Pequeno Anjo de Konoha escrita por Luana Rosette


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

Nhaaaai, espero que gostem desse capitulo.

Boa leitura



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Prólogo

 

Dentro de um globo de luz, pairando em uma vasta área preenchida pelo nada e pelo vazio, uma criatura se encolhia dolorosamente, hora uivando, hora ganindo... Hora simplesmente se deixando absorver no mais profundo silêncio.

 

 

Foi então que...

 

Quando a consciência finalmente deu espaço simplesmente para a dor...

 

Quando sues olhos começaram a doer graças a suas pálpebras fortemente fechadas...

 

Quando finalmente achava que iria morrer daquela maneira tão patética...

 

O globo estourou.

 

Seu corpo exausto cai relaxado, mas não toca o chão, já que naquele plano não havia limites.

 

Sejam eles verticais ou horizontais.

 

E deitado, ainda respirando pesadamente, tudo o que pode fazer foi tentar colocar as idéias no lugar.

 

“Como... como isso aconteceu? O que exatamente aconteceu?” Kyuubi tenta se posicionar de forma a ficar de pé naquele irritante mar de vazio aonde até mesmo as cores a sua volta eram indefinidas.

 

“Tudo o que me lembro é do idiota do Yondaime de Konoha me desafiando e... e...”

 

- PÉRA AÍ!!! – a raposa arregala os olhos em meio a um misto de incredulidade e revolta. – EU MORRI???

 

- Não, criatura rebaixada, um simples humano nunca teria a capacidade de exterminar completamente um demônio de seu calibre.

 

Kyuubi sente um calor tão forte as suas costas que só poderia ser comparado ao próprio sol.

 

Se virando, mal pode acreditar no que viu.

 

Era a criatura mais bela que já havia visto em toda sua vida.

 

Seu corpo era humano, mas sua essência... Até mesmo o seu cheiro era diferente. Seus cabelos de um loiro quase prateado cascateavam em um tamanho que ia alem até mesmo de seus pés, e isso por que aquela criatura deveria ser duas ou até mesmo três vezes mais alto que um humano normal.

 

Seus olhos eram de um azul mais profundo do que o céu mais limpo e ao mesmo tempo mais misterioso que a mais furiosa tempestade.

 

E aquela voz... Era como se trovões houvessem cortado o céu.

 

Aquilo... Aquela criatura, definitivamente era um anjo.

 

Mais que simplesmente isso: um Serafim.

 

- Você... você é um... – o demônio mal conseguia manter a cabeça erguida diante daquele ser tão sublime – como eu posso estar diante de um ... um Serafim?

 

Durante sua longa vida a raposa já teve a sorte de se ver diante de um ou outro querubim, teve a impressão que até mesmo de cruzar com um arcanjo, mas um Serafim?

 

- Não se emocione tanto – disse a voz entediada da criatura celestial – o que o trouxe diante de mim foi um mero engano, logo retornará a terra que pertence, oh criatura rebaixada.

 

Se outra pessoa tivesse insistido em chamá-lo assim, na certa já teria sido carbonizado em dois tempos, mas ainda intimidado pela forte aura de poder tudo o que Kyuubi pode fazer foi expressar sua estranheza.

 

- Por que me chama assim, Serafim? – ainda desviando os olhos, com medo de ficar cego com tanto brilho, Kyuubi se continha para não soltar qualquer comentário atrevido – Posso não me comparar aos demônios aprisionados em meu plano natal, mas na terra...

 

- Hu hu hu – dando pela primeira vez um sinal de humanidade em seus traços celestiais, o Serafim leva a mão ao rosto e solta uma risadinha debochada – conheço sua historia raposa, mas não creio que com sua nova aparência desperte o horror e o pânico que antes causava.

 

“Claro... deboche de mim, só por que o cara é um dos queridinhos de Deu...”

 

- Minha nova aparência? – Kyuubi interrompe seus pensamentos rancorosos ao sentir um frio na espinha.

 

Indiferente com a reação que arrancaria da raposa, o Serafim, com um movimento de pulso, faz se materializar na frente de Kyuubi um espelho. Ainda que temeroso com o que veria, a raposa não duvida um segundo antes de conferir o que seria a sua “nova aparência.”

 

- O QUE DIABOS ACONTECEU!!! – perdendo toda a pouca compostura que tinha a criatura de pelo alaranjado quase tropeça nas próprias patas graças ao susto.

 

Na sua frente não estava o gigantesco demônio de olhos flamejantes, poderosas presas, temíveis garras e aura maligna.

 

Oh não, longe disso, ele parecia mais um...

 

- POR QUE DEMONIOS EU ESTOU PARECENDO A PORCARIA DE UM BICHINHO DE PELUCIA??!!

 

É... Ele estava mesmo mais para um bichinho de pelúcia, um dos mais fofos diga-se de passagem.

 

Estando seu corpo com um tamanho descaradamente menor, seus olhos estavam maiores e mais redondos. Seu pelo era mais macio e mais convidativo de tocar. E suas presas e garras, apesar de ainda mantê-las, eram de tamanho totalmente proporcional e não tão ameaçadoras quanto eram antes. A única coisa que ainda mantinha de sua aparência anterior era o número de suas caudas, e mesmo assim elas agora, assim como o resto de seu pelo, eram macias e sedosas.

 

- Como... como... – a raposinha girava entorno de si mesma como se dessa forma as respostas lhe fossem aparecer mais rápido – COMO ISSO ACONTECEU???

 

- Como disse antes – o Serafim dá entre ombros como se aquilo não lhe dissesse respeito – foi devido a sua grande sorte.

 

- Sorte? – a raposa levanta uma de suas patas e aponta para si mesma – eu devo ter menos que meio metro, como pode chamar isso de sorte?

 

Ok, gritar com uma das criaturas mais próximas de Deus não pode ser considerado um dos atos mais inteligentes, mas também, o nível de pânico que percorria o corpo de Kyuubi era desnorteante.

 

Para sua sorte, apesar de no momento não acreditar muito nela, o Serafim não considerava aquela criatura ultra-fofinha alguém relevante nem ao menos para se sentir insultado com seu desrespeito.

 

- Acredite – o Serafim sorriu com escárnio – a outra opção era bem pior. – retomando seu antigo solene, ele prosseguiu - Ainda na terra, quando você batalhou contra o humano, ele o lacrou dentro do corpo de um recém-nascido, se tudo tivesse saído como o planejado, você agora estaria aprisionado dentro do corpo de uma criança humana por sabe-se lá quantos anos.

 

As memórias da batalha recente começaram a pipocar na cabeça da raposa em forma de pequenos flashes.

 

O cheiro de carne e madeira queimada

 

A sensação de esmigalhar prédios a trás de prédios

 

Os incontáveis guerreiros que a enfrentou

 

Os incontáveis guerreiros que morreram em suas garras e presas

 

E ele...

 

Aquele maldito guerreiro loiro.

 

“Yondaime... maldito Yondaime”

 

- Sim... Acho que me lembro de alguma coisa relativa – diz em meio a balbucios – maldito Youndaime, quando eu botar minhas garras nele...

 

- Acho que será uma tarefa difícil agora, não digo apenas por sua atual forma – ao ouvir aquilo Kyuubi teve que conter um grunhido – mas por que o humano em questão morreu logo após de efetuar perfeitamente o jutso que te lacraria dentro do corpo do recém-nascido.

 

- Eu e minha sorte... – Kyuubi resmunga irritado – Epa, mas o que você quis dizer com “perfeitamente”? Eu ainda não estou aqui – ele se olha de cima a baixo – ou ao menos eu estou “quase” aqui?

 

- “Perfeitamente”, sim, o jutso não teve erro algum, mas foi aí que entrou a sua sorte na historia. De todas as crianças que o humano pode escolher para te lacrar ele escolheu logo aquele que foi escolhido para ser meu futuro corpo. Devido a minha poderosa aura, que está inerte naquele pequeno corpo, você foi completamente purificado.

 

- Pu...purificado... – sentindo fraquezas em suas patas a raposa se senta um pouco zonzo.

 

- Sim, purificado. Por isso agora você não passa de uma criatura rebaixada, não mais poderá ser um demônio. No máximo você é um espírito natural.

 

Mudo pelo choque recente, Kyuubi não sabia o que pensar. Era humilhante, não queria nem ver quando os outros demônios que habitam a Terra descobrissem.

 

“Talvez eu devesse me mudar” Kyuubi não pode pensar em outra solução “É, com certeza! Eu já estava me cansando da comida oriental mesmo, acho que eu vou para o...”

 

- E agora – o Serafim continuou – irei mandá-lo novamente para a terra e...

 

- Péra ai, péra ai, péra ai – se tocando de um detalhe a raposa sentiu novamente um frio na espinha, o que naquela altura do campeonato definitivamente não era um bom sinal – você acabou de dizer que aquela criança será o seu novo corpo? Você vai pisar na terra com um corpo próprio?

 

- Isso – responde o Serafim com cansaço já não entendendo por que se dava ao trabalho de prolongar essa conversa – através desse corpo eu pisarei pela primeira vez na....

 

- Um Serafim pisando na terra? – Kyuubi o interrompe mais uma vez sendo rude – Mas... Mas isso causaria o fim de todo o planeta!!! Eu ainda consigo te olhar quase diretamente por que sou uma criatura mística, mas um humano normal com certeza enlouqueceria ou simplesmente morreria. Sem falar da sua aura celestial, ela é forte de mais, as plantas e os animas, não, acho que TODOS morreriam sem exceção!!! – a raposa dizia nervosa andando novamente de um lado para o outro - Porque de repente você resolveu descer a terra? Os Serafins não tendem a aparecer apenas em sonhos ou sei lá como?

 

- Tola raposa – Ele estreita os olhos ao começar a perder a paciência – conhece as conseqüências de meus planos, é com essa intenção mesmo que vou a terra, por um fim a tudo.

 

- Por que?

 

- Por que? Por que eu posso. Por que eu quero – dá novamente entre ombros como se aquilo explicasse mais do que o suficiente – depois de milênios assistindo a esses filhos ingratos de Deus eu resolvi dar um fim a tudo. E eles deveriam me agradecer, oras, nunca mais sentiram dor ou sofrimento.

 

“Claro, como se extermínio total fosse uma opção extremamente convidativa” pensa Kyuubi, apenas pensa, pois sabe que não teria um bom destino se proferisse essas palavras.

 

- Aproveitando que meu superior, Metraton, está descansando eu depositei parte de minha essência na criança terrestre, pelo que pude ver em seu futuro, ela será protagonista de muito sofrimento. Quando ela atingir certa idade, um evento em especial vai trazer tanto desespero em seu coração que despertará a pequena parte de dentro de seu corpo e com essa pequena brecha me apossarei de seu corpo.

 

“Ceeeerto, e depois os demônios tem má fama” Kyuubi teve que se conter para não revirar os olhos “o cara é simplesmente um genocida, mas aposto que se algum humano sobrevivesse ao massacre que ele está organizando só conseguiria dizer ‘nossa, que asas lindas... são tão branquinhas...’”

 

Piadas internas a parte, a cabeça de Kyuubi estava rodando, não apenas ele havia sido...argh, purificado, como agora um Serafim pedante de uma hora para outra não tinha nada melhor para fazer e resolveu por um fim na terra.

 

“Ah... mas isso é que não.”

 

A raposa não era burra, discutir com um Serafim seria pedir para ser eliminado de vez, ele já tinha muita sorte (sorte... novamente essa palavra) que a criatura divina já lhe havia dito que o devolveria a terra.

 

Mas também não poderia deixar assim por assim que o mundo chegasse ao fim.

 

“Ao menos não enquanto eu estiver morando nele”

 

- Compreendo – com sua expressão mais triste a raposa abaixa a cabeça – pelo jeito então tudo o que me resta é voltar para a terra e me despedir de meus entes queridos.

 

- Aproveite então o tempo que lhe resta, raposa.

 

E sem trocar mais nenhuma palavra o Serafim devolve Kyuubi para sua terra natal.

 

De longe, em meio a floresta, Kyuubi observa como o céu se torna negro graças a fumaça que subia de Konoha. Fumaça provocada pela destruição e caos que causara a poucos minutos.

 

Então tudo aquilo havia sido real, a batalha contra Yondaime, ser purificado, a conversa com o Serafim psicótico...

 

... o possível fim do mundo...

 

- Ótimo, vamos ver se eu entendi bem – fala consigo mesmo em voz alta – um Serafim psicopata daqui a alguns anos vai destruir o mundo, eu estou do tamanho de um gato de rua e se não entendi mal a única salvação viável no momento é simplesmente se um pivete qualquer não passar por situações desesperantes. – para um pouco para pensar – nha, não deve ser tão difícil assim. Não é por que o garoto vive em uma aldeia de ninjas que ele vá se tornar um ninja – a raposa começa a caminhar na direção de onde subia a fumaça – na melhor das hipóteses eu consigo até mesmo o convencer a abrir uma floricultura.

 

CONTINUA


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Notas finais do capítulo

Não muito longo... meio de pernas para o ar e um pouco confuso.

SEM FALAR QUE NARU-CHAM AINDA NÃO APARECEU!!!

Bem, nosso anjinho fará sua aparição no próximo capitulo, com algumas mudanças e surpresas.

Essa fic, apesar do que possa parecer, não será de grandes batalhas. O objetivo dela é fazer o nosso mini-Naru entrar em contato com cada personagem malvado ou simplesmente revoltado da série e amacia-lo com seus grandes olhinhos azuis e sua aura celestial semi-adormecida.

Ou seja, essa é uma fic flufy e meio sem pé nem cabeça.

Não tenho muuuuita experiência com o universo de Naruto, por isso tenham um pouco de paciência. E se quiserem sugerir quem serão as próximas mentes malignas que Naru-chan irá "purificar" fiquem a vontade.

obrigada por terem lido esse capitulo e os vejo no próximo.