Xeque Mate escrita por Utopia49


Capítulo 1
Como algo não planejado ainda pode ser bom




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– Daqui eu observo vocês, todos vocês, controlando-os como se fossem minhas peças de xadrez. Vocês pensam que dirigem suas vidas emaranhadas, mas na verdade não têm controle sobre nada.

– Amor, você não pode os escutar... nem controlar o que eles vão pensar. – Disse Hallerie envolvendo-o em seus braços.

– Senhorita Hallerie... Eu já pedi para não me chamar de "amor" aqui dentro da empresa.

– Eu não te chamo de amor na frente dos empregados, senhor Presidente. Devia estar agradecido por eu não te deixar constrangido.

– Eu... que seja.

O Presidente Hyden se dirigiu até sua poltrona e se sentou nela como se fosse o trono de um rei. Sua forma imponente era mantida até mesmo sentado. Com seu terno negro listrado, uma gravata vermelha, e uma camisa social branca, sua apresentação era impecável. Adorava suas olheiras, e apesar dos trinta e nove anos, já tinha algumas rugas que por ele eram idolatradas e alguns fios de cabelo brancos. Muito quieto, ele era um "mestre estrategista", como ele mesmo se chamava. Cada decisão e cada passo eram friamente calculados com base em tudo o que estava acontecendo ao seu redor. Talvez por isso ele tivesse tanta sorte nos negócios e fosse tão bem sucedido como era.

Provavelmente a única coisa em sua vida que não fora calculada tinha sido a senhorita Hallerie. Ela simplesmente surgiu, em uma noite, quando ele finalmente havia resolvido sair de casa. Algo que acontecia muito raramente. Hyden preferia ficar em casa do que sair para festas, o que era considerado extremamente estranho pelos outros magnatas e endinheirados da cidade. Mas em uma dessas saídas, ele conheceu a senhorita Hallerie. Ela simplesmente estava no shopping, sentada em um banco, logo na saída do cinema. E ele havia acabado de assistir um filme, que julgara ele pelo trailer, era bom o suficiente para tirá-lo de dentro de sua mansão. E foi assim, sem combinados, que ele a encontrou.

– Com licença senhorita, posso me assentar aqui nesse banco também?

– Pode, o que o impediria?

– Não sei. As pessoas são frias e não gostam de outras pessoas em seu espaço atualmente.

–Realmente... As pessoas são tão frias ultimamente... quem dera o mundo fosse frio como as pessoas de hoje em dia...

–Por quê diz isso?

–Eu não teria que ligar meu ar-condicionado toda noite antes de dormir - disse ela com um belo sorriso.

Foi durante aquele sorriso que ele finalmente prestou atenção no belo rosto dela. Ela tinha cabelos lisos negros, pele branca, não muito clara, olhos verdes: uma miscelânea construída perfeitamente. E ele ficou fascinado. Conversaram ali, sentados no banco, por cerca de duas horas. Ao final, eles combinaram de se encontrarem ali, no mesmo banco, a cada três semanas. E a cada três semanas, ele tinha um bom motivo para sair de casa pelo menos. E isso se estendeu por algo como uns quatro meses, até que ele decidiu levá-la para uma festa que haveria na mansão de um de seus sócios.

– Senhorita Hallerie, lembra do que conversávamos sobre eu não gostar de ir em festas de meus amigos da "alta sociedade"?

– Claro, por que?

– Porque vou levá-la a uma festa dessas daqui a duas semanas.

– Como assim?? - Disse Hallerie surpresa, espantada, eufórica, como em um turbilhão de emoções.

– Irei repetir: vou levá-la a uma... - E foi cortado por Hallerie.

– Eu entendi, quero saber se é verdade!

– Claro que é! Venha, vamos escolher um vestido para você ir.

– Mas eu não tenho dinheiro para um vestido desses! Deve ser muito caro!

– Eu compro para você. Considere um presente.

Hallerie estava eufórica e saiu correndo para a loja de grife mais próxima. Hyden foi calmamente, passo por passo, sem medir tempo. E se medisse, teria se incomodado. Hallerie passou cerca de duas horas e meia escolhendo seus vestidos. Até que finalmente se decidiu por um vestido sem decote, de cor prateada, aberto nas costas até a metade. Acabou comprando também um sapato de salto novo, de cor prata também. De fato, Hallerie adorava a cor prata, e Hyden descobriu isso nesse dia. Ao saírem, Hallerie perguntou:

– Mas, Hyden, por quê eu?

– Você é minha melhor amiga, e eu não tenho acompanhante, então achei que você poderia entender melhor meu ponto indo a uma dessas festas.

– Entendi... - Disse ela com um suspiro.

– Qual o por quê do suspiro?

– Ah, nada, não foi nada. - Ela tentou disfarçar com um sorriso.

– Toda vez que uma garota diz que não é nada, é porque tem algo aí.

– Tem mesmo. Você faz juz ao seu próprio título de estrategista.

– Então me conte, Hallerie. Por favor.

– Se eu te contasse, você não acreditaria em mim... então é melhor deixarmos as coisas como estão... – Ela sorriu novamente, com uma ponta de tristeza, dificilmente perceptível.

– Eu confio em você. Acreditaria se você me dissesse.

– Então confie em mim, e não queira saber agora, ok?

– Como quiser. Contanto que me prometa que vai me falar.

– Eu conto... algum dia... eu juro por mim e por você que conto.

– Não me coloque em seus juramentos... se você não cumprir algo acontece comigo! – Ele disse entre risos.

– Não, eu prometo, eu vou contar mesmo. – Ela disse rindo.

Hallerie saiu naquela noite sem contar seu segredo que já queria contar há um mês. E o mestre estrategista saiu com sua dúvida. Ainda assim, qualquer coisa que fosse não iria atrapalhar o seu plano. Tudo estava em andamento perfeitamente, e seria assim até o fim, mesmo que através do fogo e das chamas, como ele dizia quando algo começava a sair do seu “roteiro”.

No dia marcado, Hyden passou em frente ao prédio de Hallerie e a ligou de seu Galaxy S4. Ela não atendeu, mas mandou uma mensagem dizendo: “Descendo.” Ele calmamente esperou dentro de seu Lamborghini Gallardo de cor negra, feito sob encomenda especial. Às vezes pode-se ter benefícios em desenvolver a tecnologia que, assim que patenteada, renderá milhões e aprovação mundial completa. E investir nas coisas certas pode às vezes render dinheiro suficiente para fazer encomendas um tanto quanto diferentes, especialmente se chegar a conhecer pessoalmente o dono da marca.

Hallerie apareceu encantadora como sempre, com seu sorriso belo e irresistível, em seu vestido e sapatos de salto prateados. Aquela mulher de 1,68 de altura ficava agora com 1,78, o que fez com que Hyden se sentisse um pouco melhor andando com alguém de sua altura, visto que tinha cerca de 1,81. Pequenas peculiaridades de nosso protagonista. Durante a festa, eles conversaram, como sempre faziam, apesar de que Hallerie também bebia grandes taças do que quer fosse servido. Hyden não era adepto de bebidas, então tomou apenas uma taça de champagne e se deu por satisfeito. Perto das duas da manhã, Hallerie se dirigiu para uma sacada que havia na mansão e ficou lá, aproveitando a brisa fresca da madrugada. Hyden foi até ela, e ali os dois ficaram apoiados, conversando em pé, olhando para o céu. Até que Hallerie, soltou o que não conseguia soltar sóbria.

– Hey, eu quero te contar uma coisa, mas não conta pra o Hyden – Ela disse rindo muito para Hyden.

– Claro, não conto... o que é?

– É que eu prometi contar pra ele...

– Sim, pode dizer o que é, se quiser.

– É que eu tô apaixonada por ele, sabe? – Ela disse rindo, mas com uma ponta de tristeza no final.

– E por quê não poderia falar?

– Tenho medo que ele ache que eu só gosto dele pelo dinheiro... eu gosto dele por quem ele é, entende?

– Entendo... tenho certeza que se contasse pra ele, ele entenderia também.

– Claro... afinal já estou falando pra ele, não é? – Disse Hallerie sorrindo pra Hyden.

– Sim... e acho que ele também é apaixonado por você.

– E vai ser isso? Só vou ter conseguido contar porque estava bêbada? – Ela disse rindo.

– Não sei. Eu gostaria que você me contasse depois, sóbria, e aí a gente resolve o que quer fazer, certo Hallerie?

– Certo... Me leva pra casa? – Disse Hallerie rindo.

– Pode ser... – Disse Hyden em voz baixa.

Hyden então se despediu de Clark, seu sócio que estava dando a festa, e saiu com a senhorita Hallerie. Durante todo o caminho da mansão até a casa dela, ela acabou adormecendo, e Hyden ficou sozinho com seus pensamentos. Ele tinha conversado muito com ela naquela noite, em um ambiente no qual aparentemente ela se divertiu muito. E acabou descobrindo que ela correspondia sua paixão, apesar do medo e da insegurança de ambos em contar.

Ao chegarem em frente ao prédio dela, Hyden a acordou calmamente:

– Hallerie... chegamos... – Disse ele enquanto desencostou a cabeça dela suavemente do banco do carro.

– Ah não... o despertador ainda nem tocou... me leva pra cima então... – Hallerie respondeu com um sono misturado com preguiça e continuou sentada no banco.

Hyden a carregou até a frente do prédio, e a deixou em pé até o porteiro abrir. Então, a ajudou andar, meio se arrastando, até o elevador, e a levou até seu apartamento, no quinto andar. Chegando lá, a levou até o quarto, colocou-a na cama e foi para a cozinha. Bebeu um copo de água e se sentou no sofá como se fosse um trono real. Não era um sofá tão bom quanto os que ele estava acostumado, mas permaneceu ali. Lembrou que ela dormia com o ar-condicionado ligado e foi até o quarto dela mais uma vez e ligou o ar-condicionado, em seguida sussurrando um “Boa noite Hallerie”, e então se dirigiu para a sala novamente. Tirou o paletó, a gravata, abriu apenas o primeiro botão da camisa social, e se jogou sem cerimônia no sofá. E antes que percebesse, adormeceu ali.

No dia seguinte, um domingo nublado, Hallerie acordou com uma dor de cabeça. Ainda estava com seu vestido e seus sapatos de salto alto prateados. O ar-condicionado ainda estava ligado, mas ela não se lembrava de alguém ter ligado. Ela dormira antes de que Hyden passasse novamente e ligasse o aparelho. Halley levantou, tomou um banho e se vestiu como o usual quando estava em casa: uma blusa regata e shorts. Então quando saiu de seu quarto afim de ir à cozinha comer o café-da-manhã, ao passar pela sala, viu Hyden dormindo em seu sofá. Hallerie tomou um susto, mas tentou passar silenciosamente para não acordá-lo.

Quando Hyden finalmente acordou, foi ao banheiro, lavou o rosto e se dirigiu à cozinha, onde Hallerie estava. Havia uma caneca com café capuccino, seu preferido, e um waffle.

– Bom dia Hallerie... – Disse ele ainda com um pouco de sono, e surpreso pelo capuccino.

– Bom dia Hyden... – Disse ela com um sorriso, mas com um toque de curiosidade.

– Vou perguntar por educação, mas esse café é para mim?

– Sim. Sente-se, por favor. – E ela se sentou na cadeira ao lado do balcão onde havia uma outra cadeira e sobre o qual estavam o prato com o waffle e a caneca com café.

– Dormiu bem, Halley?

– Sim... e obrigado pelo ar-condicionado... eu teria acordado no meio da noite se não estivesse ligado.

– Eu lembrei disso... você havia me contado... – Comentou Hyden.

– E você, dormiu bem, Hyd? – Perguntou Hallerie, curiosa.

– Poderia ter dormido melhor... – Comentou Hyden passando a mão no cabelo, tentando arrumar aquele cabelo liso rebelde que sempre teimava em cair em seu rosto, incomodando-o.

– Isso que me deixou curiosa... Por quê você dormiu aqui no sofá? Poderia ter ido pra casa ou sei lá! – Disse Hallerie rindo.

– Não sei realmente... senti vontade de ficar aqui... saber se você estaria bem de manhã. – Respondeu Hyden com o rosto para baixo, olhando para a caneca.

– Por que eu não estaria?

– Não sei... – Disse Hyden ainda olhando para o fundo da caneca vazia.

– E... sobre ontem... o que... o que você pensa sobre...? – Disse Hallerie, insegura, como se estivesse tímida perante um desconhecido.

– Eu sei bem o que eu penso... mas quero saber o que você pensa... você contou aquilo ontem bêbada. Mas você diria a mesma coisa se estivesse sóbria?

– Sim, claro que sim! Eu....só... não conseguia dizer... – Respondeu Hallerie.

– Sem querer ofender, não faz diferença na verdade... só queria saber porque eu também estou apaixonado por você... quando digo que não faz diferença, não me compreenda mal, só quero dizer que, gostasse você de mim ou não, eu estou apaixonado por você, permaneceria na mesma condição.

– Entendi... mas então... o que a gente vai fazer sobre?

– Você que sabe, Halley... – Respondeu Hyden olhando para os olhos dela.

Hallerie e Hyden finalmente se beijaram pela primeira vez, ali, na cozinha dela, numa manhã de domingo nublado. E naquela manhã, conversaram, assistiram filmes juntos na televisão, saíram para almoçar juntos... e quando Hyden teve que voltar para sua mansão naquela tarde, após deixá-la em seu apartamento novamente e se despedir com um beijo, parecia-lhe impossível continuar sua vida como era antigamente. Tudo mudaria dali em diante, ele só ainda não havia planejado como.

E naquela manhã, quando estava na janela de sua empresa, agora de volta ao tempo presente, ele rapidamente lembrou-se dessas coisas como em flashes, e então disse a Hallerie:

– Senhorita Hallerie, eu estive pensando... – E não pode terminar sua frase, porque o telefone do lado de fora de sua sala, no balcão onde Halley ficava, começou a tocar.

Os dois ficaram em um pequeno silêncio até que Hallerie se levantou, suspirou e disse com um sorriso:

– Amor, você me conta depois, ok? Não esquece. – Dito isso, se retirou da sala.

Hyden abriu uma gaveta, pegou dois currículos e os encarou novamente. Aqueles currículos eram extremamente promissores para seu próximo plano. Com um sorriso no rosto, Hyden já podia ver as consequências para ele perfeitas de seus cálculos sob medida. Ele mandou uma mensagem para o celular de trabalho de Hallerie, dizendo: “Mande o senhor Khardin entrar.”

Karl Khardin entrou na sala. Ele era branco, de olhos castanhos, e usava um cabelo ao estilo moicano, mas curto. Estava de camisa e calça social, e de gravata vermelha, como Hyden havia requerido. Tinha chegado atrasado, como era de seu feitio. Entrou na sala e fechou a porta, a pedido de Hyden.

– Por favor, sente-se senhor Khardin. Sou o Presidente Hyden, como você pode se lembrar.

– Sim, lembro... Você me chamou aqui hoje e tal... desculpe o meu atraso. – Disse Khardin desconcertado

– Está tudo bem, senhor Khardin. Era previsível da sua pessoa, devido ao seu currículo. Eu já contava com sua demora.

– Bem... enfim, para o quê me chamou aqui hoje, senhor Presidente?

– Eu vou contratá-lo para trabalhar aqui na Hyden Enterprise.

– Isso é alguma pegadinha? Você tá querendo fazer chacota comigo?

– De forma alguma. Já esperava essa sua reação, como já espero essa sua reação frente ao que vou lhe designar.

– Qual seu pedido, chefe?

– Você irá trabalhar como gerente, colocando todos os dados nas planilhas, se reunindo com os trabalhadores do setor 1, e passar todas as contas de lucros para a senhoraFrancis. Mas tem um bônus para você.

– Isso tudo é sério? Não quero acreditar e ter uma grande decepção, chefe.

– Sim. Você ainda não trabalhava aqui. De fato, estava desempregado, e de repente ganha uma posição de destaque aqui. E algo mais. Quero algo além do que lhe pedi.

– E o que seria, senhor Presidente?

– Pelo seu currículo e conversando com seus antigos chefes e colegas de trabalho, descobri que você é adepto de causar o caos, de diversas formas. O que quero de você é que cause todas as formas possíveis de caos nessa empresa, sem atrapalhar os lucros da empresa ou manchar minha reputação ou da senhorita Hallerie.

– Eu alegremente obedecerei, chefe. – Disse Khardin com um sorriso.

– E quando estiver sem criatividade para causar o caos, você pode recorrer a mim em busca de ideias. Ou consultar sua companheira de missão.

– Que companheira de missão? – Disse Khardin interessado.

– Senhorita Hallerie – Disse Hyden no interfone para o headfone dela – Mande entrar a senhorita Kimberly.

A porta se abriu, e uma moça branca, com o cabelo raspado no lado esquerdo da cabeça e o resto do cabelo jogado para a direita, com uma mecha branca na frente do olho direito, e com uma camisa e saia social, entrou na sala. Ela se sentou na poltrona ao lado da poltrona de Khardin, e começou a olhar para suas unhas grandes pintadas com um esmalte preto brilhante.

– Senhor Khardin, senhorita Kimberly Smith. Senhorita Kimberly, senhor Karl Khardin.

– Ela parece meio revoltada para o ambiente social. Estou gostando desse trabalho. – Disse Khardin sorrindo.

– Hey, este que é o meu colega de trabalho? – Perguntou Kimberly curiosa para Hyden.

– Ele mesmo. Vocês dois já foram informados sobre sua missão. Queria apenas que se conhecessem para que eu lhes contasse um bônus de serem colegas de trabalho.

– O que é esse bônus, chefe? – Perguntou Khardin.

– Vocês moram em prédios vizinhos, no mesmo andar especificamente. Portanto, vocês podem trazer um ao outro ao trabalho, e assim economizar gasolina e se conhecerem um pouco melhor a cada dia até.

– Parece uma boa ideia. – Comentou Kimberly.

– Enfim, vocês estão dispensados. Começam a trabalhar amanhã. Seus carros estão esperando por vocês nas garagens de número 4 e 5. Aqui estão suas chaves. – E deu a cada um a chave de um Chevrolet Cruze. Os olhos de ambos brilhavam.

De fato, eles eram duas pessoas que seriam considerados casos perdidos no mundo corporativo. Não sabiam respeitar regras, não conseguiam chegar no horário no trabalho, e causavam literalmente o caos. Ambos se levantaram juntos, apertaram a mão de Hyden, e quando chegaram à porta, puderam ouvir Hyden dizer: “Até amanhã, meus agentes do caos...”

Kimberly e Khardin conversaram um pouco, até cada um entrar em seu carro e dirigirem. Chegaram em seus apartamentos praticamente ao mesmo tempo, e Khardin a viu pela janela de seu quarto no quarto dela, e escreveu em uma folha sulfite “Passa o celular?”, e sorrindo mostrou para ela. Ela pegou uma folha sulfite e escreveu o número, e mostrou sorrindo. Khardin e ela começaram a trocar mensagens durante o dia inteiro, enquanto faziam suas atividades normais, como assistir filmes ou almoçar.

Naquela noite, enquanto voltavam para casa, Hyden e Hallerie conversaram sobre como foi o dia de cada um, suas expectativas para os “agentes do caos”, até que finalmente Hallerie lembrou:

– Hey, eu lembrei que você queria me falar algo que estava pensando. O que era, amor?

– Eu estive pensando aqui... faz tempo que nós não saímos juntos para ir ao cinema e passar um dia inteiro no shopping andando e conversando juntos... então queria saber se no domingo você não estaria afim de irmos fazer isso e à noite jantarmos em um restaurante que você gosta.

– Eu adoraria amor... – Disse ela com um sorriso.

Eles finalmente chegaram à mansão Hyden, e naquela noite jantaram as sobras de uma comida japonesa que estava na geladeira. Apesar de Hyden ser bilionário, ele e Hallerie gostavam de alguns pontos de uma vida mais simples às vezes. Assistiram um filme juntos na cama de casal e dormiram cedo, às 22:30 horas. O dia seguinte seria sem precedentes, segundo o prognóstico de Hyden.


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