Aways be here for you - FINALIZADA escrita por allurye


Capítulo 16
Capítulo - 16 If it was not love, then what was?




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Caroline

Tinha decidido ir cedo para salão do campus para tentar colocar aquela bagunça em ordem, aquele mar de cafonice que Taylor Miller enfeitava o local. Eramos rivais, pra não dizer inimiga, tudo naquela criatura me irritava profundamente. Já disputamos um mesmo papel, era apenas um simples ensaio sobre Macbeth, era lógico que eu disputava para ser Lady Macbeth, mas era obvio que ela queria também. As vezes ficava tão furiosa com ela que me esquecia que podia compeli-la e fazê-la sumir da minha vista. Na semana passada em questão esqueci completamente dessa habilidade.

Ficamos as duas em guerras internas nos bastidores até que o papel foi dada a outra garota, que aos meus olhos merecia mais que nós duas, mas nem de longe faria melhor que eu. O estranho e que sabia que Taylor tinha o mesmo pensamento, mas ao contrário de mim que felicitou a pobre garota excessivamente magra e ruiva. Taylor começou a infernizá-la o que eu admito fiquei feliz, assim a mesma me deixava em paz.

E eu que pensava que meus problemas haviam ficado todos para trás quando conclui o ensino médio, doce ilusão a minha.

— Eu já decorei aquela parte Forbes, caso não tenha notado — Taylor exclamou com os braços cruzados e seu olhar de pouco-caso

— Claro que vi Miller por isso mesmo, eu estava redecorando

— Está insinuando o que?

— Que isso — apontei pra quase toda a decoração — Excede o limite do cafona

— O que? — ela disse indignada — Eu busquei referências de vários filmes. Ao contrário de umas e outras que ficam ocupadas demais coma vida particular, sempre falta aos ensaios e reuniões do clube que por acaso eu sou a tesoureira, eu faço trabalho pesado enquanto você se diverte.

Respirei fundo, antes de respondê-la.

— Pelo menos eu tenho vida social, se você ao menos tivesse uma não seria insuportável e amarga, teria até amigos…

As orelhas de Taylor ficaram vermelhas, ela fungou saindo batendo os pés. Por um momento vislumbrei a mim mesma no colégio. Perdendo tempo com decorações estúpidas, ensaiado quase todo tempo coreografias novas. Mas era sempre Elena, que era escolhida pra ficar no topo da pirâmide, era quase sempre ela que era a rainha do baile.

Foi por ela que Matt se apaixonou e passou a metade do 8° ano suspirando, também fora por ela que Stefan se apaixonou a primeira vista e me dispensou naquela festa da fogueira estúpida. Respirei fundo ao me lembrar disso. Era mas que certo aquele ditado de quem você foi no ensino médio te define pelo resto da vida.

Fui até Taylor, mesmo sentindo um gosto amargo na boca. A mesma estava falando consigo mesma, um habito que eu também havia angariado já algum tempo, depois de tagarelar sobre decorações e olhar para o lado e não ter ninguém ouvindo.

— Taylor — ela fungou de novo, mas não tirou os olhos dos globo de espelho

— O que você quer Forbes?

— Eu queria… Me desculpar okay, extrapolei — ela ficou me fitando intrigada, depois franziu a testa

— Tática nova?

— Não é nenhuma tática Miller, eu apenas estou me desculpando. E a decoração não está tão ruim assim — apontei para o canto em que a mesma recriou L.A com perfeição — A calçada ficou perfeita.

— Eu sei – respondeu embevecida

— Então quitão me dizer o que eu faço agora senhora tesoureira?

Podia ver a empolgação fazer seus olhos castanhos saltarei um pouco, ela bateu palmas em excitação e me disse o que queria eu fizesse. Depois saiu dando ordem em meio mundo de gente. E depois voltou a ficar falando sozinha.

Fiquei rindo disso, não dela. Mas por ela lembrar tanto a antiga Caroline. A metade do colégio inclusive Elena me achavam insuportável, convencida, invejosa, competitiva e fútil o que eu realmente era antes de morrer e me tornar uma pessoa melhor. Fiquei pensando no que Stefan dizia, quer ser vampiro intensifica tudo, seu lado bom e ruim se intensificam também. Ficava feliz do meu lado bom ter vencido a batalha, me dar conta de quanto tinha mudado desde então, eu não era mais uma Taylor Miller.

— Hein isso ai não é ai, fica mais pra direita — ordenei

Uma pessoa carregava banner de papelão com estrelas com nome de Angelina Joli para um lado. Não precisei ordenar, ele colocou exatamente onde eu queria. Nem um centímetro a mais nem a um mesmo.

— Está bom aqui? — ele questionou sem sair de trás do assenti com a cabeça. É quase cai para trás quando Stefan saiu de trás do banner sorrindo. Acho que fiquei boquiaberta por alguns segundos, ele se aproximou rindo se divertindo com meu estado catatônico

— Esta.... O que… Está fazendo aqui? — gaguejei nervosa, me amaldiçoando por fazer papel de idiota.

— Espero que não se importe, mas a Bonnie me chamou, disse que precisava de ajuda – explicou displicentemente cruzando os braços, fazendo os músculos de seu braço saltar me deixando sem ação, ele sorriu com satisfação com minha reação.

Desviei minha atenção pelo salão a procura de Bonnie, me imaginado apertando seu pescoço magro para tentar dissipar minha mente da dos braços, abdômen e todo resto de Stefan que começava a prender minha atenção novamente me dando ondas de calor me deixando atordoada. Fiquei calada, um pouco envergonhada por isso, por aquele silêncio e olhar intenso que o mesmo me lançava. Senti minhas mãos tremerem a medida que ele se aproximava.

Ele pegou outro banner ficando realmente próximo de mim, roçou o braço no meu, fazendo me arrepiar quase instantaneamente e se demorou perto do meu rosto, sorriu de lado ao constatar minha reação de adolescente boba apaixonada. Mordi o lábio com raiva quando o mesmo se afastou para outro canto ajeitando o banner no lugar. E podia jurar que ele ainda sorria do outro lado.

— Que gato! — Taylor murmurou perto de mim — Seu namorado?

— Não! Quer dizer… Taylor riu maneando a cabeça

— Se não for, me passa número dele — fiquei tentada a compeli-la e mandá-la para bem longe, mas me contive, ela ria de mim. Não para ele, não estava flertando com ele como eu faria na situação dela. Acabei me simpatizando ainda mais com Taylor Miller.

Bonnie

Fiquei afastada em um canto, rindo da expressão assutada de Caroline quando viu Stefan. Depois disso, ela bem tentava evitá-lo, mas não conseguia. Ficou quase que o tempo todo olhando pra ele, Stefan por sua vez parecia divertir-se com confusão dela. Chegando por trás e sussurrando para pedir grampo ou enfeites.

Caroline mordeu o lábio como sempre fazia tentando conter a raiva e frustração por não poder controlar o que sentia por ele, quando seus olhos se encontraram com o meu, me encolhi automaticamente, ela veio em minha direção como uma bala.

— Oi Care, lindo dia né

— Nem tenta disfarçar, eu sei que foi você que trouxe o Stefan, o que te passou pela cabeça? — suspirei derrotada coloquei as uma caixa em cima da mesa

— Eu pensei em ajuda, eles são homem, pensei que você gostaria de ajuda extra.

— São homens? Quem mais você chamou — não precisei responder porque Damon surgiu sorrindo e colocou o braço envolta de Bonnie.

— Oi Barbie, já largou de frescura… — dei uma cotovelada na costela de Damon que gemeu de dor me lançando um olhar raivoso

— Damon? — ele riu da sua expressão de total incredulidade, ela arqueou a sobrancelha para braço persistente e incomodo dele que serpenteava meu ombro, tirei seu braço sem gentileza ele riu com desdem indo em direção ao seu irmão que mantinha seus olhos em Caroline. Mesmo depois que ele se foi perfume dele parecia ter se impregnado na minha roupa.

— Okay o Stefan vir ajudar eu até entendo… Mas o Damon? — ela se virou observando os irmãos juntos — Desde de quando são amigos?

— Nos não somos — ralhei irritada pela acusação nada sutil em sua voz — Acho que ele apenas me usou de desculpa pra chegar na Elena

— Elena, em falar nela cadê ela?

— Me ligou disse que já está vindo.

Caroline balançou a cabeça estava a pronta a me encher de perguntas de novo. Mas seus olhos pararam em alguém arrumando a decoração e saiu logo em seguida dando ordens, respirei alivia vendo-a se afastar

Então a sua operação cupido esta dando certo? — Damon surgiu atrás de mim sussurrando em meu ouvido, o que me fez arrepiar por inteiro mas de susto

— Ai — reclamei tentei outra cotovelada nele mais ele esquivou-se a tempo — Não faz isso! Me assustou. É sobre meu plano, você quase jogou por água baixo, você não nada sutil — ele deu ombros

— Hein, não pira Jugdy, eu não ia mencionar o meu irmãozinho não. Alias se soubesse o quanto foi difícil convencê-lo a vir

— Para de reclamar, pelo menos não esta mas ouvindo Bon Jovi

— Claro que não, joguei tudo fora — acabei rindo, olhando para o pobre Stefan

— Que maldade, eram os discos dele, isso não se faz! — brinquei

— Ah tá troque de lugar comigo, tendo que morar com vampiro melancólico, apaixonado escutando Bon Jovi…

— Não precisa, porque eu tenho duas colegas de quarto nessa situação ouvindo Adele e Taylor Swift, chorando a todo momento — Damon suspirou ficando calado — Sim, ela ainda está mau por sua causa.

— Eu não perguntei nada.

— Eu já fui uma bruxa, digamos que você não precisou — ele ficou calado, fitando a porta — É sim daqui a pouco ela vai vir.

Ele franziu a testa maneando a cabeça

— Seus poderes de bruxa irritante voltaram o que?

— Você é homem Damon, sua natureza e ser previsível

— Eu previsível? — assenti com a cabeça — Eu não sou nada previsível

— Ah claro que não. Você não está ensaiando o que dizer a ela. Está pensando se agarra ela ou a beija, ou a trata com desprezo para castigá-la pelo que ela lhe fez.

Damon fez uma careta em resposta, revirando os olhos quando ri da cara dele.

— Eu vou te dar uma dica, um conselho de… Só conselho. Se ainda a ama, perdoe ela dê uma vez. Pelo menos ela te ama.

— Little Gilbert também te ama, então porque mesmo não está com ele? — ele retrucou com sorriso torto

— Porque.… Porque eu...

Porque ele tem uma queda pela nova bruxa — ele completou revirando os olhos — É dai? Vocês se amam. O amor, não é isso que importa afinal? As tais borboletas e músicas melosas que fazem sentido, isso é o amor, não é — zombou, eu bati em seu ombro rindo

— Não dá para conversar sério com você — ele negou com a cabeça — Mas sério, não pensa nem um pouquinho em voltar pra ela?

— Você está mesmo levando essa estória de cupido a sério né? — suspirei em desistência

— Desisto não pergunto mais nada — peguei uma caixa pesada e estendi para ele que arqueou sobrancelha confuso

— O que eu quero com isso?

— Você nada, mas eu quero. Você disse que vinha ajudar… Então ajude!

xXx

Depois da árdua tarefa de convencer a toupeira do meu irmão a irmos ao campus. Finalmente chegamos, eu inventei uma desculpa qualquer pra não entrar com ele. Stefan maneou a cabeça, esfregando as mãos antes de entrar reunindo coragem, ele suspirou irritado quando não quis entrar com ele, mas ele sabia meu motivo ou melhor quem me impedia.

Não queria ver Elena, não quando não estava suficientemente bêbado ou alimentado para isso. Desde da última briga, só tinha visto ela uma ou duas vezes. É agora não sabia se minha raiva era o suficiente já que eu não tinha orgulho nenhum quando se tratava de Elena.

Tinha medo de esquecer minhas promessas de bêbado com Alaric e Enzo como testemunha de que tinha acabado. Que nunca mais me humilharia por ela, quando entrei não a encontrei em lugar algum. Não sabia se estava aliviado ou frustrado por isso, fui direto atrás de Bonnie. Numa tentativa falha de dispersar meus pensamentos, mas a garota insistia no jogo de ler minha mente e dizer o que eu pensava.

Chegava ser irritante o número de vezes que Bennett fazia isso. Mas como me recusava a dizer a ela dê uma vez, o que sentia em relação a Elena, de vingança ela me mandou trabalhar e lá estava eu carregando caixas e mais caixas quando senti seu perfume próximo a mim, não precisei me virar pra saber que ela tinha chegado.

— Damon… Respirei fundo antes de me virar e encará-la. Não disse nada — Por que está aqui? Ela questionou com os olhos brilhando na expectativa da minha resposta.

Fique com os olhos presos nos dela, em seus lábios, em seu corpo. Manei a cabeça tentando me manter firme, mas o decote de seu vestido e aquele perfume não me ajudavam muito. Realmente aquilo que eu e Elena tínhamos, era estranho.

Era como algo magnético sem explicação que nos atraia, que me fazia querer agarrá-la e rasgar suas roupas. Forcei minha mente em sua confissão

É quer saber eu não me arrependo. Isso e o que antiga eu faria, voltaria por Stefan”

— Com certeza não é por você — respondi secamente, antes de lhe dar as costas. Mas ela segurou meu braço

— Damon já faz semanas, nos precisamos conversar.

— Sobre o que exatamente? Você terminou comigo Elena, eu preciso lembrá-la disso. Ah… É também me apunhalou. Acho que não seria uma conversa muito amistosa.

— Damon, me perdoa por isso, eu errei eu sei! Mas… Eu já perdoei erros piores seus, perdoei porque…

— Chega! Para de dizer isso toda hora, nos não nos amamos, isso… O que a gente tem e doença, como você mesma já me disse uma vez.

Olhei em seus olhos e rolavam lágrimas por seu rosto, senti vontade enxuga-las. Mas olhei de canto para meu irmão e Caroline ao fundo. Os dois afastados na sala e sorrindo disfarçadamente um para o outro. Meu irmão tinha conseguido superar Katherine e Elena. Eu tinha que conseguir também. Me virei e a mesma me chamou com a voz embargada.

— Damon, eu pensei que me amasse… — revirei os olhos com aquela cena.

— Eu amo, por isso sou idiota, alias o mais idiota da face da terra. Eu sei bem o que você esperava, que eu corresse pra você, como tenho feito desde que te conheci. Você está acostumada com isso. Todos te perdoando, te salvando, vivendo em torno de você. Mas olha só, até meu irmãozinho que é sua alma gêmea oficial cansou, e eu também. Cansei Elena!

Me virei deixando a mesma aos prantos. Caroline foi a seu socorro como sempre alguém tinha que estar lá por Elena. Sai pra fora querendo um ar, ou simplesmente ir pra longe e não escutar seu choro. Bonnie veio logo em seguida, com uma caixa cheia de bugigangas, parou quando me viu. Colocou a caixa no chão e se aproximou

— A sua pergunta de antes esta respondida agora? — respondo mal-humorado ela deu ombros

— Na verdade não.

— O que vai dizer agora, que eu fui grosso…

— É estúpido, orgulhoso. Você foi tudo isso mesmo, e o pior de tudo e que deve estar tão mau quanto ela agora e tudo porque… Orgulho.

— Não é orgulho!

— Claro que não — ela zombou — É dignidade masculina.

— Dá pra ficar calada e se meter com sua vida. Eu não me intrometo na sua

— Não, porque você não se importa com outras vidas que não seja a sua. Sabe o que eu não consigo entender, que espécie de amor você e Elena tem com outro pra complicar tanto, pra tornar tudo difícil? Você infernizou ela até que ela se apaixone por você, a roubou do seu irmão, o fez sofrer e nem ao menos liga pra isso. É agora que a tem, que ela o ama, como você tanto queria. Você não a perdoa.

Bonnie suspirou maneando a cabeça

— Eu acho que sei porque não volta pra ela — ela se inclinou para mim olhando-me nós olhos — Por que não ama.

— Como é? Sabe de tudo o que eu fiz pra ter aquela mulher? Eu infernizei meu irmão....

— Sim eu sei, estou cansada de saber. É por isso mesmo. Talvez você e Stefan amassem a antiga Elena, aquela humana e altruísta que era ela. Mas a mesma morreu, mostrou seus defeitos. Fez lembrar dos seus próprios erros, lhe fez lembrar da Katherine. Talvez seja esse seu grande problema Damon. Se amasse essa Elena como disse, esqueceria perdoaria. Porque acredite ou não amar isso, perdoar. Aceitar todos os defeitos e qualidades. É se quer saber, eu não acho que você a ame, não a esse ponto.

Bonnie despejou todas aquelas baboseiras e saiu logo em seguida me deixando furioso. Como ela podia insinuar que eu não amava Elena? Depois de tudo que eu fiz por ela. Se aquilo não era amor, então o que era?

Elena

Eu sai desanimada para arrumar aquele baile. O pior que eu tinha insistido, feito Caroline embarcar naquilo e lhe dei a palavra que ajudaria. Mas depois da conversa com Caroline, brotaram milhões de dúvidas em minha mente, naquela noite eu sonhei com Damon. Estávamos no começo daquele ano, nos amando, felizes e apaixonados eu acordava com lençóis encharcados de sangue, sangue que Damon derramou, enquanto dizia que me amava.

Mas não só o dele, também tinha os que eu causei. Aquele rosto, o da garçonete no bar aquela que eu havia matado. Stefan uma vez me disse que nunca esqueceu se quer um rosto que matou, ou causou dor.

Eu não dizia a ninguém e nem conseguiria dizer a meu namorado enquanto o mesmo arrancava minha roupa e me levava pra cama. Que eu tinha pesadelos com isso. Já cheguei a ficar sem dormir abraçada a ele, o vendo ressonar tranquilamente, me perguntando se o mesmo tinha pesadelos.

Se ele se arrependia, disso. Mas eu sabia a resposta, conhecia Damon suficiente para aceitá-lo daquele jeito. Tinha o beijado depois de ele me dizer que tinha matado quase todos os parentes dos membros da Augustine, quando o mesmo me disse que tinha matado Aron.

Naquele roupante de consciência dele. Damon estava certo, eu também era culpada. Eu machuquei pessoas, matei pessoas. Escolhi Damon, mas em nenhum momento deixei de dormir por Stefan, ou pela garçonete que devia ter uma família a espera, quem sabe até um filho.

Estava submersa remoendo tudo aquilo quando, cheguei no salão, quase todo arrumado. Ia andando na direção de Caroline quando vi Damon colocar uma caixa em cima da mesma. Por um momento me enchi de ilusões que ele estava ali por mim, mas ele não estava. Mas uma vez discutimos, ele jogou um monte de coisas em minha cara.

É logo depois saiu me deixando em prantos. Caroline veio até mim, perguntou se eu estava bem. Me forcei a fingir que sim, ela logo foi chamada por outra garota e se afastou me lançando um olhar solidário.

Tentei me distrair ajudando em algo mas a verdade e que não conseguia fazer nada direito. Me enrolei com um dos enfeites, que se embolou em minhas mãos

— Droga

— Calminha — Stefan surgiu do meu lado e me ajudou a me soltar das teias daquele enfeite chato de tenha de arranha, que não tinha ideia do porque estava lá — Pronto!

Ele disse em seguida quando me ajudou, acabei sorrindo

— Continuo a mesma atrapalhada, de cinco anos atrás — ele sorriu confirmando com a cabeça.

— Isso eu tenho que concordar.

– Hein?! — eu bati em seu ombro, ele riu. Por um segundo senti aquele arrepio bobo quando tocava nele. Tentei desviar minha mente daquilo, ou das memórias chatas que as vezes voltava.

— Está tudo bem? — ele questionou cruzando os braços encostado na mesa, concordei com a cabeça disfarçando, colocando alguns enfeites na caixa. Stefan riu maneando a cabeça incrédulo.

— Além de atrapalhada continua sendo péssima em mentir

— Pra você — completei assentindo com a cabeça

— Está assim pelo meu irmão não é?

— É não dá pra negar depois da nossa pequena discussão.

— Elena — ele tocou meu ombro me olhando nos olhos — Tenha paciência, eu conheço meu irmão, ele não te esqueceu. Aposto que até já se arrependeu de brigar com você. Mas não quer dar o braço a torcer. Então, calma ele não vai agir feito um idiota por muito tempo

Ele afirmou com seu tom tranquilizador, que funcionou quase de imediato. Stefan passava tanta verdade confiança, que era impossível não concordar. Ele sorriu, aquele sorriso franco e sincero que eu estava com saudade de ver, já que ultimamente quando o via ele estava sério ou pensativo. Stefan ia se afastar mas o detive segurando seu braço, o mesmo me fitou confuso

— Obrigada Stefan. Eu não mereço isso, pelo menos não de você — Stefan deu ombros

— Merece sim Elena e isso que amigos fazem não é — ele respondeu sorrindo.

Mas senti algo estranho com “amigos fazem” agora eramos amigos, apenas amigos. É eu deveria ficar feliz. Sempre desejei que Stefan me perdoa-se e se torna-se meu amigo. Mas quando ele se afastou senti uma sensação estranha que não consegui identificar, um gosto amargo surgindo na boca, um sentimento de perda.

Caroline

Eu não queria admitir, mas queria abraçar Bonnie agora. Ela armou todo um plano para me unir a Stefan, eu já deveria saber quando a mesma insistiu para que eu me arruma-se, que coloca-se brincos e perfume. Ou quando ficou cantarolando, coisa que a mesma sempre fazia quando tinha algo em mente. Bonnie Bennett sabia como me tirar do poço, ela sabia bem como me animar e trazer Stefan era o ingrediente certo pra isso.

Meu mau humor inicial tinha se dissipado. Stefan não dizia quase nada quando chegou, apenas me provocava me cutucando com algum objeto. Se aproximando, muito, mas muito de mim por qualquer motivo. Não consegui não rir disso, das suas tentativas de sedução que funcionavam perfeitamente. Alias ele nem precisava de tática. Com aquela camisa cinza, com aquele perfume, sorriso, olhos, corpos. Tudo nele me seduzia, e acho que ele percebeu isso. O quanto ficar me olhando intensamente ou aparecer do nada atrás de mim me pedindo uma caixa sussurrando em meu ouvido. Mexia comigo, me deixava trêmula. Ele se afastava rindo, quando conseguia.

Mas aquela sensação de felicidade que queria sair e me fazer correr até ele e beijá-lo acabou logo em seguida. Eu já devia imaginar, depois da discussão de Elena e Damon. Eu deveria saber que ele a consolaria, e que a mesma se derreteria pra ele.

Tinha deixado uma Elena desolada por cinco minutos, quando voltei ela e Stefan estavam próximos, rindo, como antigamente quem visse a cena de longe podia jurar que era novamente um casal feliz e apaixonado. Senti todo meu dia que até então estava ensolarado e com arco-íris se transformar em nublado com previsão de tempestade. Tive que ter muito autocontrole, pra não largar tudo aquilo e voltar pra minha rotina de faxina, cama, sorvete e chorar ao som de Adele depois gritar e xingá-lo ao som de Taylor Swift ainda estava duvida sobre isso.

Pelo visto seu namorado ou quase namorado arrumou outra companhia Taylor disse em voz baixa quase sussurrando olhando pra Elena que mantinha os olhos fixos em Stefan.

— Ele não é meu namorado! — Afirmei nervosa Taylor riu e me deu um tapinha no ombro

— Eu sei, deu pra ver agora. Deve ser ela a namora dele não é.

Não me contive peguei seus ombros e olhei fixamente em seus olhos

— Você vai se calar agora, eu não quero ver a sua cara. Nem ouvir sua respiração, então vá fazer o seu trabalho e bem longe de mim, se quer olhe na minha direção, entendeu?

É ela sentiu, ainda com as pupilas dilatadas voltando ao normal, ela caminhou pra longe fazendo o que eu ordenei. Respirei fundo aliviada, mas Stefan estava bem atrás de mim com braços cruzados e testa franzida.

— Essa garota deve mesmo ter irritado você — ele disse, alternando os olhos entre mim a uma Taylor hipnotizada. Bufei irritada o ignorando, peguei um caixa indo em direção deposito, ondem estavam mais caixas. Coloquei a caixa em uma prateleira, quando me virei lá estava ele.

— Que susto! — reclamei — Não tem nada melhor pra fazer não?

— Tenho, na verdade eu tenho — ele veio rápido em minha direção, agora centímetros apenas nos separava.

Prendi a respiração nervosa, ele desviou os olhos dos meus para meus lábios e se aproximou ainda mais com sua respiração fazendo cócegas em meus lábios. Eu esquivei rápido, mas nem entendia como tinha conseguido essa proeza, ia correr pela porta mas ele não deixou, se colocou em frente a ela, de modo que não conseguia sair.

— Stefan eu tenho milhares de coisas pra fazer, dá pra por favor sair da frente

— Não, não posso ou melhor não quero.

— Ah não quer? Pois eu estou avisando, ou sai por bem ou vai ser por mal — ele achou graça da minha ameaça acabei ficando ainda mais irritada — Olha aqui você pode ser mais velho do que eu, mas não me subestime quando estou irritada.

Ele suspirou em desistência saiu da frente, mas assim que cheguei na porta ele se aproximou. Dei passos recuando, mas a porta me impedia de correr. Ele colocou ambas as mãos em cada lado da minha cabeça me encurralando

— Que pensa que está fazendo? Sai!

— Não, eu vou dar um passo Caroline. Você não vai fugir de mim.

— Eu não estou fugindo de você, estou ocupada no momento…

— Então nega que esteja me evitando?

— Sim eu nego, foi você que deixou de ligar — afirmei irritada.

— Porque você também parou? Por que me disse que ia dar uma chance paro o idiota do Tyler…

— Primeiro ele não é um idiota Stefan. Segundo... Eu pensei que fossemos amigos Stefan! Você deveria me apoiar. Assim como sempre apoia Elena, sempre está lá por ela e blá, blá, blá. Mas e obvio que eu não ganharia o mesmo tratamento da sua “alma gêmea” esbravejei com sarcasmo.

Os olhos de Stefan se estreitaram eu pensei que ele estava irritado, que me mandaria para o inferno. Ou simplesmente se afastaria. Mas ao invés disso ele riu, e mais uma vez fiquei confusa e irritada.

— Por que está rindo? — ele não respondeu apenas balançou a cabeça rindo — Idiota!

Dei um empurrão nele irritada e me esgueirei pela porta. Mas ele correu, e me alcançou me puxando pelo braço

— Me solta Stefan!

De novo o filho da mãe não disse nada, apenas me puxou pra ele como se fosse a droga de uma boneca de pano, que ficou sem ação e força para afastá-lo. Ele se aproximou do meu rosto, de modo que conseguia sentir seu hálito, de modo que conseguia ver todos os tons esverdeados de seus olhos detalhadamente.

Você fica ainda mais linda, quando está com ciúme, sabia?

Ele não me deu tempo pra reagir ou protestar. Ele se apropriou dos meus lábios sugando minha língua. Em pouco tempo ele me levou ate a parede mas próxima me prensando contra ela.

Suas mãos que estavam em meu rosto, acariciando minha nuca, me causando arrepios involutórios desceram devagar e com precisão para as costas e logo em seguida para cintura. Acabei me deixando levar, uma das minhas mãos puxava seus cabelos macies com força enquanto a outra quase lhe arrancava a camisa.

É juro por deus, que teria continuado, que teria deixado. Não teria lutado contra ele, porque era o que mais queria desde do nosso primeiro beijo. Mas o destino parecia estar contra nossa união. Duas alunas chegaram para buscar algo ali e pararam de súbitos quando nos virão. Me afastei dele trêmula, confusa, ainda podia ouvir o risinho das garotas

Stefan correu até mim me chamando-me com tom urgente. Ele segurou meu braço, mas esquivei estávamos de novo no maldito salão. Com dezenas de olhos em nos, incluindo Bonnie e uma Elena confusa.

Stefan… Por favor eu gaguejei ainda sem folego, ainda tonta demais para xingá-lo por me agarrar contra minha vontade

Eu queria fugir dali, mas senso de responsabilidade não me permitiu correr para sorveteria mais próxima, céus eu precisava de algo gelado! Em vez de correr dali manter uma distância segura de Stefan eu respirei respirei fundo e voltei aos meus afazeres, sem consegui segurar nem a droga de um barbante sem deixá-lo cair toda hora.

Meus olhos se encontraram com os dele, ele estava tão perturbado ou frustrado quanto eu. Ele fez menção de vir até mim novamente, mas supliquei com os olhos que não. Olhei para o lado e Elena vinha na nossa direção pegando o barbante do chão e estendendo-o para mim. Stefan suspirou pesadamente, passando as mãos pelo cabelo.

— Care está tudo bem? — ela questionou alternando o olhar confuso entre mim e Stefan

— Sim… Esta. Por que tá perguntando isso? — desconversei

— Porque você e Stefan parecia estar....

— Brigando — menti. Stefan maneou a cabeça irritado, supliquei com olhar que ele me ajuda-se.

— Estávamos brigando sim — ele confirmou, Elena estreitou os desconfiada — Caroline não queria o banner daquele lado... Eu discordei dela — ele mentiu, sem tirar os olhos dos meus, não precisava tocá-lo para sentir a tensão em seus ombros ele parecia uma rocha, uma rocha que eu queria estender a mão e tocar ate que ele relaxa-se novamente, mordi a bochecha tentando pensar em outra coisa.

— Exatamente! Sabe como eu sou quando organizo um evento. Uma pilha de nervos — menti.

Stefan forçou um meio sorriso se afastando. Elena franziu a testa, logo depois maneou a cabeça sorrindo.

— O que é engraçado?

— Nada não… Quer dizer, por um segundo eu pensei que vocês dois estavam… — Elena riu balançando a cabeça — Deixa pra lá eu viajei legal agora.

Elena se afastou ainda rindo, porque para ela a ideia de Stefan se apaixonar por outra que não fosse ela ou alguém com seu rosto era inimaginável quase impossível. Ela riu da ideia estapafúrdia de nos dois juntos. Senti vontade gritar com ela, ele podia sim se apaixonar por mim, ele podia sentir desejo por mim. Mas suspirei com minha fantasia ridícula, Stefan estava apenas querendo esquecer Elena a todo custo, eu era o meio pra isso. Eu poderia até ajudá-lo, se quisesse, podia ignorar todo meu senso de autopreservação me jogar em seus braços, me perder em seus beijos se aquilo não doesse tanto, se aceitar ser seu reboot não fosse me destruir por inteiro.


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Notas finais do capítulo

xoxo :p



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