As Heroínas do Apocalipse escrita por TM


Capítulo 26
Procura-se viva ou morta


Notas iniciais do capítulo

Lilly, Lia, Sam, Thomas | Casa.



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Ao anoitecer, eles notaram que não havia sinal nenhum dos zumbis. Nenhum mesmo. A cidade estava vazia, silenciosa, e isso não era típico em um apocalipse, não chegava a ser nem normal. E isso fez com que Lilly se preocupasse ainda mais.
– Ei, Thomas! - Ela falou num tom de sussurro. - Tem algo errado por aqui.
Ele se virou para encara-la.
– A única coisa errada aqui é que eu e você não estamos juntos, gata. Vamos resolver isso já! - Ele foi rindo, e quando tentou passar a mão nas costas dela, ela mostrou que estava com a espada em mãos.
– Nem pense nisso, novato. - Lilly rosnou.
– Ok, ok... O que você estava falando mesmo? Ah, os zumbis, sim. Acorde Lia e Sam e vamos ver o que esta acontecendo.
– Certo. - Lilly foi em direção ao sofá que Lia estava dormindo e a empurrou, e em seguida chutou o colchão que Sam estava dormindo.
Lia foi a primeira a acordar, estava descabelada e com os olhos inchados.
– O que foi, caralho? Alguém morreu? Não? Então me deixem dormir, boa noite pra vocês. - Lia foi deitando quando Lilly revirou os olhos. - O que foi? Pelas minhas contas ninguém morreu, então vou voltar a dormir.
– Não, Nathalie, você não vai dormir, por que há uma população inteira de zumbis lá fora querendo nos comer. E como está tudo quieto, vamos sair pra ver o que está acontecendo, antes que seja tarde demais. - Lilly bufou ao terminar a frase.
– Tá, tá, vou. Mas se eu morrer, saiba que nunca te perdoarei. - Ela olhou pra Sam, que estava acordando. - Bom dia, Bela Adormecida! Nossa líder quer que nós procuremos os zumbis... Nem um pouco suicida, não acha?
Sam olhou para os lados, e depois para Lia, que já estava carregando sua AK-47.
– O que foi, gente? Que história é essa? – Ele estava desnorteado.
– Lilly quer que todos nós... Errr.. Que caminhamos para encontrar a Morte. Literalmente.- Lia curvou uma sobrancelha.
– Cala a boca, Northmann, não me faça ir até aí! - Lilly foi ficando com o maxilar tenso.
– Vem calar, Bloomwood! – Lia a desafiou.
– Calma meninas! Calma! Todos peguem suas armas e as carreguem, vamos pra onde os zumbis estão pela manhã, já que se fossemos agora, seria completamente suicida. - Thomas disse com o ar de autoridade. - Agora, eu e Lilly vamos dormir, Lia e Sam fiquem de vigia. Por favor.
– Fazer o que né?! - Sam falou enquanto caminhava em direção a porta.
– Na próxima vez, vou me inscrever como líder! Tô até preparando meu currículo... – Lia gritava, e começou a reparar a vista que a janela oferecia. – Espera um pouco.. Gente, em três quarteirões tem um hospital.. Um hospital bem grande, certo?
– Exatamente. - Confirmou Thomas.
Thomas já estava deitado em seu colchão, e Lilly estava sonolenta em seu sofá.
– Pode parecer estranho, mas todos os zumbis estão indo pra lá... O que é muito suspeito. – Lia deu uma olhada na janela pela última vez, e sentou ao lado de Sam.
– Então é pra lá que vamos amanhã de manhã. - Disse Sam, enquanto bocejava. - Agora podem dormir com a consciência tranquila, e nos deixe fazer nosso trabalho.
– Espera... Estão falando que há uma chance de que Carol estar lá no hospital? Minha sister pode estar viva?! – Lilly despertou de seu sono, e encarou Lia.
– Quem é que falou da Caroline aqui gente.. - Lia a olhou de canto. – A nossa líder está ficando louca, com certeza.
Vendo que não ia ter resposta da amiga, Lilly deitou e tentava dormir em meio aquele turbilhão de pensamentos que a rodeava.
– Quem diabos é Caroline? - Thomas quis saber.
– Olha, Lilly, há uma possibilidade de Carol estar lá... Só te peço para que durma logo, para que amanhã você tenha energia suficiente para salva-la! - Sam forçou um sorriso.
– Quem diabos é Caroline? - Ele repetiu.
Mas Lilly já estava adormecida no sofá, e sua imagem transferia tranquilidade. Ela estava em paz. E feliz com a possibilidade de encontrar Carol novamente.
– É a irmã mais nova da Lilly. - Lia estava olhando pra Lilly, admirando o único momento de paz em que ela estava, e depois mudou o olhar para Sam, e acrescentou com um sorriso. - E é minha melhor amiga também. Ela é loira dos olhos azuis... Você iria gostar dela.
– Ahhhhh, então ela é gostosa? - Thomas riu.
– Cala a boca, vai. - Sam encarou Thomas. - Quando vê-la, não pense em tocar um dedo nela, ou estará assinando sua sentença de morte. Ouviu, Gates? Grave essas palavras em sua memória para o seu próprio bem.
– Ahhhh, então ela é gostosa!!
Thomas riu mais um pouco, o que deixou Sam irado.
– Tô vendo que a Carolzinha vai ser muito disputada por aqui, heheh. Quero ver quem é que vai ganhar seu amor e sua devoção eterna... – Lia riu.
– Olha se falar nela den - Thomas não deixou ele terminar.
– Olha cara, me desculpe. Jamais tocarei na sua namorada. Agora, vou dormir, e sonhar com a sua cunhada, e também minha futura esposa, senhorita Lilly Bloomwood. - Thomas deitou no colchão, e fechou os olhos, se entregando completamente ao cansaço e sono.
Sam riu daquilo, e tentou aproveitar o máximo aquele silêncio que não ouvia fazia mais de semanas, e seus pensamentos eram voltados a Carol. Será que ela está viva? Quais são as chances d’ela estar naquele hospital? Será que ela me ama? – Esses e mais outros pensamentos deixavam Sam atento, e faziam o sono desaparecer.

________________

Não eram menos que 6:40 da manhã e Lilly era a única que estava acordada. A empolgação não a deixava dormir. Ela foi até ao banheiro e fez um coque em seu cabelo, o que a fez lembrar dos tempos de escola. Lilly foi á cozinha, e achou um pote de biscoitos e começou a comer, com os olhos vidrados na janela. Sem perceber, Lia já estava ao seu lado. Quando se deu conta, tomou um susto.
– Lia, me avise quando você quiser me matar!
– Bom dia, miga! Hoje é o grande dia, não é?
– Sim, hoje é... Pode ir acordando todo mundo... – Lilly viu que Thomas e Sam já estavam de pé. – Ok, ok...
– Quando vamos buscar minha donzela? – Sam perguntou com um sorriso no rosto.
– Agora mesmo. – Lilly disse.
Eles saíram daquela casa confiantes de que ia dar tudo certo. De que iam encontrar Carol viva. Se existe um Deus.. Por favor, que ele faça com que Carol fique viva até a hora de chegarmos lá – e que, por favor, ela esteja lá; Esses foram os últimos pensamentos de Lia após sair daquela casa.


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