nos estamos em uma crise Stefan, uma crise!

Acabei rindo de seu nervosismo, no rubor em seu rosto que a fez ainda mais bonita.

— Caroline — Me aproximei mais dela olhando para lareira – Como foi?

— Como foi o que? — ela virou a cabeça em minha direção, fechei os olhos sentindo um tipo de aflição em minha cabeça.

— Nosso casamento?— Care riu balançando a cabeça

— Stefan — ela me reprendeu envergonhada olhando para os pés.

— Caroline, me conta… Como imaginou nosso casamento.

Ela ficou em silêncio, eu estiquei a mão pegando a dela e ela fechou os olhos.

— Seria ao ar livre, teria lírios brancos, muito deles… Meu vestido, seria simples, mas seria branco. Meu buque seria de rosas, vermelhas…

Fechei os olhos imaginado-a entrar linda, pelo bosque, rodeados dos liros brancos. Caminhando com seu belo sorriso até mim.

— Como seria meu terno?

— Como imagina que seria?

— Branco, eu acho que me imaginaria em um branco – Ela riu concordado — Uma rosa vermelha na lapela. Seria de manhã ou a tarde?

— Estaria uma linda e perfeita tarde ao pôr do sol em junho.

— Junho?

— Sim, sempre imaginei que nos casaríamos em junho.

Mantive minha mão segurando a dela, fechei os olhos com aquela imagem em minha cabeça. Imaginado aquela linda tarde, acontecendo. Não parecia errado, nem mesmo me parecia com sonho. Ouvindo-a contar todos os detalhes que ela imaginara assim que me viu, não consegui deixar de desejar que acontecesse nosso casamento em junho.




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Notas finais do capítulo

xoxo ツ



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