Aways be here for you - FINALIZADA escrita por allurye


Capítulo 27
Capítulo - 28 The devastation of the passion


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente! Está aqui outro capítulo que na verdade é um bônus porque na versão original não tinha. Ele quase todo voltado a Bamon, em homenagem a todos os leitores Bamon que tenho visto se manifestarem. Mas queria dedicar esse capítulo especialmente para Mandy pela maravilinda recomendação… Muitíssimo obrigada Mandy, você é uma escritora maravilhosa e saber que gosta desta fic e uma honra viu;)



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Stefan

Caroline e eu tínhamos nos reconciliado, depois de uma briga com Elena e Enzo sendo o centro de tudo mais uma vez. Cheguei até a pensar que ela acabaria com tudo. Mas contornei a situação, engoli o ciúme que estava quando a mesma demostrou tanta confiança na palavra de Enzo. Tinha medo de acabar num triângulo amoroso de novo, mas dessa vez eu sabia que não conseguiria agir com calma, ter paciência e respeitar a amizade de Caroline e Enzo, ou seja, lá o que aquilo era.

Quando cheguei encontrei meu irmão deitado no sofá com sorriso no rosto, olhando pra o nada. Parecendo não estar no mesmo plano que eu. Me sentei no sofá ao seu lado.

— Você parece feliz? — ele franziu a testa

— Pareço é? — assenti ele riu

— Aconteceu alguma coisa?

— Não, nada — ele retrucou ficando sério — Então você pediu a Barbie em casamento!

— Sim pedi — disse sorrindo, ele maneou a cabeça — Não me olhe assim, não estou nem um pouco arrependido

— Eu sei, agora não esta. Mas depois de alguns anos com ela vai querer ter o poder de apagar a mente dela e mandá-la pra longe.

— Por que é tão difícil acreditar que eu e ela seremos felizes juntos? Eu vou me casar com minha melhor amiga Damon. 

Ele revirou os olhos

— Nem começa, não quero ouvir toda esse monologo apaixonado. Tive minha dose de melodrama com sua noivinha ontem.

— Ontem? Você foi a festa?

— Não, fui ao campus — Damon retrucou e voltou a ficar com olhar distante.

— Estava fazendo o que no campus? Foi ver a Bonnie — impliquei

Ele fez uma careta em resposta, então obtive minha resposta. Já desconfiava há algum tempo, Caroline me dizia que tinha algo rolando entre os dois mas não acreditava. Caroline sempre era tão positiva em relação a tudo. Mas agora vendo aquele olhar distante, o mau humor da semana passada quando Bonnie se recusava a vê-lo e tudo fez sentido.

— Você está a fim da Bonnie — inquiri incrédulo, ele não respondeu de início fechou a cara

— Claro que estou, sempre tive uma queda por ela. Todo aquele ódio entre nos dois era apenas encenação! Estou até pensando em seguir seu exemplo e me casar com ela no final do ano! — ele retrucou sarcástico, acabei rindo.

Fui em direção ao bar em enchi dos copos e entendi um a ele, que arqueou sobrancelha

— Por que disso?

— Comemorar — ele suspirou

— Você entendeu que eu estava sendo sarcástico, não entendeu?

— Sim eu percebi — respondi rindo.

— É sério, eu não sinto nada por ela! — retrucou ele irritado.

— Eu sei — fingi acreditar — Aliais como poderia, vocês se odeiam, e ela tem bom gosto não se apaixonaria por você — zombei ele revirou os olhos mas e entornou o copo em seguida, ficando carrancudo e não precisava ser um gênio para entender que ele odiou minha afirmação.

 

Caroline

Fique deitada em minha cama, admirando meu lindo anel de ouro branco com uma pedra de tanzanita que, dependendo da luz e do ângulo podia ficar violeta. Tendo a mesma armação do anel de noivado de sua mãe, ele me disse que mandou retirar a pedra que assim como as do nosso anéis do dia era lápis-lazúli especialmente para mim. Minha mãe não conseguia acreditar, ficou chocada, depois em negação tentando me convencer que eu ainda era jovem demais para pensar em casamento. Enquanto George era seu oposto, me abraçando e beijando a têmpora de minha mãe antes declarar que faria uma bela festa com direito a carneiro em minha festa de noivado ele estava tão animado que não consegui dizer a ele que não faria uma festa e nem pretendia me casar esse ano ou, pelo menos, daqui a uns bons anos.

Embora muito feliz eu não conseguia parar de pensar em nossa briga, ou em como resolvemos ela, esperava que aquilo se tornasse um hábito entre nós. Contudo eu tentava manter minhas inseguranças sobre Elena bem trancadas dentro de mim e Stefan parecia fazer o mesmo em relação a Enzo, combinamos não mencioná-los. Mas deixei bem claro para ele as verdadeiras intenções de Elena sobre ele e constatei que Stefan realmente não a conhecia. Elena para ele, era uma pobre garota órfão inocente.  Okay órfão infelizmente era mesmo, mas não tinha nada de inocente.

Desejei que ele tivesse a conhecido antes do acidente dos pais dela. Conhecido a garota popular e voluntariosa e mimada que sempre conseguia o que queria, me perguntei se ele se apaixonaria por essa versão dela também, mas a julgar por Katherine e a maldição das duplicas era óbvio que sim. Esse pensamento me deixava doente. Entrei na internet para distrair-me e quando dei por mim lá estava eu, nos sites mais variados de noiva e organizações de casamento, não porque já estava planejando, era apenas curiosidade. Bonnie entrou sem bater, sem dizer nada ela se jogou na cama.

— Oi pra você também,  Bonnie.

Ela não respondeu, olhou para o teto e cada um segundo ela suspirava. Percebi que ela não queria conversa, até tentei voltar minha concentração mas ela não estava colaborando

— Tá legal o que aconteceu? — ela fechou os olhos e virou de bruços afundando a cara em meu travesseiro conseguir discernir alguns chingos seguidos de — Idiota.

— Bonnie, me conta o que ouve.

— Não dá, eu não consigo nem pensar — ela se virou olhando pra o teto novamente. Não dizia nada, mas não conseguia parar quieta.

— Sério deve ter acontecido alguma coisa bem ruim, ou muito boa. 

— Boa não, foi horrível!

— Meu deus Bonnie o que aconteceu, fala de uma vez! — ela suspirou cobrindo o rosto.

— Sabe, quando você sente algo que não deva sentir por uma pessoa. Porque ela é completamente diferente de você, por que a ideia de pensar na pessoa mesmo que por um segundo com você seja absurdo. 

— Sim eu sei, vai por mim eu sei — pensei em Klaus por um segundo me sentia exatamente assim por ele — Mas quem é essa pessoa que

— Ninguém — ela mentiu — Eu não estou me referindo a ninguém em especial.

Ela não precisou me dizer mas, eu conhecia aqueles sintomas. Me recordei de dias atrás quando a encontrei dormindo com Damon

— Você e ele ficaram né?

— O que?

— Você e Damon ficaram, é por isso que está assim né.

Bonnie ficou boquiaberta por alguns segundos, logo em seguida escondeu o rosto com travesseiro novamente.

— Eu sabia! Agora me conta tudo.

— Não, eu quero esquecer isso, tipo pra sempre

— Foi tão ruim assim? — arquei a sobrancelha ela sorriu — Meu deus Bonnie, você gosta dele.

— Não! Eu não gosto, eu não o suporto.

— Traduzindo: você está apaixonada.

— Se for assim você era pelo Klaus — acusou ela

— Não era bem uma paixão, estava mais para atração fatal mesmo, aquele homem me tirava do sério, me encantava me deixava intrigada tudo ao mesmo tempo Mas não era amor ou paixão, hoje sei disso. Mas pelo visto você não tem tanta certeza

— Claro que eu tenho, eu não gosto dele.

— Repita isso Bonnie — dei um tapinha em seu ombro — Até se convencer disso.

— Você está parecendo até ele sabia — acabei rindo ainda mais o que deixou chateada

— Eu me meto na maior roubada e você ri?

— Desculpe! Mas por que a maior roubada foi só beijinho Ou não foi?

— Sim um beijinho no próprio diabo né. Ele e ex da Elena, já deve estar sendo horrível para ela

— Eu e Stefan estarmos juntos — completei e dei ombros — Elena fez as escolhas dela Bonnie. Ela ficou tão indecisa em qual dois dois queria mais que acabou perdendo os dois.

— Eu sei, mas isso não me consola. Eu deixei aquele idiota me beijar.

— É gostou, tipo muito né — Bonnie me bateu com travesseiro

— Cala boca Caroline.

Minha amada noiva teve a ideia súbita de fazer uma pequena tarde de jogos e filmes. Desconfiei do seu sorriso maroto, quando exigiu com um bater de cílios e beijos molhados entre outras coisas, que fizesse Damon estar lá. Sabia que era alguma armação dela para tentar unir Bonnie e Damon ou ter certeza sobre sentimentos da amiga. Ela me sondou a semana inteira sobre os sentimentos do Damon por Bonnie. De início ela parecia extremamente contra mais depois de uma conversa estranha onde Damon se desculpou com ela meio bêbado sobre as coisas que fez a ela no passado. Ela pareceu dar a ele uma nova chance e eu a amei mais ainda por isso.

Então no sábado à  noite ela preparou algumas besteiras e encarregou Damon de trazer as bebidas e ele estava estranhamente animado e receptivo demais com ideia dela, não precisa ser gênio para entender que ele tinha entendido a motivação de Caroline e estava sendo um servo fiel, deixando tudo da maneira que ela queria, tudo porque ela traria Bonnie. Ela convidou Matt, mas ele avisou horas antes que não poderia, Alaric também não viria e por motivos óbvios não convidamos nem Elena,  muito menos Enzo. Caroline estava no balcão mordendo a tampa da caneta com a uma das pernas inclinadas para cima enquanto ela escrevia os nomes para jogo imagem & ação. Ela usava um vestido preto tentadoramente curto dando uma bela visão de suas pernas lisas e torneadas. E uma pequena fenda nas costas. Em silêncio cheguei por trás abraçando sua cintura, beijando seu pescoço o que fez rir inclinando a cabeça para trás

— Você está me desconcentrando — reprendeu ela ainda sorrindo

— Acho que você já escreveu o bastante,  não acha?

— Stefan — ela choramingou mais continuou a inclinar a cabeça para trás me dando livre acesso a seu pescoço que ataquei sem cerimonia.

— Esse seu vestido está me matando — confessei em seu ouvido mordendo o lóbulo de sua orelha

— Você sempre diz isso, não importa a roupa que eu use. 

— E o que posso fazer se você fica incrivelmente sexy em todas elas — ela mordeu o lábio me lançando aquele olhar ardente antes de atacar meus lábios. A prensei ainda mais contra o balcão, antes de enlaçar sua cintura a colocando em cima do balcão, suas pernas se cruzando e me trazendo mais perto dela.

— Oh merda, vocês parecem coelhos, vão para quarto! — Damon resmungou colocando mais gelo dentro do freezer. Revirei os olhos para ele, enquanto Caroline com bochechas coradas desceu do balcão com minha ajuda ajeitando o vestido.

Depois disso Caroline deu selinho em mim indo para sala. Damon abriu uma garrafa de uísque e começou a entorná-la parecendo ansioso. Não pude conter a vontade de rir de seu nervosismo esperando por Bonnie. Se anos atrás dissessem para nós dois que hoje estaríamos no amor com as melhores amigas de Elena, eu riria alto. Porque ideia de amar outro alguém que não fosse ela ou tivesse seu rosto era absurdo, quase impossível. E agora lá estávamos nós, caídos completamente por elas.

— Está nervoso Damon?

— Eu? — ele riu — Por que estaria?

— Não sei, talvez porque uma certa morena que vem ignorando você esteja vindo para cá — ele revirou os olhos pra mim.

— Eu não dou a miníma pra ela Stefan

— Negação.

— O que disse?

— Disse, que negação é o primeiro sintoma de se sofrer de uma doença gravíssima que assola nossa família: paixão incubada — zombei

Damon me ignorou, pegou sua garrafa e seguiu para sala e o segui chegando lá não só Bonnie tinha chegado, como o inconveniente e indesejado Enzo que entrou sem cerimônia. Caroline e Bonnie deram ombros quando com os olhos eu e Damon indagamos que diabos ele fazia ali.

— Soube dá festinha que vão fazer, e fiquei profundamente chateado por não receber um convite.

— Talvez seja porque você não foi convidado — disse Caroline visivelmente irritada

— Oh linda, quem disse que eu não fui? — ele se voltou para Bonnie colocando o braço envolta dela. Damon apertou a garrafa, lançando um com olhar indecifrável para Bonnie que ergueu o queixo o encarando mais parecia visivelmente perturbada com olhar intenso dele, Caroline e eu nos entreolhamos constatando que tinha sido uma péssima ideia aquela festinha.

Bonnie

But I hate it

You know exactly what to do

So that I can't stay mad at you

For too long, that's wrong

But, I hate it

You know exactly how to touch

So that I don't wanna fuss and fight no more

So I despise that I adore you

Caroline me arrastou nada gentilmente para cozinha com desculpa de precisar de ajuda deixando uma sala cheia de testosterona para trás.

— Bonnie por que você trouxe o Enzo? No que estava pensando exatamente, sabe que a única missão desse cara e causar caos. 

— Eu não o convidei ele se alto convidou Caroline, veio me seguindo até aqui.

— E como vocês se encontraram exatamente?

— Ele está ficando com alguma aluna de Whitmore, quando me viu saindo começou a me seguir simples assim. Por que está tão brava?

— Porque ele é o Enzo! Você sabe que ele sempre estraga tudo. 

— Eu sei — a cortei impaciente — Mas não tive culpa alguma disso.

— Mesmo? — inquiriu ela desconfiada, fiquei ofendida pela desconfiança

— Mas é claro, por que acha que eu iria trazê-lo comigo?

— Para irritar o Damon.

— O que? Acha mesmo que eu faria isso, perderia meu tempo para causar ciúmes ou qualquer tipo de coisas naquele imbecil? — Caroline suspirou envergonhada, antes de negar com cabeça.

Stefan surgiu na porta se oferecendo para nós ajudar. Tentei ficar o máximo de tempo na cozinha, mas sabia que meu refúgio não duraria muito, sai da cozinha quando Stefan e Caroline começaram com beijos, risos e melosidade excessiva. Revirei os olhos para o feliz casal, não sabendo muito bem se estava mais incomoda pela frequência em que eles derramavam todo aquele mel ou si era pela inveja de não ter um relacionamento saudável, não ter a sorte de Caroline em se apaixonar pelo melhor amigo.

Respirei fundo antes de tomar coragem de ir para sala de estar, mas a coragem se esvaiu de mim ao escutar Damon e Enzo mascarando indiretas com risos falsos. Me esgueirei pelo corredor e fui para grande biblioteca da mansão. Me sentando na cadeira e me deixando afundar nela. Me perguntando como acabei naquela confusão. Como eu,  Bonnie Bennett tinha conseguido a proeza de beijar Damon e quase ser beijada por Enzo?

Inevitavelmente acabei por me sentir um pouco como Elena agora dividida entre dois homens, a grande diferença era que eu não queria nenhum deles. Não queria mais dramas e muito menos ser disputada como troféu estúpido.

Irritada com esse sentimento fui até a sala. Damon e Enzo se calaram com a minha presença. Encarei ambos antes de sentar-me no sofá desconfortável, mas fazendo meu melhor para disfarçar, coisa que era meio difícil com meu coração acelerado pela ansiedade e tinha certeza que os dois sabiam bem disso, eles podiam ouvir com nitidez meus batimentos, que teimosos se recusavam a desaceleram na presença incomoda dele.

Coloquei minha melhor cara de poker face e relaxei no sofá cruzando as pernas lentamente em seguida os braços, olhando em volta me perguntando se Caroline e Stefan tinha fugido pela janela ou coisa do tipo. Meu pequeno gesto inocente pareceu ter soado como um convite a Enzo, que sorridente sentou-se ao meu lado tomando a liberdade de colocar seu braço envolta do meu ombro. Revirei os olhos retirando sua mão com sorriso forçado enquanto o fuzilava com os olhos. Tendo um certo par de olhos azuis fixos em nós como uma águia.

Damon estava em pé em frente a seu minibar, balançando seu copo de uísque antes de entorná-lo ainda sem quebrar o contato visual comigo. Lá estava ele com seus olhos azuis glaciais parecendo me atravessar ao mesmo tempo que me fazia me sentir despida. Vestido como sempre, todo de preto. Com sua camisa preta de gola v e calças jeans escuras e coturno de mesmo cor. O clássico visual do bad boy.  O cara que deixa escrito em sua testa a que veio: um problema, uma dor de cabeça.

Mas Damon não era apenas isso, ele era muito mais. Ele era do tipo de pessoas que seduzem você sem que se dê conta disso. Aqueles tipos que nós prendem com olhar e com sorriso estupidamente sensual e por vezes encantador. Que demostra sua crueldade como ninguém,  mas quando tem algum interesse em jogo muda sua face completamente. Seu sorriso se torna implacáveis e seus olhos adquirem um tom ainda mais azul semelhante aos do oceano em meio a uma tempestade, dentro deles habitam seus maiores mistérios, mistérios esses que são teias para prender qualquer infeliz que tenha o azar de perder-se neles. Elena foi uma delas, seduzida facilmente por aqueles olhos e atraída por aquele sorrisinho presunçoso e insolente que eu particularmente odiava.

Me  odiei um pouco mais por ter sido pega por eles, odiando cada grama que desejou cair nas profundezas deles novamente. Damon sorriu enigmaticamente enquanto bebia parecendo ter lido meus desejos e temi que estivessem  estampados em minha testa,  ou quem sabe em meus olhos. Sustentei seu olhar, não desviando nem por um segundo. Naquele jogo estúpido de encarar, quem fosse o primeiro a desviar perderia, e eu nunca perderia para ele.

Eu não era nada como Elena.  E não seria afetada por ele como uma adolescente estúpida que finge não saber que ele é um lobo em uma bela pele de cordeiro. Seu sorriso foi desvanecendo a medida que eu não me abatia com seu sorriso. Mesmo com as lembranças perturbadora de seus lábios contra os meus, suas mão explorando meu corpo, a lembrança do calor que seu corpo colado ao meu me causou.

Stefan e Caroline voltaram trazendo um copo cheio de frases que julguei ser o um dos jogos que Caroline tinha obsessão, enquanto seu namorado trazia copos pequenos para rodadas de tiros. O que ideia péssima,  beber naquela situação não me ajudaria em nada. Me deixaria lenta e perigosamente mais receptível a ele.

Todos se sentaram, inclusive ele que sentou-se a minha frente. Caroline iniciou uma conversa que se perdeu, essa é muitas outras tentativas dela e de Stefan de tentar dissipar aquela tensão que irradiava de nós. Enzo sendo fio conduto das minhas discussões com Damon e entre Caroline e Stefan. Ele pareceu se divertir ainda mais com isso, provocando tanto Stefan quanto Damon que diferente do irmão não tinha direito algum de se irritar ou se enciumar com isso.

Caroline começou seu primeiro jogo que era imagem & ação. Stefan conseguiu facilmente acertar os dela e ela os dele, irritando Enzo que propôs logo o jogo da discórdia: Eu nunca!

Eu e Caroline fizemos uma careta e protestamos,  mas Damon foi logo incitando a começar logo. Caroline dizendo coisas básicas para não ser obrigada a beber, enquanto Stefan seguia a mesma estratégia. A coisa ficou tensa quando Caroline depois de cair em uma três armadilhas disse:

— Eu nunca fiz em um carro! — declarou ela solenemente se virou para Stefan — Deve ser desconfortável como inferno.  Mas eu não me importaria em fazê-lo com você — sussurrou ela para Stefan que sorriu sem jeito quando Damon e Enzo explodiram em risadas. Mas as risadas cessaram quando fui obrigada a beber uma dose. Todos os presentes arregalaram os olhos, Caroline escancarou a boca e só a fechou quando Stefan a cutucou na costela

— Você já fez em um carro? — Enzo perguntou curioso com seus olhos castanhos brilhando de surpresa e malícia

— Se eu bebi essa droga e porquê sim — respondi de má vontade querendo encerrar o assunto.

— Quem poderia imaginar que certinha sabe tudo é  chegada em sexo selvagem em carros.  Agora a pergunta de um milhão, quem foi o sortudo? — Damon inquiriu com tom de zombaria.

— Isso não é dá sua conta!

— Bon-Bon não precisa ficar envergonhada — ele estendeu a mão e entornou sua dose — Eu já fiz isso, muitas vezes si quer saber. 

— Okay, okay há detalhes demais por aqui — Caroline tentou começar a roda novamente mais Damon o interrompeu

— Uma coisa que me deixou curioso aqui, com quem foi?

— Damon — Stefan o censurou

— O que foi, vai me dizer que não ficaram curiosos em saber?

— Não, porque isso não é dá conta de ninguém — Caroline declarou me deixando grata. Damon revirou os olhos e Enzo que alternava seu olhar entre eu e Damon se ajeitou no sofá e percebi que ele tramava algo.

— Eu nunca beijei nenhum dos presentes aqui — zombou ele.  Stefan suspirou pesadamente olhando para Caroline que franziu a testa pra ele  fazendo o sorriso de Enzo se escancarar ainda mais. Me perguntei quem ele queria atingir  realmente Stefan ou Damon? Damon diferente do irmão, embarcou no jogo de Enzo me fazendo suspirar derrotada.

— Há controvérsias — Damon rebateu olhando pra mim

— Está falando dela — ele apontou com dedo para mim — Nós nunca nós beijamos.  Ou melhor nós ainda não nos beijamos

Damon forçou um sorriso amarelo, mas podia ver seu maxilar trincar com força quando o braço de Enzo voltou a circundar meu ombro e por algum motivo não o afastei. Sorri provocativamente para Enzo sendo condescendente com ele. Damon por outro lado parecia ter levado um soco, enxerguei uma certa decepção em seus olhos, mas desapareceu tão rápido que quanto surgiu,  voltando com aquele brilho que aprendi a conhecer a custo.  Aquele  brilho maligno que seus olhos ostentavam quando maquinava suas maldades. Ele alternou seu olhar entre mim e Caroline e só pude esperar pelo pior.

— O que estão esperando? Se eu me lembro bem, vocês duas estão devendo uma rodada — Stefan trincou maxilar tendo sido lembrado que Caroline já esteve com Damon, Enzo por outro lado pareceu ter sido pego de surpresa

— Você  beijou ele?  — apontou ele para Damon com incredulidade, abaixei a cabeça sem saber o que dizer em resposta estendi a mão e peguei o copo o entornando. Antes de me levantar e declarar que aquela reunião estúpida nunca deveria ter acontecido. Caroline tentou me fazer parar,  mas não lhe dei ouvidos.

 

Damon

I'm sorry that I hurt you

It's something I must live with everyday

And all the pain I put you through

I wish that I could take it all away

And be the one who catches all your tears

That's why I need you to hear

Aquela mulher parecia ter o incrível dom de me fazer perder a cabeça. Sempre o irritando quando ostentava aquele nariz empinado, olhar inatingível. Depois do infeliz incidente no estacionamento, onde cai na besteira de calá-la como bem entendia. Ela continuou a afirmar que me odiava. Claro que depois de enfiar a língua na minha garganta era fácil fingir que odiou. Ela me esbofeteou antes de sair com carro zumbindo, vermelha de raiva. Me deixando desnorteado por um ou dois segundos admito, antes de começar a recordar do beijo lascivo e do que estávamos prestes a fazer se ela não fosse tão irritantemente teimosa. Depois disso,  passei dias sem vê-la, tentando ignorar o desejo latente de continuar de onde tínhamos  parado. Tendo aquela lembrança assolando seus pensamentos o fazendo me afundar em bebidas para conter o desejo. Tendo que ouvir Stefan e Alaric zombando de mim por entrar num caminho sem volta, um caminho que pelo visto não era de mão dupla já que depois de uma semana ela não  me procurou.

Diferente de Elena, ela não pareceu ter caído de amores por mim, ela não pareceu si quer afetada quando esbarrou comigo no Grill. Ela continuou seu caminho  ignorando a minha existência indo sorridente agarrando o braço de Matt. E quis arrancar a cabeça dele e arrancá-la de lá e levá-la para quarto mais próximo e tirar aquele ar de indiferença dela. Fazê-la delirar ao ponto de apenas gemer meu nome e nada mais. Decidi  então que ela seria minha  e  arrancaria aquela máscara dela assim como ela tirou o a minha . Assim como aquela bruxinha tinha a capacidade de enxergá-lo sem meu glamour, eu faria o mesmo com ela.

E depois disso me pegueu perguntando sobre ela para Caroline, que desconfiada começou a discutir comigo ordenando que eu ficasse bem longe de sua doce e pura melhor amiga. Eu quase ri na cara dela e disse que ela não tinha nada de pura. Mas ele não conseguiu dizer nada, ele não conseguiu ofendê-la mesmo que para irritar sua cunhada. Minha  língua pareceu ter criado um nó quando assunto era Bonnie. Em consequência disso, em meio a uma bebedeira acabei me desculpando com a noiva de meu irmão pelo males que havia causado a ela no passado. Em parte pela convivência forçada que teríamos,  em outra porque uma voz irritante dentro da minha cabeça  me dizia que eu devia isso a ela "É mínimo que deve fazer depois de todo o mal que fez a ela" a voz irritante que soava muito como Bonnie declarou na minha  cabeça e  senti vontade de bater a cabeça contra a parede mais próxima quando me vi me desculpando com ela. Que confusa não disse uma só palavra, se ateve apenas a me dar as costas e voltar para quarto de meu irmão.

Mas foi graças a isso que suas atitudes sobre mim pareciam ter mudado. Ela começou a sondar meu irmão, nada sutilmente sobre o que eu sentia em relação a Bonnie. E com tempo  ela mesma começava a responder as perguntas sobre a amiga, dividindo memórias sobre a infância com ela e como era Bonnie antes de todo mal assolar a vida dela. E me peguei querendo muito ter conhecido essa Bonnie. Aquela de riso fácil que dançava nas festas ou aquela que se isolava para perder-se em bom livro, aquela que escutava fascinada as histórias de sua avó sobre criaturas da noite que ela foi ensinada a manter-se longe. Aquela cuja primeira paixão foi um garoto na oitava série que partiu seu coração escolhendo outra garota para o baile.

Quanto mais Caroline partilhava sobre passado de Bonnie, mais curioso e fascinado eu ficava. De repente não era mais cisma e o desejo latente por seu belo corpo. Eu queria conhecê-la, fazê-la rir, ou apenas vê-la lendo um livro qualquer mergulhada em silêncio.  Comecei a deseja-se de todas as formas, mesmo as irritantes.

Stefan declarou que eu estava obviamente apaixonado por ela, e claro que neguei.  Mas  comecei a entrar em pânico com isso. Porque Bonnie Bennett era terreno arenoso e desconhecido, um terreno que eu facilmente me perderia. Porque ela era uma mulher forte, determinada que podia soar tão leve quanto sopro quente de verão ou soar forte e devastadora como um trovão. Uma mulher que não tinha o mesmo rosto de Katherine, uma mulher que o desafiava, que não fazia o menor esforço para somente com um olhar, me lembrar que eu não era digno dela.

Me lembrei da noite no baile com Elena. Olhando-a dançar sorridente nos braços de Enzo, enquanto ele compartilhava o que seria sua última dança com Elena. Ele se lembra do olhar que ela o lançou, um olhar diferente. Um olhar solidário e de genuína compreensão, parecendo ter lido todos meus sentimentos por Elena. Seus olhos verdes foram o que surgiram na minha cabeça na manhã seguinte que acordei com Elena deitada sobre meu peito. Foram aqueles olhos que o fizeram refletir a relação tóxica que tinha ao lado de Elena. Foi sua voz insolente que o fez refletir se alguma vez a minha  relação com Elena tinha sido mesmo amor.

Por causa desses sentimentos estranhos e novos, doeu quando ela apareceu naquela dia ao lado de Enzo. Com braço dele envolta de seu ombro. Incomodou não ser ele no lugar de Enzo. Então eu fiz o que fazia de melhor,  a ataquei. Usei sua confissão para envergonhá-la e pretendia muito mais. Eu queria humilhá-la. E só me dei conta do papel que estava fazendo quando ela levantou-se com rosto vermelho, saindo furiosa de sua casa. Ignorando Caroline e Enzo. Meu irmão me deu um olhar significativo, antes de acenar com a cabeça e mandá-lo fazer o certo, desculpar-se com ela.

Sem saber o certo o que dizer  a segui.  Andando em seu encalço que não diminuía o ritmo parecendo querer fugir para lugar nenhum.  Então cansei de brincar de pega-pega e agarrei seu braço, desta vez com delicadeza. Ela se virou e uma apontada aguda no peito surgiu quando notei que ela chorava. Mesmo sendo lágrimas de raiva, sua raiva e impaciência se dissolveu. Ele foi apossado pelo mesmo sentimento que o fez abraçá-la e acalmá-la, quando a mesma parecia a um passo de colapso mental. Minha  mão que parecia fora de meu controle, enxugou suas lágrimas permanecendo acariciando seu belo rosto. Meus olhos mergulharam no verde dos olhos dela, vendo o mesmo misto de confusão que se refletia em meus olhos desde que ela passou ser a dona de meus pensamentos. Ela ainda se mantinha paralisada, com seus olhos úmidos fixos nos meus.

E de repente a gravidade parecia fazer a mágica acontecer com seus olhos nunca deixando os dele, com seus rostos quebrando a curta distância. Notei como seus olhos foram se fechando lentamente, como ela prendera a respiração com seus lábios entreabertos convidativos pareciam clamar para os dele, que sem demora se apossou dos dela.

Diferente do beijo cheio de urgência e desespero que compartilhamos na primeira vez, esse começou lento e suave. Como se ambos ainda estivemos nos conhecendo,  receosos uns aos outros. Lentamente minha língua adentrou sua boca. E senti o suave gosto de hortelã misturado a tequila. Ela gemeu contra minha boca e minhas mão desceram por suas costas e cintura trazendo seu corpo para mais junto do meu. Enquanto a outra mão enredava seus cabelos macies direcionando o beijo que tornava-se mais intenso, quando suas mãos pequenas puxavam meu cabelo me fazendo querer devorá-la. O fogo conhecido do desejo ardendo lentamente em nossos corpos que em conjunto se moviam para mais perto, não deixando espaço algum entre nos.

E quando a necessidade de ar se fez presente ela se fastou parecendo ter estar se afogado. Com respiração ofegante e lábios inchados,  fechou os olhos com força parecendo não querer despertar para realidade e si perguntar o que estávamos fazendo. Mas antes que ela tivesse tempo de abri-los e começasse a deferir todas as palavras duras de ódio e repulsa contra mim, a puxei para mim novamente devorando seus lábios que com relutância abriu-se sobre a minha. Ela chupou e mordiscou meu lábio inferior, tirando um filete de sangue dos meus lábios, senti suas mão tentando empurrar-me mais a prendi contra mim, segurando seus pulsos e fazendo o mesmo com ela, separando os lábios dela e os sugando. Mas o beijo não durou muito depois que sua consciência semidormente despertou. Ela conseguiu se desprender de mim e me empurrou. Com olhos arregalados, ela fez o mesmo gesto daquela dia. Levou as mãos aos lábios e na tentativa de tirar meu gosto de seus lábios ela os esfregou. Depois disso seus olhos verdes que antes se arregalavam de surpresa e choque despertaram, dando lugar a raiva.

— Nunca mais, nunca mais faça isso de novo! — esbravejou ela — Nunca mais me toque ouviu bem? Nunca mais! 

E assim ela correu e desta vez eu não a segui. Mesmo que quisesse muito isso o olhar que ela me lançou me impediu de fazê-lo. Um olhar de desprezo e ódio que nunca recebi dela antes. Fiquei parado logo em frente a minha casa ainda podendo ouvir seus passos, os batimentos de seu coração acelerado se afastando, indo para bem longe de mim. Quis ignorar o sentimento devastador que se apossou de mim com a sua partida... Ou melhor, a devastação de ser odiado por ela.


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Notas finais do capítulo

Então gente neste capítulo na versão original já rolaria a treta que conduz o final, mas resolvi dar mais um capítulo de bônus, principalmente porque Bamon não teve muito tempo de ser desenvolvido (pelo menos, não romanticamente) infelizmente para quem me cobra por isso, eu sou muito favor do slow burn, da construção orgânica e lenta de casais. Gosto de ver amizades transformar-se em amor e ódio em paixão. E como já disse na descrição da fic, Bamon foi uma coisa que “aconteceu” nesta fic. Mas como as melhores coisas da vida simplesmente acontecem, eu sou grata por eles. Espero que tenham gostado do cap :p no próximo que escreverei quando tiver tempo já que este está programado para quinta-feira… Já será o antepenúltimo capítulo. Então essa é hora de se por acaso quiserem alguma coisita inserida me dizerem porque logo acaba ai já era… savvy
PS: Como é capítulo programado eu só poderei responder aos comentários deste e dos demais capítulos no sábado que é quando volto pra casa e para meu amado PC, então até lá
Xoxo