O outro lado da Cicatriz escrita por Céu Costa, Raio de Luz


Capítulo 17
Grifinória x Sonserina




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/531765/chapter/17

Pov Belle

Os dias tem passado escuros demais. Sophie tem ficado cada vez mais fechada, quase não fala comigo. Apenas tem comparecido às aulas e se esforçado para continuar uma aluna perfeita em poções, agora sem a ajuda do Potter. Que aliás, não tem mais aparecido para ela desde o jantar do Slughorn.

Sophie anda cada dia mais calada. Não come, também quase não dorme, e quando consegue, tem pesadelos e acorda gritando o nome de Harry Potter. E depois fica furiosa, chora e vai para o salão comunal da Sonserina. Dedica seu tempo livre a enviar cartas a uma mulher chamada Olímpia Maxime, mas eu não consigo entender o que elas conversam, pois escrevem sempre em francês.

Fora isso, Sophie tá um caco. Olha, não sei como se chama aqui no mundo da magia, mas lá nem NY isso se chama depressão.

****

– Sophie? - eu entrei no dormitório.

Ela estava sentada na janela, escrevendo. Nem olhou para mim.

– Sophie? Eu te trouxe chocolate quente. - eu me aproximei da cama dela.

– Merci. - ela agradeceu, mas não me olhou.

Sophie continuava a escrever, e logo aquele silêncio incômodo e sepulcral caiu sobre nós duas. Denovo.

– Escuta, Sophie.... - eu falei outra vez - Hoje tem jogo. De... de quadribol. Sonserina x Grifinória..... Olha, Sophie, vai ser meu primeiro jogo de verdade, Eric vai jogar também.... Significaria muito pra mim se você fosse. Digo, muito mesmo...... E.... Bom, eu já... vou indo. Tchau.

Eu me virei de costas, e caminhei para sair do quarto.

– Quebre a perna. - ela falou.

De início, fiquei brava. Como ela pode me desejar que eu quebre a perna em um jogo de quadribol?

– Belle? - ouvi Eric chamar, pouco antes de entrarmos no estádio. - O que foi?

– Sophie mandou eu quebrar a perna! - eu disse, furiosa.

– Ah! Que bom! - ele disse, aliviado.

– Como que bom? - eu explodi - A garota quase nem fala comigo, e quando fala, manda eu quebrar a perna em um jogo de quadribol?!

– Belle, deixa eu te explicar. - Eric riu - No teatro e nos esportes, dá azar desejar sorte. Por isso os franceses tem o costume de desejar coisas ruins para os outros pouco antes de algo importante, pois se desejarem as coisas ruins, as boas virão por consequência!

– Hum... por isso sempre que eu ia entrar no palco para um show, minha mãe sempre dizia m#%+@ pra mim... - eu lembrei.

– Bom, esse é o espírito. - Eric suspirou.

Quando entramos no campo, as arquibancadas estavam todas cheias. Todos da Grifinória torciam para o Potter, enquanto os da Sonserina torciam para o Eric. Eu não me importo em ouvir o nome do meu love na voz da torcida, pois sei que ele é lindo, maravilhoso e um excelente jogador. Mas para as cobras recalcadas, um aviso: esse já tem dona.

Mas o que mais me deixou feliz, foi ver, depois dos três primeiros gols da Grifinória, que Sophie estava na arquibancada da Sonserina, torcendo por mim. E isso me fez sentir um novo ânimo. É uma pena que não ajudou muito. Grifinória venceu.

***

Eu entrei no quarto. Sophie estava parada no meio do quarto, olhando para as paredes. Eu me aproximei dela. Em sua frente, ela via outro lugar, que eu também podia ver. Era um pequeno corredor escuro, na ala da Grifinória, parecia aparentemente vazia. Potter apareceu na visão. Ele parecia preocupado, e andava desesperado, olhando para todos os lados. Ele virou para um lado, e viu Hermione, sentada no degrau de uma porta. Ela conjurava uns passarinhos de aura, muito bonitos.

– Encantamentos. - ela disse, ao notar o rapaz atrás dela. - Eu só estou praticando.

– São muito bons. - Harry sentou do lado dela.

Hermione apenas agitava a varinha suavemente, fazendo os passarinhos flutuarem graciosamente.

– Como você se sente, Harry, sabendo que Sophie é a Sonserina, e por isso se distancia de você? - ela foi direta. Potter assustou-se com a pergunta. - Eu sei, eu vejo como você olha para ela. Você não consegue disfarçar.

Ronald apareceu no pátio, abraçado a uma moça risonha.

– Opa... - a moça disse, ao ver os dois - Acho que aqui já está ocupado. Vamos sair daqui.

Ela o puxou, mas ele ficou parado, olhando para os dois.

– Que encantamentos legais! - Ronald falou, gentil.

Hermione levantou-se, furiosa.

– Opugno!

Os passarinhos dela começaram a perseguir Ronald, que correu desesperadamente. Os pássaros se atiraram contra uma parede, destruindo-se.

Ela então soluçou alto, e sentou-se, chorando. Potter sentou mais perto da amiga, e ela abraçou-lhe o braço, chorando dele.

– É assim que me sinto. - ele sussurrou.

Sophie fechou a visão, sentando-se no chão. Ela encostou-se na cama, e soluçou compulsivamente.

– Eu não queria isso!.... - ela chorou - Eu não queria que sofresse por minha causa!.... Nem ao menos que me conhecesse!...... Pare de sofrer por mim, Harry!..... Não quero que sofra por mim!

Eu sentei do lado dela.

– Tudo isso era por ele? - eu perguntei, mais para mim do que para ela. - Por que não admite?

– Por que não quero que ele sofra!.... - ela soluçou - Nunca mais... Nunca mais!.... Nunca mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nunca diga nunca.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O outro lado da Cicatriz" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.