Sabe Aquele Sonho? escrita por Bianca Costa


Capítulo 1
E se...




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Sin Evel, 31 de janeiro de 2006

É... um diário, sim. Adolescentes não usam diários, coisa mais infantil. Mas fui desafiada e nunca, nunca mesmo, se dá pra trás de um desafio. Mel, minha melhor amiga, me desafiou a usá-lo, meu caro diário rosa, e cá estou eu, falando sozinha. Papéis não ouvem, não falam nem respondem, de que adianta por tudo aqui? Qual a graça?

Mas tá, se é pra fazer, fazemos direito.

Olá, caro diário rosa, me chamo Marcyelle, 16 anos, Sinevelense, estou concluindo meus estudos obrigatórios graças a um dom de nascimento. Sou autodidata, aprendi sozinha tudo o que, normalmente, se aprende na primeira e segunda série. Ai começa meu tormento.

A pirralha metida na terceira série, junto com os grandalhões, sem amigos. Aprenderam meu nome, Marcyelle, e começaram com algo que me persegue até hoje "Marcyana". Qual a graça de chamar uma garota de E.T? Não sou verde, cabeçuda muito menos, não vou a escola de nave, então, qual o nexo? Nunca entendi, mas aprendi a suportar as risadas.

Minha primeira amiga na escola foi a Lupa, uma cadela que morava na escola. Eramos melhores amigas, até que Lupa foi atropelada pelo carro do homem da cantina. Pobre Lupa, tão jovem.

Conheci uma amiga humana na quinta série, Melani. Sabe aquela garotas que se olha e pensa "popularzinha de merda"? Pois é, pensei isso dela. Até que a vi no banheiro, escondida, estudando pra prova de física. Em que galaxia uma popular estaria escondida estudando? Nesse exato momento ela deu um pulo e me pediu segredo daquilo.

– Se minhas amigas saberem disso me matam. Somos proibidas de estudar, segundo as regras do grupo. Mas preciso passar, se não perco a bolsa.

Achei isso um máximo. Uma popular em minhas mãos, podendo eu destruir sua popularidade com apenas uma fofoca bem espalhada. Mas não fiz e, assim, começamos a estudar juntas naquele dia, virando amigas.

E eu? Eu sou uma simples nerd, que vive seu sonho de virar jornalista. Minha mãe diz que é impossível, pois mal temos dinheiro para viver, nunca teria para pagar uma faculdade. O amor da minha vida existe, e é desvendar casos. Já descobri quem matou o gato da Sra. Worner, e porque o caminhão da coleta esquece nosso lixo algumas vezes.

Uma grande vontade é descobrir algum caso grande, como um assassinato, ou um sequestro. E se fosse algo tão grande que me deixaria famosa? E se eu estampasse uma capa de jornal, saísse em telejornais, rádios e afins? E se alguém reconhecesse meu talento e me empregasse nisso?

Sonhos e mais sonhos....

E se eles se tornem reais, qual seria o rumo da história que eu chamo, humildemente, de minha vida?


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