– Bom dia, turma! - Eu não acredito...– Onde paramos na aula passada? - ... esse cara...
– Professor! Temos um aluna nova na sala! - Dylan gritou, eu estava prestes a voar no pescoço dele, não queria ser apresentada de novo!
– Olha, tem razão. - ''Ei, esse cara 'tá me olhando estranho.''– Poderia levantar-se e falar um pouco sobre você?
– Posso passar? - Entenda isso como uma pergunta retórica por favor.
– Perdão, faço isso com todas as minhas turmas. - Droga, não tenho escolha.

Respirei fundo, levantei e olhei profundamente com raiva nos olhos dele e percebi que ele estava brincando comigo, quem fica dando um sorriso presunçoso para sua aluna?!

– O que quer que eu diga?
– Hum, seu nome, idade, matéria favorita, planos futuros... essas coisas.
– Renée Frésne, farei 15 anos daqui a uns meses, gosto de matemática e pretendo ser uma renomada cientistas. Satisfeito?
– Pretende casar, ter filhos, viajar?
– Quer meu histórico de vida passada também?
– Hm, pode ser. - Ele fechou os olhos, cruzou os braços e riu de canto.
– Fala sério cara. Mas serei boazinha e responderei sua pergunta, sim para todas elas.
– Okay, muito obrigada! Bom, por ter dito que matemática é sua matéria favorita, irei cobrar mais ainda de você. - Esse cara... ele me odiou né?– Meu nome é Peter Cromwell, serei seu professor de matemática e trabalharei matriz, determinante, trigonometria e outras coisas, pegue o cronograma anual com seus amigos.
– Hunf, amigos? - Olhei para ele como se dissesse 'tá falando sério? Quem tem amigos no ensino médio?

(...)

A aula de matemática I passou bem rápido, tenho que admitir, o professor é bom. Apesar das constantes olhadas para mim, algo que me incomodou muito, eu captei toda a matéria nova. É, terei que trabalhar mais que o dobro.

No segundo intervalo fiquei na sala sem fazer nada até que a menina de cabelos rosa veio falar comigo.

– O-Olá Renée!
– Yo!
– V-Você gostaria de lanchar com a gente? - Ela apontou para Ellie que estava envergonhada, será que eu sou a única sem vergonha desse lugar?
– Huuum, tudo bem, não tenho nada para fazer mesmo. - Peguei o dinheiro do lanche, fomos para a cantina e ficamos nas mesas de lá, elas são bem simpáticas e a Ellie não parava de me encarar, será que é outra que me odiou? Ellie Hecher... eu conheço esse nome de algum lugar. Nhá, deve ser minha imaginação.
– Renée, como teve coragem de falar daquela maneira com o professor Peter?
– Sei lá, não fui com a cara dele.
– Ele é filho da senhora Belinda, tome cuidado. - Filho da Belinda? Ah, por isso que ele disse se a mãe dele o visse estaria ferrado.
– Isso não me impede de encará-lo.
– Você não mudou nada...
– Oi? Disse algo Ellie?
– Eer, não, não...
– Eu hein, 'tô ficando doida.
– Achei que você fosse medonha e não falasse com ninguém, mas você é legal.
– Olha, eu não sou muito simpática, mas me controlo na medida do possível. Meu humor depende do meu dia.
– Entendi! Vamos terminar de lanchar o recreio vai acabar.

Até que elas são legais, mas eu realmente prometi para mim mesma que não iria fazer algum tipo de laço, seja ele amoroso ou de amizade... o jeito é esperar e ver se elas são realmente confiáveis.