É Megan! escrita por HuannaSmith


Capítulo 56
Você aceita?


Notas iniciais do capítulo

Mul desculpas pela demora, mas com as comemorações de Natal e Fim de Ano, fica um pouco difícil achar tempo para encrever meus queridos leitores, espero que gostem desse capítulo reta final, boa leitura!



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Como cortar pela raiz se já deu flor?
Como inventar um adeus se já é amor?
Como cortar pela raiz se já deu flor?
Como inventar um adeus se já é amor?

Não quero reescrever as nossas linhas
Que se não fossem tortas não teriam se encontrado
Não quero redescobrir a minha verdade
Se ela me parece tão mais minha quando é nossa

Me me deixe preencher com vazios
O espaço que é só teu
Não se encante em outro canto
Se aqui comigo você já fez morada

Sandy - Morada

Davi

Fazia mais de ano desde um momento como esses, mas pra mim faz muito mais, coloquei minha mão em sua lombar, Megan se aproximou mais ainda, colocando seus seios em meu peito, sua boca beijou a minha.

Subi minha mão por suas costas, lentamente, até sua nuca, os cabelos alí se arrepiaram, ela mordeu gentilmente meu lábio inferior, provocando um leve sorriso.

A escuridão tomava conta da noite, éramos iluminados apenas pela luz vinda do projetor, que ainda passava as fotos, estávamos sendo iluminados por nossa própria história.

Megan colocou a mão no centro do meu peito, começou a descer, deslizando as unhas durante o trajeto, eu sabia exatamente onde ela queria chegar, deixei, mas logo dei a minha deixa.

– Veste a roupa - disse levantando e procurando minhas calças

– Ah não Davi! Você já cansou? - ela disse ainda deitada no colchão improvisado entre os computadores

– Não é isso - vesti minha blusa - preciso que veja uma coisa

– As estrelas? Oh thank you, eu já as vi - ela brincou

Fui para o campinho, deixei Megan sozinha para que se vestisse, acendi os dois pequenos postes cravados na grama, que iluminaram parcialmente o lugar, o restante as estrelas tomaram conta, chequei se tudo ainda estava em ordem.

Com cinco minutos e meio, pois eu estava contando, Megan veio juntar-se à mim, vestida apenas com meu casaco, que nela mais parecia um vestido, mas porque me importar? Só havia nós dois alí mesmo.

Ela sentou ao meu lado nas almofadas coloridas, contemplando a mesa de madeira à nossa frente, o olhar dela brilhava ainda mais sob a luz vinda da lua, ambas tão linda e tão preciosas.

– Pra que é tudo isso? - ela perguntou olhando em volta - Não que eu não tenha gostado mas é só que... pra quê?

– Pra você, eu preciso de um motivo para dar um presente á mulher que eu amo?

A nossa frente, sobre a mesa de madeira na grama - que mais parecia uma grande tábua, pois não tinha pernas - havia uma vela, a qual acendi com um isqueiro deixado alí de prontidão, o fogo iluminou e aqueceu nossos rostos.

Depois disso, peguei um lápis e dois pequenos pedaços de papel, deixados ao lado do isqueiro, e entreguei um destes á ela.

– Tem que escrever seu maior sonho, não vale mentir - disse

– E depois?

– E depois a gente queima - ela me olhou de uma forma interrogativa - as cinzas serão levadas pelo vento, para além dos céus e das nuvens, onde ninguém nunca jamais esteve - fiz uma pausa - é onde os sonhos se realizam

– Uou... você andou empenhado nisso! - Megan disse rindo, como sempre, nunca perde esse incrível jeito de ser, feliz o tempo todo

Ela escreveu e depois dobrou escondendo seu sonho, fiz o mesmo no outro pedaço, juntos e letalmente, encostamos a pontas do papel no fogo, rapidamente foram consumidos e transformados em cinzas, as quais foram levadas pela corrente de vento que nos atingiu, quase a apagando a vela.

– Eu te amo - olhei no fundo de seus olhos

– Não precisa repetir pra que eu saiba que é verdade, eu já sei disso - Megan colocou a mão em meu ombro, porque eu também te amo

Como o momento, nossos corações e tudo em volta pedia, nos beijamos, como há muito, muito tempo, não fazíamos.

*****

Um raio de sol atingiu meu rosto, como se dissesse: "acorda cara! Você perdeu... tudo!", eu realmente havia perdido... quase isso, Megan não estava deitada ao meu lado em nosso colchão improvisado no meio da sala do nosso apartamento também improvisado, o que a princípio me fez pensar que ela poderia estar no banheiro ou fazendo um belo café da manhã pra mim como nos filmes, mas não foi nenhuma das opções acima.

Havia bilhete rosa colado na parede:

"Eu realmente precisava fazer isso, me desculpe, espero que entenda"

Eu pulei da cama no instante que li aquelas palavras em letras corridas, como assim ela foi embora?!

Procurei meu celular em quanto vestia minhas calças, e como sempre, pelo menos nos últimos um ano e três meses, o celular da Megan só dava ocupado, eu não tinha escolha, tive que fazer aquilo.

– Alô? Pamela?!

– Hi Davi, sou eu, o que...

– Onde tá a Megan?! Ela tá aí?! - interrompi

– No, ela foi pro aeroporto logo cedo, mas...

– Obrigado!

Desliguei a ligação sem deixar que ela terminasse a frase, eu precisava correr, vesti minha blusa enquanto descia as escadas, o elevador era muito devagar.

Peguei a chave da moto do Matias com o porteiro, ele guardava na nossa garagem, coloquei o capacete e acelerei para o aeroporto, não sabia se era o certo, mas tinha que ser.

~•~

Megan

Coloquei meu vestido vermelho de alcinha, que havia deixado em um dos dois quartos do nosso pequeno apartamento, prendi o cabelo em um rabo de cavalo relativamente alto e passei um batom da mesma cor do vestido, minha sapatilha estava próximo ao colchão que Davi, lindamente, dormia.

A peguei sem que ele acordasse, como se fosse possível que o fizesse, dormia como uma pedra. Escrevi em um dos meus bloquinhos e preguei a mensagem na parede, já que não tinha mesa, cadeira, poltrona ou qualquer outro móvel.

Davi teria que entender, eu realmente não podia deixar de ir, pois foi algo que prometi e promessas não devem nunca serem quebradas.

~•~

Cheguei no aeroporto por volta das 10 horas da manhã, o que era bem em cima da hora, acabei acordando tarde, por que, enfim, quase não dormi noite passada, havia coisas mais... interessantes para fazer com Davi.

Procurei o "portão 26", exatamente como estava escrito na mensagem no *Marrapp (*analogia ao aplicativo Whatsapp), algumas pessoas começaram a sair empurrando carrinhos e bagagens, pessoas abraçavam seus entes queridos, recém chegados de viagem, eu só esperava ser minha vez.

~•~

Davi

Subi com tudo na rampa que ficava em frente ao aeroporto, acabei levando a maior bronca do segurança, mas expliquei - em cinco segundos - minha situação para ele e deixei a moto ali mesmo, confiando a chave ao homem de roupa preta uns 7 centímetros mais baixo do que eu, Deus iria me ajudar para que fosse um homem de boa índole.

As portas automáticas abriram assim que coloquei meu pé à frente delas, liberando uma corrente de ar frio que balançou meu cabelo, corri até o balcão mais próximo, furando a fila de umas dez pessoas e suplicando a atendente.

– Qual o portão do próximo voou para São Francisco, Califórnia?!

– Senhor, você deve pegar a fila - a mulher de pele e cabelos escuros disse

– Eu não tenho tempo! Preciso da informação

Ela me encarou por uns três segundos e começou a teclar alguma coisa no computador, até me olhar e finalmente me responder.

– O próximo voou está saindo no portão 27, você tem apenas três minutos para chegar antes de...

– Obrigado! - disse a interrompendo e correndo atrás de um daqueles carros de golfe que nos levam mais rapidamente até os portões

Depois de dar uma boa volta e gastando um dos meus três minutos, tinham umas quinze pessoas dentro daquela coisa, o parei quando já estava saindo.

– Desculpe, mas está lotado - o motorista de bigode disse brecando - espere outro carrinho

– Você não entende? Eu não posso esperar!

– Eu sinto muito, mas ou espera ou vai ter de ir andando! - ele disse empurrando o carrinho e me deixando para trás

O portão ao meu lado marcava "20", eu tinha um longo caminho pela frente e pouco mais de um minuto para mudar minha vida pra sempre, respirei fundo e corri o máximo que minhas pernas permitiam, era isso ou perder a única mulher que eu realmente amei neste mundo.

"23", "24", "25"... eu demorava uma eternidade para passar por um portão, eu precisava ser mais rápido, não tinha tanto tempo assim, iria acabar a perdendo de vez, foi aí que eu vi, longos cabelos dourados caídos sobre um vestido vermelho, ou eu corria até o portão 27 ou parava alí e arriscava a minha vida inteira, mas eu tinha certeza que era ela, bem alí, parada em frente ao portão 26, a balconista poderia ter se enganado, colocando assim toda a minha vida em risco, tinha que ser ela!

– MEGAN!! - gritei

Foi como se tudo entrasse em câmera lenta, anos se passaram até que a moça de longos fios dourados olhasse para mim, e com um sorriso radiante e brilhante... falasse meu nome.

– Davi?

Era ela. Parada a minha frente, com uma postura incrível e um olhar saltitante, Megan pronunciou meu nome em uma pergunta, enquanto eu respirava profundamente repondo todo oxigênio perdido e, contemplando aquele rosto perfeito me olhando com um sorriso enorme, como se eu não tivesse atravessado a cidade inteira para estar alí, mas que bom que estou.

– O que você tá fazendo...

– Me escuta - a interrompi - não foi assim que eu planejei, nem de longe, mas se é a única forma de você não entrar naquele avião, eu faço

Megan estava com um olhar confuso, realmente não entendendo o que diabos eu estava falando e, pra dizer a verdade, nem eu sabia.

– Desde o dia que eu te conheci, nada mais na minha vida perdeu a graça, quando uma coisa está ruim, você sempre me ajuda a ver o lado bom - meus olhos se encheram de lágrimas, os dela também - não importa o quão triste ou terrível a situação possa parecer, você sempre, sempre vai fazer tudo ficar bem com uma simples frase, - ela sorria enquanto algumas lágrimas escorriam de seu rosto - e é por isso que eu te amo, por ser essa pessoa tão gentil, educada, maluca e... perfeita, eu quero que saiba que eu te amo hoje - coloquei um joelho no chão, como manda o figurino, segurei sua mão - te amarei amanhã e pelo resto de nossas vidas, neste e em qualquer outro quântico - nós dois sorrimos

Respirei fundo antes de tirar uma pequena caixa aveludada do meu bolço, algumas pessoas pararam de andar para nos observar, já formavam um círculo torto á nossa volta.

– Megan Lírio... - continuei - Parker Marra, você aceita passar o resto dos dias da sua vida ao meu lado? - abri a caixinha em um clique, lá dentro estava a aliança que comprei, não tinha o maior diamante e nem foi a mais cara da loja, mas fui eu quem escolhi e é de coração

Escorreram mais lágrimas dos olhos dela, Megan se ajoelhou á minha frente, ficando da minha altura, passou a franja para trás da orelha e me olhou profundamente, naquele momento eu só queria que ela disse uma palavra...

– Sim, eu aceito - Megan disse com um sorriso que ia de uma orelha á outra, meu coração pulou

Tirei o anel da caixinha e coloquei no dedo dela, a qual segurou o meu queixo e me beijou, atravessei os dedos nos cabelos de sua nuca, as pessoas em volta começaram a bater palmas, como naqueles programas de TV, só que a diferença é que a nossa história é real. Saí do beijo para dar á ela mais uma coisa, que também iria mudar nossas vidas.

– Isso é pra você - entreguei um envelope amarelado

Antes que ela pudesse me perguntar do que se tratava ou pelo menos abrir, fomos "interrompidos", por duas, não, três pessoas, muito queridas e que não víamos á um bom tempo.

– Ok, what is happening?

– Baylee? - Megan se levantou - Baylee!!

Megan praticamente pulou em cima dela, as duas se abraçaram rindo á toa, Megan pulava e mostrava o anel para a amiga, a qual se emocionou junto com... todos nós.

– Menina as coisas andam rápido por aqui, right? Da última vez que trocamos mensagem vocês estavam em uma DR* interminável - Baylee disse rindo - mas não sabem como eu fico feliz em ver vocês dois assim... juntos!

* DR = discussão de relacionamento

Levantei e passei minha mão na cintura de Megan, a qual deitou o rosto sobre meu peito.

– Então... cadê ela? - Megan perguntou empolgada

Danilo desenrolou uma coisinha que tinha aconchegada nos braços, que media alguns centímetros, Megan logo colocou a "sobrinha" no colo, já que as duas se consideram irmãs, com os olhinhos meio caramelados e o cabelo escuro como a noite, a pequena sorriu para Megan, nós dois ficamos fazendo caretas para ver Maria Clara rir, feito dois idiotas, mas naquele momento... nós estávamos sendo uma perfeita família.

~•~

Megan

Chegamos na casa dos meus pais cerca de uma hora depois que aprendemos como colocar a cadeirinha da Maria no meu carro, dizer "a casa dos meus pai" invés "da minha casa", significa que agora eu tenho uma casa, o pequeno apartamento que divido com o meu... noivo.

Davi chegou logo atrás na moto do Matias, estacionamos os veículos alí em frente e fomos ao encontro da minha mãe, que esperava ansiosamente pela Maria, aliás, todos esperavam por ela, é uma graça.

– Novidades é o que não faltam tia Pam - Baylee disse entregando Maria á ela - e não falo por mim, não é mesmo, Meg?

– What? - exclamei me sentado no sofá - oh yeah... novidades - Baylee riu - Davi e eu vamos... Davi me pediu em casamento - disse de uma vez

– What?! - ela perguntou com um grito, levantei a mão com a aliança - Oh my Goodness Megan! Isso é incrível! Parabéns meu amor, que vocês sejam muito felizes

– Thank you mom - agradeci com um sorriso, Davi sentou-se ao meu lado - pode me dizer agora o que queria mom, eu li sua mensagem quando tava no aeroporto

– Ahn.... porque não ouvimos a novidade do Davi primeiro? - ela enrolou

– Novidade do Davi? Que novidade amor?

– O envelope - ele me entregou o envelope amarelado - abre

Todos na sala olharam pra mim com cara de "abre logo isso!", e minha mente também ordenava a mesma coisa, o que será de tão importante que aquela folha meio amarelada continha? Abri.

Li atentamente o documento:

"No dia 1/12/2015 será aberta uma reunião no Conselho Tutelar para a definição da guarda de Samuel Alvez Lima"

– Mas... eles haviam me negado essa petição, disseram eu não tinha casa própria, nem renda, que era muito jovem e não era casada - meus olhos já ficaram molhados

– Nós temos nosso apartamento, você tem o salário fixo da Plugar e agora tem... um marido - Davi disse com um sorriso - a parte do jovem a gente resolve

– Eu te amo - o beijei

– Então temos que comemorar! - Baylee disse levantando uma taça de champanhe - Principalmente porque agora eu poço beber - todos riram

– Só um segundo Bay - pedi - a mamãe ainda não me disse o que queria me falar

– Segura a Maria, Danilo - mom entregou a pequena á ele - o que eu tenho pra te dizer Megan... é que... à polícia encontrou seu pai

– En.. encontrou? - gaguejei

– Trouxeram Jonas para cá e ele vai ser condenado hoje, pelos crimes que cometeu

– Yeah, mas ele não cometeu crimes, a única coisa que é verdade é sobre o vírus de computador, o resto é mentira, quem vai defender ele?

– Nós vamos - tio Brian disse entrando na sala - as informações que Jonas deu a você, Megan, não só sobre o nosso projeto, em meio a elas está a verdade

– Eu faço o que for preciso para que meu pai não seja preso

~•~

O julgamento de Jonas Marra aconteceu no dia seguinte bem cedo, Megan não pode nem sequer chegar perto ou falar com o pai, mas o defendeu bravamente junto com o melhor advogado do país, deixando seu pai livre dos crimes que ele não havia cometido de fato, inventados por Herval Domingues, que agora estava sendo procurado pela polícia, mas Megan não conseguiu livrar seu pai da prisão, preso por fraude e sentenciado a quatro anos na cadeia, a menina só pode dar um abraço no pai antes que ele fosse levado para os Estados Unidos, aonde seria encarcerado.

Mesmo com uma profunda dor em seu coração, Megan sabia que o pai estava pagando pelo o que fez e que a justiça tinha de ser feita. Após o julgamento, ela foi para o a reunião com o Conselho Tutelar ao lado de Davi, e de lá, mais uma vez, saiu vitoriosa, com lágrimas no rosto e um sorriso acompanhando, segurando um menino de cabelos castanhos nos braços, Samuel Alvez Lima agora era reconhecido, oficialmente, por Samuel Pedro Parker Marra Reis, filho de Megan Lily e Davi Reis.

Samuel Pedro, segundo nome escolhido em homenagem ao avô paterno de Megan, o qual ela não teve a oportunidade de conhecer, foi morar no apartamento junto com os pais, o qual Megan mobiliou com todo amor e carinho, pintando o quarto do pequeno com a ajuda do noivo em tons de azul, acabaram pintando a si mesmos em uma tola "guerra de tinta", todo o esforço valeu a pena quando Samuel Pedro abriu um sorriso de orelha a orelha, contemplando o quartinho recém-reformado.

Megan e Davi conseguiram recursos suficientes para finalmente abrir a Brazuca com uma empresa independente, não mais ligada a Plugar, o Júnior começou a ser vendido como água, todos queriam o pequeno robô que ajuda a programar, logo mais e mais gênios se juntaram a Davi, Megan e Ernesto, como Danusa, prima de Megan, que se mostrou muito inteligente criando novos programas para a empresa, logo, a Brazuca se tornou um grande império.

Com tanta publicidade ruim, a Marra foi ficando cada vez mais atrás de empresas como a Brazuca, mas Megan juntamente com Davi e com o apoio da Brazuca, fizeram a empresa do pai dela, gradativamente, crescer novamente por todo o mundo, mas só que agora pensando de uma maneira diferente, "dando lugar a todo mundo que pense um pouco como agente", dando lugar a futuros gênios.

Matias finalmente passou na faculdade de psicologia e acabou pedindo Danusa, prima de Megan, em casamento, os dois foram morar a poucas ruas de uma das sedes da Brazuca. Baylee conseguiu superar a gravidez e se erguer nas passarelas novamente, fazendo cada vez mais campanhas importantes, como HOPE, Versage, Channel, entre outros, Danilo passou a administrar carreira da esposa, assim estavam sempre juntos, e a pequena Maria Clara cresceu cada vez mais radiante, com seus longos cabelos escuros, sua franjinha, e seu sorriso encantador, sempre em contato com seu primo, a quem docemente, ela aprendeu a chamar de Samuca.

Pamela não se envolveu com mais ninguém, mas seguiu sua vida com felicidade e dedicação, cuidando e amando seu neto, Samuel, e ajudando a filha a tocar a Marra International. Rita tornou-se a comandante da Plugar, expandindo a ONG para outros estados e ajudando cada vez mais crianças e jovens carentes, seu marido, Dante, finalmente conseguiu fazer um certo sucesso como cantor, cantando em lugares maiores e sendo cada vez mais requisitado.

Luene se tornou madrinha de Samuel e uma grande "Mc", trabalhando com pessoas como Annita e outros cantores do funk, estilo de música que particularmente Megan não gosta, mas as duas seguiram sendo grandes amigas. Com a ajuda da mãe, do marido e com os primeiros frutos de seu trabalho na Marra e na Brazuca, Megan fundou o Megan's Solidary, uma instituição que espalhou-se por todos o país, cuja principal função e acabar com os orfanatos, cuidando de todas as crianças com todo amor e respeito, o primeiro orfanato a ser abolido foi o qual Samuel morava antes de ser adotado, foi destruído e substituída pela primeira sede do Megan's Solidary, as crianças fizeram festa.

~•~

2 ANOS DEPOIS

Megan

Coloquei uma fruta, um pacote de biscoitos, uma garrafinha de leite e outra de água, tudo dentro da lancheira do Samuel, que era em formato de dinossauro, o que eu não gosto muito, mas... ele adora.

– Já arrumou a mochila querido?

– Já, mamãe - ele disse erguendo os bracinhos para que eu o ajudasse a sentar na cadeira

– Eu fiz o seu preferido, panquecas - disse enquanto o pegava no colo e colocava no banco em frente a mesa da cozinha - come tudo

Enquanto Samuel se deliciava com as panquecas, abri a geladeira e peguei um copo de suco de laranja, o meu preferido, Davi veio do quarto me pedir ajuda.

– Eu não consigo arrumar isso - ele disse segurando a gravata toda amarrotada - você me ajuda?

– Eu até poderia, mas você não combina de gravata

– Sério?

– Sério, pelo menos não pro dia a dia, deixa a gravata de lado, coloque aquela sua blusa azul e o casaco cinza

– Mas representantes irão a Brazuca hoje, preciso conseguir vender a nova versão do Junior, além dos outros projetos de Ernesto e da Danusa

– Exatamente por isso que não pode ir de terno, né? Vai lá e coloca a roupa que eu te disse, casual e formal ao mesmo tempo

– Adoro como você me veste - Davi abaixou o rosto me beijou - pelo menos não fico parecendo um pinguim

– Papai, já tá quase na hora da escola! - Samuel gritou da mesa

– E eu tenho reunião na Marra - completei

– Me troco em cinco segundos pequeno Dino - é como Davi o chama, ele riu

~•~

O sol alaranjado iluminava todos os quilômetros de areia na praia, que não estava tão lotada assim, Megan sentada na mesa, observava ao longe Davi jogar Samuel para cima e depois pegá-lo com um sorriso no rosto, naquele momento, ela agradecia a todas as forças a vida que tinha, um marido, um filho, uma casa e principalmente felicidade.

– Vem mamãe! Vem!

Megan levantou da cadeira antes mesmo que o menino terminasse o pedido, e foi juntar-se a sua família, brincando de pega-pega na beira do mar, risos e sorrisos complementavam todo aquele momento de alegria, Davi segurou a esposa e a rodopiou no ar, antes que Samuel pedisse para que o mesmo fosse feito com ele.

Davi colocou o filho no colo, Megan beijou a barriga do pequeno, que soltou uma risada gostosa com as cócegas, era um fim de tarde maravilhoso, o pôr do sol ao longe parecia reverenciar-se aquela família, que, com muitas dificuldades, foi capaz de encontrar motivo para ficarem juntos e amarem uns aos outros.

Depois de tanto brincarem, Megan acabou se cansando e sentando na areia mesmo, Davi logo foi juntar-se á ela, os dois observavam Samuel brincar com as ondas, sem nunca se afastar demais.

– Sabe uma coisa? - Megan virou o rosto na direção do marido, enquanto este falava - eu nunca te agradeci

– Pelo o que? - a menina perguntou

– Por essa vida extraordinária, por nunca ter desistido de mim, em nenhum momento, e quero me desculpar, por ter sido tão idiota a ponto de algum momento negar nosso amor

– Tá tudo bem...

– Olha a nossa vida Megan - ele interrompeu a esposa - eu nunca podia imaginar que seria tão feliz, olha o Samuel, ele a cada dia fala mais! Você não sabe o quanto isso me faz bem

– Eu te amo - Megan declarou-se antes de beijar o marido, passando as unhas por sua nuca - e já que a gente tá nesse momento tão família, tenho uma coisa pra te contar

Davi sorriu, esperando que Megan continuasse, foi o que ela fez, de dentro de sua bolça a menina tirou uma coisa, um par de sapatinhos brancos, menores do que sua mão, e colocou na altura do rosto de ambos, Davi observou aquilo na mão da esposa por alguns minutos, antes de abrir o maior sorriso.

"São pequenos demais pro Samuel" pensou Davi, "sei exatamente quando isso aconteceu" apostou ele, abrindo o maior sorriso e arrancando outro da esposa, Davi a beijou fervorosamente, fazendo a esposa deitar na areia e ele por cima, as forças do quântico ajudaram para que Samuel apenas olhasse para as ondas naquele momento.

– Eu já te disse que te amo? - Davi perguntou

– Yeah, mas pode dizer, eu não me importo - Megan disse rindo

Davi deixou Megan sentar-se e tocou a barriga da esposa, a qual colocou sua mão sobre a dele, com um sorriso, ambos olharam para Samuel, que soltou uma gargalhada enquanto corria de uma onda.

– Ele vai ser um excelente irmão

– Vai sim - Megan concordou

– Precisaremos de uma casa maior - ele disse rindo

– Pensamos nisso depois, vamos só... aproveitar

Davi beijou a barriga da esposa, rindo emocionalmente, Samuel logo foi juntar-se aos pais, ele não sabia naquele momento, mas iria ganhar um irmão ou irmãzinha, e finalmente, os Deuses de todos os quânticos, abençoaram aquela família que estava apenas começando, para que fossem felizes, por todo sempre.


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Notas finais do capítulo

ESSE NÃO É O ÚLTIMO CAPITULO, espero que tenham gostado e aguardem o verdadeiro "último capítulo" , não esqueçam de comentar suas opiniões sobre a história, beijos e até a próxima.



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