O outro lado da Cicatriz escrita por Céu Costa, Raio de Luz


Capítulo 3
Um truque de mágica.....literalmente


Notas iniciais do capítulo

Bom, é uma fic em primeira pessoa, mas a Rosa e Vitória Régia esqueceu de avisar que, bom, como somos eu e a Rosa escrevendo, haveriam duas pessoas.... Bem, agora vamos sempre avisar nas notas do capítulo de quem é POV, tá! Então, sempre olhem as notas do capítulo! ;)

POV. Belle Scolfh



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– E o vencedor do prêmio Mágico do Ano da Academia de Artes Mágicas vai para.............

Criss Angel balançou seu braço, e na sua mão surgiu uma carta, um 9 de copas. Ele virou a carta, e leu o nome que estava escrito no verso. Meu coração batia forte.

– .....Não, não pode ser! - ele virou a carta, mas não podia negar - Ahnnnn.......... Bom, eu devo anunciar, a ganhadora deste ano é........ Belle Scolfh, a mais nova Houdini já conhecida!

Um show pirotécnico fez gelo seco aparecer no palco, em um local específico. Toda a platéia aplaudia, olhando atentamente para a fumaça. Faíscas saíam de dois jatos no chão, levando a plateia à loucura. Então, a fumaça se dispersou, revelando nada além do que o palco vazio. Criss Angel olhava atentamente para o canto do palco, esperando o momento que eu subiria para receber o prêmio de suas mãos.

– Pois é! - eu disse atrás dele, fazendo ele levar um susto. - Parece que ela não vem! Pode entregar para mim mesmo!

Criss Angel se virou subitamente, e toda a platéia caiu na gargalhada.

– Assim você mata o papai! - ele colocou a mão em seu peito, ofegante.

A platéia aplaudiu, enquanto ele apertava minha mão.

– Muito bem, senhoras e senhores! Belle Scolfh!!!! A Mágica do Ano! - ele me entregou o troféu. Era uma cartola com orelhas de coelho saindo, toda dourada.

– Criss Angel, este prêmio é muito lindo! - eu disse pegando o troféu, e olhando dentro - Mas parece que a cartola não está vazia...

– Não, mas eu mesmo verifiquei! - Criss olhou dentro da cartola.

Um baralho inteiro pulou no rosto dele, espalhando cartas por todo o palco. E a platéia ria.

– Muito engraçado, Belle, muito engraçado. - ele se afastou, tirando cartas do nariz.

– Eu sei, - eu disse, colocando a mão dentro da cartola - mas não tão engraçado quanto isto!

Eu retirei um cinto de tachas pontudas e prateadas. Criss Angel ficou olhando atentamente.

– Mas esse é meu cinto! - ele apontou para o objeto em minha mão.

– Eu sei! - eu comecei a rir.

Criss olhou para baixo, e viu que suas calças estavam em seus pés, diante da rede nacional. E a platéia ria frenéticamente. Ele começou a correr atrás de mim, fazendo a platéia gargalhar ainda mais. Imagine só, Criss Angel correndo atrás de mim com as calças arriadas na frente de toda a mídia.

Logo eu me escondi atrás do palco, e ele também, mas em outro canto, e ergueu as calças. Quando me viu, se aproximou.

– Você vai me pagar, Scolfh! - ele pegou o cinto e colocou em suas calças - Vai pagar muito caro por isso!

– Não acho! - eu disse, piscando para ele - Como você se sente, sabendo que a garotinha que você desprezou acaba de roubar seu prêmio e arriar suas calças? Te vejo no ano que vem, amador!

Eu repeti as palavras que ele me disse ano passado, quando eu ainda estava começando minha carreira. Ele bufou, fechou o cinto e voltou para o palco. Engraçado como o mundo dá voltas. No ano passado, eu estava no camarim dele, me espremendo entre milhares de fãs só para mostrar um truquezinho para ele. E ele me disse que eu não tinha futuro nesse ramo. E agora, ele tem que reconhecer na mídia mundial que eu sou a melhor. Quem é o amador agora, pagando mico?!

Enquanto eu assistia Criss Angel retornar para o palco, com as calças no lugar e a maior cara de tacho, ouvi Robert se aproximar de mim.

– É a hora. - ele disse. Eu suspirei. - Suas coisas já estão no carro. Vamos.

Eu segui ele em silêncio, percorrendo os corredores, onde muitas pessoas me cumprimentaram, dizendo "parabéns" e "você merece". A ansiedade tomava conta de mim, um comichão forte e poderoso. Não pelo prêmio, pois agora eu já ganhei, mas pelo fato de que eu ia pela primeira vez sair de Vegas, a cidade de onde eu nunca saí em toda a minha vida, onde eu fiz fama e muita fortuna, e onde minha família mora.

Entrei no Mercedes preto, e Robert começou a dirigir. Tirei a carta de papel pardo do meu bolso outra vez e a li, mais para mim mesma do que para Robert.

– 50 pergaminhos; 3 penas; 1 kit de frascos; 1 caldeirão de estanho, tamanho padrão 2; 1 kit de ingredientes para poções; 1 varinha... - eu lia, só analizando.

– Bom, desta lista, só faltou comprar mesmo um bichinho para você, já que eu não sabia o que você queria, então... - ele falou.

Olhei para o lado e constatei que havia muitas sacolas de compras e embrulhos de papel pardo no banco, do meu lado.

Hogwarts. Então realmente isto está acontecendo. Jamais eu ou qualquer outro membro de minha família entrou no mundo mágico, desde que minha família se mudou para o mundo mágico, procurando um lugar melhor para as famílias mágicas se estabelecerem, pouco antes da Renascença começar. Pensar em retornar, depois de tantos séculos, me embrulha o estômago.

– Chegamos no Caldeirão Furado. - Robert parou o carro.

Ele se virou para trás e olhou para mim, esperando que eu dissesse alguma coisa.

– Não vai me perguntar como??? - ele disse, anisoso.

– Um mago nunca revela seus segredos Bob. Você esqueceu? - eu ri.

Olhei para o lado de fora, abaixando o vidro da janela.

– O que eu vou fazer aqui, nessa pocilga? - eu desdenhei.

– Comprar um bichinho, lembra? - ele me estendeu um bilhete - Não esqueça sua passagem para o trem.

– Ótimo! Tudo o que eu queria! - disse, sarcástica - Entrar em um bar fedorento e ir a um beco de quinta!

Eu desci do carro, pegando meu sobretudo, para esconder minha roupa de mágica, e Bob segurou meu pulso.

– Não se esqueça, todas as suas coisas estarão à sua disposição, mas quando você entrar no trem que vai ver suas malas mesmo.

– Tá, já que não tenho escolha...

Era um bar sujo e fedorento, com mesas de madeira e péssima iluminação, o que remetia às tabernas medievais. Os homens me olhavam, curiosos, bêbados nojentos, nunca viram uma garota de sobretudo e meia rastão preta não?! Pervertidos! Caminhei a passo rápidos, doida para sair daquele moquifo.

Entrei em uma portinha, nos fundos do local. Era um cubículo, diminuído ainda mais pelas caixas com verduras e garrafas vazias, cercada por muros de tijolos rústicos. No Beco Diagon-Al, propriamente dito, tinham muitas pessoas, mas nada me chamava a atenção. Entrei em uma loja, que tinha uma placa vermelha de madeira, onde dizia assim:

Madame Geneviève

ARTEFATOS, ANIMAIS & ANTIGUIDADES DESDE 1875 A.C.

– Bom, acho que é aqui.


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Notas finais do capítulo

Para quem ficou confuso, aviso denovo, esse POV é da Belle, quando for da Sophie, vai aparecer nas notas do capítulo!