Síndrome de Estocolmo escrita por Babs


Capítulo 18
O que vamos fazer?


Notas iniciais do capítulo

Como eu havia dito eu vou tentar realmente terminar essa fic, pelos que me acompanharam até onde parei, caso um dia como eu eles voltem a olhar saiba como acabou.



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Capitulo 17 – O que vamos fazer? 

Poucos minutos depois percebi que dirigíamos por uma parte agitada de Chicago apesar de ser de madrugada vimos algumas pessoas começarem a se movimentar pelas ruas para abrir seus comércios. Afinal eram quase 5h da manhã 

Como aquele lugar tão movimentando poderia ser uma base da SHIELD? 

Virei à esquerda como GPS pedia e entrei numa rua mais calma, cheia de casas exceto por... 

—Uma igreja? - Perguntei olhando assustada para Clint enquanto conferia as coordenadas do GPS – Isso está certo? 

Clint apenas deu uma risada fraca e concordou 

Percebi que o GPS não me mandava parar em frente a igreja e entrar andando, pedia para eu seguir para a casa paroquial, porém havia um portão ali. Parei em frente ao portão e olhei para Clint preocupada. O que devia fazer a seguir? Mas ele apenas sorriu e apontou para o portão que se abria sozinho como se tivesse lido meus pensamentos 

—Que diabos.... 

—A placa, tem um chip de reconhecimento na placa – Falou Clint calmamente 

Segui portão a dentro e vi que se virasse à esquerda eu realmente sairia no caminho para a casa paroquial, mas percebi que se fosse reto entrava em um galpão que estava novamente fechado. Assim que me aproximei ele abriu, dando espaço para eu entrar 

Ficamos alguns minutos em silêncio então luzes de scanner saíram da parede scaneando o carro todo. 

—Verificação de identidade e status 

—Status? 

—Sim ver se alguém não roubou o carro e está tentando entrar com um agente morto 

—Como nós? - Perguntei indicando com a cabeça para o porta malas porém Clint parecia tranquilo 

—Agente Barton, status Debilitado – Anunciou uma voz enquanto a foto de Clint se projetava na parede – Kimberly – Anunciou a voz e mostrando a minha foto porém meu sobrenome estava tachado de preto e impossível de ler 

—Vocês têm uma ficha minha? 

—Secreta como você pode ver – Apontou para o nome tachado – Por segurança 

—Acho que não deu muito certo – Falei pensando no corpo no porta malas 

—Agente Ford – Anunciou a voz por último mostrando a foto de Collin – status morto. 

E é claro que o sistema da Shield ia perceber que havia uma terceira pessoa no carro com eles 

—Acho que temos muitas coisas para conversar Barton – Anunciou uma voz firme, mas aveludada 

—Com Certeza Morse – Falou Clint reconhecendo a voz – Agora podemos descer eu realmente preciso de uma morfina 

Como que em resposta ao pedido de Clint o chão a nossa volta fez um estalo e começou a descer. 

Obvio que era subterrânea a base, não podia ser numa igreja não é mesmo? 

Assim que o elevador parou percebi que a parede a nossa frente se abriu como em um hangar, e realmente estávamos em um.  

Haviam vários carros no local e de frente a nós uma imensa porta por onde um grupo de agentes se caminhava em nossa direção. Percebi que no centro deles estava uma mulher, afinal ela se movia tão graciosamente que não poderia ser um homem 

Sai do carro rapidamente e tratei de ajudar a tirar Clint do banco, antes que conseguíssemos dar qualquer passo um grupo de agentes parou ao nosso lado trazendo uma maca. 

—Nós o ajudamos agora – Respondeu um tomando meu lugar enquanto outro vinha do lado oposto suspendendo Clint e o fazendo deitar na maca 

Clint se contorceu de dor, mas não falou nada  

—Cuidado com ele por favor – falei vendo os agentes prestarem os primeiros socorros 

—Acredito que seja Kimberly – A agente que estava no meio se aproximou de mim e agora a olhando mais de perto via que ela era linda. 

Qual é! A SHIELD não escolhia agentes feios? Isso era uma agencia de espionagem ou de modelos? 

A mulher a minha frente era alta, dona de uma pelo corpo forte e torneado, com longos cabelos loiros ondulados descendo por suas costas e apesar de suas feições duras parecidas esculpidas em mármore ela parecia uma modelo sueca. Deus essa mulher era demais 

—Sim, e você é... 

—Agente Morse, estou responsável por essa base no momento - Ela olhou curiosa pra mim e depois para Clint, parecia que eles conversaram pelos olhares 

Deve ser coisa de agente 

—Fiquei surpresa ao ver o carro de vocês aqui, principalmente com o gavião nesse estado, você coberta de sangue e um agente morto  

Morse lançou um olhar rígido a minha blusa vermelha onde era possível ver um furo e marcas de sangue em volta 

—Podemos falar disso no laboratório Morse, eu realmente preciso ser medicado – Pediu Clint olhando a loira sério - Explicaremos tudo depois 

—E eu espero que seja uma boa explicação. 

Clint ficou algumas horas sendo examinado, como estava quase amanhecendo e minha barriga não parava de roncar fui até o refeitório e peguei um lanche imediatamente voltando para onde Clint estava sendo examinado.  

Me sentei numa poltrona do lado de fora da sala para comer, mas não lembro quanto tempo se passou pois acabei adormecendo na poltrona. 

—Srt. Kimberly – Falou uma voz grossa me despertando do sono 

—Sim? 

—O Agente Barton está acordado e pediu para vê-la 

Acenei concordado e me levantei me espreguiçando toda e já seguindo na direção que o agente me apontava. Assim que entrei percebi que o local era realmente parecido com um hospital, luzes fortes e claras e um ambiente claro. Influenciado também pela janela falsa que na verdade era uma tela plana passando a imagem de algum lugar. 

Talvez de Chicago mesmo 

—Como você está? - Perguntei me sentando na cama onde Clint estava acordado. 

Peguei a sua mão e a pousei em meu colo fazendo círculos nas costas num gesto de carinho 

—Bem, dopado de remédio quem não se sentiria? 

—E como estão as costelas?  

—Fraturei mais três do outro lado, mas não perfurou nada, nem tive hemorragia 

—Muita sorte a sua 

—Foi tudo planejado  

Revirei os olhos impaciente e beijei seus lábios suavemente 

—Então nunca mais planeje algo assim – Sussurrei próxima ao seu rosto 

Encarava seus olhos azuis carinhosamente e eu realmente falava sério, se acontecesse algo ruim com Clint não tinha ideia do que faria sem ele 

—Nada de ruim vai acontecer – Falou Clint quase como se lesse meus pensamentos 

Ele acariciou meus cabelos descendo até ficar acariciando minha bochecha 

—Pra isso eu estaria que estar ao seu lado o tempo todo 

—Não seria uma má ideia, ouvi dizer que você fez vigia na porta do meu quarto.  

—Uma vigia muito ruim por sinal, afinal eu dormi – Admiti fazendo Clint rir 

—Não é sua culpa, não está acostumada a ser privada de sono 

—E nem tenho mais idade pra isso – Falei resmungando enquanto acariciava minhas costas que reclamavam da soneca no sofá. - E quem hora são? 

—Quase 9h – Ele apontou para um relógio em cima da falsa janela que até então não tinha reparado 

—Acho que dormi mais de duas horas não? 

—Sim, mas você precisava – Falou Clint acariciando meu rosto com a mão - O que vamos fazer agora? 

—Eu pretendo viajar até Malibu, encontrar Pepper e encontrar qualquer resquício de segurança que me faça saber onde Tony está, se eu conseguir acessar o Jarvis eu posso fazê-lo me dizer onde Tony está 

— E você não pode hackear ele daqui? – Eu apenas ri e fiz um sinal negativo com a cabeça 

—Primeiro, eu não sou hackear. Segundo, se vocês que são a maior agência de espionagem não conseguem hackear o Jarvis, como eu vou saber? E terceiro, entrar de uma rede pré autorizada de Tony é muito mais fácil, eu consigo por que eu tenho um login próprio pro Jarvis, na verdade é pra sexta-feira, mas se consegui acessar a sexta-feira consigo acessar o Jarvis. 

—Sexta-feira?  

—É o sistema backup do Jarvis, pra quando o Jarvis tem um day-off 

—Jarvis tem um day-off? - Falou Clint me olhando como se fosse louca - Vocês sabem que o Jarvis é uma inteligência artificial não? Ele não é humano 

—Mas inteligências artificiais podem ficar bem estressadas – Falei fazendo Clint me olhar que nem louca – Nunca assistiu Eu, robô? 

—Você sabe que o original é um livro não? 

—Ui ele é cult 

Você não sabia não? - Clint riu da minha cara me fazendo rir junto 

—Eu não tinha nem ideia  

—Pelo jeito vocês estão à vontade – Ouvi a voz rígida e aveludada dizer, sem dúvida era a Agente Morse 

—Bobbi, estava te esperando mais cedo – Falou Clint sorrindo de canto e apertando minha mão 

Eu sentia que ele queria falar alguma coisa 

—Não queria acordar você dois – Ela admitiu soltando os ombros e se encostando ao lado da “janela” 

—Então quer falar conosco? - Clint arqueou a sobrancelha apertando mais forte minha mão. 

Pensei em resmungar de dor, mas eu não entendia, Clint queria me passar uma mensagem, mas qual era? Quebrar minha mão? 

—Por que temos um agente morto no porta malas do seu carro? O Agente que era pra protegê-la 

Pensei em começar a falar, mas logo o aperto de Clint se tornou mais intenso e agora eu entendia a mensagem 

Não era pra eu falar nada, ele estava com medo de contar algo a mais para a Agente Morse 

Fiquei um pouco frustrada com isso, eu acho que poderia lidar muito bem com a situação. 

—Vamos dizer que ele não vinha cumprindo seu dever como deveria 

—E por isso achou que deveria matá-lo 

—Não matei ele  

Bem, Clint não estava mentindo, quem matou Collin fui eu. 

—E como ela está viva? Ela foi baleada  

—Isso foi há algumas semanas Bobbi, você está atrasada 

—Ela levou um tiro, hoje – Morse apontou para minha camisa onde se via a entrada da bala – Mas ela está ótima e sem nenhum arranhão. 

—Pensei que você antes de todo mundo saberia o que isso significava – Falei com desdém - Clint me fez usar um colete a prova de balas, Tony Stark foi declarado morto e eu sou sua pupila, ele imaginou que alguém tentasse vir atrás de mim. 

—E onde está o colete? - Ela perguntou com os olhos faiscando – E de quem é esse sangue? 

—Sério que não consegue mesmo adivinhar? - Perguntei irônica arqueando uma sobrancelha 

Mas a verdade era nem eu conseguia responder a isso, então só melhor jogar a dúvida pra outra pessoa e responder com uma outro pergunta, Loki e Clint faziam direto isso comigo 

E aquilo parecia ter vencido a agente, por enquanto. 

—E por que Ford está morto? 

—Como falei ele não fazia o trabalho como deveria 

—Essa história... 

—Ele a deixou levar dois tiros e passar por duas cirurgias num ataque num metro com um cara de moto. Sério que um Agente treinado como nós deixaria isso acontecer? 

Bobbi ficou em silêncio por longos minutos alternando os olhares entre nós dois 

—Vou separa a ficha dele e mandar para você, acredito que vão precisar de outro carro se vão fazer o que penso que vão fazer 

—Nós não, eu vou.... 

—Você sabe que ele não vai te deixar – Falou a Agente sorrindo divertida pela primeira vez - Você pode até sair daqui sozinha, mas sei que esse cara iria até o inferno atrás de você 

Olhei surpresa para Clint mas ele apenas deu um sorriso debochado para a loira 

—Desse jeito você vai fazer eu parecer um romântico incurável. 

—E você não é? 

—Para quem merece – Ela falou sorrido para então se virar pra mim – Mas Bobbi tem razão não vou te deixar nessa caçada ao Tony sozinha 

—Pensei que você acreditava que eu podia me cuidar – Falei visivelmente magoada 

—E eu acredito, seriamente. Mas você dirige que nem uma louca – Ele falou rindo e se levantando da cama - Além que você não sabe pilotar um jato 

—Um... jato? - Tipo um helicóptero daqueles que eu podia ser facilmente arremessada fora, como já tinha acontecido. DUAS VEZES? 

—De que outra maneira pensa em chegar em Malibu?  

—Num voo comercial seria interessante – Respondi me levantando da cama e olhando Clint assustada – Da onde ninguém pode me empurrar pra fora? 

—Ainda traumatizada? - Perguntou Clint sem esconder sua diversão com meu desespero 

—Você não sabe o que Tony me fez fazer nas férias - Reclamei sentindo meu braço se arrepiar e os esfregando 

—Oh, sabemos – Falou Clint rindo – Aquele seu vídeo caindo de cara na areia e sendo arrastada é hilário 

—Espera ai – Falei o olhando assustada – Tony te mandou esse vídeo? 

—Ela mandou no grupo de whatsapp dos Vingadores 

Olhei assustada para um Clint que saia a passos largos da enfermaria 

ELES TINHAM UM GRUPO DE WHATSAPP? Por que eu não estava nele? O que eles falavam nele. 

ESPERE UM MOMENTO... 

—VOCÊ DISSE QUE NÃO TINHA WHATSAPP – Gritei pelo corredor praticamente correndo atrás de Clint. 

Como machucado ele corria tanto? 

—E você acreditou mesmo nisso? - Falou Clint se divertindo 

—EU VOU TE MATAR GAVIÃO ARQUEIRO, EU JURO! 


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