Aways be here for you - FINALIZADA escrita por allurye


Capítulo 22
Capítulo - 22 There goes the days of lull




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Bonnie

Estava fazendo meu melhor para estudar naquela tarde entediante de sexta-feira, mesmo tendo uma festa rolando minha vontade ir até ela era mínima. Sentei-me com pernas cruzadas relendo outro livro de Jane Austin, quando Caroline me ligou e se eu dissesse que ela estava animada seria minimizar seu estado de boba alegre. Não que não tivesse ficado feliz, por ela porque obvio que fiquei, principalmente com ela contando tão detalhadamente sobre a maravilhosa noite com Stefan ou em como ele a surpreendeu indo para jantar que sua mãe preparou para George. Caroline estava nas nuvens, finalmente deu o braço a torcer e agora mudou seu estado de solteira, para comprometida no Facebook com direito a uma selfie beijando seu mais novo namorado.

Elena por outro lado parecia ter usado sua superaudição para monitorar minhas conversas com Caroline e pelo seu mal humor eu imaginava que ela tinha não só escutado minha conversa como stalkeado as redes sociais de ambos. E mesmo estando feliz e apreensiva pelo que quer que fosse que Elena faria para retalhar, tudo que conseguia pensar era em meu querido status de solteira que parecia não ter previsão de mudar tão cedo. Estava me sentindo entediada e solitária naquela tarde e ler orgulho e preconceito não estava me ajudando muito.

Matt me ligou me tirando dos meus devaneios e momento de autopiedade por estar sozinha, ele tinha finalmente voltou da viagem misteriosa ao lado de Tyler. Me arrumei feito um foguete querendo conversar com ele e matar minha curiosidade sobre sua viagem ou simplesmente sai do campus onde o som da irmandade estúpida Kappa podia ser ouvido do meu quarto. Chegando lá ele demorou até conseguir sentar-se pois tinha algumas coisas para colocar em ordem no Grill, ele contou que planejava ajudar Tyler a encontrar outros como ele. O que estranhei de incio, já que ele deixaria o bar, que era no momento seu único sustento. Mas ele estava convicto em sua decisão disse que precisava de rumo na vida, e aquela viajem o ajudaria.

— Então é verdade, Caroline e Stefan estão mesmo…

— Juntos — completei assentindo — Sim ao que tudo indica estão, alias eu acho até que demorou.

— Demorou? Eu nem imaginava que rolava alguma coisa além da amizade — ele riu logo depois — Quer dizer, ela teve uma queda por ele, mesmo quando namorava com ela eu percebia isso

— Ela o queria desde que pois os olhos neles. E eu já tinha sacado há algum tempo que estava sendo recíproco e tive o maior trabalho pra unir aqueles dois

— Como, você é responsável por isso? — ele questionou incrédulo, me perguntei se aquilo tinha incomodado ele de alguma forma

— Não diretamente, mas ajudei a acontecer — ele me ofereceu uma bebida, que sabiamente recusei, lembrando-me da outra noite — Damon teve muito mais culpa do que eu.

— Damon?

— Sim ele estava entediado com a própria vida, e resolveu bancar o cupido e eu acabei indo na onda.

Matt suspirou cruzando os braços me analisando atentamente, sustentei seu olhar intrigada.

— O que foi? Por que está me olhando assim?

— Nada — ele disse — Mas, olhando pra trás eu nunca imaginaria Caroline e Stefan apaixonados e você e Damon....

— Amigos — completei rindo — Nos não somos amigos — ri da ideia, nos eramos… Aliados? Por um bem maior ou coisa do tipo, não amigos!

— Ah não? — questionou rindo descrente

— Matt eu e Damon nunca seremos amigos, eu nuca seria amigo de alguém como ele

— Não é o que parece Bonnie — ele zombou

— A verdade, a grande verdade é que aturamos o Damon pela Elena e Stefan. Não porque gostamos dele — confessei, Matt ia rebater mas acabou concordado com cabeça.

— Mas então por que ajudou ele nisso? Alias por que tem passado tempo com ele se não são nem mesmo amigos?

Fiquei calada refletindo a pergunta, a verdade não tinha resposta pra aquilo. Eu nunca suportei Damon. Assim como Caroline não entendia o porquê da escolha da Elena, me perguntava o que ela via nele. É agora, eu passava metade do meu tempo com Damon, Enzo e cia. Não entendia como tinha parado naquela turma, o porquê de me dar ao trabalho de escutar Damon.

— Eu sei lá Matt — retruquei dando ombros — Meu melhor amigo estava viajando pelo mundo em uma missão altruísta pelo amigo dele, Elena e Caroline entraram em guerra por Stefan, perdi meu namorado… Então acabei ficando sozinha é …

— Desesperada — ele completou — Pois agora eu voltei, tem seu melhor amigo e uma companhia muito mais agradável, mas isso se você quiser realmente se afastar de um certo alguém.

— Especifique quem é esse certo alguém — me virei e Damon sentou se ao nosso lado sem cerimonia, Matt franziu o cenho olhando pra Damon.

— Damon — cumprimentei desanimada — Eu deveria imaginar que viria pra cá.

— Eu não tenho um lugar melhor pra estar então… Tanto faz. Ficou desapontada por ser eu e não um certo rapaz, parecido comigo?

— Ele não se parece com você — afirmei rindo de seu sorriso torto

— Já esta ate defendendo ele, que bonitinho — ele zombou.

— Não, apenas defendendo meu ponto de vista. Tenho todo direito de achar quem eu quiser bonito!

— Do que estão falando? — Matt questionou confuso, alternando seu olhar entre mim e Damon, como sempre ele não deixou que eu responde-se.

— Estamos falando da minha duplicata genérica, Enzo — Matt abriu a boca incrédulo quando se voltou pra mim encarando — Isso mesmo meu caro, Bonnie está apaixonada por ele.

Ri mais alto quando o ele afirmou aquilo com tanta convicção. O idiota agia como se soubesse tudo sobre mim. Okay, tinha uma certa atração pairando entre mim e Enzo, mas eu ainda estava tentando entender se era porque ele era atraente ou apenas desespero da minha parte.

— O fato de eu preferir a companhia dele a sua, não significa que estou afim dele.

— Pois pra mim esta. Quem preferiria a companhia dele a minha? — ele inquiriu com seu sorriso presunçoso extremamente irritante.

— Deixa eu pensar — coloquei a mão no queixo e fingi pensar — Qualquer garota com neurônios suficientes pra saber que você não presta.

— Agora eu realmente fiquei magoado — ele fingiu estar chateado — Você acha que nenhuma garota sã se apaixonaria por mim? Enquanto a Elena?

— Ela estava enfeitiçada, ou drogada ela não conta — retruquei. Damon fez uma careta parecendo irritado. Se levantou sem dizer mais nada indo embora espumando de raiva. Matt voltou seus olhos para mim maneando a cabeça — O que foi?

— Pegou pesado Bonnie — ele me censurou.

— Matt sério, eu peguei pesado? Por acaso eu menti?

— Dizer que a Elena estava enfeitiçada — ele tentou permanecer sério mas acabou rindo — Tem toda razão!

— Eu sei.

— Mas, acho que ele ficou chateado e todos nos sabemos como Damon Salvatore é quando esta chateado

— Ele não vai sair matando ninguém, acho que ele mudou um pouco — Matt colocou a mão na minha testa me olhando preocupado — O que foi agora?

— Você percebe que acabou de defender o Damon? — empurrei sua mão rindo, olhei pra trás me sentindo culpada pelo que disse, Matt podia ter razão e se eu peguei pesado jogando aquilo em sua cara? Ele podia mesmo fazer uma besteira e descontar sua raiva em alguém e seria por minha culpa — É ainda está preocupada com ele

Matt riu se levantando me deu um tapinha no ombro

— É as coisas realmente estão mudadas por aqui

Matt se afastou balançando a cabeça. Fiquei me sentindo culpada por isso. Por ter sido tão insensível, mas a verdade é que não tinha o porquê ficar. Damon não era meu amigo, não era nada meu. Apenas era um psicopata frio que entrou em nossas vidas sem aviso prévio, mudou a vida de todos inclusive a minha, podia até ser indiretamente, mas quando Salvatores voltaram para Mystic Falls tudo tinha mudado. Inclusive minha vida, que era pra ser perfeita. Eu ainda seria uma bruxa, ainda teria uma avó se não fosse por eles, pelos vampiros.

Sai ainda irritada. Nunca me permitia pensar nisso, no passado. Pois sentia saudade de todos que tinha perdido naqueles cinco anos. É tentava pensar em Stefan, ele era um vampiro, mas era uma pessoa. Mesmo assim sempre que pensava no passado. Chegava a conclusão que minha vida seria outra se eles nunca tivessem cruzado aquela ponte.

Quando estava próxima a meu carro, olhei pra trás sentindo uma presença estranha, quando me virei não tinha ninguém. Já estava a noite a rua um tanto deserta. Afastei aquele pensamento, apressando o passo até meu carro. Demorei mas que de costume para conseguir abrir a porta, pois estava trêmula. Assim que entrei, liguei o som. Tentei dissipar aquela sensação estranha como se tivesse alguém me seguindo. Me reprendi por ser tão paranoica, nisso Damon tinha toda razão, meu estado de paranoia estava ficando cronico. Me distrai por um segundo mudando a estação de rádio, quando ergui a cabeça me voltando para estrada alguém surgiu do nada parado na estrada. Pisei no freio com força e virei o volante com força desviando daquele doido. Acabei batendo meu carro em um poste, demorei alguns segundos para me mover e agradecida por ter me lembrado de colocar o cinto, fiquei tonta e com vista embaçada, levei a mão a testa que ardia e sangrava. Sai ainda tonta, olhando em volta e vulto tinha sumido, mas quando me virei um homem moreno e alto com olhos negros como noite me encarava de repente ele sorriu e um arrepio percorreu meu corpo, mas raiva por ter batido meu carro cegou meu bom senso de correr para bem longe dali.

— Finalmente sozinha.

— Foi você que me fez bater — acusei, ele deu ombros rindo, me rodeando

Ops!

— Ops? — coloquei a mão na testa, pressionando para estacar o sangramento — É louco ou que? Eu poderia ter atropelado você.

Mas uma vez ele riu, maneado a cabeça. Nessas horas queria poder ter meus poderes de volta para jogá-lo a metros de distância ou costurar sua boca pra tirar aquele sorrisinho da cara dele

— Mas não atropelou — ele disse pausadamente — O que é uma pena pra você.

— Pena pra mim? — recuei alguns passos, nervosa. Ele assentiu, agora sério ele se aproximou ainda mais tocando meu rosto virei o rosto de imediato

— Sim, se tivesse me atropelado teria conseguido fugir

Ele se aproximou com sorriso sinistro antes de estender a mão em minha direção, recitando um feitiço que eu conhecia muito bem. Minha cabeça parecia repleta de minúsculas agulhas espetando meu cérebro, não demorou muito para minha visão que já estava turva escurecer e cair, mas senti seus braços me impedindo de me estatelar no chão, meu último vislumbre foi do desgraçado sorrindo me carregando nos braços.

Stefan

Como descrever meu atual estado de espírito atualmente? Somente dizer que estava feliz não seria a palavra correta para descrever qual bem eu me sentia. Podia ser um tanto antiquado ou brega, como ela provavelmente diria, porque me sinto em paz, alegre, exitado tudo de uma vez. É similar a andar em uma montanha-russa pela primeira vez, milhares de sensações novas surgindo de uma só vez e grande responsável por isso tinha nome e sobrenome: Caroline Forbes.

Até mesmo o som de seu nome soava como músicas para meus ouvidos. Caroline, minha melhor amiga era cura para todos meus malês, minha melancolia cronica tinha sido curada com sua doce voz, e o som contagiante de seu riso. Ela tinha finalmente aceitado ser minha namorada e mesmo estando no céu, ela se recusava a fazer planos. Ela queria ir com calma ou como ela mesma disse “deixar rolar”. Mesmo querendo o contrário que ela, concordei. Intimamente queria viver aquilo intensamente, cair de cabeça. Tê-la 24 horas por dia, acordar ao lado dela, escutar sua voz doce falando sobre nada em especial. Eu precisava tê-la, que ela fosse minha completamente. Era assustador a maneira como cai por ela, como me peguei completamente apaixonado por minha melhor. Se Lexi estivesse aqui provavelmente riria de mim e com toda razão.

Eu demorei tanto tempo em busca do meu amor épico, mas especificamente de Elena, querendo através dela me redimir pela desastrosa paixão a Katherine, que fechei os olhos para tudo. Depois cai em uma espécie de luto idiota por meu sonho de amor-perfeito ter sido destruído, que me neguei a olhar para o lado, se tivesse olhado mas cedo, se pudesse voltar no tempo, mas precisamente numa certa noite na fogueira, teria dito sim a ela. Dito aquela simples palavra e meu futuro teria sido completamente diferente, com certeza, menos trágico e sem tantas decepções, mas talvez tudo tenha acontecido da maneira que deveria ser. Como disse a ela uma vez, ela estava em meu destino… Sou grato por isso, porque ela melhor coisa que aconteceu na minha vida.

Stefan fechou seu diário com sorriso no rosto. O único diário que ele havia deixado intacto. O mesmo em que ele descrevera sobre a noite agridoce do baile de formatura. O mesmo que sua versão desmemoriada, sorriu aliviado com revelação que ele tinha uma melhor amiga. Fiel, companheira e sua patrocinadora sóbria, loira de olhos azuis brilhantes que estava deslumbrante em um vestido branco, a mesma que ele partilhou uma dança intima, que mesmo ele negando ascendeu algo nele, uma pequena centelha de esperança. Confiando em suas palavras, que ele encontraria alguém novo, apaixonar-se mesmo sem dar-se conta disso. E isso aconteceu, não com um novo alguém e sim com ela. Ele guardou seu diário em seu devido lugar, sem conseguir deixar de sorri, quando desceu as escadas, estranhou o silêncio que reinava na mansão.

Alaric tinha decido se mudar e alugar um apartamento. Damon não disse nada, mas pareceu chateado com a ideia da partida do melhor amigo. Mas Alaric tinha razão, Elena e Jeremy tinham que ter uma casa pra voltar e sendo aquela a nossa casa seria no mínimo estranho ela e Jeremy continuarei ali como se nada tivesse acontecido. Agora ele e Jeremy estavam morando juntos numa casa, não tão distante da nossa. Mas que já era o suficiente para mau humor de meu irmão se intensificar mesmo tendo o melhor amigo reserva vivendo ali.

Tinha que admitir que convivência com Enzo não era das melhores. Eu não conseguia confiar nele e ainda o achava uma má influência pra meu irmão, se bem que ele não precisava de influências pra se afundar. Damon chegou batendo a porta, se jogando no sofá. Eu não disse nada, apenas fiquei o observando. Me sentei em frente a ele que revirou os olhos.

— Não estou a fim de conversar agora — disse irritado

— Nem eu — retruquei sorrindo — O que ouve dessa vez?

— Não acabou de dizer que não queria conversar?

— Eu menti — admiti — Por que está tão irritado, encontrou a Elena?

— Não tem nada a ver com Elena

— Não?

— O que é? É tão difícil assim acreditar que eu não estou nem ai pra ela? — assenti rindo — Dane-se se acredita ou não. Não tem nada a ver com ela

— Então tem a ver com que?

— Por que está tão interessado na minha vida? Cadê a sua Barbie vai atrás dela, e não enche! — mandou ele com uma careta irritada. Franzi a testa sentando-me braço do sofá analisando meu irmão, fazia tempo que não o via tão irritado, ele praticamente estava espumando pela boca.

— Seja lá quem foi que te irritou desse jeito tem meu respeito — Damon franziu a testa — Conseguiu realmente tirar você do sério.

Damon suspirou pesadamente parecendo pensativo por ele falou com olhos fixos na parede.

— Você acha que a Elena só ficou comigo por causa do vínculo pai? – perguntou depois de um tempo, ainda sem olhar pra mim

— Eu vou ser sincero — fiz uma pausa pensando na melhor maneira de dizer — No início eu pensei isso. Pensei que era esse o único motivo por Elena, a mulher que até pouco tempo jurava me amar. Escolher você em vez de mim.

— Claro, por que alguém se apaixonaria por mim afinal? Eu que sou muito mais lindo e melhor de cama que você — retrucou irônico com aspereza na voz

— Eu não terminei — Damon bufou revirando os olhos — Mas depois eu percebi que era o contrário. Elena deveria ter sentimentos por você, que até mesmo ela desconhecia. Na verdade eu sabia disso, antes mesmo dela. Quando escolhi ir embora com Klaus para te salvar, eu sabia que era nosso fim ou, pelo menos, o início do fim. Porque ela teria tempo, longe de mim pra entender o que sentia por você. É não, eu não acho mas que seja apenas pelo vínculo pai. Elena amou você, e talvez ainda ame.

Damon deu um meio sorriso torto, mas logo depois maneou a cabeça

— Bennett acha exatamente o contrário. Pra ela o único motivo da Elena ficar comigo, me escolher era loucura temporária ou feitiço.

— Então e pela Bonnie que está assim? — constatei chocado acabei rindo analisando a testa franzida de Damon que se levantando

— Não é por ela, eu não dou a mínima pra aquela ex bruxa inútil — ele retrucou com desprezo. Desprezo esse que estranhei.

— Se não dá a mínima pra ela como diz, por que é que está tão irritado com que ela pensa de você?

Damon não respondeu, talvez não tivesse resposta pra aquilo.

— Por que ela se acha dona da verdade, pensa que me conhece. Se acha perita no assunto de redenção, quando nunca fez nada de errado na vida.

— Já parou pra pensar que alguém de fora, alguém que não é apaixonada por você pode enxergar melhores seus defeitos e… Qualidades do que alguém de perto? Talvez ela saiba mesmo o que está falando, alias acho que você também. Se não, não estaria tão irritado com o que ela diz.

— Não sei porque estou aqui te dando ouvidos, você e ela são iguais.

— Obrigado, eu não vejo mau nenhum em pensar como a Bonnie.

Damon revirou os olhos indo atrás de alguma bebida. Fiquei observando o meu irmão. Notando algo diferente nele, algo que antes eu não enxergava. Damon era tão inseguro quanto eu, apenas escondia isso melhor ou não queria demostrar. Mas apenas Elena e Bonnie tinha cruzado seu muro. Acabei sorrindo dessa possibilidade no mínimo peculiar… Damon e Bonnie? Quem podia imaginar.

— Do que está rindo?

— Você e ela, nunca imaginei ver você pensativo, perdendo noitadas pra pensar nos defeitos por alguém que não fosse Elena.

— Do que está falando?

— Bonnie — expliquei o mesmo permaneceu confuso, suspirei concluindo que ele não tinha se dado conta da influência de Bonnie nas suas novas atitudes, fique intimamente feliz por alienação não ser algo exclusivo apenas a mim.

— Estou dizendo que você se importa com ela, esta irritado exatamente por isso. Porque ela vê exatamente como você é. É isso te assusta.

Damon demorou a esboçar reação tomou outro entornou o uísque mas uma vez. Mas logo em seguida começou a rir alto.

— Você acha que eu… — ele não continuou rindo ele se aproximou me dando um tapa na cabeça — Pelo visto o namoro com aquele unicórnio não deve estar te fazendo bem… Em falar no diabo!

Me virei olhando em direção a porta, um sorriso se formou automaticamente antes mesmos de me virar. Mas quando olhei pra ela sabia que havia algo de errado.

— Caroline — me levantei indo em sua direção, notando seu olhar preocupado – Está tudo bem?

Ela negou com a cabeça me abraçando apertado. Ergui seu queixo olhando em seus olhos, já marejados.

— O que aconteceu Barbie, quebrou uma unha? — Damon zombou com desdem o censurei com olhos mas ele me ignorou

— Meu bem o que ouve? — Damon revirou os olhos rindo imitando-me pelas costas

— Bonnie, ela estava vindo me visitar. Eu ia contar a ela sobre nos, apesar dela saber. Por que contei tudo no dia anterior... Mas dai ela não chegou… Encontraram o carro dela no meio da estrada, tinha batido em poste… Minha mãe não a encontrou por lá… É se ela…

Abracei Caroline tentando acalmá-la, mas ela começou a chorar. Damon e eu nos entreolhamos. Mas ele não se moveu, não disse nada, não esboçou expressão alguma continuou bebendo como se nada tivesse acontecido

— Hein — tomei seu rosto entre as mãos — Ela deve estar bem, vamos encontrá-la…

— Eu não posso perdê-la de novo… Ela não pode ter…

— Shiuuu — beijei sua testa — Você confia em mim? — ela assentiu soluçando — Vamos encontrar a Bonnie, eu prometo.

— Okay — ela respirou fundos secando o rosto — Eu vou ligar pra Elena perguntar se ela viu a Bonnie.

Caroline se afastou indo em direção a saída. Voltei minha atenção para Damon que permanecia com sua atenção no copo de uísque.

— O que foi?

— Não vai nos ajudar a achar a Bonnie?

— Annnnn deixa eu pensar no assunto — ele levou a mão no queixo fingido pensar — Não!

— Como não Damon, pensei que fossem quase amigos agora.

— Pensou errado, nos não somos nada. Não dou a mínima por desaparecimento da Bonnie.

— Damon — o censurei tentando ser paciente — Pode parar de fingir que não liga pra nada

— Eu não finjo eu não ligo. Na verdade eu mentia quando fingia que me importava. Quer entrar em uma missão de busca, entre! Mas não me chame, estou sem meu cabelo de herói no momento. É se quer saber, tomara que ela não apareça.

— Como é que é? — Caroline desligou o celular fulminando Damon com olhar — O que você disse?

— Exatamente o que ouviu Blonde. Eu não ligo se a sua amiga sumiu. Por mim ela pode sumir de uma vez.

Caroline fez menção de partir pra cima de Damon mas eu a segurei com força pela cintura, ela gruiu irritada.

— Como pode dizer isso na minha cara? — perguntou indignada

— Posso dizer pelas costas também se preferir?

— Damon chega! — Caroline passou as mãos no cabelo tentando acamar-se, em seguida no rosto, tentando conter a raiva.

— Eu vou para o Grill Stefan — ela lançou um olhar de repulsa para Damon antes de partir, ele por sua vez respondeu estendendo o copo.

— Eu te levo, só me dê um minuto — ela assentiu saindo depressa sem olhar para trás — Por que disse isso a ela?

— Disse o que, a verdade? Queria que eu mentisse pra ela Stefan? Assim ficaria satisfeito. Por que ninguém pode destruir o mundo colorido que sua namoradinha irritante criou?

— Você mentiu, eu sei disso. Eu conheço você a minha vida toda Damon, eu sei que alguma parte de você…

— Deve estar preocupada — ele completou e logo riu como se fosse uma piada — Está errado irmão, eu não estou. Você começou a fantasiar demais.

— Então não dá a mínima se a Bonnie morrer? — ele deu ombros em resposta, suspirei derrotado e decepcionado — Eu tenho que admitir Damon, você merece parabéns

Ele suspirou e mas não se virou pra mim. Encheu o copo mais uma vez

— Por um momento eu acreditei que teria meu irmão de volta. Que agora que não tínhamos mais nenhuma mulher no caminho, que agora você mudaria, quem sabe até volta-se a ser o cara de antes. Mas eu estava enganado, Elena estava certa. Você nunca vai mudar

Sai batendo a porta, incrédulo pela atitude dele, mas o barulho de vidro se partindo atrás de mim me fez duvidar se ele não estava encenando tudo aquilo.

Caroline

Eu sabia que era apenas uma questão de tempo até que o universo equilibra-se as coisas novamente. Eu temia até mesmo pensar o que viria a seguir, porque de um jeito de outro sempre acontecia algo ruim naquela cidade. Sempre aparecia alguém disposto a acabar com a nossa paz. Justo quando eu estava feliz, quando estava esperando Bonnie para uma tarde de meninas, onde conversaríamos sem olhos de águia de Elena, poderíamos ficar até tarde como nos velhos tempos, vendo The Notebook, chorando com potes de sorvete apostos para sanar nossas lágrimas.

Fiquei horas esperando-a em casa. Ligando e xingando mentalmente por ela não me atender. Pensei que ela estaria com Elena ou pior Enzo. Por isso não me importei, fiquei ocupada demais para pensar que tinha algo errado.

Minha mãe entrou em casa com seu uniforme e aquele olhar que a mesma me dava quando tinha notícias ruins. Quando ela me disse que tinha achado o carro de Bonnie abandonado pela manhã, fiquei sem chão.

Por que tudo sempre acontecia com Bonnie?

Stefan pousou a mão sobre a minha apertando afetuosamente. Me lançou aquele olhar meigo, podia ver as ruguinhas de preocupação se formarei em sua testa.

— Hein, você está bem? — assenti mesmo não estando. Estacionamos no Grill. Quando entrei Tyler tentava em vão tranquilizar Matt.

— Alguma notícia, sua mãe disse algo? Já encontraram ela? – neguei com a cabeça — É minha culpa, estava tarde eu deveria ter acompanhado ela.

— Não é sua culpa Matt, vamos encontrá-la — Tyler remediou me lançando um olhar preocupado — Você está bem? Assenti com cabeça notando como respiração de Stefan ficou pesada, ele apertou de leve minha mão.

Elena chegou logo em seguida acompanhada de Jeremy que estava visivelmente mau por Bonnie. Percebi o quanto o mesmo ainda gostava dela. Senti uma pontada de raiva de Bonnie por ter aberto mal dele. Nunca entendi o real motivo do término deles. Mas depois de tudo, de Stefan e Elena. Eu podia entender parte daquilo. O medo de perder alguém, medo de acontecer com ela o mesmo que Stefan.

— Alguma notícia dela? — Jeremy inquiriu nervoso, neguei com a cabeça.

— Ela deve estar bem, quem sabe tenha ido a um hospital —Elena sugeriu esperançosa.

— Está querendo dizer que Bonnie foi embora por livre espontânea vontade Elena? — manei a cabeça incrédula — O carro dela esta abandonado no meio da estrada, ela bateu entende isso? Ela pode estar machucada — retruquei impaciente

— Hein, brigas não vão resolver nada — Matt nos alertou alternando o olhar entre mim e Elena que bufou

— Não estamos discutindo, pelo menos eu não estou — ela retrucou sustentando meu olhar.

— É sua mãe não tem nenhuma pista? — Tyler questionou com olhar esperançoso

— Até onde ela me disse, ainda estavam procurando por ela. Mas ela bateu o carro gente, pode estar machucada. Não acredito que ela tenha tido força pra ir pra tão longe sozinha.

— Acha que ela pode estar mau? — Elena me encarou agora preocupada, assenti sentindo um aperto no peito.

— Então vamos procurá-la — Jeremy se levantou nervoso — Ou pretendem ficar especulando o que ouve, Bonnie pode estar em perigo. Eu não vou ficar e esperar…

— Jer tem razão, vamos procurá-la.

— Ou podem parar de conversa e discursos feitos e encontrá-la de uma maneira muito mas simples. — Damon surgiu acompanhado de Enzo. Ele revirou os olhos quando nenhum de nos entendeu a que ele se referia.

— Do que está falando?

— Da nova bruxa, aquela loira, com pescoço torto que por acaso namora o Jeremy Dáhhh! Damon suspirou e riu olhando pra Enzo.

— Liv.

— Bingo — ele zombou — Então? — ele encarou Jeremy — Então little Gilbert, vai ligar ou vai mandar uma carta? Tanto faz pra mim, eu não tenho a mínima presa.

Bonnie

Acordei com uma dor insuportável na cabeça. Minha vista estava embaçada, demorei alguns minutos a reconhecer o lugar onde estava e bem… Não reconheci. Não fazia ideia de onde estava. Olhei em volta, parecia com refúgio subterrâneo ou algo do tipo. O quarto era metálico, e cheirava a ferrugem. Estava deitada em um colchão no chão, o que constatei como sendo tudo de improviso. Agora além de minha cabeça que latejava. Minhas costas doíam.

Me sentei com cuidado. Apoiando-me na parede para então me levantar. Olhei em volta e não tinha janelas, nem uma saída a não ser a porta velha e enferrujada. Estava conferido inutilmente se ela estava aberta. Quando ouvi o som estridente da maçaneta girar. O mesmo rapaz que havia me feito bater e logo em seguida me enfeitiçado. Trazia consigo uma bandeja com meu suposto almoço ou jantar. Não tinha ideia de que horas eram.

— Trouxe seu jantar — ele disse em tom monótono, me estendendo a bandeja que prontamente recusei. Me encostei na parede abraçando meu joelho — Oh não seja má educada.

— Quem é você é o que quer de mim? — inquiri sem paciência.

— Quero um favor seu, mas não se preocupe com isso agora. Coma! — ele ordenou.

— Não! — ralhei sustentando seu olhar, o mesmo sorriu e passou a mão pela barba que estava por fazer maneando a cabeça.

— Não seja teimosa garota. Não me irrite..

— Ou que? Vai me matar? — ele franziu a testa — Porque eu tenho certeza que não vai.

— Posso saber o que te dá tanta certeza?

— Se quisesse me matar, não estaria tão obstinado em me manter bem.

— Garota esperta — ele sorriu — Tem razão Bonnie, não quero machucá-la, não está nos meus planos, não sou muito habito a usar esses meios.

Encostei a cabeça na parede sentindo a latejar, estava tonta. Me lembrei do corte na cabeça e me dei conta de estar com curativo. Olhei pra o estranho que sorria me observando

— Então essa é a hora que me conta sobre seu plano diabólico de dominação da terra ou algo do tipo — indaguei ele franziu o cenho me analisando.

— Eu esperava um obrigado agora, por ter..

— Me feito bater o meu carro contra uma árvore – completei — Oh sim, como pude esquecer isso, muitíssimo obrigado.

— Okay, eu tentei ser simpático mas já que não quer — ele deu ombros — É simples, você vai me ajudar a trazer Markos de volta.

Fiquei calada por um tempo apenas analisando aquele homem alto de cabelos castanhos, olhos negros e grandes, com sua barba por fazer. Acabei rindo, mas parei quando senti minhas costelas doerem.

— Então o seu grande plano e trazer “seu mestre” de volta? — ele assentiu sério — Você só pode estar brincando comigo?!

— Não estou. Eu vou trazer Markos de volta e então poderemos tomar a cidade, que é nossa por direito.

— Boa sorte com isso — retruquei fechando os olhos ainda sentindo minha barriga doer depois de rir tanto

— Está duvidando?

— Não longe disso. Eu não duvido de pessoas loucas, elas sempre se superam quando o quesito e loucura

Me dei conta de responder tudo com muito sarcasmo, coisa que em geral eu não fazia. Infelizmente me lembrei de Damon e senti um gosto amargo na boca ao me dar conta que estava agindo como ele. Abri os olhos e rapaz me encarava sério. Me dei conta de provocar um louco, que tinha como mestre alguém ainda pior. É estava disposto a tudo pra trazê-lo de volta.

Mas a verdade e que estava farta de tantas desgraças em minha vida. Eu nunca tinha um período longo de paz. Estava sem paciência alguma para ser sensata.

— Então seu plano e fazer seu “mestre” atravessar, através de mim de novo? — ele assentiu — É mesmo uma pena.

— O que é uma pena?

— Que esteja sozinho nessa — olhei em volta — Ou tem um exército escondido no seu bolso? Porque vai precisar deles, e eu duvido que eles sejam burros novamente pra virarem tochas humanas por um líder que foi facilmente enganado e morto.

Ele suspirou pesadamente e maneou a cabeça se inclinando até mim, com sorriso no rosto. Ele pegou em meu queixo apertando com força.

— Pois é bom que tenha um jeito. Porque se não tiver, você será inútil pra mim. É realmente não tenho habito de guardar coisas inúteis — ele disse pausadamente, em tom ameaçador — Então é melhor se alimentar.

Ele saiu batendo a porta, corri até lá ainda tonta batendo na porta gritando por socorro, mas era inútil. Deslizei ainda encostada na maldita porta me sentando, me sentindo fraca e ainda mas inútil do que de costume.




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Notas finais do capítulo

Mais outro e por hoje é só :p Espero que gostem, como prometi menos drama e mais ação... Então, fui!!!
Xoxo



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