Pequeno Anjo de Konoha escrita por Luana Rosette


Capítulo 2
Capitulo um: Conhecendo o novo papai


Notas iniciais do capítulo

Nhaaaai, nada a dizer a não ser, aproveitem o capítulo ^.~



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Sentado na cadeira de seu escritório, o homem, atualmente, mais importante de Konoha massageava a têmpora com uma expressão pensativa.

 

Muitas coisas estavam acontecendo, e tudo ao mesmo tempo: o ataque da Kyuubi, a morte de Yondaime, a reconstrução da vila, sem falar da falta de suprimentos.

 

Aquele era um dia não muito bom para ser o Hokage de Konoha.

 

Isso sem falar de um assuntinho em particular que não saía de sua cabeça.

 

- O que eu vou fazer com você? – o líder da aldeia olha com uma expressão desolada para o bebê adormecido em uma cesta de palha, enrolado em varias mantas, sobre sua mesa.

 

Filho de Minato, com a morte de ambos os pais, estava sozinho naquela aldeia.

 

Talvez a hipótese mais viável fosse enviá-lo para alguns familiares na vila da chuva, que era de onde veio Kushina, sua mãe, mas ainda ficava o quesito:

 

“Eu quero mesmo que ele vá para tão longe de meus olhos?”

 

O ancião estava mais que ciente do jutso que Minato executou em seu próprio filho, e até o fim não havia ficado nada satisfeito com a decisão do Yondaime. Mas ao contrario do que esperava, mesmo agora, não conseguia sentir a presença da Kyuubi naquele pequeno corpo.

 

A única prova de que aquele garoto havia sido tocado por aquele demônio eram os três riscos em cada bochecha que se assemelhavam muito a bigodes. Fora isso, a única marca estranha que aquela criança tinha era uma espécie de tatuagem ao redor de seu umbigo no formato de duas pequenas asas.

 

Mas mesmo que não houvesse nada de maligno naquele bebê - pelo contrario, toda vez que tocava naquele pequenino, uma sensação estranha de paz percorri seu corpo, as vezes se tornava até mesmo difícil de soltá-lo – ainda havia a possibilidade de que o demônio, sim, estivesse naquele corpo, mas tão latente que não se pudesse sentir, e se algum dia ele despertar e fosse destruir novamente a aldeia... Não, o melhor era manter o pequenino sob seus olhos. 

 

Mas o que fazer com ele?

 

“Talvez o melhor seja enviá-lo par um orfana...”

 

- Espero que tenha um bom motivo para ter me chamado no meio de toda essa crise, Hokage-sama!!!

 

Interrompendo a linha de pensamento do sábio líder, entra Fugaku Uchiha, cabeça de seu clã e não exatamente em seu melhor humor.

 

As relações dos Uchihas com o restante dos habitantes de Konoha já estavam há alguns dias estremecidos, e nessa época de necessidade onde o pior de cada um de nos se revela, muitos boatos contra aquele clã já chegaram aos seus ouvidos.

 

- Eu lhe chamei? - Sarutobi pergunta perplexo – não me lembro de ter dado tal ordem.

 

- Como não? – Uchiha cruza os braços e estreita seus olhos de maneira impertinente – a uns minutos atrás um anbu me convocou ao seu escritório.

 

- Todos os anbus sob meu comando estão atualmente em missão – apoiando a cabeça na mão, o ancião suspira irritado – a vila está um caos, não há viva alma parada ou disponível no momento.

 

- Pois um anbu veio a mim, um com mascara de raposa e cabelo ruivo, acredite Sandaime-sama, se por acaso você me chamou, mudou de idéia e não está querendo admitir...

 

- Olhe bem Uchiha, eu... – seus olho caem no silencioso bebe em sua mesa e uma idéia louca lhe vem a cabeça – eu realmente não o chamei, mas se está tão desesperado para executar alguma missão, pegue – ele empurra a cesta para a beira da mesa na direção de Fugaku – é todo seu.

 

- Mas o que é ... - Fugaku olha para dentro da cesta – mas isso é um bebê!!!

 

- Grande dedução – Sarutobi revira os olhos – esse é Naruto Uzumaki.

 

- Uzumaki... – surpreso, Uchiha teve que se conter para não arregalar os olhos – você quer dizer que ele é o filho do Yondaime? O que foi usado no jutso para lacrar a Kyuubi?

 

- Isso.

 

Lançando um olhar com uma mistura de curiosidade e nojo, Fugaku observa um adormecido bebê, bastante cabeludo para um recém-bascido, vestindo uma roupinha azul, doada por uma enfermeira do hospital onde nasceu.

 

“Então, é aqui que dorme aquele tão terrível demônio” pensou Uchiha e torce o nariz.

 

- Não espera que eu fique grato por esse “presente” espera? – sua vontade era de virar aquela mesa em cima do velho com cesta, bebê e tudo.

 

- É como dizem – o Hokage sorri de lado e se escora contra o encosto de sua cadeira – “Uma criança sempre é uma bênção”.

 

- Para mim está mais para um monstrinho – seu rosto se destorce mais ao se lembrar das atrocidades que as pessoas de seu clã tiveram que passar na noite passada. – você não deve estar muito bem da cabeça se acha que criarei esta... Coisa na casa principal de meu clã.

 

- Minha cabeça está muito bem obrigado, o que acontece é que preciso que alguém acompanhe o crescimento de Naruto – o ancião sorri olhando para o bebê adormecido – apesar de não apresentar qualquer traço maligno, eu ainda não sei quais foram as conseqüências do jutso de Minato sobre ele.

 

- E você quer tornar o bairro dos Uchihas sua área de teste? Nem morto!!!

 

O medo de Fugaku era valido, muitos moradores estavam curiosos e ao mesmo tempo curiosos quanto ao pequeno de Minato. O líder dos Uchihas deveria ser a terceira ou até mesmo a quarta pessoa a tê-lo visto desde seu nascimento.

 

Um belo garoto, ele teve que admitir, mas também era um risco ao qual o clã Uchiha não deveria tomar para si.

 

- Se o garoto é tão importante, por que não o adota você? – pergunta Uchiha.

 

- Adotaria se pudesse, mas o dever de Hokage me absorve tanto que não poderia dar toda a atenção que uma criança desse tamanho necessita. – “sem falar que eu não entendo nada de frauda e essas coisas” completa em pensamento com mais bom humor que aquele momento pedia – vamos Uchiha, você já tem dois filhos, mais um não fará tanta diferença.

 

- Essa coisa nunca será meu filho – sibila com desprezo.

 

Foi então que algo lhe veio a mente “Ora, é mesmo...” sorri malicioso “eu tenho dois filhos”.

 

Itachi era a promessa de ser um dos maiores prodígios de seu clã, e Sasuke, que nascera há alguns meses não deveria se tornar nada muito diferente de seu irmão, e se tivesse uma forcinha poderia até mesmo superá-lo.       Olhando para a criança adormecida na cesta seu sorriso cresceu.

 

“Quem sabe que poderes adormecidos essa criança tem? Talvez se ela crescer junto com Sasuke ele não só apenas terá um companheiro de treino como também pode ser exposto a alguma energia que aumente seu chakra.”

 

Era uma aposta que dessa vez teria algum lucro caso desse certo.

 

- Tudo bem – responde de maneira mais branda – acho que posso ficar de olho nessa criança por alguns anos – “dependendo de como andar as coisas talvez ele se torne até mesmo uma arma maneável para o bem do clã” seus pensamente interesseiros evoluíam a cada minuto.

 

Torcendo a cara em uma careta o homem se aproxima da cesta e pega o bebê com toda a destreza de um pai que já teve a bênção de segurar mais de um filho no colo.

 

Embrulhado em uma mantinha quente, Naruto abre preguiçosamente os olhos. Estava cansado e daqui a alguns minutos deveria ser a hora de se alimentar.

 

Ao se sentir nos braços de um desconhecido o loirinho, em sua pouca experiência, não interpretou a careta de seu novo papai como uma ofensa, mas um divertido cumprimento.

 

Que homem engraçado.

 

Estreitando seus olhinhos com uma expressão similar a de uma raposa ele solta uma alta e gostosa gargalhada e meche os bracinhos para cima tentando brincar com a simpática pessoa que o havia pegado.

 

Fugaku não era exatamente um fã de crianças, essa era a área da Mikoto, sua esposa, mas era inegável que aquele estranho ruído que aquela criaturinha soltou ao vê-lo fez algo em sua nuca formigar.

 

Ele estava sorrindo? Por que aquele bebê sorri? Não que ele iria reclamar, era uma visão até que bonitinha, mas por que ele estaria sorrin...

 

- Ora vejam só, e não é que ele gostou de você – o Hokage disse em um sorriso – e pelo jeito você também não o achou de todo mal.

 

Sem entender o porquê deste ultimo comentário o moreno se surpreendeu ao perceber que também estava sorrindo, inconscientemente sua boca havia se contorcido em um tímido sorriso, como se influenciado por essa gostosa gargalhada.

 

O menino abre os olhos, ainda com os braços levantados e inclinando a cabecinha balbucia em sua incompreensível linguagem de bebê enquanto um pequeno rilhinho de baba caia do canto de sua boca.

 

- Eu... – o homem de olhos vermelhos, ainda meio que paralisado com aquele anjinho em seus braços, murmura antes de retomar sua antiga postura fria e complementar – eu acho que se não temos mais nada a discutir devo me retirar.

 

- Sim, sim, faça como quiser – “desde que o ‘como quiser’ não seja atirar a pobre criança no primeiro poço que cruzar” o ancião complementou mais uma vez em pensamento.   

 

Se virando para sair, o homem não pode evitar de reagir de forma automática aos novos balbucios impacientes do bebê: limpando o rilhinho de baba de sua boca ele o escora mais próximo ao seu corpo e quase derrete quando sente as mãozinha abraçarem seu ombro e a cabecinha loira se acomodar contra seu peito.

 

“Não estou fazendo isso por ele”

 

Mais uma vez o bebê adormeceu.

 

“Ele não significa nada para mim”

 

E sua respiração baixinha era similar a um ronronar.

 

“Ele é apenas uma possível arma”.

E passando pelas portas do prédio do Hokage, Fugaku ainda com a criança nos braços percebe o quão cuidadosamente e protetoramente ele próprio apertava Naruto contra si.

 

“Ele é apenas”

 

O afastando de seu peito o olha com certa ternura.

 

 “Ele é apenas...”

 

Se remexendo em um sono agitado a criança grunhi baixinho e faz uma assustada careta.

 

“Ele é apenas...”

 

Mesmo sem querer admitir que estava preocupado, o adulto mantém apenas um dos braços segurando o bebê e leva uma das mãos para tentar acalmá-lo.

 

“Apenas...”

 

E antes de alcançar seu rostinho, ainda em meio ao sono a criança ergue as mãos inconsciente e agarra o dedo indicador de Fugaku e o puxa para próximo ao seu pescoço e o abraço.

 

“Apenas...”

 

E sorrindo, retoma a tranqüilidade de seu sono.

 

“Ele é apenas... tão pequeno...”

 

PAK

 

Não muito longe dali, sentado em um dos poucos estabelecimentos que não foram destruídos, um posto de ramen chamado Ichiraku, estava um homem alto, ruivo, vestindo a farda de ambu e com seu rosto coberto por uma mascara de raposa.

 

- Aqui está o seu pedido senhor – o cozinheiro coloca em sua frente uma porção extra-grande de ramen de porco – Hei, você não é um anbu? – “que pergunta estúpida” pensa o cliente com certa exasperação – pensei que vocês não tivessem muito tempo para descansar ultimamente.

 

- Nos revezamos nas folgas – disse uma foz meio rouca por trás da mascara de raposa – logo, se não quiser que perca meu pouco tempo com essas perguntas estúpidas...

 

- Eu só comentei... cruzes – e assim o cozinheiro volta a seu oficio.

 

O Anbu, para se alimentar, ergue um pouco sua mascara revelando uma boca com presas mais pontiaguda que as de um humano normal e três riscos em cada uma de suas bochechas.

 

Tragando um bom bocado de seu ramen em um rápido movimento, a pitoresca figura se distrai recapitulando sua atual situação.

 

“Bem, acho que posso dizer que tudo está saindo melhor do que esperado, afinal, só o fato de os idiotas dessa vila ainda não terem reconhecido o meu chakra já é uma graaaaande sorte... droga de palavra...”

 

A raposa torce seu rosto em uma careta ao se lembra do Serafim psicótico.

 

“ Mas no fim eu nem sei se devo acreditar no que aquele pombo super desenvolvido disse, quer dizer, ele me contou tudo tão de boa que poderia estar apenas tirando com a minha cara e....”

 

O ruivo sacode a cabeça com pesar e suspira desiludido.

 

“ Não, criaturas de seu calibre não fazem esse tipo de brincadeira, nem ao menos tem senso de humor! No mínimo me achava tão insignificante que não se importou de me contar  o seu plano, afinal, quem me ouviria?”

 

Suspira novamente com pesar e volta a encher a boca com a massa

 

“Bom, nos centremos no plano. Por hora eu consegui fazer que o pivete tenha uma família, e logo com um dos clãs mais poderosos da vila. Poderosos o bastante para não deixá-lo em perigo caso algo o ataque e orgulhosos demais para treiná-lo em suas técnicas, as possibilidades dele virar ninja agora são mínimas”

 

Solta uma risadinha sabichona.

 

“E agora, irei vigiá-lo por algum tempo para garantir que isso aconteça”

 

Come mais um pouco de ramem

 

“E essa forma humana vem muito a calhar, antes era mais difícil me transformar em humano sem ser descoberto, mas sem minha aura maligna...”

 

Suspira ao se lembrar da perda de seu antigo poder.

 

 “Bem, mãos a obra”.

 

O cozinheiro, que de costas ouviu os risos e suspiros de seu cliente, não pode encarar aquilo como nada menos que um elogio a sua deliciosa comida, e disse:

 

- Nossa, pelo visto você gostou mesmo do meu Ra... – se virando para seu único cliente, tudo o que viu foi uma cadeira vazia - ... men... MALDITOS ANBUS!!! SEMPRE DESAPARECEM ANTES DE PAGAR!!!

 

Em meio as seus bravejos o cozinheiro não notou o pequenino cachorrinho de pelo alaranjado que se afastava.


 

 


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Notas finais do capítulo

Eba!!! Mais um capítulo, mais um capítulo (dando pulinhos).

Lari the killer:É, mas...

E admita, o Naru-chan bebê está mega hiper uuuultra fofoletico

Lari the killer:É, pode até ser, mas...

Sem falar do Fugaku coração de gelo derretendo com ele em seus braços... Nhaaaaai que lindo!!!

Lari the killer:Sim, sim, mas...

E o Kyuubi em forma humana OH MY GOOOOOD ele…

Lari the killer:Hey!!! Dá para me ouvir?

Hm? ( acordando de seus devaneios) diga.

Lari the killer: É que eu tenho uma pergunta, por que está escrito PAC no meio da capitulo?

Ah, é a sigla do nome da fic “Pequeno anjo de Konoha”.

Lari the killer: Oh, amada, querida, idolatrada, salve salve, mais esperta do que eu, priminha do meu coração não era essa a sigla de: Programa de Aceleração do Crescimento? (ironia descarada) u.u

... Estranhamente essa sigla se encaixa muito bem com o contexto da historia...

Lari the killer: ^.^v