Good girls go bad escrita por Ann


Capítulo 3
Want you bad


Notas iniciais do capítulo

hey ! Aqui estou eu com outra parte da história de Victoria, e eu realmente gostaria que vocês comentassem o que acharam, não mata e incentiva muito! obrigada, e aqui vamos nós.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/531426/chapter/3

No exato momento que a porta bateu atrás de nós, ele saiu andando rápido, me puxando pela mão.

Eu: Hey, onde estamos indo?

não que eu me importe, acrescentei mentalmente

Estávamos andando pelos corredores do mesmo andar. As pessoas, que antes tinham cumprimentado Rennan, olhavam para Lucca com desprezo e falso respeito. Tinha algumas agentes que o olhavam com luxúria e eu sinceramente não podia cupá-las. Durante o caminho, ouvi muitos pigarros acompanhados de " Bom dia Sr " com uma voz forçadamente sexy, ou então " Olá Sr" com um nojo mal contido.

Eu estava louca para saber o passado de Lucca nesta empresa.

Lucca: Eu estava pensando em abrirmos o envelope , hum - seus olhos foram dos meus pés até minha cabeça. - na minha sala.- ele respondeu a minha pergunta.

Eu: Hum...

Lucca: Ou no meu quarto quem sabe...

Arregalei os olhos para ele, mas ele apenas sorriu, como se não tivesse dito nada demais. Sorri internamente, apesar de saber que não poderia dar uma resposta criativa, afinal, estávamos em ambiente de trabalho.

Eu: A gente poderia abrir outra coisa... - opa, eu falei isso alto? Puta merda.

Foi a vez dele de arregalar os olhos para mim. Definitivamente, eu ia ter que aprender a me controlar e não bancar a vadia de sempre por aqui.

Eu: Quero dizer... - tentei me corrigir, mas ele não deu ouvidos. Abriu a primeira porta do nosso lado ( que eu torci para ser a sala dele) e me jogou para dentro, entrando logo depois e trancando.

Que .homem. gostoso.

Eu estava encostada na parede, e ele saindo de perto da porta e andando para mim, havia um sorriso indecente em seus lábios e eu tinha certeza que eu estava com a mesma expressão. Quando pensei que íamos cair no sofá e eu ia dar para o filho do meu chefe no primeiro dia de trabalho, uma voz vindo do canto da sala quebrou nossa troca de olhares.

! : Não pode ficar cinco minutos sozinho com a novata né? - nós dois nos viramos em direção ao som. O homem que falara, era asiático e estava sentado em cima da escrivaninha. Ele olhava de mim para Lucca, com olhos puxados reprovadores, e talvez um indício de humor.

Lucca: Com essa daqui, certamente não, Takumi. - me engasguei com o seu comentário tão descarado. Não por vergonha do que ele disse,mas por vergonha de ser nova naquele ambiente e já estar sendo vista daquele modo.

Takumi: Ah, querida, não se preocupe.. Esse aí não tem jeito. Victoria não é? - Assenti com a cabeça. - Prazer, Takumi. Sou o especialista em disfarces.

Lucca tossiu, um som que pareceu muito com " maquiador" para os meus ouvidos.

Eu: Pode me chamar de Vicky.

Lucca: Por que pra mim tu não deu essa opção?

Takumi: Por que eu certamente, sou mais charmoso. - ele respondeu, sorrindo irônico para o rapaz.

Lucca: Se ao menos gostasse de mulher... - Takumi o ignorou e andou em minha direção. Ele sorriu gentilmente para mim, pegou o envelope de minha mão e voltou para sentar na mesa novamente. O cara devia ter seus trinta anos e andava de um jeito engraçado. De fato, ele parecia mais feminino do que eu, senti-me imediatamente desleixada perto dele.

Takumi: Assim que Erick percebeu a merda que tinha feito em deixar você com a novata, ele mandou uma mensagem para mim, e aqui estou para ajudá-los.

Lucca: Estávamos muito bem. - ele falou, mimado. Porém Takumi o ignorou novamente e abriu o envelope. Lucca sentou no sofá e deu duas batidas para que eu sentasse do seu lado.

Takumi: Bom, Vicky. Essa missão não é de tanta importância , mas como é a sua primeira, vai contar muito no seu histórico da agência. Sinto muito que seu parceiro tenha que ser esse daí logo de cara.- ele provocou, mas logo depois sorriu para Lucca, que mostrou o dedo.

Takumi: Pelo o que eu estou vendo, vocês dois vão se infiltrar em duas repúblicas diferentes, as duas são os focos principais da droga.

Eu: Mas o que essa droga faz, afinal?- perguntei dando um tapa na mão de Lucca que estava subindo pela minha coxa.

Ele tirou os olhos do papel e sorriu presunçosamente para mim.

Takumi: Estou certo que você já ouviu falar na onda de pequenos crimes que vêm ocorrendo, não? - confirmei com a cabeça. - A questão é que os criminosos que foram pegos alegaram estar sob efeito de uma droga, sendo que não encontramos nenhum rastro da substância no corpo de nenhum deles.

Eu: Já pensaram que eles podem estar mentindo?

Lucca: Claro que já, Sherlock, a parada é que uma de nossas agentes foi drogada.

Eu: Como assim?

Lucca: Ela estava em uma missão atrás da tal droga, e descobriu que tudo começava nessas duas repúblicas que nós vamos. Mas descobriram a identidade dela e a drogaram. Conseguimos raspar um pouco do pó de sua roupa.

Eu: E o que era esse tal pó? - perguntei revezando meu olhar entre eles.

Takumi: Algo que ainda não conhecemos, mas conseguimos multiplicar o que tínhamos e testamos em ratos. - ele falou voltando os olhos para o papel.

Eu: E aí? - quase não me segurava de tanta empolgação.

Takumi: Os ratos começaram a agir estranho. Fazer coisas que não fariam normalmente. Um deles comeu o próprio rabo.

Lucca: Foi sinistro.

Eu: E nós dois vamos entrar nas repúblicas como calouros. - previ.

Takumi assentiu.

Eu: Foda.

Lucca: Demasiadamente. - Ele usando palavras complicadas? Olhei confusa para ele. - o que foi? Sou inteligente também, um ótimo partido, fica a dica. - não me contive e ri.

Eu: para uma missão que não é tão importante, até que esse caso teve uma grande repercussão.

Lucca: Acredite, isso não é nada perto do que normalmente acontece aqui - Sinto que sorri igual ao Gato de Cheshire quando ouvi isso. - nem íamos dar importância, mas o FBI exigiu que cuidássemos disso. - olhei confusa para ele, que me explicou antes que eu pudesse perguntar. - Parece que a droga atingiu algum de seus agentes.

Soltei um "oh" de compreensão, e nós dois voltamos a encarar Takumi.

Takumi: Bom, pelo que consta aqui vocês ingressam nas irmandades nesta sexta feira. Até lá, vocês podem ficar em casa se preparando. Só precisam vir aqui quinta, para pegar suas identidades falsas e o que mais for preciso. Qualquer dúvida podem ligar para Erick, vejo vocês na quinta.

Lucca: Tipo mini férias?

Eu revirei os olhos e Takumi o ignorou, pelo visto eu teria que aprender a fazer isso também. Eu estava me levantando para procurar Rennan quando Takumi chamou.

Takumi: Posso falar com você um minuto Victoria?

Eu: Claro.

Lucca nos olhava com expectativa.

Takumi: A sós.

Lucca: A sala é minha, saiam vocês. - ele falou, mas depois do olhar de Takumi ele levantou, soltou um suspiro pesado e saiu com as mãos nos bolsos.

Takumi: Vicky... Me sinto na obrigação de te alertar... tenha cuidado com o Lucca.

Eu: Como? Vai ficar tudo bem - falei, agradecida por sua preocupação.

Takumi: Sério, Victoria, é melhor não ter contato com ele fora da empresa.

Assenti com a cabeça. Eu já havia reparado isso antes, Sexo e trabalho nunca combinam, e eu não estava disposta a sair daqui por um cara, mesmo sendo aquele gostoso.

Takumi: E mais uma coisa, teremos de cobrir suas tatuagens.

Eu: Por que? - olhei confusa para ele, ué, todo mundo aqui tinha tatuagem.

Takumi: Por que você pode ser reconhecida por elas, então durante a missão vamos ter de esconder elas, pode deixar eu sei usar maquiagem o suficiente para isso.

Ah, era a missão. Ia demorar para me acostumar com a ideia de finalmente ter uma missão. Ele me devolveu o envelope com as informações dentro e sorriu novamente, pisquei para ele em agradecimento e saí.

Não havia mais tarefas para mim hoje, o primeiro dia de trabalho já havia terminado para mim e não eram nem onze horas. Digo e repito:Eu amo esse emprego. Peguei meu celular e disquei um número.

Anna: É melhor que o pau dele seja muito grande. - Ela atendeu, resmungando. Aposto que havia acordado ela.

Eu: Vai para a minha casa, vadia. Meia hora. tchau.

Anna: Puta.É bom que tenha sorvete. - E desligou.

É o amor.

Logo em seguida liguei para Rennan - eu é que não ia procurar ele por todo aquele lugar.

Rennan: Como vai a minha espiã favorita?

Eu: Ela tá querendo ir para a casa, mas está sem carro por causa do sentimentalismo de um cara.

Rennan: Aposto que o cara era muito gostoso. - Ele falou e rimos alto juntos. - Desculpa, não posso sair agora, você tem dinheiro para um táxi?

Eu: Tenho sim, tudo bem, estou indo então.

Rennan: Tenha cuidado! Me mande uma mensagem com a placa do táxi.

Eu: Rennan eu não tenho mais 16 anos!

Rennan: Pelo que sabemos, pode ser que tenha! - E ele riu novamente.

Eu: Vai se foder.

Rennan: Também amo você, agora tenho que ir. tchau.

Eu: Tchau.

E ele desligou. Tenho meia hora para chegar em casa antes de Anna, e se eu for esperar um táxi ela provavelmente vai comer meu fígado. Saí da empresa já inventando a desculpa que ia ter que dar, quando já estava no meio do caminho até o ponto de táxi ,escutei alguém gritar.

!: Ei gostosa! - me virei, claro. Lucca.

Eu: Perdeu a noção do perigo, palhaço?- falei enquanto ele caminhava até onde eu estava.

Lucca: Não foi o que você me falou quando te empurrei para a minha sala. Cadê seu carro?

Eu: Está estacionado na outra esquina. - menti.

Lucca: Mentirosa.

Eu: Mas como...?

Lucca: Ouvi você falando com o seu pai.

Ah ótimo, além de tudo ele está me perseguindo.

Lucca: Vamos, eu te deixo em casa.

Eu: Realmente, não precisa.

Lucca: Está com medo? - ele perguntou com aquele mesmo sorriso indecente. - de não resistir?

Eu: Estou com medo é de passar meu endereço para um maluco como você. - respondi e me virei para ir embora.

Lucca: Esqueceu que eu sou um espião?

Eu: Isso, grita mais alto, talvez aquela mulher do outro lado da rua não tenha ouvido.

Lucca: ESQUECEU QUE EU S...- Corri até ele e tampei sua boca com a minha mão.

Eu: Você tem problemas?

Lucca: Hum, sabia que você ia querer chegar perto. - ele pegou meu braço e saiu me puxando.

Eu: Lucca, eu não vou com você.

Lucca: Se toca, garota, somos parceiros agora, e eu sei onde você mora. - olhei confusa para ele até lembrar que todo mundo naquela merda de setor sabia. Malditos Donnut's. - E estou indo para aquele lado. Qual o mal de oferecer carona para minha parceira?

Ele me convenceu com esse argumento e sabia disso. Revirei os olhos diante de seu sorriso convencido e deixei que ele me guiasse até seu carro.

E que puta carro lindo. Era um Range Rover preto com uma bandeira da dos Estados Unidos atrás.

Eu: Deus abençoe a América. - resmunguei, entrando no banco da frente.

Lucca: Então, Vicky, o que está achando do trabalho? - ele colocou o cinto e girou a chave sem tirar os olhos de mim.

Eu: Não sei não... tem um maluco no meu setor.

Lucca: Se quiser eu bato nele... ou você pode bater se quiser.. aposto que ele vai adorar. - revirei os olhos mas ri. Meu celular vibrou, me contorci para tirar ele do bolso e encarei o aparelho.

Mensagem de Rennan : "Já está no táxi? Qual é a placa? "

Sorri do seu momento " pai preocupado " e respondi : " a placa: FILHODOCHEFE123"

Guardei meu celular no bolso e sorri para o nada.

Eu: Tem alguma música que preste nessa porra?- perguntei depois de um tempo em silêncio no carro. Eu já estava começando a ficar sem graça mas felizmente, meus olhos focaram o som do carro.

Lucca: Olha lá como fala do meu bebê. - Ele respondeu mas ligou o som.

Eu não acredito. Tava tocando minha banda favorita. Parei e mordi o lábio, eu não posso dar a louca na frente dele.

Eu não posso dar a louca na frente dele.

Foca Vicky: Eu não posso dar uma de louca na fren...

AH PUTA MERDA O REFRÃO.

Eu: I WANT YOU, ALL TATTOOED, I WANT YOU BAD! - não me contive. Então tapei minha boca e olhei para ele assustada. Ele deu um sorriso e quando pensei que ele fosse rir para caralho de mim ele me surpreendeu.

Lucca: COMPLETE ME, MISTREAT ME, WANT YOU TO BE BAD, BAD, BAD, BAD,BAD!.

Sorrimos um para o outro e ele fez a bateria no volante enquanto eu tocava minha guitarra imaginária, logo a música acabou e paramos de rir um do outro.

Então eu me toquei no significado da letra que estávamos cantando juntos.

P-o-r-r-a.

Acho que ele se tocou também, por que ficou calado do nada , estaria Lucca sem graça? Óbvio que não. Ele fitava o horizonte com aqueles olhos perfeitos enquanto eu pensava em algo para amenizar o clima.

Que merda, eu não estaria passando por isso se não tivesse que trabalhar com esse gostoso do caralho.

Eu: Do caralho né?- comentei com um risinho sem graça.

Lucca: Demais.- ele falou sem me olhar. Caralho, me diz que não vai ficar sempre esse clima. Ele percebeu que eu estava encarando ele e finalmente se rendeu ao meu olhar. Sorriu de leve e voltou a olhar para a rua. Melhor assim.

E então o carro parou. Olhei confusa para ele até perceber que estava na porta de casa.

Eu: Já?

Lucca: É o que parece. - ele falou irônico e se virou para mim.

Eu: haha palhaço, obrigada pela carona. - sorri verdadeiramente apara ele. - eu to indo então.

Lucca: A não ser... - ele falou travando as portas, me fazendo olhar para ele confusa. - que você queira conhecer o banco de trás do carro.

Eu: Vai se foder.- falei rindo

Lucca: Sim, nós dois. - e riu alto, destravando as portas.

Eu: Engraçadinho. - respondi descendo do carro

Lucca: Não mereço nenhum agradecimento? - ele perguntou quando eu já estava quase fechando a porta. Me abaixei para olhar para ele.

Eu: Eu disse " obrigada pela carona".

Lucca: Não era isso que eu estava pensando. - e deu aquele sorriso que eu conheci hoje mas já estava acostumada.

Eu: Que peninha- falei com o máximo de ironia possível, bati a porta e fui andando até a minha casa. Quando eu estava destrancando o portão escuto:

Lucca: QUE BUNDA HEIN? - ele gritou e começou a rir que nem um doido

Nem me dei o trabalho de olhar para ele enquanto estendia meu lindo dedo do meio com a unha pintada de esmalte vermelho-puta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam dessa nova ~amizade ~ Vicky-Lucca? Comentem e deixem suas opiniões, incentiva muito , gente!

PS- a música que Vicky e Lucca cantaram no carro é " Want you bad" Da banda The offspring ( f-o-d-a).



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Good girls go bad" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.