A música que tocava enquanto eles dançavam, era lenta o que permitia que eles ficassem próximos um do outro. Aquele momento estava sendo tão... Mágico!

— Eu te amo, princesa... – sussurrou ele.

— Eu também...

— Te amo! – Mia falava enquanto dormia. – Te amo, meu príncipe.

— Princesa! Princesa! Está na hora de despertar – ela ouviu alguém dizer.

— Não... – resmungou ela, se virando para o outro lado. – Deixe-me continuar a sonhar com o meu príncipe, Peter.

O homem riu.

— Sinto lhe informar que hoje a senhorita não poderá continuar com esses sonhos.

— Por quê? – questionou.

— Seu pai tem um comunicado importante a fazer.

— Que comunicado, Peter? – ela finalmente abre os olhos e olhou para o homem.

— Infelizmente não sei, princesa.

— Pode me chamar de Mia. Você é como se fosse um avô para mim, Peter.

— Tudo bem, tudo bem – disse ele. – Agora levanta-se!

— Ok. Ok – concordou ela.

Cidade do México

— Roberta! Acorda, querida! – Alma Rey gritou.

— Não! Estou de férias, mamãe. E já que não pude viajar, pelo menos, deixe-me dormir até tarde.

— Não hoje, filhinha.

— E por quê?

— Eu preciso te contar uma coisa, Roberta.

— Pode ser mais tarde.

— Vai ser agora.

— Fale. – Roberta coloca o travesseiro sobre o rosto. – Estou ouvindo.

Alma tira o travesseiro do rosto dela e em seguida fala:

— Arrume-se, pois vamos viajar.

— Pra onde? – a ruiva faz uma careta.

— Genóvia.

— Onde fica isso?

Alma fica pensativa antes de continuar a falar:

— No momento me esqueci, mas a viagem será longa.

— Pra que vamos pra esse lugar? – continuou a questionar.

— Você irá conhecer uma pessoa...

— Não me diga que está namorando, mamãe! – Roberta se levanta da cama.

— Arrume-se Roberta. Apenas arrume-se. – Alma Rey disse e saiu do quarto.

— Mãe! – ela gritou, jogando o travesseiro para longe. – Eu não quero um padrasto!

Na Genóvia

— Bom dia, papai. – Mia o cumprimentou, quando chegou á mesa para tomar café da manhã. – Peter me contou que tens novidades para mim.

O rei encara o empregado que abaixa a cabeça.

— Não se preocupe, – disse ela. – Peter não me contou nada a respeito.

— Irei lhe contar antes que elas cheguem.

— Elas quem? – questionou.

— Alma Rey e Roberta Pardo.

— Quem são elas, papai?

— A minha futura esposa e a sua filha.

— Como é que é? – Mia quase gritou. – Irei ganhar uma madrasta e uma irmã?

— Eu lhe avisei que não seria fácil... – Peter resmungou para o rei.

— Deixe-me a sós com a princesa, Peter – pediu o rei.

— Não vamos falar sobre isso na mesa do café da manhã, não é? – pergunta ela.

— Claro que não. Vamos á biblioteca!

Ambos andam em silêncio até a biblioteca. Quando enfim o rei Franco fechou a porta, Mia questiona:

— Por que não me contou antes?

— Tinha medo da sua reação...

— Medo? – repetiu. – Papai, o senhor não poderia ter deixado para me contar algumas horas antes delas chegarem! – reclamou.

— Desculpa-me querida.

A princesa respira profundamente antes de continuar o interrogatório.

— Desde quando o senhor esconde esse romance de mim, papai?

— A cerca de um ano.

— Um ano? – ela quase gritou. – Como o senhor pode?

— Tanto eu quanto ela escondemos o nosso relacionamento de todos!

— Até mesmo da filha dela?

Ele assentiu.

— De que reino é Alma Rey?

O rei fica um tempo em silêncio antes de responder a pergunta da filha.

— Ela é uma cantora e modelo mexicana – respondeu.

— Papai! – Mia exclamou, surpresa. – Como isso foi acontecer?

— Nos conhecemos em uma viagem minha para o México – ele começa a contar olhando para o nada como se estivesse imaginando as cenas. – Tudo aconteceu por acaso. A princípio não nos dávamos muito bem mais depois nos apaixonamos... – ele dá uma pausa. – Prometemos esperar um tempo para ver se daria certo e, estou apaixonado Mia! E tenho certeza que ela sente o mesmo por mim.

Mia sorriu. Desde que sua mãe falecera, nunca tinha visto seu pai falar de tal forma.

— O senhor não faz ideia de como estou feliz em saber que o senhor encontrou a felicidade depois de tantos anos da morte da mamãe...

Franco sorriu e abraçou a filha.

— Eu lhe peço que trate muito bem a Alma e a filha dela. Tudo isso é novo para ambas.

— Claro, papai.

— E também espero que você e Roberta se dêem muito bem, afinal serão duas princesas!

— Como assim duas princesas, papai? Eu sou sua filha, apenas eu devo ser considerada princesa!

Com Roberta e Alma

— Obrigada mamãe. – Roberta agradeceu. – Só agora que estou indo pra essa Genóvia que você vai me contar sobre o seu namorado, rei da cocada preta?

— Querida, não me culpe. Eu e Franco decidimos manter em segredo até vermos que ia dar tudo certo.

— Está bem. Não vou perguntar mais nada, pois querendo ou não já estou indo pra esse lugar desconhecido.

— Ah Roberta! Antes de chegarmos lá, você terá que trocar de roupa.

— Por quê?

— Suas roupas não estão apropriadas pra ocasião.

— E as suas estão? – ela segura o riso.

— Irei colocar algo por cima dessa roupa...

— Está bem mais por que eu preciso trocar de roupa? Seu namoradinho deve me aceitar do jeito que sou, ou então, não terá minha permissão pra se casar com a senhora.

Alma riu.

— Lembre-se que iremos para um reinado. As coisas são diferentes lá.

— A senhora esta querendo dizer que vou ter que agir feito àquelas princesas da Disney?

A mãe dela fica com uma expressão séria no rosto.

— Eu não vou mudar meu jeito de ser por causa do namoradinho reizinho da Genóvia! – exclamou Roberta.

Na Genóvia

— Mia, por favor – pediu o rei. – Tente se acostumar com a ideia...

A princesa fecha e abre os olhos.

— Eu poderei se acostumar, papai. Afinal, serão só alguns dias...

— Quem lhe disse isso? – questiona Franco.

— Eu pensei que elas viriam apenas pra nós se conhecermos!

— A Alma e a Roberta ficarão permanentemente aqui, querida – explicou ele.