Contos de Fadas escrita por Tay Pereira


Capítulo 6
Capítulo 06 - Conhecendo Novas Pessoas - Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela a demora, mais aqui está a parte Vondy.



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Ela teve que admitir: Genóvia não era o fim do mundo como pensara anteriormente. Apesar de ir para um bairro pequeno e não para o centro de Genóvia, Roberta estava gostando de andar no povoado e por momento algum lembrou-se do motivo que a trouxe até ali: o casamento de sua mãe com o rei Franco Colucci.

Depois de andar um pouco mais, Roberta para e começa a olhar em sua volta e acaba ouvindo sua barriga roncar.

– Droga, já me deu fome – reclamou. – E onde que fica o lugar pra comprar algo pra eu comer? – Roberta fala, sozinha.

– Tem dinheiro pra me dar, moça? – um garoto pergunta pra ela.

– Não. E você tem pra me dar?

– Se estou lhe pedindo é porque não tenho né? – diz o garoto, indignado.

Roberta olha para o garoto.

– Você é esperto, garoto. E aí, como se chama?

– Marcelino.

– E onde estão seus pais? – pergunta ela. – Você mora sozinho na rua?

– Sim. Não tenho pais, e meu irmão Urso, está preso – ele faz a cara do gato de botas.

– Urso? – Roberta repetiu. – Hei Marcelino, onde eu posso comprar algo pra eu comer?

– Comprar? Você acabou de me pedir dinheiro, como vai querer comprar algo para comer?

– Você é muito espertinho, Marcelino – admitiu. – Então, sabe onde posso conseguir alguma coisa pra eu comer, de graça?

– Na tua casa.

Roberta riu.

– É sério, garoto. Eu to perdida aqui e preciso comer!

– Você é bonitinha, se comer vai engordar.

– Acontece, que estou em fase de crescimento.

– Talvez se você for comigo até a casa do Miguel, a Maíra pode te dar alguma coisa pra comer.

– Quem é Maíra?

– Tia da Lupita e do Miguel.

Roberta ainda não entende e Marcelino bufou:

– Você irá conhecê-los basta vir comigo.

– E eu devo confiar em um garoto de sete anos?

– Quem aqui tem sete anos?

– Você!

– Nove pro seu governo.

Roberta riu.

– Sério? Mais você é tão fofinho pra ter nove anos.

– Vai continuar implicando com minha idade ou vai querer arranjar algo pra comer?

– Tudo bem, Marcelino. Guia-me até o lugar onde fará minha barriga parar de roncar.

Eles andam alguns minutos até que Marcelino para de andar e diz:

– Fique aí. Eu já volto.

– Qual é? Vai me deixar sozinha aqui? – gritou Roberta.

– É rapidinho – e ele saiu.

Roberta começa a andar de um lado para outro, tentando ignorar a barriga que estava roncando.

– Burra! Burra! Burra! Por que foi confiar num garoto desconhecido? Tá na cara que ele vai me deixar aqui pra sempre!

– Cuidado! – alguém gritou.

Ela olha pra frente e vê um cavalo correndo em sua direção. Roberta tenta correr, mais pareceu não sair do lugar. Até que sentiu alguém pega-la pelos braços e ergue-la. Quando percebeu, estava em cima de outro cavalo juntamente com um cara desconhecido.

– Essa foi por pouco – disse ele.

– Me põe no chão – diz Roberta.

– Não quer dar um passeio á cavalo comigo, donzela?

– Primeiro: Eu nem te conheço. E segundo: Não me chame de donzela.

O rapaz para o cavalo e Roberta desce dele.

– Não vai agradecer-me por tê-la salvado?

– Não precisava ter feito tudo isso.

– O cavalo de meu pai estava sem controle, se pegasse você aconteceria uma tragédia.

– Só eu que acho inapropriado andar de cavalo aqui?

– Como falei, o cavalo estava sem controle e acabou parando aqui.

– Você estava cavalgando em outro lugar?

– Sim, mais o cavalo...

– Já entendi. Obrigada por me salvar, não sei como agradecê-lo por isso! – ela finge estar emocionada.

– Talvez, dizendo seu nome.

– Fale o seu primeiro.

– Diego Bustamante e você como se chama?

No momento que Roberta foi responder, um homem com a aparência de uns 60 anos o chama:

– Vamos Diego, antes que o Tempestade faça mais estragos no povoado do rei Colucci.

– Tudo bem, pai – disse Diego, e saiu dali sem tirar os olhos de Roberta.

Depois de perder Diego de vista, Roberta começa a andar sem rumo, a fim de achar o caminho para chegar ao castelo.

– Droga de barriga que não para de...

Roberta se esbarra com uma garota que estava levando várias frutas em uma cesta.

– De novo não – resmungou ela.

– Me dá uma? – perguntou Roberta.

– O que?

– Uma maçã.

– Mais é que...

– Por favor, eu preciso ir pra casa e estou com fome!

– Onde você mora?

– No castelo da Genóvia.

– Sério?

– Infelizmente sim.

– A vida lá é chata ou o que? – questiona a garota. – Agora todas as donzelas do reinado estão perdidas no povoado.

– Eu não sou donzela. E como assim? Quem mais estava perdida?

– A princesa Mia.

– Onde ela está?

– Já foi pra casa, meu irmão a levou.

– Droga, tinha me esquecido completamente da Barbie – resmungou Roberta.

– Você é a Roberta?

– Sim.

– Sou Lupita – ela se apresenta. - A princesa veio aqui mais cedo, pois não sabia pra que lado ficava o castelo.

– Também não – disse Roberta. – Mais o que quero mesmo é uma maçã.

– Ah claro! – Lupita entrega a fruta para Roberta. – Quer que meu irmão...

– Me leve até o castelo? – completa Roberta. – Não precisa, eu acho sozinha.

Roberta começa a andar de volta até que um vulto passa na sua frente.

– Falei pra você me esperar! – Marcelino diz, fazendo bico.

– E esperei, esperei tanto que quase morri atropelada por um cavalo.

– Desculpa por fazê-la esperar tanto, é que eu estava entregando o dinheiro das vendas de jornal.

– Você vende jornal? – questiona Roberta.

Ele assentiu.

– Então, por que mais cedo pediste dinheiro para mim?

– Um dinheirinho a mais é sempre bom, né?

Roberta riu.

– Você tem razão, no entanto, tenho que ir pra casa agora.

– Sabe, eu gostei de você Roberta. Você é mais legal que a outra garota que veio pra cá.

– Mia... – ela resmunga. – Foi um prazer conhecê-lo, Marcelino. Espero vê-lo novamente.

– E você vai conseguir chegar em casa sozinha?

Roberta olha para o garoto e logo, ambos estavam seguindo caminho até o castelo.

Minutos depois

Marcelino já tinha partido quando Roberta enfim entra no castelo. Ela tenta brincar com os guardas, no entanto, eles nem a notam.

– Idiotas – resmunga ela, indo para a sala principal do reinado.

Antes mesmo de chegar lá, Roberta ouve uma conversa do rei com sua mãe:

– Você tem certeza da sua decisão? – pergunta Alma.

– Sim, tenho. Logo após o casamento de Mia, nós iremos nos casar, meu amor.

Ao ouvir essas palavras, Roberta acaba derrubando um vaso de flores.


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Notas finais do capítulo

Irei viajar, então não sei quando irei postar o próximo.
Beijos e até mais.



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