Final feliz?

Não acredito neles.

Minha vida foi feita de não finais feliz.

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Meu não final feliz começou aos meus 6 messes de idade, com a separação dos meus pais. Meu pai se mudou para Los Angeles e minha mãe continuou no Brasil, eu ficava meio confusa, de dois a dois messes eu viajava para Los Angeles, e meu pai me obrigou a aprender inglês, o que foi muito ruim para minha cabeça. Meu segundo não final feliz foi ao seis anos, perdi minha melhor amiga, não, ela não morreu. Ela se mudou para Chicago acabai perdendo contato. Meu terceiro não final feliz foi ao 10 anos perdendo meu pai em uma viagem de avião. Sabe eu sempre pensei que minha vida nunca, nunca, iria piorar, mas eu sempre, sempre estava enganada. Sempre era enganada pela minha esperança. Minha mãe virou uma advogada ocupada, eu ficava a maior parte do meu tempo com meu padrasto, por um segundo achei que tudo tinha melhorado, mas minhas esperanças foram embora porque eu as odiava. Mas consegui que minha historia ficasse em meio termo por alguns anos. Agora minha vida estava em sua melhor fase. Eu estava em Los Angeles novamente, dessa vez com meu padrasto.

Eu estudava no colégio Mademem, meu padrasto disse que era um colégio perfeito, nossos uniformes eram compostos por apenas uma blusa com o símbolo e o nome do colégio no canto, mas ninguém usava, eu cheguei a usar nos meus primeiro dias, ate conhecer Hana.

Hana (tudo que posso dizer sobre Hana, ou que pelo menos eu me lembre)

Nos conhecemos no meu segundo dia enquanto ela se maquiava no banheiro, ela me olhou de cima a baixo e disse que eu tinha potencial para ser amiga dela, eu me olhei no espelho e não vi nada de mais, cabelos loros e olhos azuis, sim eu já tentei ser modelo, mas não tenho a postura de uma modelo.

No outro dia Hana se sentou ao meu lado e disse que o uniforme era brega, então eu coloquei meu casaco pare tentar esconder aquela blusa, então no intervalo Hana disse que eu podia ir na casa dela. Eu refleti por um tempo ate tomar coragem e bater na porta dela, por medo de ela ter pego uma peça em mim e aquele endereço ser errado, e medo de ter varia garotas metidas com ela. Mas era a casa dela, e só havia ela lá dentro, passamos o dia falando sobre modas e garotos, então o namorado dela apareceu do nada e eles ficaram trocando beijos. Luiz era o seu nome, eu não senti nada ao trocar um breve olhar com ele, seus olhos era castanhos claros e sua pele era bronzeada, Hana colocou um filme e daquele dia em diante comecei a ser uma pessoa diferente, uma pessoa que se preocupa com seu cabelo e percebe que seus olhos brilham ao sol, e que se sua roupa não tiver boa o suficiente você não vai ser chamada para ir ao uma festa. Hana foi a pessoa que me abriu os olhos para uma garota bonita e que fazia proveito de seu apartamento de luxo em festas, ela me fez ser refletida diferente, me fez ver o mundo de um jeito que eu pensei ser horrível ou muito estranho, mas em pouco tempo ir a festas com bebida ou usar mine saias se tornou a coisa mais normal do universo para mim.

Hana- era morena, tinha cabelos brilhantes e olhos e escuros, era alta e só usava grandes marcas.

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Depois de Hana muitas outras amizades surgiram, ela se separou de Luiz e ele acabou virando meu melhor amigo, ate mais amigo que Hana.

Luiz (Coisas que eu me lembre de como se tornamos amigos)

Quando Hana estava namorando com ele a gente saia bastante, as vezes eu ia sozinha ou acompanhada por algum ‘ficante’ da época, mas então Hana discutiu com ele o fato dele estar sempre jogando e não ligando para ela e eles terminaram, eu fiquei amigas dos dois, o que foi difícil ficar do lado dos dois, Luiz não era o tipo de pessoa que se arrumava para impressionar uma garota, ele simplesmente cortava o cabelo e usava o uniforme do time o que é muito atraente para algumas meninas, ele tinha a pele bronzeada por causa do tempo em que passava treinando ao sol, e isso também ajudou ele a criar músculos, ou seja ele era muito paquerado.

Luiz e eu saímos algumas vezes, mas eu não queria namorar com ele porque não queria ficar com fama de amiga trairá ou coisa assim, e eu também nunca senti nada por ele, apesar disso nos beijamos uma vez na minha casa, mas ele mesmo parou o beijo e disse que era difícil ter uma amizade colorida, o beijo foi bem curto então eu o perdoei, depois disso confiamos uns nos outros, mas nossa amizade foi bem alem quando eu ajudei ele a ficar com Amanda lorene, uma loira dançarina, eu simplesmente falei bem dele para ela e que ele gostava dela, então eles começaram a namorar, e Luiz passou a ser meu melhor amigo. Ele dorme na minha casa as vezes, quando os pais dele vão viajar ele dorme na minha casa ou na casa da Amanda, mas Amanda quase nunca consegue arrumar uma desculpa para dormir fora de casa então ele fica por aqui.

Meu pai confia em mim depois que comecei a namorar o Matheus, no começo ele dormia no chão da sala depois meu pai deixou ele dormir no meu quarto, Matheus não sabe, mas ele sabe que Luiz é meu melhor amigo e que beijar ele nunca mais.

Luiz parece uma garota quando vem para minha casa e assistimos a filme de terror e ela não consegue dormir.

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Hoje é o primeiro dia de aula pos feria de meio de ano, é 2ºano do colegial. Visto minha calça preta e uma blusa bem leve com um tipo de casaco curto e um all star vermelho, me olho no espelho e deixo os cabelos soltos. Pronta.

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A um enorme gramado ate a escola, vejo meu ‘grupo’, Amanda, Hana, Milena e Victoria, elas fazem um circulo e ficam conversando, sempre achei bizarro, mas mesmo me junto a elas, elas falam sobre um catalogo com vestidos de Outono. Não sei muito sobre os catalogo, só dei uma folheada e gravei alguns modelos de vestidos pretos. 7:15 o sinal tocou e ainda ficamos conversando dessa vez sobre o novo clip da Katy Perry.

-Achei sem graça – disse Victoria

Victoria tinha um loiro falso em seus cabelos, olhos castanhos e amava passar batom rosa nos seus pequenos lábios.

-Eu curti – falei, eu estava querendo e entrar e ver a novo professora de inglês.

-Af, ficou muito careta – disse Hana, ela parecia estar com tédio, sua expressão de tédio era bufando enquanto observa as unhas das mãos e seus olhares vão para todos os lados,ela parecia estar a procura de alguém ou algo. -, podemos ir logo para a sala?

Todas concordaram e então seguimos ate a sala, quando eu estava perdo do prédio das sala de aula alguém me abraçou por trais, Matheus. Ele me deu um beijo na bochecha e me pegou no colo e me girou, era algo que eu particularmente era bipolar sobre gostar disso, as vezes gostava e as vezes me irritava, antes que ele me coloca-se no chão ele me deu um beijo rápido e me pos no chão, enquanto eu dava tchau e caminhava para minha sala ele deu um tapa na minha bunda, e isso sim eu tinha certeza que odiava. Ele parecia um safado atrás de sexo e eu parecia uma puta, eu não achava incomodando quando Luiz ou Hana batiam, eles não batiam em publico então por mim estava tudo bem, mas eu odiava que ele fizesse isso em publico.

Não olhei para a cara dele para dar um olhar frio, ele sabia que eu odiava isso então achei melhor nem comentar. A sala não estava totalmente cheia, me sentei em frente de Hana e ao lado Amanda e atrás de Amanda e Victoria. Nunca fui muito com a Amanda, ela nunca gostou de mim, já brigamos em umas festas porque ela derrubava suco ou cerveja no meu vestido então eu jogava ela na piscina e eu simplesmente nunca fui com a cara dela, ela parece que esta sempre fofocando de mim.

Depois de alguns longos minutos a professora entrou na sala, era a professora de português, ela tinha cabelos pretos e usava um óculos enorme, sua roupa pareci de uma medica. Ela veio acompanhada da garota mais bonita e, e eu não sei explicar, ela parecia muito, mais muito familiar.

Ela tinha cabelos ruivos e os olhos mais azuis que eu já vi, ela tinha um sorriso lindo, seus dentes não eram nem tão branco nem tão amarelos, eles eram perfeitos para combinar com a cor da sua pele. Ela não parecia assustada por ser seu primeiro dia de aula, ela encarava a todos com seus brilhantes olhos, ele não estava vestido a camiseta da escola, ela usava uma saia xadrex e uma blusa de manga longa seus cabelos eram enormes.

-Alana, seja bem vinda ao colegio Mademem – disse Julia, a professora de português.

Alana se sentou na frente de Luiz e não demonstrava nada nem alegria ou tristeza, apenas um rosto pálido.

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O resto das aulas foram chatas e tediantes, aprendi, bem acho que nada.

Na hora da saída vou ao banheiro, retoco o batom e olho para ao lado, a um papel amarelo, não sei de quem poderia ter deixado ali.

“Me encontre no laboratório Megan”

Ok, como? Quem? Porque? Pra que? Que horas? Minha cabeça latejava, mesmo assim fui para o laboratório, a garota ruiva estava passando pelo corredor na mesma hora, ela me lançou um olhar muito, muito conhecido. Alana. Alana. Eu conheço esse nome. Mesmo querendo pular nela e perguntar “Olá, quem é você?” [A. Prazer eu sou Alasca :v], mas devorei a vontade e me segurei, fui ate o laboratório sem muita cerimônia entrei na sala, devagar.

Sabe aquele sentimento de não saber amar, de que você ama mais do que a pessoa que diz que te ama? Bem eu sinto isso. Sinto que perdi meu tempo. Sinto que perdi minha única esperança de um final feliz. Mas quer saber quem liga pra finais felizes? Quem liga pro final? Agora eu quero viver um meio feliz, ou um meio não feliz. Chega de finais. Chega de pensar em viver para alguém.

Você já deve imaginar o que eu vi.

Sim, Matheus estava agarrando Amanda, eles se beijavam como alguém que queria engolir uns aos outros. Ele segura os peitos dela com força, a mão de Amanda se enroscava no pescoço dele. Minha presença foi despercebida, mas eu gostaria de armar um escândalo. Não agora. Não aqui. Mas conte com escândalo, conte com a sua vida em um inferno conte quantas vezes quiser, pena que matemática não é sua matéria preferida, mas vale tentar.

Pego meu celular e me escondo em uma das mesas, estava quase subindo pelas paredes de raiva, mesmo assim aguentei e consegui gravar tudo. PROMETO O MELHOR ESCÂNDALO DA ESCOLA.