Síndrome de Estocolmo escrita por Babs


Capítulo 20
Quem é o herói agora?


Notas iniciais do capítulo

Geente, esse capitulo vai ser bem semelhante ao do filme, eu diria que o único que vai ser, por que daqui pra frente o rumo vai ser diferente. E bem como agora não é mais apenas Tony vs Mandarim acredito que ele precise de um vilão mais condizente :X

Aos meus leitores novos fantasmas....Eu sei que vocês existem por que aumentou o numero de pessoas acompanhando a Fic e o numero de acessos, então muuuuito obrigada fantasminhas queridos :* É bom saber que ainda tenho alguma prática!



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Capitulo 19 – Quem é o herói agora? 

O caminho inteiro Clint tentou tirar da minha cabeça a ideia de morte e que era apenas uma má lembrança associada a voar de helicópteros, mas no fundo eu sabia que não era isso, tinha alguma coisa errada 

—Estamos chegando? - Perguntei voltando a me sentar na cadeira do co-piloto 

Havia acabado de trocar de roupa, por que apesar do inverno em Malibu não ser muito frio com certeza o do Tennessee era. Vesti uma calça de couro preta com uma bota de inverno rasteira. Fechei meu sobretudo escondendo blusa. Estávamos congelando 

—20 minutos, e você está com tanto frio assim? 

—Está próximo de 0° graus você quer que faça o que? - Falei um pouco irritada ajustando a touca no meu cabelo – Alias como você está com frio? 

Clint estava vestido com seu traje usual da SHIELD a única diferença é que esses possuíam mangas, ainda bem não? Regatas e inverno não combinam! 

—A roupa regula nossa temperatura interna – Ele falou sorrindo 

—Posso pedir a Fury um uniforme desses? 

—Se você se tonar uma agente talvez 

—Só assim? Eu acho que me ajudaria muito já que não teria que andar assim – Falei apontando para mim mesma – Toda encapotada de frio 

—Vou falar com ele. 

—Obrigada... - Falei o olhando irônica mas ele apenas riu 

Pouco tempo depois percebi que Clint sobrevoava uma fazenda vazia, aparentemente abandonada, há uns 2km do centro da cidade. Para ser sincera Rose Hill aparentava não ter mais de 20 ruas em seu centro e ser formada por na verdade fazendeiros. 

O que Tony fazia ali? Por que Rose Hill? 

—Você conhece o dono da Fazenda? 

—Não, mas ela aparentemente está abandonada  

—E vamos largar o quinjet aqui? 

—Só acionarmos os refletores 

—E ai tudo bem? - Perguntei meio incrédula ao ver ele pousar 

—Não como se qualquer soubesse pilotá-lo  

—Mas há tecnologia de ponta – O acompanhei até a parte de trás do quinjet onde havia uma parede de armas de todos os tipos.  

Clint logo pegou seu arco enquanto eu pegava um coldre e colocava duas glocks nele e algumas balas extras 

—Vai ficar tudo bem, relaxa – Clint terminou de se arrumar e apertou um botão fazendo a parede a nossa frente sumir com uma porta de metal se fechando sobre ela – Eu faço isso direto 

—Ok, você é o agente aqui – Resmunguei meio a contragosto enquanto o seguia para fora do quinjet. - Também vamos roubar um carro aqui?  

—Duvido que tenha sobrado algo, parece que está abandonado há mais de 5 anos – Clint caminhou em direção ao celeiro tocando as paredes – E mesmo que tenha não funcionaria. 

—Bem então ativa o alarme do seu possante e vamos a pé - Brinquei dando duas batidas no ombro de Clint e caminhando em direção a uma estrada que havia ali 

Ouvi a risada de Clint e logo seus passos se apressaram até me encontrar 

—O que acha que vamos encontrar aqui? 

—Não tenho ideia, mas sei que uma caixa d’agua vai cair e Tony vai estar envolvido 

—Sabia que devia ter trazido a máscara de mergulho – Brincou Clint 

—Acho que ele deve estar seguindo alguma pista do Mandarim, por que esse lugar definitivamente não é um lugar que Tony escolheria por vontade própria para passar as férias. 

—Mandarim estaria escondido em um lugar desses? 

—Se não for isso Tony terá que nos explicar  

—Isso SE ele aceitar nossa ajuda 

—Essa parte pode deixar comigo Gavião - Falei dando uma piscadela para o arqueiro fazendo-o pender a cabeça pra trás rindo. 

Algum tempo depois eu e Clint já nos encontrávamos explorando a rua da pequena cidade procurando Tony. Havíamos formado um raio envolta da caixa d’água da cidade, já que havia apenas uma e ela era bem fácil de se identificar. 

Estávamos andando quando um barulho despertou nossa atenção nos fazendo olhar para a rua a nossa esquerda 

—Tiros – Sussurrou Clint correndo em direção de onde haviamos ouvido os tiros e até agora havia contado 4 

—Tony! - Sussurrei enquanto caminhava na direção oposta das pessoas que vinham da rua 

Várias pessoas corriam para fora do que agora era um bar e sabíamos que era dali que vinha os tiros. 

Pulamos praticamente pra dentro do bar onde as pessoas corriam desesperadas, percebi que algumas estavam agachadas no chão, mas haviam dois corpos 

—Mortos – Avisou Clint verificando a pulsação deles 

Parei ao seu lado e reparei uma coisa realmente estranha em um dos corpos 

—Esse distintivo está grudado nele? - Me agachei atrás do corpo maior vendo que ele tinha os olhos arregalados em pânico e aparentemente um distintivo grudado em seu rosto, derretido  

—Não mexe no corpo – Avisou Clint quando viu que eu ia tirar o objeto do rosto do pobre morto 

—Mutantes? - Perguntei o olhando desconfiava – Trabalhando para o Mandarim? 

—Provavelmente 

Ouvimos um quinto tiro mas dessa vez muito mais alto 

—Espingarda – Reconheceu Clint se levantando num pulo e pegando seu arco – Vamos. 

Como é que ele reconhecia armas pelo barulho do tiro? 

Segui Clint até a rua e vi que ele olhava meio perdido em volta 

As pessoas corriam desesperadas para todos os lados, vários agachados no chão ou atrás dos carros tentando de esconder do tiroteio. 

A sensação era inexplicável ao estar no meio de tudo isso, ouvia crianças chorando, adultos chorando e desespero na cara de todos eles. 

Onde tudo isso iria parar? Por que sacrificar tantos inocentes, que maldade é essa? 

—Ali, Fogo! - Apontou Clint para a fachada de uma loja.  

Sua fachada estava com o vidro todo espatifado como se alguém tivesse arremessado uma lata de lixo 

Clint já estava pronto para pular pra dentro da loja mas o segurei pelo braço fazendo-o me olhar confuso 

—A caixa d’água - Disse apontando para a torre que se levantava imponente há alguns metros de nós e atrás da loja. - Vamos por trás iremos ao encontro de Tony 

—Mas se formos vamos ser afogados pela água 

—Eu consigo segurar a água - Falei confiante mas Clint ainda me olhava um pouco duvidoso – Confia em mim, eu consigo conter a água. 

—Está certo, vamos 

Enquanto corríamos dando a volta na loja fomos surpreendidos por uma imensa explosão de gás  

—Com certeza ele está aqui – Sussurrei apreçando o passo e correndo mais que Clint 

Enquanto me aproximava mais da parte de trás da loja percebi que um barulho de metal rangendo. Olhei para a caixa d’água e percebi que estava acontecendo exatamente o mesmo da minha visão 

DROGA, DROGA, DROGA, TENHO QUE SEGURAR ESSA ÁGUA 

Parei em frente a uma cerca a tempo de ver Tony pular sobre ela e nem 3 segundos depois a caixa começar a cair 

E nesse momento eu sabia o que devia fazer 

Fixei meus pés no chão e estendi as mãos impedindo o impacto da água do ferro no chão 

—O que – Perguntou Tony confuso olhando para a água que flutuava acima dele – Kim? - Ele perguntou um pouco aliviado ao me ver do outro lado da cerca 

Comecei a soltar a água da caixa lentamente de forma que ela não tinha uma força de destruição tão grande, ouve apenas um barulho de cachoeira e água escorrendo calmamente pelos nossos pés 

—Você achou mesmo que não viria atrás de você? 

Faltava pouca água quando terminei a barreira fazendo uma leve onda se soltar molhando até as canelas e o resto da caixa d’água cair com um estrondo no chão próximo ao seu lugar original 

—Eu falei pra você não vir – Ralhou Tony 

Apenas bufei irritada e com um aceno fiz a cerca de arame entre nós se amassar inteira liberando nossa passagem 

—Eu te ajudo e é assim que você me agradece 

—Estava tudo sob controle – Teimou Tony me olhando irritado 

—É estou vendo como estava – Falei apontando para nosso contorno que estava coberto de água 

—Eu ia... 

Ouvimos uma voz fina de socorro e nos viramos para o mesmo lado, um careca de sobretudo aproximou-se de nós segurando uma criança se debatendo em seus ombros 

Mas esse cara não era normal ele não podia ser normal, ele brilhava por dentro, como se ele fosse feito de lava. Ou melhor como se seu corpo fosse feito de lava quente 

Que porra de mutante é esse? 

—Socorro, Socorro – Ele zombou se sentando há alguns metros de nós - Não sei como vocês fizeram isso mas realmente me surpreenderam 

Ele não tinha sotaque algum, provavelmente era americano e pelo seu corte de cabelo rente, quase careca, e as feições dura, ele provavelmente também era um militar. 

—Sr. Stark me desculpe – Falou a criança loira em seu colo olhando diretamente para Tony 

Olhei para Tony confusa mas ele nem ao menos olhava para mim ele parecia vidrado em ajudar o menino 

Será que Tony tinha um filho? Por isso ele estaria no Tennessee? 

—Não, Não, Não. Acho que ele quis dizer “cadê a merda do meu arquivo” 

Arquivo? O que diabos estava acontecendo aqui? 

—Tony eles estão muito próximos eu tenho medo de tentar afastá-lo e machucar a criança - Sussurrei me aproximando de Tony 

Tony fez um pequeno aceno com a cabeça assentindo que tinha ouvido o que eu disse 

—Não é sua culpa criança. - Ele deu uma pausa longa sem desgrudar os olhos da criança - Lembra o que te falei de valentões 

Aquela frase de Tony pareceu acendeu algo no garoto que deu um sorriso para Tony 

Eles iam aprontar algo, então com rapidez vi a criança levantar o braço com um dispositivo dourado na mão que emitiu uma luz extremamente clara e forte 

Desviei o olhar da explosão e vi que a criança já corria para a direção oposta e antes que eu pudesse agir vi uma flecha voar em direção ao braço do careca e explodir 

E foi literalmente um braço que voou 

E eu realmente espero que a criança não tenha visto isso por que realmente foi nojento, no mínimo 

—Vocês estão bem? - Perguntou Gavião surgindo detrás do que restava da caixa d’água - Se machucou? 

Clint veio até mim e acariciou meus cabelos com a sua mão livre averiguando se eu realmente não havia me machucado 

—Eu te disse que daria conta da água 

—Você estava certa – Admitiu Clint sorrindo e beijando minha testa – Mas fico realmente feliz em saber que está bem e principalmente vivo Stark  

—Obrigado pela preocupação elfo – zombou Tony – Mas como vocês dois me acharam? 

—Fomos até Malibu, verificar o que sobrou da mansão e tentar entrar no sistema de Jarvis e descobrir onde você estava – Tony abriu a boca para provavelmente se gabar de que nunca conseguiria hackear o Jarvis mas apenas o ignorei e continuei falando – Mas Achamos algo mais interessante, seu capacete, vi sua mensagem e nela você mencionou o Tennessee. Para nos ajudar eu tive uma visão do momento da caixa d’agua se rompendo e a grande onda 

—Na caixa d’agua está escrito Rose Hill – Falou Tony suspirando - Até que vocês não me atrapalharam tanto 

—Atrapalhar? - Perguntou Clint –Você está brincando não? 

Tony apenas balançou a cabeça indo em direção ao bar do tiroteio. 

—A primeira pergunta Tony é por que Rose Hill. 

—Antes da mansão ser atacada eu estava investigando os ataques do Mandarim e uma das pistas me levou exatamente aqui 

—E o que aqui tem a ver com o Mandarim? 

—Isso  

Tony se agachou próximo a parede do banheiro masculino do bar e tirou uma ficha de arquivos 

—O que aqueles mutantes tem com o Mandarim? - Perguntou Clint curioso se aproximando de Tony 

—Isso é o que vamos descobrir elfo. 

—Pode ser em outro lugar? - Perguntei ouvindo as sirenes da polícia - Por que não seria nada bom para nenhum de nós três sermos pego pela polícia 

—Ainda bem que aquele cara trouxe algo bom para nós - Clint tirou uma chave do bolso e a balançou para nós 

—Até que você manda bem – Admitiu Tony 

Saímos do bar e Clint apertou o alarme e não muito distante de nós um sedan preto teve seus faróis acessos 

—Sr. Stark quem são esses? - Perguntou o menino que o careca havia usado para fazer chantagem 

Agora Tony tinha feito amizade com crianças? 

Ele estava mentalmente bem? 

—Essa é minha estagiária Kim e o Namorado dela Elfo doméstico. 

Abri a boca pra retrucar mas logo desisti, Tony era assim não tinha o que fazer 

E sinceramente acho que Clint ficava feliz em não ter seu nome revelado. 

—E o que vamos fazer agora? 

—NÓS - Falou Tony apontando para si mesmo e para o menino - Não vamos fazer nada, você vai voltar pra casa e cuidar da armadura, recarregá-la 

—Não temos tempo para isso – Avisou Clint já entrando no banco do motorista 

—Tony temos que ir – Avisei entrei no banco atrás de Clint 

Não demorou muito para Tony entrar no banco do passageiro, porém quando Clint arrancava com o carro percebi a porta oposta a mim se abriu e a criança pulou pra dentro 

—Acho que temos um intruso 

—Você está louco? – Ralhou Tony olhando para o menino 

—Você está alugando a minha garagem e minhas coisas, então teoricamente você me deve 

—A armadura está na casa dele? - Perguntei olhando Tony surpresa 

—Estou alugando temporariamente – Se justificou Tony 

—O garoto é realmente esperto – Falou Clint olhando divertido para mim pelo retrovisor. - Então Tony, para onde? 

—Apenas rode, preciso entender esse arquivo  

—Me dê um resumo – Pedi colocando a cabeça entre os bancos da frente 

—Mandarim está usando algum tipo de bomba que não deixa rastros de bomba, é como se não fosse uma bomba, mas ela tem uma assinatura de 3 mil quilotons 

—É impossível, isso eu posso te garantir – Afirmei olhando os arquivos de Tony 

—Eu sei, mas se a bomba não for uma bomba? 

—Uma colisão de micro partículas? - Perguntei o olhando curiosa – Vi alguns estudos nessa área mas é impossível teria o resíduo do invólucro 

—E se fosse uma pessoa?  

—Poderia, há alguns avanços nos estudos de armas biológicas, mas homens bombas reais é realmente muito avançado e incontrolável. 

—Por isso estava aqui – Falou Tony me olhando animado – Antes do Mandarim começar a reivindicar os ataques, houve um aqui em Rose Hill, algumas semanas antes 

—Um teste que deu errado – Falei compreendendo sua ideia 

E ela realmente fazia sentido, haviam várias descobertas nesse milênio sobre armas biológicas, e após New York elas pareceram ganhar mais força, como se depois disso tudo fosse possível 

E bem, eu acreditava que era 

—Por isso peguei esses arquivos, podem ter algo aqui para nos ajudar a descobrir 

Tony começou a virar as páginas e elas pareciam fichas de soldados que foram afastados, exames de sangue, testes ergonômicos. Para que tudo isso? 

—Espere, volte um pouco – Pedi para Tony apontando para um logo em cima de uma das paginas 

Era um longo MIA 

—Eu sabia – Rosnou Tony jogando o arquivo irritado no painel do carro – Preciso de uma rede de satélite 

—Temos uma no quinjet 

—Vocês vieram de quinjet? - Se surpreendeu Tony 

—Era o jeito mais rápido de vir 

—Então vamos logo até ele – Pediu Tony fazendo Clint dar um cavalinho de pau e dando um giro de 180° 

—Meu deus temos uma criança no carro – Ralhei com Clint segurando o menino para ele não escorregar e bater contra a porta 

—Por que você precisa de um satélite? 

—Preciso entrar nos arquivos da empresa AIM, eles estão por trás de tudo isso 

—Como você tem tanta certeza disso? 

—Vamos dizer que eu pisei na bola com o CEO deles em 1999 

—E ele esperou tanto tempo para a vingança? - Perguntei confusa 

—Se for o que eu estou pensando, eles precisam é da minha ajuda para consertar algo 

Apenas dei um suspiro longo e me encostei no banco relaxando 

—O que é um quinjet? - Perguntou o garoto me olhando animado 

Ele sinceramente era o único animado ali no carro 

—Daqui pouco você vai descobrir – Falei piscando divertida para o garoto. 

Ele ia surtar ao ver quinjet. 


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