Aways be here for you - FINALIZADA escrita por allurye


Capítulo 26
Capítulo - 27 Do you hate me?


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente e ai como cês estão? Avisando que começa a contagem regressiva acho que mais uns três capítulos para final, tirando o epilogo. Então tá boa leitura pro cês ai ;)



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Bonnie

Acordei naquela manhã com dor de cabeça. Demorei até conseguir abrir os olhos com uma sonolência fora do normal, ainda com os olhos fechados tateei pela cama abraçando meu o travesseiro, quando senti um perfume diferente nele, um perfume que não era meu. Foi quando me lembrei do porquê da minha dor de cabeça. Eu havia surtando ontem a noite, chorado e agredido Damon… E ele não revidou. Em vez disso ele cuidou de mim. Me sentei passando as mãos pelo rosto refletindo se aquilo aconteceu mesmo ou foi fruto da minha imaginação fértil. Quando olhei para o lado Caroline estava em pé em frente a janela olhando desanimada para o dia chuvoso lá fora.

— Bom dia — ela disse sem se virar

— Bom dia… Quando foi que você chegou?

— Foi bem tarde, mas cheguei há tempo de ver uma cena que eu nunca imaginaria em um milhão de anos.

Corei com seu olhar, e seu sorriso maroto, Caroline tinha nos vistos. Mas não era nada demais, não tinha acontecido nada.

— Care…

— Eu quase tive uma pane cerebral quando te vi dormindo abracadinha ao Damon — ela disse rindo se sentou ao meu lado — O que exatamente rolou entre vocês dois?

— Nada, não rolou nada — respondi nervosa — Você já dormiu com Stefan quando eram amigos e não rolou nada.

Caroline estalou os lábios assentindo, ela parecia triste.

— Sim tem toda razão Bonnie. Mas se quer saber foi ali quando eu dormi ao lado dele no ferro velho, foi que tudo isso começou.

— Eu sei — acabei rindo — Eu fui a primeira a sacar isso. Mas acredite em mim, eu não sinto nada pelo Damon.

— Não mesmo? Nem uma fagulhinha? — neguei veemente — Estranho.

— Estranho por quê?

— Porque para quem não sente nada, você parecia mesmo dormir tranquila ao lado dele, essa noite nem teve pesadelos Bonnie.

Fiquei calada, tirando a dor de cabeça por ter quase derretido de tanto chorar. Aquela noite tinha sido tranquila, eu tive um pequeno pesadelo. Mas senti alguém me confortando, acariciando meu cabelo até que eu pega-se no sono, mas não podia ser o Damon, de maneira nenhuma podia ser ele.

— É eu sei que é surreal Bonnie. Mas sim, ele estava deitado ao seu lado se comportando como um anjinho — ela riu — Não fez nada além de cuidar de você, isso claro depois de salvar sua vida

— Caroline — a censurei — O que está tentando fazer exatamente me dizendo isso tudo? Eu sei que ele me salvou, mas eu não pedi nada disso — teimei.

— Bonnie ele surtou quando você sumiu, fez todo uma encenação de que não se importava que me deu vontade de esmagar o crânio dele, até ver o cérebro escorrer pelo…— ela riu sem jeito quando notou minha cara de espanto — Okay eu me empolguei, mas voltando ao assunto Bonnie, ele fingiu que não se importava, que te odiava mas estava lá e teve todas as ideias pra te trazer de volta.

— Isso não muda nada Caroline, eu ainda gosto do Jeremy. Ele ainda é o ex da Elena, ele ainda é…. Damon.

— É, eu sei — concordou ela com a cabeça — Mas… As pessoas podem mudar sabia? Principalmente se elas tiverem por quem mudar. Bati nela com travesseiro

— Desde de quando você e do fan clube oficial “eu amo Damon”?

— Amo? Eu odeio ele! — ela franziu a testa me analisando — Por que de todos os sinônimos do mundo escolheu o amor em Bonnie? — ela começou a me cutucar

— Para Caroline! — acabei rindo — Já disse pra parar!

Foi quando segurei sua mão e notei o anel em seu dedo.

— Caroline… Que anel é esse?

Ela olhou para mão apertando anel

— Nenhum em especial — ela deu ombros — Apenas meu anel de noivado — arregalei os olhos chocada e animada ao mesmo tempo.

— Você vai se casar? Quando, como foi o pedido?

— Ei calminha — ela riu — Ele fez no Grill com uma linda declaração se ajoelhou e pediu.

— Ai que lindo, você disse sim?

— Sim, eu disse. — Bonnie franziu a testa

— Então por que exatamente não está pulando de felicidade, me contando como vai ser o vestido… Você não esta feliz?

— Eu? — ela assentiu sorrindo — Claro que estou! Meu namorado que antes era meu melhor amigo que por acaso sempre será o ex da minha amiga de infância. Por acaso me pediu em casamento depois de três meses de namoro... é claro que estou feliz — disse quase gritando, mas abaixou a cabeça olhando o anel

— Care o que ouve? — toquei seu ombro a ela suspirou — Você acha que não o ama o suficiente pra se casar?

— Eu amo o Stefan — afirmou com olhos brilhando pelas lágrimas que se formavam — Eu nunca senti nada parecido por ninguém Bonnie — ela riu.

— Então qual é o problema?

— O problema e que ele fez isso porque esta desesperado Bonnie, ele está tentando apagar a Elena…

— Care, ele te ama para de neura. Escute isso de alguém que perdeu o namorado pra ela está bem. Não vale a pena!

— Bonnie, eu conheço o Stefan... Ele era meu melhor amigo. Sabe quantas vezes escutei ele dizer que sempre esperaria por ela, que ela era seu grande é único amor…

— Caroline ele superou ela há muito tempo. Ele te pediu em casamento, você mas do que ninguém sabe que ele nunca faria isso usar você pra esquecer a Elena.

— Sério? Porque ele estava abraçado com ela saindo de um beco logo depois que me pediu em casamento — ela se levantou rindo nervosamente — Eu sabia Bonnie, isso martelou na minha cabeça a noite inteira... O Enzo tem razão, eles sempre voltam um pro outro…

— Pera ai, volte um capítulo ai. O que diabos o Enzo tem a a ver com tudo isso?

— Nada, mas ele me disse que a Elena sempre vai ficar no meu caminho, mas ele está errado. Sou eu que estou no caminho dela ou melhor deles. Eu e Damon somos apenas empecilho pra eles.

— Caroline você está se ouvindo? O Enzo é um sádico idiota e você sabe muito bem que ele ainda e a fim de você. Ele fez isso para te colocar duvida mesmo.

— Ele não colocou, elas já estavam aqui. Só voltaram com mais força…

Uma batida na porta interrompeu ela de continuar com suas neuroses e inseguranças do outro lado seu noivo chamava por ela.

Caroline

Caroline começou a me fazer sinal de mímica para dizer que ela não estava eu rebatia dizendo que não, mas ela quase se ajoelhou implorando

— Ela não está aqui Stefan — menti gritando alto para que ele escutasse escutando que ele poderia me ouvir até murmurar se quisesse

Tem certeza? Ela não está na mãe dela, eu estou preocupado com ela explicou aflito.

Caroline mordeu os lábios fechando os olhos, arquei a sobrancelha, esperando que ela responde-se mas ela era uma mula teimosa, juntou as mão como quem esta em prece e me implorou para que eu continua-se a mentir para Stefan

Vai ver ela foi… Dar uma volta, ver o vestido de noiva.

Deixei escapar antes que me desse conta. Caroline me fuzilou com os olhos. Ela correu para o banheiro, alguns segundos antes de Stefan entrar sorrindo ele fez uma pergunta com gesto apontando pra o banheiro. Neguei, ele franziu a testa ainda descrente

— Stefan ela não esta — menti descaradamente

— É mesmo? Estranho, porque o carro dela estava estacionado e o vestido que ela usava ontem está ali — ele apontou para cama.

— Pois é, quando eu acordei ela já não estava — afirmei veemente com cabeça. Ele me deu sorriso torto concordando com cabeça, se encostou na parede ao lado da porta do banheiro

— Que pena então, eu vou procura lá pelo campus, obrigado Bonnie.

Ele fez aquele lance de supervelocidade batendo a porta do quarto e voltou pra sua posição inicial ao lado do banheiro me pedindo silêncio. Assenti desanimada. Caroline saiu logo depois olhando para mim indignada

— Vestidos de noiva Bonnie, sério? Não tinha nada melhor pra inventar, ele deve ter sacado que eu estava aqui… Por que está com essa cara? — ela se virou encontrando seu noivo ou namorado eu já não sabia mais, esperando-a com braços cruzados e uma expressão seria no rosto.

— Então você resolveu me evitar Caroline?

Caroline ficou com boca escarada por alguns segundos antes de se recuperar. Ela respirou fundo e forçou um sorriso nervoso mas não disse nada para rebater.

— Eu acho que vou.. Ali tomar uma água — tentei sair e Caroline me segurou

— Tem no freezer Bonnie — Caroline lembrou-me com dentes cerrados, implorando com os olhos para que eu ficasse ali.

— Eu sei, mas eu quero da torneira sabe? Fresca! — alternei meu olhar para ambos que se olhavam intensamente. — Então eu vou indo... tchau.

Sai quase correndo dali. Fiquei encostada na porta rindo da situação, era incrível como eu sempre acabava no meio de confusão pelas minhas amigas.

Stefan

Aren't you somethin', an original

Cause it doesn't seem really as simple

And I can't help but stare, cause

I see truth somewhere in your eyes

I can't ever change without you

You reflect me, I love that about you

And if I could, I

Would look at us all the time

 

Depois de impedir Elena de cometer um grande erro. Eu a levei até o Grill que já estava quase vazio. Matt ficou assutado ao ver seu estado. Me perguntou o que ouve, mas Elena me implorou com olhar para que eu não contasse nada a ele. Inventei uma desculpa qualquer e pedi para ele cuidar dela. Elena segurou minha mão aflita me suplicou para que ficasse com ela. Mas eu não podia. Não consegui encontrar Caroline em lugar algum. Matt percebeu minha preocupação mas Elena não facilitava nada as coisas chorando desesperada.

Matt se ofereceu para levá-la em casa. Ela aceitou relutante, não antes de me agradecer carinhosamente com beijo no rosto. Eu sai logo em seguida procurando por Caroline. Fui até sua casa, mas ela não estava. Já era de manhã quando fui ao campus, escutei sua voz, ela conversava com Bonnie. Bati à porta a chamando. Mas por algum motivo Bonnie mentiu, eu sabia que ela estava ali dentro e não iria embora até que ela me dissesse o porquê tinha fugido. Ela se escondeu no banheiro, fingi ter ido embora deixando uma Bonnie impotente sem saber o que fazer. Ela ficou atônita quando me viu, Bonnie saiu logo em seguida.

— Então Caroline, vai me dizer o porquê estava se escondendo de mim? — ela estalou os lábios, como sempre fazia quando mentia

— Porque, eu ainda não tinha me arrumado — mentiu

— Então, não se escondeu por que não queria me ver?

— Claro que não Stefan! E agora se me der licença eu vou me trocar — retrucou irritada. Mas ficou parada me olhando.

— O que, você quer que eu saia? — acabei rindo incrédulo

— Na verdade, eu quero sim.

— Caroline, nos somos noivos agora…

— Somos noivos, não casados! Não precisamos fazer tudo na presença um do outro. Então…. — ela aprontou em direção a porta com expressão decidida no rosto. Em resposta me dentei em sua cama olhando pra o teto.

— Assim está melhor? — provoquei

— Não! Eu quero privacidade — ela teimou furiosa me levantei indo até ela pegando pelo braço

— Por que está agindo assim Caroline, por que foi embora ontem sem me avisar. Fiquei te procurando…

— Ficou? — ela franziu a testa e depois riu. Foi até o armário e tirou o baby doll com raiva, vestiu um vestido. Foi até o espelho me ignorando por completo

— Vai ficar me ignorando mesmo?

Ela não respondeu o que me deixou furioso, ela passava a escova pelo cabelo lentamente, terminava e começa tudo de novo.

— Caroline, será que podia parar e conversar comigo? — ela suspirou e se virou sorrindo.

— Claro querido, pode falar — ela cruzou as pernas. E ficou me encarando com aquele sorriso falso nós lábios.

— Por que está agindo assim Caroline? Eu pensei que estaria feliz, tanto quanto eu — ela olhou para o chão Me aproximei dela ajoelhando ficando a sua altura e erguendo seu queixo — Você se arrependeu de ter dito sim é isso não é?

Ela sorriu mas estava quase chorando. Senti como se tivesse levado um soco no estômago com sua demora, com seu olhar triste.

— Eu não me arrependi Stefan — ela murmurou chorosa

Tomei seu rosto entre as mãos beijando-a. Mas ela não correspondeu como antes, não com a mesma intensidade do que eu. Me afastei desolado, me afastei dela que se levantou indo até mim.

— Mas eu acho que não nos precipitamos Stefan — ela explicou com tom gentil

— Caroline, diga logo o que pensa, por favor.

Pra minha surpresa ela respirou fundo tomou meu rosto e me beijou suavemente.

— Eu te amo Stefan — ela sorriu logo em seguida tirou o anel do dedo me deixando desesperado — Mas eu não posso!

— O que? Por que não Caroline… A segurei pelos braços não aceitando o anel que ela estendia.

— Porque eu não estou pronta — ela mentiu, eu sabia disso. Ela desviou os olhos e se afastou coçando a nuca.

— Não esta pronta, ou não quer?

— Eu não estou pronta pra me casar e também não quero fazer parte disso Stefan. Eu amo você… — ela disse chorando — Eu não vou te ajudar a esquecer a Elena, pra mim chega!

— Do que está falando Caroline?

— Eu os vi ontem saído daquele beco — ela esbravejou secando o rosto.

— Entendeu tudo errado! Ela estava se alimentando de um garoto, ia matá-lo, eu a impedi foi só isso Caroline.

Seus olhos se estreitaram ela pareceu envergonhada com que tinha pensando. Eu queria até mesmo sentir raiva por sua desconfiança mas não conseguia me aproximei dela erguendo seu queixo.

— Caroline eu tinha acabado e te pedir em casamento? Acha mesmo que eu trairia você? — ela negou com a cabeça

— Me desculpe Stefan eu… eu… fiquei furiosa, com ciúme eu me deixei levar pelo que o Enzo me disse, desculpe…

— Enzo? O que tem o Enzo haver com isso?

— Ele me encheu de dúvidas, ele é um idiota... Me perdoa?

— Um idiota que pelo visto você dá ouvidos né? Preferiu acreditar nas besteiras que ele fala do que em mim. Nem se quer passou pela sua cabeça perguntar a mim? Eu sou seu melhor amigo antes de tudo Caroline, você me conhece. Como pode acreditar mais naquele imbecil do quem em mim?

Caroline ficou sem ação com minha explosão. As lágrimas rolavam em seu rosto, ela não conseguia dizer nada. Ela maneou a cabeça olhando pra o chão.

— Eu sinto muito Stefan — ela sibilou, e me estendeu o anel.

— Eu também sinto muito Caroline.

Me aproximei dela pegando o anel, ela ia se afastar mas a segurei. Quando olhei em seus olhos perdi toda a vontade de brigar. A beijei deixando surpresa, enlacei sua cintura a conduzindo ate a cama, enquanto ela desabotoava minha camisa com destreza. Beijei seu pescoço, ombro clavícula, com a minha necessidade dela ameaçando me engolir. Deslizei as mão para seus ombros tirando as alças de seu vestido, deslizei as mãos para suas costas procurando o zíper de seu vestido. Ela riu quando falhei em achar, ela mesma abriu enquanto ele deslizava por seu corpo eu atacava seus lábios saboreando o gosto doce em sua língua. Por um instante ela quebrou o beijo segurando meu rosto me olhando intensamente com olhar culpado. Peguei sua mão entrelacei com minha sorrindo e em seguida coloquei o anel em seu dedo.

— Stefan… Me desculpa... — A silenciei beijando sua mão em seguida voltando para seus lábios 

— Eu te amo Caroline — a beijei sem pensar em mas nada. Nem em Enzo ou Elena. Tudo que me importava estava ali, na minha frente sorrindo pra mim.

 

Alaric

Me assustei com um barulho de madrugada. Não que estivesse dormindo, porque não estava. Um dos grandes efeitos colaterais de ter morrido era – insônia – chegava a ser ridículo, mas as vezes tinha medo de dormir e não mais acordar. Porque eu ainda não tinha ideia do porquê ou como voltei a vida. Mas aquilo ainda rondava minha mente, todo aquele tempo, vagando sem sentido. Sem poder falar ou ser visto. O pior e que sempre pensei que a encontraria do outro lado.

Que Jenna estaria me esperando, que caminharia por um longo túnel ela estaria ali me esperando. Mas ela não estava, alias ninguém estava. Só depois de muito tempo em consegui encontrar outros. Lexi era uma das únicas pessoas que encontrei, me perguntava as vezes, se ela estaria por perto nos observando como eu mesmo fazia. Desci as escadas e encontrei Elena estirada no sofá. Sorrindo pra o nada, toquei em seu braço, ela se levantou sobressaltada.

— Elena, está tudo bem? — ela assentiu sorrindo novamente.

— Sim esta, na verdade está tudo maravilhoso.

Fiquei analisando o rosto feliz de Elena, ela tinha um brilho estranhos nos olhos que me deixaram em alerta. Me sentei ao seu lado.

— Okay. Sabe onde está seu irmão?

— Não sei, acho que na Liv — disse dando ombros

— Ele está faltando nas aulas Elena, repetirá de ano desse jeito —Elena não parecia ouvir, passei a mão em frente ao seu rosto — Hein Elena, está me ouvindo?

— Sim, quer dizer não — confessou ela rindo — Me desculpe, estou fora do ar…

— Por que está fora do ar Elena, o que aconteceu?

Ela pareceu refletir por um segundo se dizia ou não.

— O Stefan ele me salvou hoje, de cometer um erro — respondeu ela sorrindo, com olhar sonhador que me deixou apreensivo.

— O que ia fazer?

— Nada! — franzi a testa em descrença — Eu acabei perdendo o controle Alaric, eu ia me alimentar de cara, mas eu juro que ia curá-lo depois…

— Você o que?

— Eu sei que foi errado, foi estúpido. Mas eu estava irritada, com raiva triste foi por isso…

— Por isso que resolveu se alimentar de alguém? — completei indignado — Por que ficou chateada então resolveu seguir seus instintos, é isso Elena?

— Alaric… Você não entende.

— Claro que não. Não entendo como pode fazer algo assim Elena, o que aconteceu com você?

— Eu morri — ela gritou — Eu perdi todos que eu amava, perdi meus pais, minha tia… minha casa…. eu perdi o Damon… Perdi o Stefan, eu perdi tudo.

Me aproximei de Elena e sacudi, queria que ela pare-se com aquilo.

— Você não perdeu tudo Elena, tem o Jeremy tem a mim — gritei — Eu prometi que sempre cuidaria de vocês, e foi que eu fiz — Elena se afastou chorando

— Eu sei, mas isso não vai se repetir. Eu prometo eu vou mudar, eu vou ser a antiga Elena de novo. O Stefan… Ele vai voltar a me amar — ela murmurou

— O que você disse?

— Stefan… — ela disse sorrindo secando o rosto — Ele me salvou, ele ainda se importa comigo. Ele vai voltar a me amar e só uma questão de tempo.

— Elena,  Stefan está com Caroline.

— Ele está com ela pra me esquecer! - afirmou ela com sorriso acreditando piamente que estava certa sobre Stefan

— Elena olha pra mim  — ela sustentou meu olhar seria — Elena, você está confundindo tudo. Você está chateada, esta carente. Mas tem que entender que ele seguiu em frente

— Não, ele me ajudou... ele estava preocupada comigo.

— Claro Elena, ele já amou você. Era normal que ele se preocupa-se, mas entenda isso não significa nada.

— Como pode dizer isso?

— Porque eu sou homem Elena, eu já amei muito a sua mãe e sua tia. Eu amei muito a Isobel e mesmo querendo distancia querendo que ela… Eu me preocupava porque um dia ela foi minha esposa, foi a mulher que eu amei. Mas em nenhum momento eu esqueci sua tia, eu amava…

— Chega Alaric — ela se levantou — Eu agradeço seus conselhos, mas eu conheço o Stefan. Ele me amou um dia e vai voltar, hoje eu tive certeza disso.

Elena subiu para seu quarto. Fiquei parado em frente a escada chamando por ela mas ela não desceu. Fui até o sofá e me joguei nele. Sem ter ideia do que fazer, Elena não parecia ela mesma. E o pior é que não tinha ninguém para me aconselhar a como lidar com uma garota de 19 anos, vampira obcecada pelo ex namorado ou pelo dois. Eu não fazia ideia do que fazer.

Bonnie

I've been roaming around

Always looking down at all I see

Painted faces, fill the places I can't reach

You know that I could use somebody

You know that I could use somebody

Someone like you, and all you know, and how you speak

 

Eu tinha finalmente saído do quarto. Não por livre e espontânea vontade, mas Caroline e Stefan estava no meio de uma discussão e quando voltei bem, ela estava gritando mas, com certeza, não era de raiva. Mas graças aquilo, sai naquele dia. Caminhei pelo campus. O dia estava cinza e garoava, mas fiquei feliz por sair de casa.

Quando voltei Caroline estava com sorriso de orelha a orelha, abraçada ao travesseiro. Fique feliz por ter dado tudo certo com ela. Naquele dia Matt insistiu para que fosse visitá-lo. Mas eu não queria ir até o Grill, não queria cruzar com Damon. Não saberia o que dizer, nem como agir perto dele. Eu não me lembrava de muita coisa, era como seu tivesse bebido. Apagado toda aquela parte em que ele cuidou de mim.

Mas Matt me chantageou dizendo que em breve viajaria e ficaria muito tempo longe. É quando cheguei até lá o mesmo estava ocupado com carregamento de bebidas. Fiquei em uma mesa no fundo. Mas não fique muito tempo sozinha, pois Enzo assim que chegou foi até mim com aquele sorriso presunçoso.

— Olha quem resolveu sair da toca — ele disse rindo. O respondi com aceno rápido de cabeça voltando minha atenção para bebida olhando pra o lado — Está me evitando?

— Não evitando, ignorando é termo correto mesmo.

— Mas por que morena, o que eu te fiz?

— A mim nada, mas a Caroline sim.

— Caroline — ele franziu a testa confuso — Não sei do que está falando.

— Não se faça de desentendido Enzo. Eu sei que encheu a cabeça dela contra o Stefan, mas se quer um conselho aqui vai um. Nos já temos um causador de caós oficial aqui, não precisamos de outro. O Damon já é suficiente.

Enzo ficou sério, mas depois cruzou os braços se jogando na cadeira me analisando.

— Pelo visto ele ter sido seu salvador, mudou sua visão dele – ele se aproximou sorrindo — Mas se quer saber, eu também tenho parte nisso, alias a maior. Fui eu que te livrei daquele idiota…

— O nome era Joe.

— O que disse?

— Joe — repeti distraída — Era o nome dele Joe, o cara que você matou ele tinha um nome sabia.

— Espera ai, eu ouvi bem? Esta chateada por ter matado o seu sequestrador? — ele deu uma risada seca — Síndrome de estocolmo não combina com você morena, mas eu sei o que você tem — ele disse se aproximando de mim, tão próximo que podia sentir seu hálito

— Ah sabe? — provoquei

— Sim, carência e sabe qual é sua cura? — neguei com cabeça rindo entrando em seu jogo sem entender bem o porquê — Eu!

Acabei rindo e o empurrei balançando a cabeça me dirigindo ao bar, ele me seguiu rindo. Tinha que admitir que ele era persistente. Mas ainda sim um cafajeste.

— Você não presta né. Primeiro flerta com Caroline e agora comigo.

— O que eu posso fazer e parte do meu charme — ele se gabou passando a mãos pelos cabelos — Seja sincera Bonnie, você se sente atraída por mim.

Ri outra vez, mas dessa vez mas alto, mas ele não recuou. Ele segurou uma mecha do meu cabelo me olhando nos olhos.

— Eu não me sinto atraída por você Enzo — menti

— Hummm não? — ele sussurrou perto do meu ouvido — Porque seus olhos… ele se afastou olhando meus lábios eu os dele — Dizem completamente o contrário — seus lábios roçaram nos meus por um instante fechei os olhos me deixando levar, quando notei alguém atrás de nós

— Atrapalho?

— Damon…

Fiquei paralisada quando seus olhos se encontraram com os meus, me afastei instantaneamente de Enzo e nem mesmo entendi o porquê. Mas tudo que consegui me lembrar era de Damon me abraçando. Tudo que eu tinha conseguido bloquear voltou com apenas um olhar. Enzo se afastou fuzilando Damon com olhos, mas sorrindo como sempre.

— Claro, mas não seria você se não chegasse justamente agora — Enzo retrucou irônico

— Ah mas que pena, atrapalhei o primeiro beijo dos pombinhos, sinto muito amigo Damon deu um tapinha no ombro de Enzo.

Se sentando ao meu lado. Fiquei no meio dos dois, sem saber o que fazer ou do porque meu coração estava tão acelerado, ou do porque não conseguia olhar na direção de Damon mesmo querendo muito.

— Pelo visto você está ótima, passou toda sua raiva e repulsa de vampiros? — inqueriu ele ironicamente. Respirei fundo antes de encará-lo e respondê-lo. Enzo também mantinha os olhos em mim parecendo esperar pela minha resposta tão ansioso quanto Damon que mantinha a expressão neutra mas seus olhos faiscavam. Me sentia desconfortável queria correr dali.

— É claro, alias eu estou ajudando nessa parte — Enzo passou o braço envolta do meu pescoço que tirei na mesma hora. Ele franziu a testa ao ver meus olhos fixo no balcão — Pelo visto eu perdi alguma coisa por aqui.

— Não, não perdeu nada — retruquei nervosa

— Nada? — Damon se virou me olhando indignado sustentei seu olhar

— É o que ouviu, não perdeu nada Enzo — retruquei nervosa.

— Então, eu ter salvo sua vida, ter consolado você a noite inteira enquanto você me culpava por tudo não é nada?

— É... eu realmente perdi um capítulo dessa novela — Enzo zombou intercalando um gole na bebida e olhando para mim e Damon como se fossemos a coisa mas interessante do mundo.

— Então você vai jogar isso na minha cara? Quer que eu te engradeça Damon e isso que quer?

— Sim, seria um bom começo Bonnie — ele disse próximo ao meu rosto, estremeci com proximidade fiquei irritada por isso.

— Obrigada Damon — disse pausadamente, ele sorriu — Está satisfeito agora? Obrigada por me salvar e jogar na minha cara, obrigada por me fazer achar melhor ficar em cativeiro do que aturando você, alias vocês dois.

Sai dali quase correndo. Estava furiosa com Damon, com Enzo. Eu não deveria ter saído de casa hoje estava na calçada indo em direção a meu carro. Quando Damon surgiu, desviei dele mas ele agarrou meu braço com força.

— Me solta Damon!

— Você não vai me deixar falando sozinho.

— Ah não? — o empurrei com força — Vai fazer o que Damon, me compelir a te ouvir? Porque esse e único jeito de continuar olhando pra você por mais um segundo que seja.

Me virei para ir mas ele me puxou com força, segurou meu dois braços.

— Você me odeia tanto assim Bonnie?

Ele se aproximou do meu rosto. Eu tentei rebater, tentei dizer algo mas minha voz falhou a medida que ele se aproximava, tentei empurrá-lo mas ele segurou minha cintura com uma das mãos e a outra foi para meu pescoço. Então sem aviso nenhum ele quebrou a distância selando seus lábios nos meus. Eu tentei afastá-lo, me debati. Mas quanto mas eu tentava, mas seus braços fortes me prendiam. Aos poucos, minha boca se abriu sobre dele, sua língua pedido passagem e quando dei por mim minhas mãos puxavam seu cabelo, aquela traidora! Um parte de mim gritava que estava ficando louca, querendo lembrar que eu deveria sentir repulsa por ele, afinal era isso que eu sentia. Mas minha determinação em odiá-lo ou sentir repulsa se dissolvia com sua língua morna brigando com a minha. Ele me empurrou me prensando contra o meu carro apertando minha cintura, suas mãos desciam e subiam por dentro da minha blusa.

E foi ali naquele momento que me dei conta do que estava fazendo e com quem. Quando minhas mãos entram por dentro da sua blusa quase arrancando ela, quando minhas mãos desceram no cós de sua calça que me dei conta que tinha passado dos limites. O empurrei com força, eu estava tão atônita com que tinha feito com a névoa da luxuria me deixando confusa e letárgica. Levei as mãos em meus lábios inchados, tentando tirar aquele gosto. Me virei trêmula, sentindo um calor crescente pelo meu corpo todo me fazendo hiperventilar e realmente odiar isso. Não conseguia achar a maldita chave dentro da bolsa. Ele se aproximou de novo, agarrando meu braço me puxando para ele como se fosse uma boneca de pano.

— Me solta! — ordenei, mas ele não soltou, ele olhava fixamente para os meus lábios, eu tentei não olhar para os dele.

Tentei manter o controle e ouvir a parte do meu cérebro que gritava o quanto aquilo era absurdo e errado. Ignorando cada parte do meu corpo que queria o contrário

— Me solta Damon agora, antes que eu… Antes que eu…

— Antes que você o que? — inquiriu sorrindo presunçosamente em me deixar naquele estado

— Antes que eu grite — ameacei, ele riu se divertindo as minhas custas olhando para ambos os lados

— Então grita Bonnie — o empurrei de novo e fui rápida em achar a chave, destravei o carro. Mas ele segurou a porta — Não tão rápido Bonnie, agora eu quero que você me responda a pergunta Bonnie — ele sussurrou roçando seus lábios nos meus, me fazendo arrepiar por inteiro.

— Eu… Te odeio Damon — o empurrei o mesmo me olhou confuso — Isso foi de longe o maior erro que já cometi.

— O maior erro fui eu que cometi, em ter… Pena de você.

— Pena de mim? — repeti incrédula — Eu que tenho de você, alias tudo que você me causa e isso, pena repulsa nojo…

— Nojo? — ele riu se aproximando do meu rosto novamente com seu sorriso insolente que me dava nos nervos — Momentos antes você não parecia ter nem um pouquinho de nojo.

— Pois foi só o que eu senti — menti.

— Admite de uma vez que gostou Bonnie — exigiu ele se tocando meu rosto, o afastei novamente com raiva

— Você e última pessoa do mundo que eu gostaria de beijar Damon. — rebati

— Você também é a última!

— Ah é? — ele assentiu — Então porque me agarrou?

— Como eu disse, pena.

Fiquei furiosa me aproximei dele e esbofetei sem pensar, nem cheguei a pensar que ele podia me empurrar a metros de distância ou quebrar meu pescoço. Eu sentia tanta raiva, queria tirar aquele sorriso do rosto dele, tirar aquele gosto da boca.

Entrei no carro e demorei até consegui dar partida, tamanha era confusão mental e raiva que se a posava de mim. Olhei para ele pelo retrovisor e não sabia se era minha imaginação mas podia jurar que desgraçado estava rindo com a mão no rosto.

 


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Notas finais do capítulo

Então gente é isso, gostaram de Bamon? Ou Benzo? Eu estou dividida então me dê opiniões savvy?
Xoxo see you